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APOSTILAS LIBRAS

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FACULDADE NOVA ESPERANÇA DE MOSSORÓ-FACENE 
CURSO: OPTATIVAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Disciplina: Língua Brasileira de Sinais – 
LIBRAS 
 Carga horária: 40 hs. 
 
 
 
 
 
 
 
 
PROFESSOR: 
Francisco de Acací Viana Neto 
2 
 
 
SUMÁRIO 
Parte 1 
1. Para aprender LIBRAS .................................................................................4 
2. Alfabeto Manual ...........................................................................................6 
3. A Datilologia e Sinal Soletração ...................................................................8 
4. Numerais ......................................................................................................9 
5. Numerais cardinais e Quantidades ............................................................10 
6. O que é LIBRAS? .......................................................................................11 
7. Surdos e D.A. (Deficiente auditivo) ............................................................16 
8. Configurações de Mãos da LIBRAS ...........................................................17 
9. Família ........................................................................................................21 
10. Pronomes pessoais/ possessivos...............................................................23 
11. As saudações e os Cumprimentos .............................................................24 
12. Ambientes escolares ..................................................................................28 
13. Expressões faciais ou Não-manual ............................................................30 
Parte 2 
14. Breve histórico da educação dos surdos ...................................................36 
15. Mitos ...........................................................................................................38 
16. Lei de LIBRAS ............................................................................................39 
17. Calendários: Indicadores temporais; advérbio de tempo/dias da semana .40 
18. Meses .........................................................................................................41 
Parte 3 
19. Cores ..........................................................................................................45 
20. Frutas .........................................................................................................47 
21. Vocabulários: Alimentação .........................................................................48 
22. Tipos de Frases na Libras ..........................................................................50 
23. Atividades de LIBRAS ................................................................................54 
3 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PARTE 1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
 
ORIENTAÇÕES PARA O ESTUDANTE 
 
Para aprender LIBRAS 
 
Se você quer aprender a realmente SE COMUNICAR em 
Libras, vale o mesmo que para todas as línguas: só se aprende na 
prática. 
 
Os Surdos têm uma cultura própria e diferente da dos ouvintes. 
Da mesma maneira que você só aprende inglês bem estando nos EUA 
ou Inglaterra, você só aprende Libras bem estando na comunidade 
Surda. 
 
Atenção ás aulas. Não tente traduzir (mentalmente e/ou 
oralmente) a conversa em sinais, procure apenas entender em sinais, a 
atenção na repetição e no contexto vão ajudá-lo a adquirir a língua. A 
LIBRAS não é português sinalizado. 
 
Observe todas as conversas em LIBRAS, do instrutor com um 
aluno, ou com toda a turma, ou mesmo entre dois surdos, tal processo 
ajudará a aumentar seu vocabulário. 
 
Em uma conversa em LIBRAS, não focalize só as mãos da 
outra pessoa, mantenha o contato “olho-no-olho”, observando as 
expressões facial e corporal que contam muito. 
 
 Participe da aula, tente acrescentar, faça comentários, 
concorde, discorde, pois quanto mais se participa, mais se refém o que 
ensinado. Não se preocupe se vai fazer sinal errado ou certo. Tire 
todas as suas dúvidas. 
 
Respeite o professor, ele está na sala de aula para ensinar, e 
ele não escuta, por isso use apenas Língua de Sinais, para qualquer 
dúvida ou conversa com colegas. Fora da sala use LIBRAS, sempre 
que houver SURDO presente. 
 
Pergunte ao PROFESSOR, não pergunte ao colega (que te 
passará em português), pois você perderá a experiência da entender o 
significado pleno em LIBRAS. 
 
 Não falte, pois a turma está se esforçando para que haja uma 
coesão do grupo, isso influenciará numa rica interação. 
 
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COMUNICAÇÃO CORRETA COM 
DEFICIENTE AUDITIVO/SURDO 
 
 Fale de frente, clara e pausadamente com surdo/ 
DA. Uma boa articulação dos lábios pode facilitar 
a comunicação. 
 
 Não olhe para o outro lado ao conversar, é 
importante o contato visual. 
 
 Ambiente claro e de boa visibilidade são 
importantes para um bom entendimento. 
 
 Não é necessário gritar, fale em tom de voz 
natural. 
 
 Se você não entender o que uma pessoa surda/ 
DA está falando, não tenha vergonha e não perca 
a paciência. 
 
 Peça para repetir e, se for o caso chame o 
intérprete. O mais importante é a comunicação. 
 
 
 
 
 
 
6 
 
Alfabeto Manual em LIBRAS 
 
 
7 
 
ALFABETO DE LIBRAS 
 
 
O alfabeto de Libras (Língua Brasileira de Sinais) teve sua origem 
ainda no Império. Em 1856, o conde francês Ernest Huet desembarcou 
no Rio de Janeiro com o alfabeto manual francês e alguns sinais. O 
material trazido pelo conde, que era surdo, foi adaptado e deu origem à 
Libras. Este sistema foi amplamente difundido e assimilado no Brasil. 
No entanto, a oficialização em lei da Libras só ocorreu um século e 
meio depois, em abril de 2002 – nesse período, o Brasil trocou a 
monarquia pela república, teve seis Constituições e viveu a ditadura 
militar. 
O longo intervalo deve-se a uma decisão tomada no Congresso 
Mundial de Surdos, na cidade italiana de Milão em 1880. No evento, ficou 
decidido que a língua de sinais deveria ser abolida, ação que o Brasil 
implementou em 1881. 
A Libras quase mudou o nome e só voltou a vigorar em 1991, no 
Estado de Minas Gerais, com uma lei estadual. Só em agosto de 2001, 
com o Programa Nacional de Apoio à Educação do Surdo, os primeiros 
80 professores foram preparados para lecionar a língua brasileira de 
sinais. A regulamentação da Libras em âmbito federal só se deu em 24 
de abril de 2002, com a lei nº 10.436. 1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1
 Fonte: http://www.faberj.edu.br/downloads/biblioteca/libras/LIBRAS.pdf 
8 
 
A Datilologia e Sinal Soletração 
 
É utilizada, normalmente, para soletrar nomes de pessoas, lugares e etc. 
 
 
 
 
 SABIA MAIS! 
 
>>> Se quiser treinar os sinais abaixo de forma mais interativa confira alguns 
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Mundo dos Surdos... 
 
1. As línguas de sinais, em sua maioria, derivaram deste alfabeto e da língua de 
sinais da França, criada logo após. 
 
2. A Datilologia, Alfabeto Manual da língua de sinais não pertence diretamente 
à LIBRAS, é na realidade uma ponte entre a língua de sinais e as línguas orais 
auditivas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
 
Numerais 
 
Os números em língua de sinais possuem
diferenças como na língua portuguesa. 
Observe: 
 
 
 
 
NÚMEROS - QUANTIDADES 
 
 
 
 
 
 
10 
 
 
Numerais cardinais e Quantidades 
 
As línguas podem ter formas diferentes para apresentar os numerais quando 
utilizados como cardinais, ordinais, quantidade, medida, idade, dias da semana ou 
mês, horas e valores monetários. Isso também acontece na Libras. Nesta unidade e 
nas seguintes, serão apresentados os numerais em relação às situações 
mencionadas acima. É erro o uso de uma determinada configuração de mão para o 
numeral cardinal sendo utilizada em um contexto onde o numeral é ordinal ou 
quantidade, por exemplo: o numeral cardinal 1 é diferente da quantidade 1, que é 
diferente do ordinal PRIMEIR@, que é diferente de PRIMEIROANDAR, que é 
diferente de PRIMEIRO-GRAU, que é diferente de MÊS-1. Estas diferenças serão 
trabalhadas nas unidades deste livro. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
11 
 
 
 
 
 
 
 
12 
 
No Brasil, as comunidades surdas urbanas utilizam a LIBRAS, mas além dela, 
há registros de uma outra língua de sinais que é utilizada pelos índios Urubus-
Kaapor na Floresta Amazônica. 
Muitas pessoas acreditam que a LIBRAS é o português feito com as mãos, na 
qual os sinais substituem as palavras desta língua, e que ela é uma linguagem 
como a linguagem das abelhas ou do corpo, como a mímica. Entre as pessoas que 
acreditam que a LIBRAS é realmente uma língua, há algumas que pensam que ela 
é limitada e expressa apenas informações concretas, e que não é capaz de 
transmitir idéias abstratas. 
Esses mitos precisam ser desfeitos porque a LIBRAS, como toda língua de 
sinais, é uma língua de modalidade gestual-visual que utiliza, como canal ou meio 
de comunicação, movimentos gestuais e expressões faciais que são percebidos 
pela visão; portanto, diferencia da Língua Portuguesa, uma língua de modalidade 
oral-auditiva, que utiliza, como canal ou meio de comunicação, sons articulados 
que são percebidos pelos ouvidos. Mas as diferenças não estão somente na 
utilização de canais diferentes, estão também nas estruturas gramaticais de cada 
língua. 
Embora com as diferenças peculiares a cada língua, todas as línguas possuem 
algumas semelhanças que a identificam como língua e não linguagem como, por 
exemplo, a linguagem das abelhas, dos golfinhos, dos macacos, enfim, a 
comunicação dos animais. 
Uma semelhança entre as línguas é que todas são estruturas a partir de 
unidades mínimas que formam unidades mais complexas, ou seja, todas possuem 
os seguintes níveis lingüísticos: o fonológico, o morfológico, o sintático e o 
semântico. 
No nível fonológico estão os fonemas. Os fonemas só têm valor contrastivo, 
não têm significado, mas, a partir das regras de cada língua, eles se combinam 
para formar os morfemas e estes, as palavras. 
Na língua portuguesa, por exemplo, os fonemas m / n / s / a / e / i podem se 
combinar e formar a palavra meninas. 
No nível morfológico, esta palavra é formada pelos morfemas {menin-} {-a}{-s}. 
Diferentemente dos fonemas, cada um destes morfemas tem um significado: 
{menin-} é o radical desta palavra e significa “criança”, “não adulto”; o morfema {-a} 
significa “gênero feminino” e o morfema {-s} significa “plural”. 
No nível sintático, esta palavra pode se combinar com outras para formar a 
frase, que precisa ter um sentido e coerência com o significado das palavras em 
um contexto, o que corresponde aos níveis semântico (significado) e pragmático 
(sentido no contexto: onde está sendo usada) respectivamente. Assim o nível 
semântico permeia o morfo-sintático. 
Outra semelhança entre as línguas é que os usuários de qualquer língua 
podem expressar seus pensamentos diferentemente, por isso uma pessoa que fala 
uma determinada língua utiliza essa língua de acordo com o contexto, portanto o 
modo de se falar com um amigo não é igual ao de se falar com uma pessoa 
estranha; assim, quando se aprende uma língua está aprendendo também a utilizá-
la a partir do contexto. 
Outra semelhança também é que todas as línguas possuem diferenças quanto 
ao seu uso em relação á região, ao grupo social, á faixa etária e ao gênero. O 
ensino oficial de uma língua sempre trabalha com a norma culta, a norma padrão, 
13 
 
que é utilizada na forma escrita e falada e sempre toma alguma região e um grupo 
social como padrão. 
Ao se atribuir ás línguas de sinais o status de língua é porque elas, embora 
sendo de modalidade diferente, possuem também estas características em relação 
ás diferenças regionais, sócio-culturais, entre outras, e em relação ás suas 
estruturas porque elas também são compostas pelos níveis descritos acima. 
O que é denominado de palavra ou item lexical nas línguas orais-auditivas, são 
denominados sinais nas línguas de sinais. 
Os sinais são formados a partir da combinação do movimento das mãos com um 
determinado formato em um determinado lugar, podendo este lugar ser uma parte 
do corpo ou um espaço em frente ao corpo. Estas articulações das mãos, que 
podem ser comparadas aos fonemas e ás vezes aos morfemas, são chamadas de 
parâmetros, portanto, nas línguas de sinais podem ser encontrados os seguintes 
parâmetros: 
 Configuração da(s) mão(s): é a forma da(s) mão(s) presente no sinal. Na 
LIBRAS há 64 configurações. Elas são feitas pela mão dominante (mão direita para 
os destros), ou pelas duas mãos dependendo do sinal. Veja o quadro de 
configurações e o quadro do alfabeto manual que é formado por algumas dessas 
configurações para representar as letras (grafemas) da língua portuguesa. Os sinais 
APRENDER, LARANJA e DESODORANTE-SPRAY têm a mesma configuração de 
mão e são realizados na testa, na boca e na axila, respectivamente. 
 
 


 Ponto de articulação: é o lugar onde incide a mão predominante configurada, 
podendo esta tocar alguma parte do corpo ou estar em um espaço neutro vertical 
(do meio do corpo até á cabeça e horizontal (á frente do emissor). Os sinais 
TRBALHAR, BRINCAR, PAQUERAR são feitos no espaço neutro e os sinais 
ESQUECER, APRENDER e DECORAR são realizados na testa. Exemplos: 
 
14 
 
 
 
 
 Movimento: os sinais podem ter um movimento ou não. Os sinais citados 
acima têm movimento, como também os sinais RIR, CHORAR e CONHECER, mas 
AJOELHAR e EM-PÉ não têm movimento. Exemplos: 
 
 
 
 
 Orientação/ direcionalidade: os sinais têm uma direcionalidade com relação 
aos parâmetros acima. Assim, os verbos IR e VIR se opõem em relação á 
direcionalidade, como os verbos SUBIR e DESCER, ACENDER e APAGAR, ABRIR-
PORTA e FECHAR-PORTA. Exemplos: 
15 
 
 
 
 
 Expressão facial e/ou corporal: muitos sinais, além dos quatro parâmetros 
mencionados acima, em sua configuração têm como traço diferenciador também a 
expressão facial e/ou corporal, como os sinais ALEGRE e TRISTE. Há sinais feitos 
somente com a bochecha como LADRÃO, ATO-SEXUAL; sinais feitos com a mão e 
expressão facial, como o sinal BALA, e há ainda sinais em que sons e expressões 
faciais complementam os traços manuais, como os sinais HELICÓPTERO e MOTO. 
Exemplos: 
 
 
 
Na combinação destes quatro parâmetros, ou cinco, tem-se o sinal. Falar com as 
mãos é, portanto, combinar estes elementos para formarem as palavras e estas 
formarem as frases em um contexto. 
Para conversar, em qualquer língua, não basta conhecer as palavras e articulá-
las adequadamente, é preciso aprender as regras gramaticais de combinação 
destas palavras em frases e serão estas regras gramaticais que iremos ver aos 
poucos em cada unidade desse livro. 
 
 
 
16 
 
 
ASPECTOS CLÍNICOS DA SURDEZ 
 
Surdo e D.A (Deficiente Auditivo) 
Deficiente auditivo ou surdo? Existe diferença? 
 
 
 
Muitos ficam na dúvida
se devem dizer deficientes auditivos ou surdos, mas 
afinal, qual o nome correto? 
Para surpresa de muitas pessoas, os dois nomes são corretos, e existem sim muitas 
diferenças entre eles e colocamos aqui algumas delas para entendermos um pouco 
melhor. O termo surdo é usado por aqueles que já nasceram surdos, portanto não 
consideram que possui alguma deficiência, para ele o fato de não ouvir é natural. Já 
a pessoa que perdeu a audição, seja em acidente ou alguma doença, usa-se o 
termo que na verdade hoje é pessoa com deficiência auditiva. Veja abaixo as 
principais diferenças entre os surdos e deficientes auditivos, quanto à vários fatores 
culturais. 
 
 
Deficiente Auditivo Surdo 
 
Não são usuários de LIBRAS 
 
São usuários de LIBRAS 
Moilização em busca de aparelhos auditivos Mobilização na defesa da LIBRAS, da 
cultura e da comunidade surda 
 
Assistem televisão com fone sem fio 
 
Assistem TV através de Legenda 
São mais próximos dos ouvintes 
 
Usam telefone para surdos 
Conforto lingüístico ser oral-auditivo Utilizam sinalizadores luminosos para 
campainha, telefone, etc. 
 
Não participa nas associações de surdos 
 
Painéis eletrônicos 
Não aceita ser chamado de surdo Utilizam-se mais de imagens na 
interpretação e comunicação 
 
Presença de Interprete Oro-Facial 
 
Participa nas associações de surdos 
Gosta de ser chamado de deficiente auditivo Não aceita ser chamado deficiente 
auditivo 
 
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Configurações de Mãos da LIBRAS 
 
 
 
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FAMÍLIA 
 
 
22 
 
 
DIÁLOGO 
 
(A) VOCÊ MORAR SOZINHO? 
(B) NÃO, FAMÍLIA MORAR JUNTOS. 
 
(A) SUA FAMÍLIA É GRANDE? 
(B) FAMILIA (GRANDE OU POUCO). 
 
(A) VOCÊ MORAR JUNTO FAMILIA QUANTO? 
(B) EU TER__________________________. 
 
(A) VOCÊ TER NAMORAD@? 
(B) TER (OU NÃO-TER) NAMORAD@ ou JÁ CASADO. 
 
(A) BOM CONHECER SUA FAMÍLIA. 
(B) OBRIGAD@! 
 
 
 
 
23 
 
 
 
 
 
 
 
 
24 
 
 
As saudações e os Cumprimentos 
 
É comum as pessoas se saudarem em encontros formais e informais. Isto é um ritual que acontece em 
qualquer sociedade seja utilizando línguas orais como de sinais. Nas línguas de sinais, existem diversos 
sinais para saudar e também cumprimentar as pessoas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
25 
 
 
 
 
 
 
26 
 
 
 
 
Apresentação e saudação 
 
 OI 
 TUDO BEM? 
 TUDO BEM! 
 BOM DIA! 
 BOA TARDE! 
 BOA NOITE! 
 COM LICENÇA 
 DESCULPAR 
 ATRASAR 
 ANTES/ DEPOIS 
 OBRIGAD@ 
 DE NADA 
 POR FAVOR 
 BANHEIRO 
 VONTADE 
 NOME/ SINAL 
 AULA 
 CERTO/ ERRADO 
 TCHAU 
 PRAZER 
 
 
 Perguntas Vocabulários 
 
 O QUÊ? 
 QUEM? 
 COMO? 
 POR QUE? 
 QUANDO? 
 ONDE? 
 
 
 RESPOSTAS 
 PODER/NÃO-PODER 
 ENTENDER/ NÃO-ENTENDER 
 GOSTAR/ NÃO-GOSTAR 
 CONHECER 
 PRAZER 
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DIÁLOGO 
 
(A) OI. TUDO BEM? 
(B) OI. TUDO BEM! VOCÊ GOSTAR AULA LIBRAS? 
 
(A) SIM, EU GOSTAR AULA LIBRAS. 
(B) PROFESSOR QUEM É? 
 
(A) PROFESSOR SINAL_______________. VOCÊ CONHECER? 
(B) EU CONHECER, AULA LIBRAS ONDE? 
 
(A) AULA LIBRAS LOCAL FACULDADE FACENE. 
(B) OK. 
 
(A) THAU. 
(B) TCHAU. 
 
DIÁLOGO 
(C) OI. TUDO BEM? 
(D) OI. TUDO BEM! 
 
(C) SEU NOME? 
(D) MEU NOME________________. SEU NOME? 
 
(C) MEU NOME________________. MEU SINAL________ E SEU SINAL? 
(D) MEU SINAL________________. PRAZER CONHECER VOCÊ. 
 
(C) PRAZER CONHECER VOCÊ TAMBÉM. 
(D) OK. 
 
(C) TELEFONE SEU NÚMERO? 
(D) MEU TELEFONE NÚMERO_______________. 
 
(C) OBRIGADO. 
(D) DE NADA. 
 
(C) TCHAU. 
(D) TCHAU. 
 
 
 
28 
 
 
AMBIENTES ESCOLARES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
29 
 
 
 
 
 
 
Anotação 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
30 
 
 
 
 
 
31 
 
 
 
 
 
32 
 
 
 
 
33 
 
 
 
 
 
 
 
34 
 
 
ATIVIDADE – Reconhecendo as Expressões 
 
Visualize no VIDEO as expressões faciais que correspondam a uma das 
alternativas abaixo: 
 
 
1 – DÚVIDA ( ) MEDO ( ) RAIVA ( ) 
 
2 – ESPANTO ( ) ADMIRAÇÃO ( ) ESTRANHEZA ( ) 
 
3 – ALEGRIA ( ) SATISFAÇÃO ( ) PENSATIVO ( ) 
 
4 – TRISTEZA ( ) DESANIMO ( ) ZANGADO ( ) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
35 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PARTE 2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
36 
 
 
BREVE HISTÓRICO DA EDUCAÇÃO DOS SURDOS2 
 
A história da educação dos surdos é cheia de controvérsias e 
descontinuidades. 
A primeira notícia que temos é do século XII, quando os surdos não 
eram considerados humanos, não tinham direito à herança, não 
frequentavam nenhum meio social e eram proibidos de se casarem. 
Na Idade Média, com o feudalismo, os surdos começaram a ter 
atenção diferenciada pelo clero (Igreja), que estava muito preocupado 
com o que tais pessoas faziam e por que não vinham se confessar. 
As pessoas não iam se confessar porque não apresentavam uma 
língua estruturante para seu pensamento. Mas a igreja também estava 
muito preocupada, pois nasciam muitos surdos nos castelos dos nobres, 
devido à frequência dos casamentos consanguíneos, comuns na época, 
visto que a nobreza não queria dividir sua herança com outras famílias e 
acabavam casando-se entre primos, sobrinhas, tios e até irmãos. 
Como nos mosteiros da Igreja havia padres, monges e frades que 
utilizavam de uma língua gestual rudimentar, porque nesses ambientes 
existia o voto do silêncio, esses religiosos foram deslocados para esses 
castelos com a missão de educar os filhos surdos dos nobres em troca de 
grandes fortunas. 
Quanto ao método utilizado na época não temos registros, mas 
sabe-se que alguns acreditavam que deveriam priorizar a língua falada, 
outros, a língua de sinais e outros, ainda, o método combinado. 
Em 1880, aconteceu o Congresso Mundial de Professores de Surdos 
em Milão, na Itália, onde foi discutido qual seria o melhor método para a 
educação dos surdos. Nesse congresso ficou resolvido que o melhor 
 
2
 Fonte: http://www.faberj.edu.br/downloads/biblioteca/libras/LIBRAS.pdf 
37 
 
 
método era o oral puro, sendo proibida a utilização da língua de sinais a 
partir desta data. 
A partir daí, as crianças surdas, muitas vezes, tinha suas mãos 
amarradas para trás e eram obrigadas a sentarem em cima das mãos ao 
irem para a escola, para que não usassem a língua de sinais. 
Tal opressão perdurou por mais de um século, trazendo uma série 
de consequências sociais e educacionais negativas. 
No Brasil, a primeira lei que viabiliza o uso da Língua Brasileira de 
Sinais como a primeira língua dos surdos foi assinada em novembro de 
2002 pelo Presidente Fernando Henrique Cardoso. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
38 
 
 
MITOS 
O termo errado é surdo-mudo 
 
O que é errado é o termo SURDO-MUDO, pois não existem pessoas surdas-mudas, só 
surdas, elas não falam porque não ouvem, mas muitos podem vir a falar, aprendendo em 
escolas próprias e com fonoaudiólogos, usando a técnica da leitura labial, eles podem 
desenvolver a fala como qualquer
ouvinte. 
 
 
DESMISTIFICANDO OS ESTEREÓTIPOS 
 
 Nem todo surdo é mudo; 
 Nem todos os surdos fazem leitura labial; 
 Nem todos os surdos sabem Língua de Sinais; 
 Ao falar com surdo não é necessário tocá-lo fortemente e/ou falar em voz alta. 
 A Língua de Sinais não é universal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
39 
 
 
LEI DE LIBRAS 
 
Lei n° 10.436, de 24 de abril de 2002. 
 
Dispõe sobre a LÍNGUA BRASILERA DE SINAIS - LIBRAS e dá outras providências. Eu o 
presidente da república faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a 
seguinte Lei. 
 
Art. 1 - É reconhecida como meio legal de comunicação e expressão a LÍNGUA 
BRASILEIRA DE SINAIS - LIBRAS e outros recursos de expressão a ela associados. 
 
Parágrafo Único. entende-se como LINGUA BRASILEIRA DE SINAIS - LIBRAS a 
forma de comunicação e expressão, em que o sistema linguístico de natureza visual-
motora. Com estrutura gramatical própria, constituem um sistema linguístico de 
transmissão de idéias e fatos, oriundos de comunidades de pessoas surdas do Brasil. 
 
Art. 2 - Deve ser garantido, por parte do poder público em geral e empresas 
concessionárias de serviços públicos, formas institucionalizadas de apoiar o uso e 
difusão da LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS - LIBRAS como meio de comunicação 
objetiva e de utilização corrente das comunidades surdas do Brasil. 
 
Art 3 - As instituições públicas e empresas concessionárias de serviços públicos de 
assistência à saúde devem garantir atendimento e tratamento adequado aos 
portadores de deficiência auditiva, de acordo com as normas legais em vigor. 
 
Art. 4 - O sistema educacional federal e os sistemas educacionais estaduais, 
municipais e do Distrito Federal devem garantir a inclusão nos cursos de formação de 
educação especial, de fonoaudióloga e de magistério, em seus níveis médio e 
superior, do ensino da língua brasileira de sinais - libras, como parte integrante dos 
parâmetros cirriculares nacionais - PCNS. Conforme legislação vigente. 
 
Parágrafo Único. A LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS - LIBRAS não poderá 
substituir a modalidade escrita da Língua Portuguesa. 
 
Art. 5 - Esta lei entra em vigor na data de sua publicação. 
 
Brasília, 24 de abril de 2002; 1810 da Independência e 1140 da República. 
Fernando Henrique Cardoso 
Paulo Renato Souza 
 
Texto Publicado no D.O.U. de 25.4.2002. 
 
 
40 
 
 
CALENDÁRIOS 
Indicadores temporais; advérbio de tempo/dias da semana. 
 
 
 
 
 
 
 
41 
 
 
MESES 
 
 
 
42 
 
 
 
 
 
43 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
44 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PARTE 3 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
45 
 
 
CORES 
 
 
 
 
 
 
 
46 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
47 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
48 
 
 
VOCABULÁRIO 
 
49 
 
 
 
 
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Tipos de Frases na Libras 
 
1. Forma afirmativa: expressão facial neutra. 
 
 
2.Forma interrogativa: sobrancelhas franzidas e um ligeiro movimento de cabeça 
inclinando-se para cima. 
 
 
3.Forma exclamativa: sobrancelhas levantadas e um ligeiro movimento de cabeça 
inclinando-se para baixo. Pode ainda vir também com um intensificador representado 
pela boca fechada com movimento para baixo. 
 
 
4.Forma negativa: a negação pode ser feita através de três processos: 
51 
 
 
a) Com acréscimo do NÃO à frase afirmativa: 
 
 
b) Com a incorporação de um movimento contrário ou diferente ao do sinal negado: 
 
 
c) Com um aceno de cabeça que pode ser feito simultaneamente com a ação que está 
sendo negada ou juntamente com os processos acima: 
 
 
 
 
 
 
 
 
52 
 
 
5.Forma negativa/interrogativa: sobrancelhas franzidas e aceno de cabeça negando. 
 
 
 
6.Forma exclamativa/interrogativa 
 
 
Praticando os tipos de frases: 
1) Cada aluno deverá formular dois tipos de sentenças diferentes e, em seguida, sinalizar 
para toda a classe. 
2) O professor sinalizará 8 frases de vários tipos (afirmativa, negativa, interrogativa, 
exclamativa) e os alunos deverão anotar as frases sinalizadas pelo professor. 
a. ________________________________________________ 
b. ________________________________________________ 
c. ________________________________________________ 
d. ________________________________________________ 
e. ________________________________________________ 
 
 
 
 
53 
 
 
BIBLIOGRAFIA, FONTES DE PESQUISA, ESTUDO E 
ILUSTRAÇÕES 
 
1 Atividades Ilustradas em Sinais da LIBRAS. Copyright 2004 by Livraria e 
Editora Revinter Ltda. 
2 FELIPE, Tanya A. Libras em Contexto: Curso Básico: Livro do 
Estudante. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação 
Especial, 2005. 6ª Edição 188 p.: il. 
3 Secretaria de Educação do Estado do Paraná. Departamento de Educação 
Especial. Falando com as Mãos. 
4 http://wvrw.feneis.com.br/Educacao/Surdos_surdosmudos.html 
5 http://www.ines.org.br/libras 
6 http://www.dicionariolibras.com.br 
 
 
 
 
 
 
 
 
54 
 
 
 
 
 
 
ATIVIDADES 
EM LIBRAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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FACULDADE DE ENFERMAGEM NOVA ESPERANÇA DE MOSSORÓ-FACENE 
CURSO DE BACHARELADO EM ENFERMAGEM 
Disciplina: Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS 
Aluno(a):___________________________________ Data:____/____/_______ 
Professor:___________________________________ 
 
 
ATIVIDADE 
 
1-Ditado de Visual: professor apresenta em LIBRAS utilizando DATILOLOGIA 
 
a)___________________________ l)_____________________________ 
 
b)___________________________ m)____________________________ 
 
c)___________________________ n)_____________________________ 
 
d)___________________________ o)_____________________________ 
 
e)___________________________ p)_____________________________ 
 
f)___________________________ q)_____________________________ 
 
g)___________________________ r)_____________________________ 
 
h)___________________________ s)_____________________________ 
 
i)___________________________ t)_____________________________ 
 
j)___________________________ u)______________________________ 
 
 
 
2 - OS alunos deverão responder, utilizando D.A. (Deficiente Auditiva) ou Surdo: 
 
a) ( ) não são usuários de LIBRAS 
b) ( ) usam telefone para surdos 
c) ( ) painéis eletrônicos 
d) ( ) conforto lingüístico ser Oral- Auditivo 
e) ( ) São mais próximos dos ouvintes 
f) ( ) Mobilização na defesa da LIBRAS, da Cultura e da comunidade Surda 
 
 
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FACULDADE DE ENFERMAGEM NOVA ESPERANÇA DE MOSSORÓ-FACENE 
CURSO DE BACHARELADO EM ENFERMAGEM 
Disciplina: Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS 
Aluno(a):___________________________________ Data:____/____/_______ 
Professor:___________________________________ 
 
 
ATIVIDADE 
 
1 - Assinale as alternativas corretas á ordem em que o professor apresenta em LIBRAS utilizando: 
CALENDÁRIO 
 
a) ( ) QUEM FALTAR HOJE? 
b) ( ) VOCÊ TRABALHAR MANHÃ OU TARDE? 
c) ( ) AMANHAR TER AULA LIBRAS 
d) ( ) SÁBADO DOMINGO VOCÊ FAZER O QUE? 
e) ( ) CALENDÁRIO TER 12 MÊS? 
f) ( ) ANTEONTEM EU VER FUTEBOL 
g) ( ) MADRUGADA EU ESTUDAR
PORQUE AMANHÃ PROVA LIBRAS 
h) ( ) HORA VOCÊ V-A-I CASA? 
i) ( ) ONTEM NÃO TER AULA LIBRAS HOJE TER AULA LIBRAS 
j) ( ) SEXTA-FEIRA EU VOU PASSEAR JUNTO ALUN@ PROFESSOR. 
 
2.O professor deverá apresentar 10 (dez) frases em LIBRAS utilizando CALENDÁRIO e os alunos 
deverão escrever em língua portuguesa. 
 
a)____________________________________________________________________________ __ 
 
b)____________________________________________________________________________ __ 
 
c)____________________________________________________________________________ __ 
 
d)______________________________________________________________________________ 
 
e)____________________________________________________________________________ 
 
 
 
 
 
 
 
 
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FACULDADE DE ENFERMAGEM NOVA ESPERANÇA DE MOSSORÓ-FACENE 
CURSO DE BACHARELADO EM ENFERMAGEM 
Disciplina: Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS 
Aluno(a):___________________________________ Data:____/____/_______ 
Professor:___________________________________ 
 
ATIVIDADE 
 
1 - No contexto na sala de aula o professor identifica 10 (dez) sinais de Objetos e quantidades em 
LIBRAS. OS alunos escreverão em língua portuguesa o que sinalizou. 
OBJETOS QUANTIDADES 
 
a)___________________________ _____________________________ 
 
b)___________________________ ____________________________ 
 
c)___________________________ _____________________________ 
 
d)___________________________ _____________________________ 
 
e)___________________________ _____________________________ 
 
f)___________________________ _____________________________ 
 
g)___________________________ _____________________________ 
 
h)___________________________ _____________________________ 
 
i)___________________________ _____________________________ 
 
j)___________________________ ______________________________ 
 
 
2 - O professor deverá apresentar 10 (dez) sinais em LIBRAS utilizando DISCIPLINA e 
DEPENDÊNCIA DA ESCOLA: 
 
a)________________________________ f)_________________________________ 
 
b)________________________________ g)_________________________________ 
 
c)________________________________ h)_________________________________ 
 
d)________________________________ i)__________________________________ 
 
e)________________________________ j)__________________________________ 
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