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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ Pós-graduação em Direito Resenha do Caso Nome do aluno UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ graduação em Direito e Processo do Trabalho e Direito Previdenciário Caso “Justiça trabalhista aceita ação cível para evitar honorários” Nome do aluno (a) Nathalia Kreling Trabalho da disciplina Audiência Trabalhista Tutor: Prof. Maria Celia Ferreira de Rezende Barreiras - BA 2018 UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ e Processo do Trabalho e Justiça trabalhista aceita ação cível Kreling Audiência Trabalhista Maria Celia Ferreira de Rezende Caso: “Justiça trabalhista aceita ação cível para evitar honorários”. TÍTULO Justiça trabalhista aceita ação cível para evitar honorários REFERÊNCIA: Justiça trabalhista aceita ação cível para evitar honorários. Jornal. 17 de Maio de 2018, São Paulo-SP. 1. INTRUDUÇÃO O nível de insegurança gerado pela reforma é muito alto e honestamente ninguém sabe aonde ela vai nos levar. São diversas suas contradições internas e são numerosos os contrassensos. Há grande ênfase na negociação coletiva, mas ao mesmo tempo os sindicatos foram acuados, porque considerados os principais responsáveis pelo entrave do desenvolvimento trabalhista, em afirmações genéricas e desprovidas de base científica. Há grande propaganda sobre o potencial de geração de empregos, mas a reforma teve a ousadia de dizer que a dispensa em massa é igual à dispensa individual, em sua forma e em seu conteúdo, em claro desafio à Constituição Brasileira e a amplo consenso internacional em sentido contrário. Há grande desprezo à Justiça do Trabalho, mas ao mesmo tempo o país não desenvolveu a contento o sistema de inspeção trabalhista, que poderia lidar com a prevenção com muito mais eficácia do que com o remédio, e não encontra outros campos para a conversa e o entendimento. Nesse sentido, a pressente resenha se propõe a apresentar os aspectos gerais no que concerne à gratuidade da justiça, aos honorários periciais e aos advocatícios no processo do trabalho. 2. RESUMO A Lei nº 13.467/2017, intitulada por Reforma Trabalhista, aprovada em trâmite acelerado e poucas vezes vista no Congresso Nacional, apresenta significativas e polêmicas mudanças na estrutura do Direito Trabalhista brasileiro, principalmente por não se traduzirem em uma verdadeira reflexão quanto as necessidades e anseios de uma classe jurídica que necessita de atenção e acolhimento do legislador. O trabalho surge com o intuito de retratar a mudança no que se refere às disposições sobre a concessão dos benefícios da assistência jurídica integral e gratuita na seara trabalhista e seus reflexos no adimplemento de honorários periciais e advocatícios, evidenciando a flexibilização da garantia constitucional do acesso à justiça em comparação com rito processualístico comum. 3. CRÍTICA O art. 790 da Consolidação das Leis do Trabalho – CLT trata do recolhimento das custas na justiça trabalhista e da concessão da assistência judiciária gratuita às partes que recebem salário. Esse artigo atribui ao TST a competência para baixar instruções para o recolhimento de custas e emolumentos para toda a justiça especializada. Nesse caso, a previsão legal da justiça gratuita faz referência a valores fundamentais consagrados pela Constituição Federal, como a assistência jurídica integral e gratuita (art. 5º, LXXIV, CRFB), exercício da cidadania, dignidade da pessoa humana (art. 1º, II e III da CRFB) e igualdade de todos perante a lei, sem a emancipação de qualquer espécie de privilégio. Assim, conforme as regras processuais mais comuns, a declaração de miserabilidade preconizada pela parte, pessoa por ora natural, tem presunção de veracidade e é eminentemente pessoal, sendo certo que apesar de estar-se representado por advogado particular, inexiste óbice do direito ao benefício. Entretanto, a partir das alterações introduzidas pela Reforma, não mais persiste na justiça trabalhista a mera presunção de veracidade da declaração firmada pela parte, tal como estabelece de forma expressa o novo código processualista civil. É necessária a comprovação efetiva e documental que a parte faz jus ao benefício. Por conseguinte, resta cristalino que qualquer medida legislativa disposta a onerar, dificultar e obstaculizar formalmente ao acesso à jurisdição por parte dos trabalhadores, além de inverter a ordem e a concepção de Estado Social, revela-se inconstitucional e inconveniente, pois se legitima um óbice a justiça gratuita, aos direitos sociais dos trabalhadores e, porque não, a justiça social que se almeja com a pretensão trabalhista em relação a uma “quebra” significativa do aparato e funcionabilidade que a Justiça do Trabalho exerce no cotidiano nacional. É forçoso que se reconheça um formalismo radical e exacerbado, sem qualquer parâmetro justo que dê legitimidade as mudanças trazidas pela Reforma Trabalhista de 2017, sem falar no correspondente desprezo e desapego aos valores da Constituição Federal.
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