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Resumo das Concepções e Teorias de Constituição

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Vicente Paulo e Marcelo Alexandrino – Constitucional
Estado: organização de um povo sobre um território determinado, dotada de soberania orientada ao atingimento de um conjunto de finalidades. 
Constitucionalismo: movimento político, jurídico e ideológico que concebeu ou aperfeiçoou a ideia de estruturação racional do Estado e de limitação do exercício de seu poder, concretizada pela elaboração de um documento escrito destinado a representar a sua lei fundamental e suprema.
Direito Constitucional: estabelece a estrutura do Estado, a organização de suas instituições e órgãos, o modo de aquisição e exercício do poder, bem como a limitação desse poder, por meio, especialmente, da previsão dos direitos e garantias fundamentais. 
Constituição: objeto de estudo do Direito Constitucional, lei suprema de um Estado que rege sua organização político-jurídica... Deve ser entendida juridicamente como a lei fundamental e suprema de um Estado, que contém normas referentes à estruturação do Estado, à formação dos poderes públicos, forma de governo e aquisição do poder de governar, distribuição de competências, direitos, garantias e deveres do cidadão. 
Obs.: separação dos poderes (sistema de freios e contrapesos) 
Teorias e Concepções
Constituição ideal – J. J. Gomes Conotilho: 
Concepção político-liberal – “Constituição ideal”
a Constituição deve ser escrita
deve conter um enumeração de direitos fundamentais individuais (diretos de liberdade)
deve adotar um sistema democrático formal (participação do “povo” na elaboração dos atos legislativos, pelos parlamentares)
deve assegurar a limitação do poder do Estado mediante o princípio da divisão de poderes. 
Deve consagrar um sistema de garantias da liberdade, adotar o princípio da divisão dos poderes e assumir a forma escrita.
Constituição em sentido sociológico – Ferdinand Lassalle 
A Constituição é concebida como fato social, e não propriamente como norma. O texto positivo da Constituição seria resultado da realidade social do país, das forças sociais que imperam na sociedade, em determinada conjuntura histórica. 
A Constituição de um país é a soma dos fatores reais de poder que nele atuam (as forças reais que mandam no país). Estes fatores reais representam o conjunto de forças políticas, sociais, econômicas, militares e intelectuais que se manifesta na sociedade e produz uma força determinante das leis e das instituições.
Segundo Lassalle, convivem em um país paralelamente, duas Constituições: uma Constituição real, efetiva, que corresponde a soma dos fatores reais do poder que regem o país, e uma Constituição escrita (“folha de papel”). Esta só teria validade se corresponder a Constituição real. Em caso de conflito entre a Constituição real e a Constituição escrita, a Constituição real há de prevalecer.
Teoria da força normativa da constituição – Konrad Hesse
A Constituição é a ordem jurídica fundamental da comunidade, assim, cabe-lhe regular toda a convivência em sociedade. Não obstante sua função reguladora da convivência social, a Constituição o faz tão-somente em termos gerais e naquilo por ela considerado mais relevante e vital ao regime democrático. À ordem jurídica interna cabe conformar e concretizar a Constituição.
O jurista alemão Konrad Hesse opõe-se à tese de Lassalle e sustenta que a negação da Constituição jurídica é a negação do direito constitucional que se tornaria simples ciência do ser, porquanto se limitaria a justificar as relações de poder dominantes.
A Constituição tem força ativa para mudar a realidade, não é simples folha de papel. Essa força depende da “vontade de constituição” – seria a disposição dos indivíduos de orientar-se segundo a Lei Maior. Essa vontade será mais intensa se a Constituição tiver espelhado os valores essenciais da comunidade, captando seu espírito. Para essa teoria a força normativa da Constituição não deve ser menosprezada em relação aos fatores reais de poder. 
A vigência da uma ordem jurídica apta a atender os âmbitos econômico e social e outros imperativos da sociedade moderna necessita de aceitação coletiva. Mostra-se relevante a Constituição manter-se harmônica à realidade com capacidade para formar uma realidade histórica viva. “Quando tenta apegar-se as formas historicamente superadas ou quando, pelo contrário, se proponha a uma utopia, fracassará inevitavelmente ante a realidade.”
Hesse afirma que a Constituição não configura apenas o “ser” (os princípios basilares que determinam a formação do Estado), mas um dever ser, ou seja, a Constituição deve incorporar em seu bojo a realidade jurídica do Estado, estando conexa com a realidade social. Esta compreensão de Hesse importa que a Constituição deverá imprimir ordem e conformação à realidade política e social, determinando e ao mesmo tempo sendo determinada, condicionadas mas independentes”
Para Hesse, ainda que de forma limitada, a Constituição contém uma força jurídica própria capaz de ordenar e motivar a vida do Estado e da sociedade porque reproduz o estágio de luta existente entre os múltiplos atores políticos, econômicos e culturais de certa sociedade e que é capaz de refletir uma decisão sobre a forma de ser do Estado durante certa época histórica. Como corpo normativo fundamental do Estado, a Constituição indica valores, reúne os elementos essenciais e define a estrutura do Estado. A supremacia normativa da Constituição, ao lado de outros elementos, confere-lhe força ativa para que sua função e tarefas próprias sejam realizadas na vida histórico-concreta do povo. Pressupõe aspectos da concepção jurídica da Constituição no sentido formal e material. Envolve a manutenção do Estado e da ordem jurídica interna. 
“Se a Constituição quer ensejar a resolução das múltiplas situações críticas historicamente mutantes, seu conteúdo terá de permanecer, necessariamente, ‘aberto ao tempo’”. A Constituição permite uma abertura sempre limitada porque não lhe é dado perder o sentido e conteúdos essenciais ao regime democrático que adotou. Nessa abertura, considera as mudanças técnicas, sociais, econômicas, culturais que a adaptam-na à evolução histórica e permitem a permanência de sua própria existência e eficácia. Há segmentos que, por sua natureza, não se pode elaborar uma regulação jurídica detalhada, como no caso da política econômica externa.]
“toda Constituição é Constituição no tempo; a realidade social, a que são referidas suas normas, está submetida à mudança histórica e esta, em nenhum caso, deixa incólume o conteúdo da Constituição”
A Constituição estará revestida de força normativa quando conseguir impedir que as questões constitucionais se convertam em questão de poder
A força normativa funda-se na capacidade da Constituição de harmonizar-se com as forças espontâneas e com as tendências da realidade e em coordenar essas forças para seu próprio desenvolvimento.. De outro lado, a força normativa da Constituição acha-se condicionada pela vontade constante, dos implicados no processo constitucional, de realizar os conteúdos da Constituição.
Constituição em sentido político – Carl Schmitt 
 Busca-se o fundamento da Constituição na decisão política fundamental que antecede a elaboração da Constituição - aquela decisão sem a qual não se organiza ou funda um Estado. Constituição é uma decisão política fundamental, qual seja, a decisão política do titular do poder constituinte. 
A Constituição surge, portanto, a partir de um ato constituinte, fruto de uma vontade política fundamental de produzir uma decisão eficaz sobre modo e forma de existência política de um Estado.
A validade de uma Constituição não se apoia na justiça de suas normas, mas na decisão política que lhe dá existência. 
Poder Constituinte = vontade política.
Constituição é diferente de lei constitucional: Constituição dispõe somente sobre matérias de grande relevância jurídica, sobre as decisões políticas fundamentais (organização do Estado, princípio democrático e direitos fundamentais, etc.); as demais norma que fazem parte do texto constitucionalseriam, tão somente leis constitucionais. 
Essa teoria inspira a distinção entre normas materialmente constitucionais e normas formalmente constitucionais, as primeiras contém as decisões políticas mais importantes e as outras são constitucionais somente por estarem inseridas no texto.
Constituição em sentido jurídico – Hans Kelsen
Constituição como norma fundamental do Estado e da vida jurídica de um país, paradigma de validade de todo ordenamento jurídico e instituidora da estrutura primacial desse Estado. 
Para Kelsen, a Constituição é considerada como norma pura, como puro dever-ser, sem qualquer consideração de cunho sociológico político ou filosófico. 
A validade de uma norma jurídica positivada é completamente independente de sua aceitação pelo sistema de valores sociais vigentes em uma comunidade, tampouco guarda relação com a norma moral, dessa forma não existiria a obrigatoriedade do Direito coadunar-se com os ditames desta (moral). 
A ciência do Direito não tem a função de promover a legitimação do ordenamento jurídico com base nos valores sociais existentes. 
A essência da ciência do Direito é desvincular a ciência jurídica de valores morais, políticos, sociais ou filosóficos. 
Dois sentidos para a palavra Constituição:
Lógico-jurídico: Constituição significa a norma fundamental hipotética, cuja função é servir de fundamento lógico transcendental da validade da Constituição em sentido jurídico-positivo. 
- Não positivada 
- Pensada, pressuposta
- Pressuposto lógico de validade das normas constitucionais positivas
- Não possui enunciado explícito, podendo ser traduzido em linhas gerais da seguinte forma: “obedeçam à Constituição positiva”
- Não deriva da realidade social, política ou filosófica.
- O fundamento de validade das normas não estão na realidade social do Estado, mas na relação de hierarquia entre elas
- Uma norma inferior tem fundamento na norma superior, e esta tem fundamento na Constituição positiva. Esta por sua vez, se apoia na norma fundamental hipotética. 
Jurídico-positivo: Constituição corresponde a norma positivada suprema, conjunto de normas que regulam a criação de outras normas, lei nacional no seu mais alto grau.
Constituição em sentido material e formal 
Constituição em sentido material (substancial) é o conjunto de normas, escritas ou não escritas, cujo conteúdo seja considerado propriamente constitucional, isto é, essencial à estruturação do Estado, à regulação do exercício do poder e ao reconhecimento de direitos fundamentais aos indivíduos.
“do ponto de vista material, a Constituição é o conjunto de normas pertinentes à organização do poder, à distribuição da competência, ao exercício da autoridade, à forma de governo, aos direitos da pessoa humana, tanto individuais como sociais”. – Paulo Bonavides 
- O que possui relevância para a caracterização de uma norma como constitucional é o seu conteúdo. 
- Sob esse enfoque, não há Estado sem Constituição, pois toda sociedade politicamente organizada contém uma estrutura mínima, por mais rudimentar que seja. 
O conceito formal de Constituição diz respeito a existência, em um determinado Estado, de um documento único, escrito por um órgão soberano instituído com essa específica finalidade, que contém, entre outras, as normas de organização política da comunidade e, sobretudo, que só pode ser alterado mediante um procedimento legislativo mais árduo, e com maiores restrições, do que o necessário à aprovação das normas não constitucionais pelos órgãos legislativos constituídos. 
- O que define uma norma como constitucional é a forma pela qual ela foi introduzida no ordenamento jurídico.
- somente faz sentido falar em Constituição formal nos Estados de Constituição escrita e rígida. 
Teoria da sociedade aberta dos intérpretes da constituição – Peter Häberle e no Brasil, Paulo Bonavides
A interpretação não deve limitar-se aos intérpretes formais (P. Judiciário), nem aos procedimentos formalizados; deve ser acessível a todas as forças da comunidade política (cidadão, associações, partidos políticos, igrejas, sindicatos, opinião pública). Porque toda comunidade vive sob a regulação da Constituição, devem ser participantes ativos do seu processo hermenêutico. Fala em democratização da hermenêutica constitucional, a Constituição seria um documento aberto sendo assim, a interpretação deve captar as experiências (passado) e as mudanças (futuro). Contribui também para ideia de interpretação pluralista.
Haberle sugere uma sociedade de intérpretes da Constituição que possa abarcar o maior número possível de destinatários, tornando tal interpretação a mais democrática quanto seja possível. Isso é o que ele chamou de sociedade aberta de intérpretes, em oposição àquela sociedade fechada, na qual os únicos intérpretes legitimados seriam os juízes e os tribunais constitucionais. Ou seja, trata-se de pluralizar a participação em todas as fases por que passa a lei, pois a sociedade aberta deve guiar não apenas a interpretação constitucional feita posteriormente à produção da norma, mas também deve servir de farol para a orientação do legislador.
Pois bem, através de uma atuação “tópica” orientada e limitada pela norma (o que significa dizer vinculada pela norma), haverão de encontrar-se e provar-se pontos de vista que, buscados pela via da inventio, sejam submetidos ao jogo das opiniões favoráveis e contrárias e fundamentem a decisão de maneira mais esclarecedora e convincente possível. De um lado, o intérprete só pode utilizar na tarefa de concretização aqueles pontos de vista que tenham relação com o problema; a vinculação ao problema exclui topoi estranhos à questão. De outro lado, está obrigado a incluir no seu “programa normativo” e no seu “âmbito normativo” (cfr. Supra n.46) os elementos de concretização que lhe ministra a própria norma constitucional
“[...] a interpretação constitucional, como a interpretação jurídica em geral, não é um exercício abstrato de busca de verdades universais e atemporais. Toda interpretação é produto de uma época, de um momento histórico, e envolve as normas jurídicas pertinentes, os fatos a serem valorados, as circunstâncias do intérprete e o imaginário social. A identificação do cenário, dos atores, das forças materiais atuantes e da posição do sujeito da interpretação constitui o que a doutrina denomina de pré-compreensão. É hoje pacífico que o papel do intérprete não é – porque não pode ser – apenas o de descobrir e revelar a solução que estaria abstratamente contida na norma. Diversamente, dentro das possibilidades e limites oferecidos pelo ordenamento, a ele caberá fazer, com frequência, valorações in concreto e escolhas fundamentadas”
Teoria da constitucionalização simbólica – Marcelo Neves
Alerta para o fato de alguns dispositivos constitucionais são inseridos na Lei Maior com a intenção de dar uma justificativa para a sociedade sem a real intenção de concretizá-los na vida prática.
Refere-se à discrepância entre a função hipertroficamente simbólica e a insuficiente concretização jurídica de diplomas constitucionais. Discute-se a função simbólica de textos constitucionais carentes de concretização normativo-jurídica. 
Constituição: a constituição é um subsistema (normativo) do sistema jurídico. “Acoplamento estrutural” entre política e direito. Apesenta-se como uma via de “prestações” recíprocas e, sobretudo, como mecanismo de interpenetração (ou mesmo de interferências) entre dois sistemas sociais autônomos, a política e o direito, na medida em que ela possibilita uma solução jurídica do problema de autorreferência do sistema político e, ao mesmo tempo, uma solução política de autorreferência do sistema jurídico. O que possibilita isso é precisamente o fenômeno da constitucionalização, do surgimento da constituição em sentido moderno (Sistema de Luhmann) Marcelo Neves: Problemática da concretização das normas constitucionais, analisando a relação entre o texto e a realidade constitucional. Constitucionalizaçãosimbólica: 
Sentido negativo: a constitucionalização simbólica possui um déficit de concretização jurídico-normativa do texto constitucional, perdendo a sua capacidade de orientação generalizada das expectativas normativas.
Sentido positivo: a atividade constituinte e a linguagem constitucional desempenham um relevante papel político-ideológico, servindo para cobrir problemas sociais e obstruindo as transformações efetivas da sociedade. 
Marcelo Neves, apresenta então três formas de manifestação da Constituição Simbólica:
Confirmação de valores sociais: o legislador assume uma posição em relação a determinados conflitos sociais e, ao consagrar certo posicionamento, para o grupo que tem sua posição amparada na lei, essa vitória legislativa de caracteriza como verdadeira superioridade na concepção valorativa, sendo secundaria a eficácia da norma. Assim, o grupo prestigiado busca influenciar a atividade legiferante, fazendo prevalecer os seus valores contra o grupo adversário. 
Demonstrar a capacidade de ação do Estado (constitucionalização –álibi): assegurar confiança nos sistemas jurídico e político. Diante de certa insatisfação da sociedade, a legislação-álibi aparece como uma resposta pronta e rápida do governo e do Estado, buscando dar aparentes soluções para problemas sociais, mesmo que mascarando a realidade. Destina-se a criar uma imagem de um Estado que responde normativamente aos problemas reais da sociedade, embora as respectivas relações sociais não sejam realmente normatizadas de maneira consequente conforme o respectivo texto legal. Nesse sentido, pode-se afirmar que a legislação-álibi constitui uma forma de manipulação ou de ilusão que imuniza o sistema político contra outras alternativas, desempenhando uma função “ideológica”. A legislação-álibi tem o poder de introduzir um sentimento de bem-estar na sociedade, solucionando tensões e servindo a lealdade “das massas”. 
Adiar a solução de conflitos sociais através de compromissos dilatórios (ganhar tempo): pode servir pra adiar solução de conflitos sociais através de compromissos dilatórios, nesse caso, a divergência entre grupos políticos não são resolvidos por meio do ato legislativo, que, porém, será aprovado consensualmente pelas partes envolvidas, exatamente porque está presente a perspectiva da ineficácia da respectiva lei. O acordo não se funda no conteúdo do diploma normativo, mas sim na transferência da solução do conflito para um futuro indeterminado. Ex.: Constituição Weimar 
A constituição como simulacro – Luiz Moreira, 2007
Um sentir constitucional enquanto cultura, ainda que artificialmente existente, permite que a sociedade confie e adira à Constituição, tendo esta não só como divisor de águas, mas como documento fundamental, que deve ser cumprido e efetivado.
O direito é, portanto, um sistema, cheio de simbolismo, que procura, simbolicamente, estabilizar “a tensão entre fato e norma, garantindo assim segurança às relações jurídicas e evolução aos institutos”.
 Substitui-se absolutismo pela soberania popular, como se o poder supremo fosse efetivamente entregue ao povo, institucionalizando essa passagem por meio do direito codificado, ou seja, o Estado será traduzido em um “sistema jurídico organizado em torno da ideia de codificação, ou seja, o sistema jurídico terá o código como forma lógica”. 
Um código de normas, prescritivas porque estabelecem como as coisas devem ser e não como elas são. Colhem-se fatos da vida e se lhes dão um código jurídico, juridicizando-os, seja por meio de leis seja por meio de decisões judiciais. A simbologia é, pois, representada pela existência de códigos de conduta, institucionalizados como mecanismos de imposição de um arbitrário cultural, de um sentimento constitucional: a vida foi constitucionalizada, ou quem sabe, colonizada. 
A Constituição como um código de conduta, composto por normas, escolhidas por um órgão, que afirma por si só sua própria legitimidade, e que “passarão a estruturar o sistema constitucional que terá preponderância sobre todo o sistema jurídico”. O Estado cria, assim, a partir do simulacro constitucional, embustes conceituais, elementos artificiais que lhe conferem legitimidade. Enfim, a Constituição como simulacro simula uma legitimidade. De maneira que se pode concluir, “a Constituição é uma grande conquista, mas não a última”.
Constitucionalismo do por vir – José Roberto Dromi
Verdade: não gerar falsas expectativas, ética e transparência; o constituinte só poderá prometer o que for viável cumprir, devendo ser transparente e ético.
Solidariedade: nova perspectiva de igualdade, sedimentada na solidariedade entre os povos, no respeito à dignidade da pessoa humana e na justiça social. 
Consenso: fruto de acordo democrático;
Continuidade: as reformas não podem desconsiderar os avanços conquistados;
Participação: refere-se a efetiva participação dos corpos intermediários da sociedade, consagrando-se a noção de democracia participativa e de Estado de Direito Democrático.
Integração: previsão de órgãos supranacionais para implementar de uma integração espiritual, moral, ética e institucional entre os povos;
Universalização: consagração dos direitos humanos fundamentais internacionais, fazendo prevalecer o princípio da dignidade da pessoa humana de maneira universal e afastando assim qualquer forma de desumanização

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