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LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS - LIBRAS Prof° Marcos Roberto UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO A avaliação da disciplina será feita de forma contínua durante as aulas, também trabalhos extra-classes, participação nas atividades propostas, provas escritas e práticas. AVALIAÇÃO Ter compromisso com a disciplina; Ser expressivo; Fazer sempre; Não criticar o colega; Perguntar; COMBINADOS Email (MSN) marcosroberto_ils@hotmail.com Cel 65 9624-6363 CONTATO O que é surdo? Considera-se pessoa surda aquela que, compreende e interage com o mundo por meio de experiências visuais, manifestando sua cultura principalmente pelo uso da Libras. (Decreto 5.626/05) Quem são os surdos? OITO MITOS SOBRE SURDOS (Suzana Baker) Necessitam de ser dependentes dos outros; São mal-ajustados, zangados e infelizes; São “marcados” e menos inteligentes (surdos estudando grego e hebraico); Drenam a economia e são improdutivos; Não tem os mesmos relacionamentos das pessoas ditas “normais”; Merecem compaixão e piedade; Seu lugar é em instituições especializadas; Estão sendo punidos por algum pecado; O que é Língua Brasileira de Sinais? O primeiro e grande mito que é necessário desfazer é o fato de muitos acreditarem que a língua de sinais é universal, ou seja, igual no mundo inteiro. Ela não é e se diferencia em cada país. A língua de sinais e os mitos criados para ela No Brasil, ocorre também um numeroso estudo sobre os contextos bi /multilíngües, embora haja diversos contextos em que mais de uma língua é falada. Cavalcanti (1999) comenta que existe um forte mito de monolinguismo no país, onde comunidades indígenas, imigrantes e até comunidades surdas estão sendo excluídas. A autora alerta que o país tem cerca de 203 línguas: 170 línguas indígenas, 30 línguas de imigrantes, 1 língua de sinais brasileira (Libras) e 1 Língua de Sinais Kaapor Brasileira (LSKB) e, é claro, língua portuguesa. Nota-se que o Brasil não é um país monolíngüe, visto que estes povos existem e mantêm suas línguas vivas, uma pluralidade lingüística e heterogeneidade cultural. Os índios Urubu-Kaapor utilizam a LSKB que não apresenta relação estrutural ou lexical com a LIBRAS, devido à inexistência de contato entre ambas. Quadros e Karnopp (2004, p 31-37) descrevem mais alguns mitos, por exemplo: 1) “A língua de sinais seria uma mistura de pantomima e gesticulação concreta, incapaz de expressar conceitos abstratos”. Isso é outro erro cometido pelas pessoas, elas pensam que os sinais são concretos, que são apenas gestos, mas os sinais são palavras na relação entre o significado arbitrárias na relação entre o significado e o significante, de modo visual. Os sinais expressam sentimentos, emoções, inclusive idéias abstratas. 2) “Haveria uma falha na organização gramatical da língua de sinais que seria derivada das línguas de sinais, sendo um pidgin2 sem estrutura própria, subordinado e inferior às línguas orais”. Isto não é verdade, pois a língua de sinais é uma língua de fato, e também independe de língua oral. As línguas de sinais são autônomas e apresentam o mesmo estatuto lingüístico identificado nas línguas faladas, ou seja, dispõe dos mesmos níveis lingüísticos de análise e é tão complexa quanto às línguas faladas. 3) “As línguas de sinais derivariam da comunicação gestual espontânea dos ouvintes”. Está errado, as línguas de sinais são tão complexas quanto outras línguas orais, muitas vezes as pessoas acham que sabem a língua de sinais porque sinalizam alguns gestos e sinais. Por ser uma língua, tal qual o inglês, francês, ASL, entre tantas outras línguas faladas ou sinalizadas, as línguas de sinais possuem suas especificidades lingüísticas, isto é, fonologia, morfologia, sintaxe, semântica, pragmática. A CULTURA é fundamental para a compreensão de diversos valores morais e éticos que guiam nosso comportamento social. Entender como estes valores se internalizaram em nós e como eles conduzem nossas emoções e a avaliação do outro, é um grande desafio. CULTURA SURDA CULTURA - É o conjunto de atividades e modos de agir, costumes e instruções de um povo. É o meio pelo qual o homem se adapta às condições de existência transformando a realidade. Cultura é um processo em permanente evolução, diverso e rico. É o desenvolvimento de um grupo social, uma nação, uma comunidade; fruto do esforço coletivo pelo aprimoramento de valores espirituais e materiais. É o conjunto de fenômenos materiais e ideológicos que caracterizam um grupo étnico ou uma nação ( língua, costumes, rituais, culinária, vestuário, religião, etc ), estando em permanente processo de mudança. (SONIA JOBIM, 2006) Pré-história (até 4000 a.C.) - Nômades - Busca da forma para a sobrevivência CONTEXTO HISTÓRICO Antiguidade de 4000 a.C. até 476 d.C. - Mitos - Pestes, guerras - Extermínios Teoria da Retórica Idade Média 476 d.C. até 1453 d.C. - Sociedade Feudal - Igreja Católica Idade Moderna (de 1453 a 1789) - Santo Agostinho. Na educação a visão agostiniana contribui para o reconhecimento de que, paralelamente à conquista do domínio dos conteúdos, o aluno precisa ser orientado a relacionar esse conhecimento a uma realidade maior onde se torna indispensável a formação de valores que prezam a integração e a verdade. CONGRESSO DE MILÃO (Oralismo – século XIX) Comunicação Total (Bimodalismo) Willian Stokoe – 1960 – estudos profundos sobre a Língua de Sinais. Pesquisas com FSPS e FSPO FSPS: tinham desenvolvimento escolar melhor que seus colegas FSPO, sem detrimento do desenvolvimento da fala e da leitura oro-facial. Stevenson (1964) e Meadow (1966) – FSPS eram superiores aos FSPO em realização acadêmica, matemática, leitura e escrita, vocabulário, sem diferença na fala e na leitura oro-facial. Os sinais não prejudicavam o desenvolvimento das crianças surdas, mas, ao contrário, ajudava-as no seu desenvolvimento escolar, sem prejuízos para as habilidades orais. Na comunicação total, os sinais são usados na ordem da língua oral sem respeitar as características próprias da LS. Perca de identidade. Os surdos eram sub-educados. CONCLUSÃO BILINGUISMO Trabalhos de Danielle Bouvet, em Paris, publicados em 1981, e pesquisas na Suécia e Dinamarca, introduzem o enfoque BILÍNGUE na educação de surdos. BILÍNGÜISMO não é um método de educação, mas uma proposta de educação onde atua como possibilidade de integração do indivíduo ao meio sócio-cultural. Não é focado somente na educação científica, mas também em seu desenvolvimento como indivíduo em si mesmo e sua participação na sociedade. Não visa integrar o surdo na comunidade ouvinte, mas sim na comunidade surda, dotado de características culturais próprias. Cultura surda é o jeito de o sujeito surdo entender o mundo e de modificá-lo a fim de se torná-lo acessível e habitável ajustando-os com as suas percepções visuais, que contribuem para a definição das identidades surdas e das “almas” das comunidades surdas. Isto significa que abrange a língua, as idéias, as crenças, os costumes e os hábitos de povo surdo. Descreve a pesquisadora surda: Qual a diferença entre cultura e comunidade surda? Comunidade Surda de fato não é só de sujeitossurdos, há também sujeitos ouvintes – membros de família, intérpretes, professores, amigos e outros – que participam e compartilham os mesmos interesses em comuns em uma determinada localização. LEGISLAÇÃO LEI 10.436 de 24 de Abril de 2002 Dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS e dá outras providências. Art. 1o É reconhecida como meio legal de comunicação e expressão a Língua Brasileira de Sinais - Líbras e outros recursos de expressão a ela associados. Parágrafo único. Entende-se como Língua Brasileira de Sinais - Líbras a forma de comunicação e expressão, em que o sistema lingüístico de natureza visual-motora, com estrutura gramatical própria, constituem um sistema lingüístico de transmissão de idéias e fatos, oriundos de comunidades de pessoas surdas do Brasil. Art. 2o Deve ser garantido, por parte do poder público em geral e empresas concessionárias de serviços públicos, formas institucionalizadas de apoiar o uso e difusão da Língua Brasileira de Sinais - Libras como meio de comunicação objetiva e de utilização corrente das comunidades surdas do Brasil. Art. 3o As instituições públicas e empresas concessionárias de serviços públicos de assistência à saúde devem garantir atendimento e tratamento adequado aos portadores de deficiência auditiva, de acordo com as normas legais em vigor. Art. 4o O sistema educacional federal e os sistemas educacionais estaduais, municipais e do Distrito Federal devem garantir a inclusão nos cursos de formação de Educação Especial, de Fonoaudiologia e de Magistério, em seus níveis médio e superior, do ensino da Língua Brasileira de Sinais - Líbras, como parte integrante dos Parâmetros Curriculares Nacionais - PCNs, conforme legislação vigente. Parágrafo único. A Língua Brasileira de Sinais - Líbras não poderá substituir a modalidade escrita da língua portuguesa. Art. 5o Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Brasília, 24 de abril de 2002; 181o da Independência e 114o da República. FERNANDO HENRIQUE CARDOSO Decreto 5.626 de 22 de Dezembro de 2005 Regulamenta a Lei no 10.436, de 24 de abril de 2002, que dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais - Libras, e o art. 18 da Lei no 10.098, de 19 de dezembro de 2000. Lei 12.319 de 1° de Setembro de 2010 Regulamenta a profissão de Tradutor e Intérprete da Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS. Criado a partir da Língua de Sinais Francesa, trazido para o Brasil pelo conde Hernest Huet em 1856. É um empréstimo linguístico da língua oral; DATILOLOGIA: Ato de digitalizar com o alfabeto manual. ALFABETO MANUAL Aplicabilidade do alfabeto manual Nomes próprios, endereços, lugares, cidades, Estados e países que não temos conhecimento do sinal; Dar um foco a palavra que está sendo falada; Quando a palavra que está sendo falada não tem uma tradução exata na Libras; Quando não sabemos os sinais e necessitamos nos comunicarmos com um surdo que conheça a língua oral. O ALFABETO MANUAL NÃO É UNIVERSAL Língua Francesa de Sinais Língua Gestual Portuguesa Língua de Sinais Chilena ALFABETO MANUAL NÚMEROS A sinalização dos números na língua brasileira de sinais acontece de quatro formas dependendo do significado do número. 1 - Números Cardinais Usado como código representativo é sinalizado da seguinte forma: Exemplo: número do telefone, número da caixa postal, número da casa, número da conta no banco...etc. 2 - Números Cardinais Usado para quantidades. Também são sinalizados sem adição de movimento, porém há diferenças na configuração de mão e no posicionamento dos números de 1 a 4, observe: Exemplo: quantidade de canetas na mesa, quantidade de pessoas presentes, quantidade de ônibus....etc 3 - Números Ordinais São sinalizados com movimento trêmulo. 4 - Valores monetários São sinalizados com movimentos rotacionais do 1 ao 4, seguindo a configuração de mão dos números cardinais. Do número 10 em diante acrescentasse o sinal da moeda (REAL). ATIVIDADE Supondo que você more num grande prédio... a) Em qual andar você mora? b) Qual o número do seu apartamento? c) Quantas pessoas moram com você? d) Quantos andares têm o seu prédio? e) Quantos vizinhos você tem? f) Qual o preço do aluguel que você paga? g) Você acha caro ou Barato? h) Quanto você pagaria pelo apartamento? Vandresen (1988) define lingüística contrastiva da seguinte forma: A lingüística contrastiva é uma subárea da lingüística geral, interessada em apontar similaridades e diferenças estruturais entre a língua materna (de um grupo de alunos) e uma língua estrangeira. (1988 pag.77) Diferenças entre LIBRAS e Português A língua de sinais é visual-espacial e a língua portuguesa é oral-auditiva. A língua de sinais é baseada nas experiências visuais das comunidades surdas mediante as interações culturais surdas, enquanto a língua portuguesa constitui-se baseada nos sons. A língua de sinais apresenta uma sintaxe espacial incluindo os chamados classificadores. A língua portuguesa usa uma sintaxe linear utilizando a descrição para captar o uso de classificadores. Principais diferenças A língua de sinais utiliza a estrutura tópico- comentário, enquanto a língua portuguesa evita este tipo de construção. A língua de sinais utiliza a estrutura de foco através de repetições sistemáticas. Este processo não é comum na língua portuguesa. A língua de sinais utiliza as referências anafóricas através de pontos estabelecidos no espaço que exclui ambigüidades que são possíveis na língua portuguesa. A língua de sinais não tem marcação de gênero, enquanto que na língua portuguesa o gênero é marcado a ponto de ser redundante. A língua de sinais atribui um valor gramatical às expressões faciais. Esse fator não é considerado como relevante na língua portuguesa, apesar de poder ser substituído pela prosódia. Coisas que são ditas na língua de sinais não são ditas usando o mesmo tipo de construção gramatical na língua portuguesa. Assim, tem vezes que uma grande frase é necessária para dizer poucas palavras em uma ou outra língua. A escrita da Língua de sinais não é alfabética. Fonologia das línguas de sinais é o ramo da linguística que objetiva identificar a estrutura e a organização dos constituintes fonológicos, propondo modelos descritivos e explanatórios. A primeira tarefa da fonologia para línguas de sinais é determinar quais são as unidades mínimas que formam os sinais. A segunda é estabelecer quais são os padrões possíveis de combinação entre essas unidades e as variações possíveis no ambiente fonológico. FONOLOGIA DA LIBRAS Pares mínimos da Língua Portuguesa Pares mínimos da Língua Brasileira de Sinais Fonema /m/ mato [ˈmatu] /p/ pato [ˈpatu] /b/ bato [ˈbatu] /n/ nato [ˈnatu] /t/ tato [ˈtatu] /d/ dato [ˈdatu] /f/ faca [ˈfakɐ] /v/ vaca [ˈvakɐ] /s/ saca [ˈsakɐ] Sinais que se opõem quanto a Configuração de mão: PEDRA – QUEIJO Sinas que se opõem quanto ao movimento: TRABALHAR – VIDEO Sinais que se opõem quanto a locação APRENDER - SÁBADO A CM pode permanecer a mesma durante a articulação de um sinal, ou pode ser alteradapassando de uma configuração para outra. As configurações podem variar apresentando uma mão pode estar configurada sobre a outra que serve de apoio, tendo esta sua própria configuração (ex. ESPERAR); duas mãos de forma espelhada (ex.NASCER). CONFIGURAÇÃO DE MÃO Segundo Ferreira-Brito(1995), existem 46 configurações de mão diferentes para a Libras, e elas podem ser diferenciadas quanto às posições, número de dedos estendidos, o contato e a contração (mãos fechadas ou compactas) dos dedos. Porém, estudos atuais comprovam que esse número passa para 64 CM’s. São elas: PA é o local do corpo do sinalizador onde o sinal é realizado, assim uma maior especificação da posição faz-se necessária, uma vez que o espaço é muito amplo. Esse espaço vai do topo da cabeça até a cintura sendo alguns pontos mais precisos, tais como a ponta do nariz, e outros mais abrangentes como a frente do tórax. Há sinais que se diferenciam somente peloponto de articulação, exemplo SÁBADO e APRENDER. Ponto de Articulação o movimento é realizado pela mão (mãos) ou pelos dedos quando o sinal é produzido. É interessante ao descrever o movimento é a sua velocidade, que pode carregar algumas variáveis como: tensão, retenção, continuidade e refreamento. Também há necessidade de repetições de sinais em algumas situações, como por exemplo, explicar mais de uma vez, ou indicar várias coisas, como no plural, ou quando o movimento de um sinal precisa ser reduplicado no tempo. Movimento Os sinais podem ter uma direção ou não; existem sinais que apresentam diferentes significados apenas pela produção de distintas orientações da palma da mão. Por definição, orientação é a direção para qual a palma da mão aponta na produção do sinal. (Quadros e Karnoop, p. 59) Orientação são componentes extremamente importantes nas línguas de sinais para a transmissão da mensagem. Muitas vezes para expressar realmente o que se deseja, o sinal requer características adicionais: uma expressão facial, ou dos olhos para que sentimentos de alegria, tristeza, uma pergunta ou uma exclamação possam ser completamente representados ao receptor da mensagem. Muitos sinais, além dos quatro já mencionados, tem também como traço diferenciador a expressão não-manual, como por exemplo GORDO e MAGRO. Expressão facial e/ou corporal CUMPRIMENTOS QUAL É O SEU NOME? QUAL É O SEU SINAL? Agora é a sua vez! Observe esses famosos e dê um sinal para eles. TUDO BEM? Estou mal Estou mais ou menos Estou bem VOCABULÁRIO Desculpe Conhecer Prazer em conhecê-lo (a) Apresentar Obrigado Nada Tchau Por favor Com licença Surdo Ouvinte Comunicação Sem comunicação Escolha uma das situações abaixo, crie uma cena e apresente em Libras para os seus colegas. Expressões Não-Manuais A comunicação humana pode ocorrer de diferentes formas. Nem sempre recorremos à linguagem verbal (seja ela falada ou sinalizada) para nos expressarmos. Esse pode ser o caso quando duas pessoas não falam a mesma língua. Elas vão ter que encontrar outra forma para se comunicar, como apontar para objetos, fazer desenhos, usar gestos para tentar expressar suas idéias. Até mesmo falantes de uma mesma língua, em determinadas situações, podem lançar mão de outros recursos para se fazer entender. Quando um guarda de trânsito faz um determinado movimento com os braços, as pessoas são capazes de compreender se devem parar, se podem prosseguir, se devem retornar, entre outros comandos. As expressões faciais também fazem parte da comunicação humana. Através delas, podemos revelar emoções, sentimentos, intenções para nosso interlocutor. Elas são utilizadas em todas as línguas. No caso das línguas de sinais, as expressões faciais desempenham um papel fundamental e devem ser estudadas detalhadamente. Podemos separar as expressões faciais em dois grandes grupos: as expressões afetivas e as expressões gramaticais. As primeiras são utilizadas para expressar sentimentos (alegria, tristeza, raiva, angústia, entre outros) e podem ou não ocorrer simultaneamente com um ou mais itens lexicais. Conforme dito anteriormente, não são exclusivas das línguas de sinais. Nas línguas faladas, as pessoas também expressam suas emoções por meio de expressões faciais. Já as expressões gramaticais, estão relacionadas a certas estruturas específicas, tanto no nível da morfologia quando no nível da sintaxe e são obrigatórias nas línguas de sinais em contextos determinados. Marcações não-manuais: expressões faciais gramaticais Nível morfológico As expressões faciais gramaticais fazem parte do conjunto de marcações não- manuais e acompanham determinadas estruturas, tendo um escopo bem definido. No nível morfológico, algumas marcações não-manuais estão relacionadas ao grau e apresentam escopo sobre o sinal que está sendo produzido. Por exemplo, os adjetivos podem estar associados ao grau de intensidade como ilustrado a seguir: BONITINHO – BONITO – LINDO – LINDÍSSIMO COITADINHO – COITADO – MUITO COITADO POBREZINHO – POBRE - PAUPÉRRIMO As expressões faciais podem ter função adjetiva, pois podem ser incorporadas ao substantivo independente da produção de um adjetivo. Nesse caso, os substantivos incorporam o grau de tamanho conforme apresentado nos exemplos a seguir: CASINHA – CASA – MANSÃO BEBEZINHO – BEBÊ – BEBEZÃO CARRINHO – CARRO - CARRÃO As expressões faciais tem importância fundamental na realização dos classficadores, pois intensificam seu significado. Bochechas infladas e olhos bem abertos para coisas grandes ou grossas Elementos que compõem a expressão facial e corporal Cabeça Testa Sobrancelhas Nariz Bochecha Boca Queixo tronco Expressão facial e corporal TRABALHO Observe a história em quadrinhos, faça a interpretação em língua de sinais. O trabalho deve ser filmado e entregue ao professor em arquivo. Data de entrega: 15/10/12 PRONOMES POSSESSIVOS Os pronomes possessivos em Libras estão relacionados às pessoas do discurso e aos objetos de posse, também não possuem marca de gênero. Mais uma vez a direção do olhar e da mão são importantíssimos. CORES Amarelo Rosa Laranjado Branco roxo azul Preto Cinza Marrom Vinho Vermelho Verde Lilas Bege Azul Claro Azul Escuro Ouro Prata MORENA PRATIQUE A: Olá, boa tarde! Por favor, onde é o INES? B: Boa Tarde. O INES é no aterro do Flamengo. Vá reto e vire a direita, o INES é um prédio branco. A: Ah muito obrigado. Eu não sou do Rio de Janeiro, moro em Cuiabá. Conhece Cuiabá? B: Não conheço, me falaram que lá é muito quente. Está gostando do Rio? A: Sim, mas estou com um pouco de medo, me falaram que aqui é muito perigoso. B: Bobagem, mas é melhor você evitar entrar na favela. Bem, preciso ir trabalhar. Prazer em conhecê-lo! A: Muito obrigado, prazer em conhecê-lo também. Tchau! Tipos de verbo em LIBRAS Sem concordância Com concordância Manuais Os verbos sem concordância Também conhecidos como VERBOS SIMPLES, são aqueles que não se flexionam em pessoa, número e nãotomam afixos locativos. São exemplos dessa categoria: SABER, GRITAR, PENSAR, APRENDER... Os verbos com concordância Também conhecidos como VERBOS DIRECIONAIS, são os verbos que se flexionam em número e pessoa. Esses verbos incorporam os referentes previamente introduzidos no espaço e esses referentes podem estar fisicamente presentes ou não. São exemplos dessa categoria: PERGUNTAR, RESPONDER, DIZER... Alguns verbos de concordância são chamados BACKWARDS que são aqueles que iniciam sua trajetória no ponto inicial que foi estabelecido pelo objeto e movem-se em direção ao sujeito. Por exemplo: BUSCAR Os verbos Manuais Os verbos manuais envolvem uma configuração de mão em que se representa estar segurando um objeto na mão. São exemplos dessa categoria: PINTAR, COLOCAR, PEGAR... ATIVIDADE 1 Observe as imagens, construa uma frase utilizando o contexto da figura e classifique o verbo em Libras quanto ao tipo: com concordância, sem concordância e manual. ATIVIDADE 2 Observe atentamente ao vídeo, identifique o verbo e classifique-o em verbo com concordância, sem concordância ou manual. Vídeo Relembrando os Estados do Brasil FAMÍLIA NET@ VOCABULÁRIO Sobrinho Cunhado Genro Nora Sogro Namorado Casado Esposo Solteiro • amasiado • amante • tio • padrasto • madrasta
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