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TRABALHO DE DIREITOS HUMANOS- TEMAS TRABALHISTAS E OS DIREITOS HUMANOS-4

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Temas trabaLHIstas e os direitos humanos: 
O ACESSO A JUSTIÇA DO TRABALHO SOB A ÓTICA CONSTITUCIONAL E OS DIREITOS HUMANOS.
Professora. DRª Karen Santos
 Campus Belem - PA
 Belém - PA
2
sumário
	1
	Introdução	02
	2
	Reforma Trabalhista	,03,04
	3
	O cenário trabalhista na Amazônia	05,06
	4
	Os efeitos da Reforma Trabalhista na Amazônia sob a ótica constitucional e os Direitos Humanos	07,08
	5
6
7 
	Crítica e Solução	09,10
Conclusão .....................................................................................................
Referências ...................................................................................................
	
	
I. INTRODUÇÃO:
O presente trabalho busca analisar sobre a ótica constitucional e os parâmetros estabelecidos pela Corte Interamericana de Direitos Humanos (Corte IDH), acerca do retrocesso nos direitos sociais dos trabalhadores amazonenses no cenário pós-reforma.
Hodiernamente, foi discutido no âmbito da política brasileira o ônus e bônus que a reforma trabalhista acarretou as relações empregatícias, fez-se necessário o pretexto que as novas regras trabalhistas que vislumbrariam a qualidade de emprego e novos acordos entre a parte laboral e patronal com o diálogo mais flexível para um justo contrato entre as partes, porém a controvérsias sobre assunto e em especial na Amazônia legal e sobre a temática que discorreremos está composição textual.
Em 13 de julho de 2017 com a lei nº 13.467/2017, houve a copiosa mudança na regulação do trabalho e especialmente na região amazônica, as alterações são contrárias ao que está escrito na constituição e nos tratados internacionais dos direitos humanos.
Apesar das extensões continentais da Amazônia, o índice de desenvolvimento humano está abaixo da média, o que infere significativamente com o reflexo da mudança na CLT, como por exemplo o regime de trabalho intermitente, onde o trabalhador não sabe quando irá trabalhar, quantas horas e nem o salário que receberá ao final do mês, isso torna impossível saber como organizar a vida e pagar as contas no final do mês, o sistema é totalmente pensado no interesse do empresário, os riscos e as incertezas do trabalho passa a ser do trabalhador, a reforma também facilita calote nos pagamentos dos trabalhadores das zonas rurais, a quitação anual das obrigações durante o contrato de trabalho e o acordo por fora da justiça, inclusive sem a comprovação de pagamentos das verbas devidas, são mudanças altamente nocivas e a conjuntura das mesmas deixam o proletariado da região norte vulneráveis a condições de trabalho análogo a escravidão, considerando o reflexo sócio histórico da região Amazônia em relação a precarização das relações trabalhista.
II. REFORMA TRABALHISTA 
Promulgada em 13 de julho de 2017, a Lei nº 13.467, alterou consideravelmente a consolidação das Leis Trabalhistas (Decreto-Lei nº 5.452/43), promovendo diversas mudanças legislativas no âmbito material e processual, alterando dispositivos que versam acerca das férias, jornada de trabalho, remuneração, trabalho intermitente, normas coletivas, contribuição sindical, gravidez, rescisão contratual, ações judiciais e entre outras. Com a perspectiva de adequá-las à nova realidade trabalhista e promover o avanço do empreendedorismo e oportunidades de emprego. Contudo, e considerada por muitos juristas como uma violação das regras da Organização Internacional do Trabalho (OIT) e um retrocesso nos Direitos Sociais, uma vez que o legislador subverteu a razão histórica da legislação trabalhista, protegendo apenas os empregadores. Conforme visto nas alterações da nova Lei, citamos as temáticas mais relevantes:
O acesso ao judiciário, considerando a possibilidade de regulamentar o disposto no artigo 5º, inciso XXXV, da Constituição Federal por meio de normas infraconstitucionais, a reforma trabalhista limitou os benefícios da justiça gratuita aos trabalhadores, eliminando a possibilidade de os tribunais avaliarem apenas com base em declarações, limitando-se aos salários igual a ou aqueles que estejam abaixo de 40% do limite máximo do benefício do Regime Geral de Previdência Social (RGPS) ou que demonstrem insuficiência de recursos.
A reforma trabalhista também criou diversos mecanismos para impedir que a intervenção judicial fosse solicitada, como a aplicação de custas no caso de arquivamento da ação (extinção sem resolução do mérito), mesmo os beneficiários da justiça gratuita serão obrigados a pagar taxas visto que é pressuposto processual para reajuizamento, outrossim, além das sanções previstas no artigo 831 da Consolidação das Leis (CLT), impõem também pena de seis meses para casos de arquivamento reiterado por duas vezes.
A Lei nº 13.467/2017 também impõe a obrigatoriedade do pagamento de honorários periciais em caso de concessão de benefício de justiça gratuita, com a possibilidade de retenção de valores de outros processos, se houver reversão pecuniária em favor do trabalhador (artigo 790-B, § 4º, CLT).
No âmbito processual, sob a alegação de moralização da área trabalhista, a lei passou a prever a possibilidade de aplicação de multa por litigância de má fé às partes do processo, bem como às testemunhas que intencionalmente alteraram e omitirem os fatos verdadeiros e essenciais ao julgamento da causa (CLT arts. 793-A e 793-D).
Em relação aos acordos coletivos, eles passaram a prevalecer sobre a legislação, com isso, as empresas e sindicatos podem livremente dispor sobre o prazo de validade dos acordos e convenções coletivas e o que for acertado entre as partes não é vetado pela Lei, respeitando os direitos essenciais; 
Ao que versa sobre o pagamento da contribuição sindical, deixou de ser obrigatório, passando a ser opcional; 
Por fim, Grávidas e lactantes poderão trabalhar em ambientes considerados insalubres, com a condição que apresentem um laudo médico com a autorização, mudança essa incompatível com a Constituição da República, visto que afronta o princípio da proteção constitucional à maternidade e a criança. 
Alterações essas supramencionadas que evidenciam um relevante retrocesso social na proteção do trabalhador, visto que tais mudanças preconizam o acesso à justiça de forma ampla bem como torna ainda mais vulnerável a classe trabalhista. 
III. O CENÁRIO TRABALHISTA NA AMAZÔNIA 
Historicamente a ocupação da Amazônia se deu por dois principais motivos: a exploração de recursos naturais e grandes incentivos fiscais para empresas se alocarem não região, causando assim um mercado de trabalho pouco dinâmico e dependente do setor público e de políticas sociais, o que dificultou a geração de postos de trabalho suficientes para atender a população local. Um levantamento feito por pesquisadores da PUC- Rio para o projeto Amazônia 2030 mostra que a Amazônia legal apresenta indicadores de trabalho e de renda mais precários que os do restante do País, principalmente entre os jovens. Ainda se comprova que 58% dos trabalhadores ocupados nessas regiões não tinham carteira de trabalho assinada ou trabalhavam por conta própria sem contribuir. 
Sugere- se então a importância de mudar o modelo de desenvolvimento econômico na Amazônia legal, focando em um modelo menos dependente do setor público e com um setor privado mais dinâmico e diversificado. Uma boa infraestrutura de telecomunicação e serviços básicos é essencial para atrair investimentos em áreas com alto potencial de geração de empregos. 
Além do mais, problemática da Informalidade trabalhista ainda é um assunto que precisa ser discutido nesse cenário. Devido à falta de oportunidades de empregos para jovens e adultos a taxa de informalidade tem crescido expressivamente nesta região. Um estudo realizado pelo IBGE no período de 30 de novembro de 2021, apontou que a cada dez trabalhadores, seis não tinham carteira assinada no Estado do Amazonas atingindo a segunda maior taxa de informalidade no Brasil (59,3%) atrás apenas do Estado do Pará (62,2%),dois estados que compõem grande parte da Amazônia legal.
No que concerne ao que a Reforma Trabalhista se propunha a fazer, vemos que esses resultados não foram alcançados, e além, contribuiu para que a informalidade crescesse no país, atingindo um recorde de 39,3 milhões de pessoas trabalhando informalmente (PNAD Contínua- IBGE 2º trimestre de 2022), sem qualquer garantia de direitos trabalhistas, dentre esses estão os empregados sem carteira assinada no setor privado, pequenas empresas sem CNPJ, além de trabalhadores rurais que constituem grande parte do mercado presente na Amazônia.
Vale ressaltar, que apesar de ser uma oportunidade, a informalidade pode trazer prejuízos;
“ A recessão e o aumento do desemprego fazem com que cresçam os subempregos: trabalhos cujas principais características são a baixa produtividade e a má remuneração”. Ruy Braga- pesquisador e professor na Universidade de São Paulo.
Uma das principais consequências a serem abordadas é em relação a contribuição com o INSS, uma vez que esses trabalhadores deixam de pagar a contribuição, afetando diretamente a previdência social do país.
Essa grande massa de informalidade afeta também as condições de vida dos cidadãos e aumenta as desigualdades, uma vez que não garantidos os direitos essenciais como: pagamentos decentes, seguridade de renda, transparência de dados, proteção jurídica, e o direito de se desconectar.
Vale ressaltar também, o alcance de programas sociais, benefícios, aposentadorias e pensões. Foi feita uma pesquisa pelo IBGE em 2019, tendo como base em seus dados, a medição da proporção de domicílios em que ao menos um morador recebeu algum tipo de renda do Governo. Sendo assim, foi constatado que 10% dos domicílios na Amazônia legal tiveram ao menos uma pessoa que recebeu algum tipo de programa social. Nesse sentido, a proporção dos domicílios com aposentadorias e pensões também foi de 10%. Dessa forma, comprovando as diferenças estruturais e a alta informalidade na Amazônia legal, quando comparada com o restante do Brasil.
Segundo Ministério da Cidadania do Governo Federal, são definidas como famílias pobres aquelas com renda mensal por pessoa de até R$ 178,00 e famílias extremamente pobres, aquelas com renda mensal por pessoa de até R$ 89,00. Também em 2019, foi produzida uma pesquisa pelo IBGE para medir as taxas de pobreza e de desigualdade de rendimentos. Sendo assim, usando como medida a proporção de indivíduos com renda abaixo dos valores acima citados na Amazônia legal. Diante disso, foi constatado que 7% da população na região se encontrava recebendo valores abaixo de R$ 89,00, e no restante do Brasil o a proporção foi de 3%. Deste modo, o indicador de famílias pobres na Amazônia foi de 15%, valor que ficou muito acima quando comparado com as outras regiões do país, que é de 6%.
IV. OS EFEITOS DA REFORMA TRABALHISTA NA AMAZÔNIA SOB A ÓTICA CONSTITUCIONAL E OS DIREITOS HUMANOS
O Direito Trabalhista deve ser lido e interpretado como um direito fundamental, pois está inserido na própria Constituição Federal de 1888, proibindo o Legislador de editar normas contrárias aos seus conceitos e preceitos.
Contudo, a Lei n° 13.567/2017 instituiu a denominada “Reforma Trabalhista”, a qual alterou vários dispositivos da nossa CLT, causando um enorme impacto nos operadores do direito do trabalho e impactando também a sociedade em geral.
Nesse sentido, os direitos sociais trabalhistas encontram proteção nas disposições do artigo 60, §4°, da CF. Esses direitos devem ser protegidos pelas cláusulas pétreas, pois o constituinte originário ao listar os valores supremos do Estado democrático de Direito, considerou os direitos sociais como uma jurídica essencial, protegendo-os tanto quanto aos direitos civis e políticos, sendo eles previstos no artigo 5° da Carta Magna.
Em contrapartida, a vontade do legislador em optar pelo crescimento econômico através da redução dos custos do trabalho suprimiu direitos sociais, violando cláusulas pétreas, agindo com inconstitucionalidade. 
Nessa mesma perspectiva, o legislador pátrio agindo desta maneira atenta também contra o princípio da forca Normativa da Constituição, pois, segundo Konrad Hesse;
“Sob pena de se tornar ‘letra morta’, a Constituição deve incorporar em seu bojo a realidade jurídica do Estado, estando conexa com a realidade social. A Constituição adquire força normativa conforme realiza sua máxima eficácia. Portanto, deve-se dar a máxima efetividade aos direitos fundamentais e a otimização das normas para as tornarem mais eficazes, garantindo que a Constituição tenha real Força Normativa, fazendo coincidir a realidade social com a jurídica.” 
Ademais, o controle de constitucionalidade dos dispositivos da Lei 13.467/17 que contrariem normas constitucionais. Assim como o artigo 452-A, que traz a figura do contrato intermitente, in verbis:
“Art. 452-A. O contrato de trabalho intermitente deve ser celebrado por escrito e deve conter especificamente o valor da hora de trabalho, que não pode ser inferior ao valor horário do salário mínimo ou àquele devido aos demais empregados do estabelecimento que exerçam a mesma função em contrato intermitente ou não.”
Dessa forma, ao analisar o dispositivo acima percebe-se a violação frontal à garantia de remuneração mínima, consoante artigo 7°, IV da CF-88, que restringe de forma desproporcional o direito social ao lazer e à desconexão (6° da CF) o qual traz insegurança para o empregado, pois inibe qualquer previsibilidade quanto à jornada mensal consequentemente, ao salário mensal.
V – CRITICA/ SOLUÇÃO DO PROBLEMA
Como sabemos, a Reforma Trabalhista ainda causa divergência entre doutrinadores, economistas e sociólogos, certamente um dos grandes desafios de quem assumir a presidência da República no próximo ano será a geração de emprego. Observando esse cenário que, atualmente, é um dos temas centrais em que o povo anseia por mudanças que de fato assegurem ao trabalhador a proteção de seus direitos sociais constitucionais e não a precarização do que já é precário.
O Brasil tem passado por grandes transformações políticas e econômicas nos últimos anos, assim como quando a CLT foi consolidada em 1943. O tempo exige mudança e as novas dinâmicas de trabalho também. Porém, é importante que se faça uma análise sob um olhar crítico e realista da Reforma Trabalhista. Se a CLT veio para garantir direitos que ainda nem sempre são preservados, a reforma traz mudanças que, em partes, favorece mais o empregador do que o empregado, retrocedendo anos de desenvolvimento e história, principalmente no que cerne os trabalhadores de baixa renda.
Na prática, a geração de emprego não ocorreu nos níveis necessários, houve aumento da informalidade (o que significa maior precarização), os sindicatos de trabalhadores enfrentaram maior dificuldade em negociar com os patrões e as categorias formalizadas tiveram, em sua maioria, perda no poder de compra dos salários. Desta forma, a retórica de que uma flexibilização nas leis laborais colocaria o Brasil no caminho da modernidade se revelou uma falácia.
A “reforma” trabalhista, além de piorar as condições de trabalho, rebaixou as remunerações médias, o que prejudicou os trabalhadores e a própria situação econômica do país.
 Por meio da Lei n° 13.467 de 13 de julho de 2017, o congresso nacional alterou uma série de dispositivos da legislação trabalhista brasileira. Após a reforma trabalhista, registrou-se uma redução significativa, de aproximadamente 46% dos ajuizamentos em todo país entre dezembro de 2017 e março de 2018, de acordo com dados do Tribunal Superior do Trabalho (TST).
 Através dessa lei, a Constituição Federal assegura e garante assistência jurídica gratuita e integral aos necessitados (quando comprovada a insuficiência de recursos para obter o benefício) porém existem obstáculos para obter esse acesso, por razões econômicas, sociais, culturais e processuais. A lei foi aprovada, teoricamente, para flexibilizar o mercado de trabalho e simplificar as relações entre trabalhador e empregado,com esperança de gerar mais empregos. Na verdade, a Reforma Trabalhista acabou por dificultar o acesso do trabalhador à Justiça do trabalho.
 O parágrafo 2° do art. 844/ CLT, em redação dada pela Lei 13.467/2017, ao dispor que a ausência da parte reclamante, na audiência inaugural, importará em sua condenação ao pagamento dos custos processuais, ainda que beneficiasse da justiça gratuita (salvo comprovação de que a ausência se deu por motivo legalmente justificado ), representa verdadeira restrição de acesso do trabalhador ao poder judiciário trabalhista, considerando que não está em condições de arcar com os custos exigidos para arcar com o processo judicial.
 Conclui-se que as transcrições acima apontam para a violação não apenas dos princípios constitucionais do acesso à justiça gratuita, mas ao princípio da dignidade da pessoa humana. Portanto, as reduções das demandas trabalhistas ocorrem pela dificuldade de seu acesso, com a imposição de penalidades que acabam por constranger o trabalhador hipossuficiente, que não busca seus direitos por receio de ser condenado ao pagamento das custas processuais. 
VI - CONCLUSÃO
O suprassumo de todas as leis que estão expressamente descritas na constituição tem como base o princípio da dignidade humana, nada é mais cruel do que tratar os desiguais como iguais, sendo assim, para produzir igualdade é preciso igualar as condições está e a definição do conceito de equidade, diante dos argumentos supracitados verifica -se que a questão trabalhista na Amazônia é muito mais que mera especulação estatística e sim uma realidade. O retrocesso pontuado neste trabalho evidenciados nas dificuldades do acesso à justiça por parte do trabalhador, condições insalubres, contratos trabalhistas que beneficiam em grande parte apenas os donos de empresas, o desenlace do conflito de interesses entre lei, empregador e empregado foi proposto pelos defensores da reforma que alegam que é importante para a segurança jurídica, modernização e o terceiro ponto aumentaria empregos, a ideia de reforma trabalhista é positiva, mas infelizmente o modo de como ela foi estabelecida de forma açodada e sem dialogo com a sociedade, estabelecendo assim um campo muito fértil para erros tendo assim o aumento da precarização onde é sempre bom que se entenda que estamos falando de acordos entre desiguais, onde o empregador praticamente aceita qualquer acordo para manter o seu emprego.
 " Não basta saber ler que Eva viu a uva. É preciso compreender qual a posição que Eva ocupa no seu contexto social, quem trabalha para produzir a uva e quem lucra com esse trabalho."
Paulo Freire, Educador.
REFERÊNCIAs
I. https://fia.com.br/blog/reforma-trabalhista/#:~:text=A%20origem%20formal%20da%20reforma,federal%2C%20n%C3%A3o%20reeleito%20em%202018.
II. Direitos Humanos e Democracia Editora Unijuí • ISSN 2317-5389 • Ano 9 • nº 17 • Jan./Jun. 2021 • Qualis B1 Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Direito da Unijuí https://www.revistas.unijui.edu.br/index.php/direitoshumanosedemocracia
III. https://www12.senado.leg.br/noticias/materias/2019/05/02/aprovada-em-2017-reforma-trabalhista-alterou-regras-para-flexibilizar-o-mercado-de-trabalho
IV. https://www.google.com/amp/s/jus.com.br/amp/artigos/61107/a-reforma-trabalhista-na-perspectiva-constitucional 
V. https://amazonia2030.org.br/wp-content/uploads/2020/11/Relatorio-Final-Mercado-de-Trabalho-na-Amazonia.pdf
VI. https://www.cartacapital.com.br/.Politica/apos-reforma-numero-de-novos-processos-trabalhistas-caiu-pela-metade/.

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