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A Teoria das Inteligências Múltiplas de Howard Gardner Este autor aponta a existência de diferentes tipos de inteligência e as suas aplicações/implicações no processo ensino-aprendizagem. Os critérios para determinar se alguém é inteligente mudaram radicalmente nos últimos 20 anos. E um dos responsáveis por essa transformação, foi o psicólogo americano Howard Gardner. Ele desafiou a sabedoria convencional sobre a compreensão da inteligência humana ao concluir que a mente é composta de múltiplas capacidades independentes entre si, ao invés de apenas uma. Para Gardner, a inteligência não pode ser medida só pelo raciocínio lógico-matemático, geralmente o mais valorizado na escola. A principal contribuição da Teoria das Inteligências Múltiplas é afirmar que o indivíduo não possui apenas uma inteligência, mensurável, inata, considerada por muitas pessoas como inteligência geral. As Inteligências Múltiplas 1) Lógico-matemática: capacidade de confrontar e avaliar objetos e abstrações, distinguir relações e princípios. Predomina em matemáticos, cientistas e filósofos. 2) Linguística: caracteriza-se por gosto e domínio especial de idiomas e palavras. Predomina em poetas, escritores e linguistas. 3) Musical: identificável pela habilidade para compor e executar padrões musicais, em termos de ritmo e timbre, mas também escutando-os e discernindo-os. Predomina em compositores, maestros, músicos e críticos de música. 4) Espacial: expressa-se pela capacidade de compreender o mundo visual com precisão, permitindo recriar experiências visuais. Predomina em arquitetos, artistas, escultores, cartógrafos, navegadores e jogadores de xadrez. 5) Corporal-cinestésica: revela-se na maior capacidade de controlar e orquestrar movimentos do corpo. Predomina em atores e aqueles que praticam dança ou esportes. 6) Intrapessoal: expressa-se na capacidade de conhecer a si próprio. Predomina em escritores, psicoterapeutas e conselheiros. 7) Interpessoal: expressa-se pela habilidade de entender intenções, motivações e desejos dos outros. Predomina em políticos, religiosos e professores. 8) Naturalista: traduz-se na sensibilidade para compreender e organizar objetos, fenômenos e padrões da natureza, como reconhecer e classificar plantas, animais, minerais, entre outros. Predomina em paisagistas e arquitetos. A inteligência existencial ainda está em processo de investigação. Abrange a capacidade de refletir sobre questões fundamentais da existência. Seria característica de líderes espirituais e pensadores filosóficos Opondo-se ao conceito de inteligência geral, Gardner mostra que todos os indivíduos são inteligentes, mas de maneiras diferentes, e que suas inteligências serão reforçadas, desenvolvidas ou não, dependendo dos estímulos que receberem do ambiente e da cultura que os cercam. Algumas inteligências são relativamente independentes das outras e podem ser modeladas, combinadas numa multiplicidade de maneiras de serem adaptadas pelos sujeitos e por suas culturas. Tradicionalmente, as escolas focaram-se muito em inteligências linguísticas e lógicas. E são muito boas em educar pessoas que as dominam. A grande diferença na educação hoje é que o propósito mudou, de simplesmente selecionar os que já são bons estudantes, em favor de tentar atingir aqueles que podem não ser tão bons em linguagem e lógica. O Professor: O desafio docente é descobrir quantas maneiras existem para se fazer o aluno bom em estatísticas, usando muitos tipos diferentes de inteligências e de combinações de inteligências. O professor, quando percebe que alguns alunos estão com dificuldades na escola, precisa compreender primeiro que não é preciso fazer uma distinção entre usar certas inteligências e ser bem-sucedido em tarefas e habilidades. Não interessa o tipo de inteligência que o aluno mais utiliza, o importante é que ele tenha sucesso na tarefa. Algumas pessoas valorizam mais liberdade, outras valorizam foco e disciplina. Ele afirma que quando as crianças são pequenas, deveriam ser mais expostas às diversas experiências e serem encorajadas a usar as inteligências ou aptidões que de outra forma não utilizariam. A especialização deve vir na medida em que se amadurece. Por exemplo, se uma pessoa é boa em algo, outras pessoas podem sempre ajudá-la naquilo que ela não é tão boa. Embora Gardner não proponha um método pedagógico, afirma que a escola deve favorecer situações de aprendizagem para o desenvolvimento de todas as inteligências, a fim de que o aluno possa atingir seus objetivos profissionais e de lazer a partir do seu espectro particular de inteligências. Referencias Bibliográficas: GARDNER, H. Inteligências Múltiplas: a teoria na prática. Porto Alegre: Artes Médicas, 1995. (Parte 1, Cap.2 – p.19 a 35). ANTUNES, Celso. Inteligências Múltiplas – Introdução. Coleção Inteligências Múltiplas e seus jogos. São Paulo: Vozes, 2006.
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