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LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS - LIBRAS

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LÍNGUA BRASILEIRA DE 
SINAIS - LIBRAS 
Prof° Marcos Roberto 
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO 
 A avaliação da disciplina será feita de 
forma contínua durante as aulas, também 
trabalhos extra-classes, participação nas 
atividades propostas, provas escritas e 
práticas. 
AVALIAÇÃO 
 Ter compromisso com a disciplina; 
 Ser expressivo; 
 Fazer sempre; 
 Não criticar o colega; 
 Perguntar; 
 
 
COMBINADOS 
Email (MSN) 
marcosroberto_ils@hotmail.com 
Cel 
65 9624-6363 
CONTATO 
O que é surdo? 
 Considera-se pessoa surda aquela que, 
compreende e interage com o mundo por 
meio de experiências visuais, manifestando 
sua cultura principalmente pelo uso da 
Libras. 
(Decreto 5.626/05) 
 
Quem são os surdos? 
OITO MITOS SOBRE SURDOS 
(Suzana Baker) 
Necessitam de ser dependentes dos outros; 
São mal-ajustados, zangados e infelizes; 
São “marcados” e menos inteligentes (surdos 
estudando grego e hebraico); 
Drenam a economia e são improdutivos; 
Não tem os mesmos relacionamentos das 
pessoas ditas “normais”; 
Merecem compaixão e piedade; 
Seu lugar é em instituições especializadas; 
Estão sendo punidos por algum pecado; 
O que é Língua Brasileira de 
Sinais? 
 O primeiro e grande mito que é 
necessário desfazer é o fato de muitos 
acreditarem que a língua de sinais é 
universal, ou seja, igual no mundo inteiro. 
Ela não é e se diferencia em cada país. 
 
 
A língua de sinais e os mitos criados para ela 
 
 No Brasil, ocorre também um numeroso estudo sobre os contextos 
bi /multilíngües, embora haja diversos contextos em que mais de 
uma língua é falada. Cavalcanti (1999) comenta que existe um forte 
mito de monolinguismo no país, onde comunidades indígenas, 
imigrantes e até comunidades surdas estão sendo excluídas. A autora 
alerta que o país tem cerca de 203 línguas: 170 línguas indígenas, 30 
línguas de imigrantes, 1 língua de sinais brasileira (Libras) e 1 Língua 
de Sinais Kaapor Brasileira (LSKB) e, é claro, língua portuguesa. 
Nota-se que o Brasil não é um país monolíngüe, visto que estes 
povos existem e mantêm suas línguas vivas, uma pluralidade 
lingüística e heterogeneidade cultural. Os índios Urubu-Kaapor 
utilizam a LSKB que não apresenta relação estrutural ou lexical com 
a LIBRAS, devido à inexistência de contato entre ambas. 
Quadros e Karnopp (2004, p 31-37) descrevem mais alguns mitos, por exemplo: 
1) “A língua de sinais seria uma mistura de pantomima e gesticulação concreta, incapaz de 
expressar conceitos abstratos”. Isso é outro erro cometido pelas pessoas, elas pensam 
que os sinais são concretos, que são apenas gestos, mas os sinais são palavras na relação 
entre o significado arbitrárias na relação entre o significado e o significante, de modo 
visual. Os sinais expressam sentimentos, emoções, inclusive idéias abstratas. 
2) “Haveria uma falha na organização gramatical da língua de sinais que seria derivada das 
línguas de sinais, sendo um pidgin2 sem estrutura própria, subordinado e inferior às línguas 
orais”. Isto não é verdade, pois a língua de sinais é uma língua de fato, e também 
independe de língua oral. As línguas de sinais são autônomas e apresentam o mesmo 
estatuto lingüístico identificado nas línguas faladas, ou seja, dispõe dos mesmos níveis 
lingüísticos de análise e é tão complexa quanto às línguas faladas. 
3) “As línguas de sinais derivariam da comunicação gestual espontânea dos ouvintes”. Está 
errado, as línguas de sinais são tão complexas quanto outras línguas orais, muitas vezes as 
pessoas acham que sabem a língua de sinais porque sinalizam alguns gestos e sinais. 
 
 Por ser uma língua, tal qual o inglês, 
francês, ASL, entre tantas outras línguas 
faladas ou sinalizadas, as línguas de sinais 
possuem suas especificidades lingüísticas, 
isto é, fonologia, morfologia, sintaxe, 
semântica, pragmática. 
 
 A CULTURA é fundamental para a 
compreensão de diversos valores morais e 
éticos que guiam nosso comportamento 
social. Entender como estes valores se 
internalizaram em nós e como eles conduzem 
nossas emoções e a avaliação do outro, é um 
grande desafio. 
 
CULTURA SURDA 
 CULTURA - É o conjunto de atividades e 
modos de agir, costumes e instruções de um 
povo. É o meio pelo qual o homem se adapta 
às condições de existência transformando a 
realidade. 
 Cultura é um processo em permanente 
evolução, diverso e rico. É o desenvolvimento 
de um grupo social, uma nação, uma 
comunidade; fruto do esforço coletivo pelo 
aprimoramento de valores espirituais e 
materiais. É o conjunto de fenômenos 
materiais e ideológicos que caracterizam um 
grupo étnico ou uma nação ( língua, costumes, 
rituais, culinária, vestuário, religião, etc ), 
estando em permanente processo de mudança. 
(SONIA JOBIM, 2006) 
 
 Pré-história (até 4000 a.C.) 
- Nômades 
- Busca da forma para a sobrevivência 
CONTEXTO HISTÓRICO 
Antiguidade de 4000 a.C. até 476 d.C. 
- Mitos 
- Pestes, guerras 
- Extermínios 
 
Teoria da Retórica 
 Idade Média 476 d.C. até 1453 d.C. 
- Sociedade Feudal 
- Igreja Católica 
 Idade Moderna (de 1453 a 1789) 
- Santo Agostinho. 
 Na educação a visão 
agostiniana contribui para o 
reconhecimento de que, 
paralelamente à conquista do 
domínio dos conteúdos, o 
aluno precisa ser orientado a 
relacionar esse conhecimento 
a uma realidade maior onde 
se torna indispensável a 
formação de valores que 
prezam a integração e a 
verdade. 
 
CONGRESSO DE MILÃO 
 (Oralismo – século XIX) 
Comunicação Total 
(Bimodalismo) 
 Willian Stokoe – 1960 – estudos profundos sobre a Língua de Sinais. 
Pesquisas com FSPS e FSPO 
 FSPS: tinham desenvolvimento escolar melhor que seus colegas FSPO, sem 
detrimento do desenvolvimento da fala e da leitura oro-facial. 
 Stevenson (1964) e Meadow (1966) – FSPS eram superiores aos FSPO em 
realização acadêmica, matemática, leitura e escrita, vocabulário, sem 
diferença na fala e na leitura oro-facial. 
 
 Os sinais não prejudicavam o desenvolvimento das crianças surdas, mas, ao 
contrário, ajudava-as no seu desenvolvimento escolar, sem prejuízos para 
as habilidades orais. 
 
 
 Na comunicação total, os sinais são usados na 
ordem da língua oral sem respeitar as 
características próprias da LS. 
 
 Perca de identidade. 
 
 Os surdos eram sub-educados. 
 
CONCLUSÃO 
BILINGUISMO 
 Trabalhos de Danielle Bouvet, em Paris, publicados em 1981, e 
pesquisas na Suécia e Dinamarca, introduzem o enfoque 
BILÍNGUE na educação de surdos. 
 
 BILÍNGÜISMO não é um método de educação, mas uma 
proposta de educação onde atua como possibilidade de 
integração do indivíduo ao meio sócio-cultural. 
 
 Não é focado somente na educação científica, mas também em 
seu desenvolvimento como indivíduo em si mesmo e sua 
participação na sociedade. 
 
 Não visa integrar o surdo na comunidade 
ouvinte, mas sim na comunidade surda, dotado 
de características culturais próprias. 
 
 Cultura surda é o jeito de o sujeito surdo entender o 
mundo e de modificá-lo a fim de se torná-lo acessível e 
habitável ajustando-os com as suas percepções visuais, 
que contribuem para a definição das identidades surdas 
e das “almas” das comunidades surdas. Isto significa que 
abrange a língua, as idéias, as crenças, os costumes e os 
hábitos de povo surdo. Descreve a pesquisadora surda: 
 
Qual a diferença entre cultura e 
comunidade surda? 
 Comunidade Surda de fato não é só de 
sujeitossurdos, há também sujeitos 
ouvintes – membros de família, intérpretes, 
professores, amigos e outros – que 
participam e compartilham os mesmos 
interesses em comuns em uma determinada 
localização. 
LEGISLAÇÃO 
LEI 10.436 de 24 de Abril de 2002 
Dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS e dá outras 
providências. 
 
 Art. 1o É reconhecida como meio legal de comunicação e 
expressão a Língua Brasileira de Sinais - Líbras e outros recursos 
de expressão a ela associados. 
 Parágrafo único. Entende-se como Língua Brasileira de Sinais - 
Líbras a forma de comunicação e expressão, em que o sistema 
lingüístico de natureza visual-motora, com estrutura gramatical 
própria, constituem um sistema lingüístico de transmissão de idéias 
e fatos, oriundos de comunidades de pessoas surdas do Brasil. 
 Art. 2o Deve ser garantido, por parte do poder público em geral e 
empresas concessionárias de serviços públicos, formas 
institucionalizadas de apoiar o uso e difusão da Língua Brasileira de 
Sinais - Libras como meio de comunicação objetiva e de utilização 
corrente das comunidades surdas do Brasil. 
 
 Art. 3o As instituições públicas e empresas concessionárias de 
serviços públicos de assistência à saúde devem garantir 
atendimento e tratamento adequado aos portadores de deficiência 
auditiva, de acordo com as normas legais em vigor. 
 Art. 4o O sistema educacional federal e os sistemas educacionais 
estaduais, municipais e do Distrito Federal devem garantir a 
inclusão nos cursos de formação de Educação Especial, de 
Fonoaudiologia e de Magistério, em seus níveis médio e superior, 
do ensino da Língua Brasileira de Sinais - Líbras, como parte 
integrante dos Parâmetros Curriculares Nacionais - PCNs, 
conforme legislação vigente. 
 Parágrafo único. A Língua Brasileira de Sinais - Líbras não poderá 
substituir a modalidade escrita da língua portuguesa. 
 Art. 5o Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. 
 
Brasília, 24 de abril de 2002; 181o da Independência e 114o 
da República. 
FERNANDO HENRIQUE CARDOSO 
 
 Decreto 5.626 de 22 de Dezembro de 
2005 
 Regulamenta a Lei no 10.436, de 24 de abril de 2002, que 
dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais - Libras, e o art. 18 
da Lei no 10.098, de 19 de dezembro de 2000. 
 
 Lei 12.319 de 1° de Setembro de 2010 
 Regulamenta a profissão de Tradutor e Intérprete da Língua 
Brasileira de Sinais - LIBRAS. 
 
 
 Criado a partir da Língua de Sinais 
Francesa, trazido para o Brasil pelo conde 
Hernest Huet em 1856. 
 
 É um empréstimo linguístico da língua 
oral; 
 
 DATILOLOGIA: Ato de digitalizar com o 
alfabeto manual. 
 
 
ALFABETO MANUAL 
Aplicabilidade do alfabeto manual 
 Nomes próprios, endereços, lugares, cidades, Estados e 
países que não temos conhecimento do sinal; 
 
 Dar um foco a palavra que está sendo falada; 
 
 Quando a palavra que está sendo falada não tem uma 
tradução exata na Libras; 
 
 Quando não sabemos os sinais e necessitamos nos 
comunicarmos com um surdo que conheça a língua oral. 
O ALFABETO MANUAL NÃO É 
UNIVERSAL 
Língua Francesa de Sinais 
Língua Gestual Portuguesa 
Língua de Sinais Chilena 
ALFABETO MANUAL 
 
NÚMEROS 
 A sinalização dos números na língua 
brasileira de sinais acontece de quatro 
formas dependendo do significado do 
número. 
1 - Números Cardinais 
 Usado como código representativo é 
sinalizado da seguinte forma: 
 
 
 
 
 
 Exemplo: número do telefone, número da 
caixa postal, número da casa, número da 
conta no banco...etc. 
2 - Números Cardinais 
 Usado para quantidades. Também são 
sinalizados sem adição de movimento, 
porém há diferenças na configuração de 
mão e no posicionamento dos números 
de 1 a 4, observe: 
 
 
 
 Exemplo: quantidade de canetas na mesa, 
quantidade de pessoas presentes, quantidade 
de ônibus....etc 
3 - Números Ordinais 
 São sinalizados com movimento trêmulo. 
 
 
 
 
 
4 - Valores monetários 
 São sinalizados com movimentos rotacionais do 
1 ao 4, seguindo a configuração de mão dos 
números cardinais. Do número 10 em diante 
acrescentasse o sinal da moeda (REAL). 
ATIVIDADE 
Supondo que você more num grande 
prédio... 
a) Em qual andar você mora? 
b) Qual o número do seu apartamento? 
c) Quantas pessoas moram com você? 
d) Quantos andares têm o seu prédio? 
e) Quantos vizinhos você tem? 
f) Qual o preço do aluguel que você paga? 
g) Você acha caro ou Barato? 
h) Quanto você pagaria pelo apartamento? 
 Vandresen (1988) define lingüística 
contrastiva da seguinte forma: 
 
 A lingüística contrastiva é uma subárea da 
lingüística geral, interessada em apontar 
similaridades e diferenças estruturais entre 
a língua materna (de um grupo de alunos) e 
uma língua estrangeira. (1988 pag.77) 
 
Diferenças entre LIBRAS e 
Português 
 A língua de sinais é visual-espacial e a língua 
portuguesa é oral-auditiva. 
 A língua de sinais é baseada nas experiências 
visuais das comunidades surdas mediante as 
interações culturais surdas, enquanto a língua 
portuguesa constitui-se baseada nos sons. 
 A língua de sinais apresenta uma sintaxe 
espacial incluindo os chamados 
classificadores. A língua portuguesa usa uma 
sintaxe linear utilizando a descrição para 
captar o uso de classificadores. 
 
Principais diferenças 
 A língua de sinais utiliza a estrutura tópico-
comentário, enquanto a língua portuguesa evita 
este tipo de construção. 
 A língua de sinais utiliza a estrutura de foco 
através de repetições sistemáticas. Este processo 
não é comum na língua portuguesa. 
 A língua de sinais utiliza as referências anafóricas 
através de pontos estabelecidos no espaço que 
exclui ambigüidades que são possíveis na língua 
portuguesa. 
 
 A língua de sinais não tem marcação de gênero, 
enquanto que na língua portuguesa o gênero é marcado 
a ponto de ser redundante. 
 A língua de sinais atribui um valor gramatical às 
expressões faciais. Esse fator não é considerado como 
relevante na língua portuguesa, apesar de poder ser 
substituído pela prosódia. 
 Coisas que são ditas na língua de sinais não são ditas 
usando o mesmo tipo de construção gramatical na língua 
portuguesa. Assim, tem vezes que uma grande frase é 
necessária para dizer poucas palavras em uma ou outra 
língua. 
 A escrita da Língua de sinais não é alfabética. 
 
 Fonologia das línguas de sinais é o ramo da linguística que 
objetiva identificar a estrutura e a organização dos 
constituintes fonológicos, propondo modelos descritivos 
e explanatórios. A primeira tarefa da fonologia para 
línguas de sinais é determinar quais são as unidades 
mínimas que formam os sinais. A segunda é estabelecer 
quais são os padrões possíveis de combinação entre 
essas unidades e as variações possíveis no ambiente 
fonológico. 
FONOLOGIA DA LIBRAS 
Pares mínimos da Língua Portuguesa 
Pares mínimos da Língua Brasileira de 
Sinais 
Fonema 
/m/ mato [ˈmatu] 
/p/ pato [ˈpatu] 
/b/ bato [ˈbatu] 
/n/ nato [ˈnatu] 
/t/ tato [ˈtatu] 
/d/ dato [ˈdatu] 
/f/ faca [ˈfakɐ] 
/v/ vaca [ˈvakɐ] 
/s/ saca [ˈsakɐ] 
 Sinais que se opõem quanto a 
Configuração de mão: 
PEDRA – QUEIJO 
 
 Sinas que se opõem quanto ao 
movimento: 
TRABALHAR – VIDEO 
 
 Sinais que se opõem quanto a 
locação 
APRENDER - SÁBADO 
 A CM pode permanecer a mesma durante a 
articulação de um sinal, ou pode ser alteradapassando de uma configuração para outra. As 
configurações podem variar apresentando uma 
mão pode estar configurada sobre a outra que 
serve de apoio, tendo esta sua própria 
configuração (ex. ESPERAR); duas mãos de 
forma espelhada (ex.NASCER). 
CONFIGURAÇÃO DE MÃO 
 Segundo Ferreira-Brito(1995), existem 46 
configurações de mão diferentes para a 
Libras, e elas podem ser diferenciadas 
quanto às posições, número de dedos 
estendidos, o contato e a contração (mãos 
fechadas ou compactas) dos dedos. Porém, 
estudos atuais comprovam que esse 
número passa para 64 CM’s. São elas: 
 PA é o local do corpo do sinalizador onde o 
sinal é realizado, assim uma maior 
especificação da posição faz-se necessária, uma 
vez que o espaço é muito amplo. Esse espaço 
vai do topo da cabeça até a cintura sendo 
alguns pontos mais precisos, tais como a ponta 
do nariz, e outros mais abrangentes como a 
frente do tórax. Há sinais que se diferenciam 
somente peloponto de articulação, exemplo 
SÁBADO e APRENDER. 
 
Ponto de Articulação 
 o movimento é realizado pela mão (mãos) ou pelos dedos 
quando o sinal é produzido. É interessante ao descrever o 
movimento é a sua velocidade, que pode carregar algumas 
variáveis como: tensão, retenção, continuidade e 
refreamento. Também há necessidade de repetições de 
sinais em algumas situações, como por exemplo, explicar 
mais de uma vez, ou indicar várias coisas, como no plural, 
ou quando o movimento de um sinal precisa ser 
reduplicado no tempo. 
 
Movimento 
 Os sinais podem ter uma direção ou não; 
existem sinais que apresentam diferentes 
significados apenas pela produção de 
distintas orientações da palma da mão. 
 
 Por definição, orientação é a direção para qual 
a palma da mão aponta na produção do sinal. 
(Quadros e Karnoop, p. 59) 
 
Orientação 
 são componentes extremamente importantes nas línguas 
de sinais para a transmissão da mensagem. Muitas vezes 
para expressar realmente o que se deseja, o sinal requer 
características adicionais: uma expressão facial, ou dos 
olhos para que sentimentos de alegria, tristeza, uma 
pergunta ou uma exclamação possam ser completamente 
representados ao receptor da mensagem. Muitos sinais, 
além dos quatro já mencionados, tem também como traço 
diferenciador a expressão não-manual, como por exemplo 
GORDO e MAGRO. 
 
Expressão facial e/ou corporal 
CUMPRIMENTOS 
QUAL É O SEU NOME? 
QUAL É O SEU SINAL? 
Agora é a sua vez! Observe esses 
famosos e dê um sinal para eles. 
TUDO 
BEM? 
Estou mal 
Estou mais 
ou menos Estou bem 
VOCABULÁRIO 
 Desculpe 
 Conhecer 
 Prazer em conhecê-lo (a) 
 Apresentar 
 Obrigado 
 Nada 
 Tchau 
 Por favor 
 Com licença 
 Surdo 
 Ouvinte 
 Comunicação 
 Sem comunicação 
 
 
Escolha uma das situações abaixo, crie uma cena e 
apresente em Libras para os seus colegas. 
Expressões Não-Manuais 
 A comunicação humana pode ocorrer de diferentes formas. Nem 
sempre recorremos à linguagem verbal (seja ela falada ou sinalizada) 
para nos expressarmos. Esse pode ser o caso quando duas pessoas 
não falam a mesma língua. Elas vão ter que encontrar outra forma para 
se comunicar, como apontar para objetos, fazer desenhos, usar gestos 
para tentar expressar suas idéias. Até mesmo falantes de uma mesma 
língua, em determinadas situações, podem lançar mão de outros 
recursos para se fazer entender. Quando um guarda de trânsito faz um 
determinado movimento com os braços, as pessoas são capazes de 
compreender se devem parar, se podem prosseguir, se devem retornar, 
entre outros comandos. 
 As expressões faciais também fazem parte 
da comunicação humana. Através delas, 
podemos revelar emoções, sentimentos, 
intenções para nosso interlocutor. Elas são 
utilizadas em todas as línguas. No caso das 
línguas de sinais, as expressões faciais 
desempenham um papel fundamental e 
devem ser estudadas detalhadamente. 
 Podemos separar as expressões faciais em dois grandes grupos: as 
expressões afetivas e as expressões gramaticais. As primeiras são 
utilizadas para expressar sentimentos (alegria, tristeza, raiva, angústia, 
entre outros) e podem ou não ocorrer simultaneamente com um ou 
mais itens lexicais. Conforme dito anteriormente, não são exclusivas 
das línguas de sinais. 
 
 Nas línguas faladas, as pessoas também expressam suas emoções por 
meio de expressões faciais. Já as expressões gramaticais, estão 
relacionadas a certas estruturas específicas, tanto no nível da 
morfologia quando no nível da sintaxe e são obrigatórias nas línguas 
de sinais em contextos determinados. 
Marcações não-manuais: expressões 
faciais gramaticais 
 Nível morfológico 
 
 As expressões faciais gramaticais fazem parte do conjunto de marcações não-
manuais e acompanham determinadas estruturas, tendo um escopo bem 
definido. No nível morfológico, algumas marcações não-manuais estão 
relacionadas ao grau e apresentam escopo sobre o sinal que está sendo 
produzido. Por exemplo, os adjetivos podem estar associados ao grau de 
intensidade como ilustrado a seguir: 
BONITINHO – BONITO – LINDO – LINDÍSSIMO 
COITADINHO – COITADO – MUITO COITADO 
POBREZINHO – POBRE - PAUPÉRRIMO 
 As expressões faciais podem ter função 
adjetiva, pois podem ser incorporadas ao 
substantivo independente da produção de 
um adjetivo. Nesse caso, os substantivos 
incorporam o grau de tamanho conforme 
apresentado nos exemplos a seguir: 
CASINHA – CASA – MANSÃO 
BEBEZINHO – BEBÊ – BEBEZÃO 
CARRINHO – CARRO - CARRÃO 
 As expressões faciais tem importância 
fundamental na realização dos classficadores, 
pois intensificam seu significado. 
 
 
 
 
 
 
Bochechas infladas e olhos bem abertos para 
coisas grandes ou grossas 
Elementos que compõem a 
expressão facial e corporal 
 Cabeça 
 Testa 
 Sobrancelhas 
 Nariz 
 Bochecha 
 Boca 
 Queixo 
 tronco 
Expressão facial e corporal 
TRABALHO 
 Observe a história em quadrinhos, faça a 
interpretação em língua de sinais. 
 O trabalho deve ser filmado e entregue ao 
professor em arquivo. 
 Data de entrega: 15/10/12 
PRONOMES POSSESSIVOS 
 Os pronomes possessivos em Libras 
estão relacionados às pessoas do discurso 
e aos objetos de posse, também não 
possuem marca de gênero. Mais uma vez a 
direção do olhar e da mão são 
importantíssimos. 
 CORES 
Amarelo 
Rosa 
Laranjado 
Branco 
roxo 
azul 
Preto 
Cinza 
Marrom 
Vinho 
Vermelho 
Verde 
Lilas 
Bege 
Azul Claro 
Azul Escuro 
Ouro 
Prata 
MORENA 
PRATIQUE 
A: Olá, boa tarde! Por favor, onde é o INES? 
B: Boa Tarde. O INES é no aterro do Flamengo. Vá reto e vire a 
direita, o INES é um prédio branco. 
A: Ah muito obrigado. Eu não sou do Rio de Janeiro, moro em Cuiabá. 
Conhece Cuiabá? 
B: Não conheço, me falaram que lá é muito quente. Está gostando do 
Rio? 
A: Sim, mas estou com um pouco de medo, me falaram que aqui é 
muito perigoso. 
B: Bobagem, mas é melhor você evitar entrar na favela. Bem, preciso ir 
trabalhar. Prazer em conhecê-lo! 
A: Muito obrigado, prazer em conhecê-lo também. Tchau! 
Tipos de verbo em LIBRAS 
 Sem concordância 
 
 Com concordância 
 
 Manuais 
Os verbos sem concordância 
 Também conhecidos como VERBOS 
SIMPLES, são aqueles que não se 
flexionam em pessoa, número e nãotomam afixos locativos. 
 São exemplos dessa categoria: SABER, 
GRITAR, PENSAR, APRENDER... 
Os verbos com concordância 
 Também conhecidos como VERBOS DIRECIONAIS, 
são os verbos que se flexionam em número e 
pessoa. 
 Esses verbos incorporam os referentes previamente 
introduzidos no espaço e esses referentes podem 
estar fisicamente presentes ou não. 
 São exemplos dessa categoria: PERGUNTAR, 
RESPONDER, DIZER... 
 Alguns verbos de concordância são 
chamados BACKWARDS que são aqueles 
que iniciam sua trajetória no ponto inicial 
que foi estabelecido pelo objeto e 
movem-se em direção ao sujeito. 
 Por exemplo: BUSCAR 
Os verbos Manuais 
 Os verbos manuais envolvem uma 
configuração de mão em que se 
representa estar segurando um objeto na 
mão. 
 São exemplos dessa categoria: PINTAR, 
COLOCAR, PEGAR... 
ATIVIDADE 1 
 Observe as imagens, construa uma frase 
utilizando o contexto da figura e 
classifique o verbo em Libras quanto ao 
tipo: com concordância, sem concordância 
e manual. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ATIVIDADE 2 
 Observe atentamente ao vídeo, 
identifique o verbo e classifique-o em 
verbo com concordância, sem 
concordância ou manual. 
Vídeo 
Relembrando os Estados do Brasil 
FAMÍLIA 
NET@ 
VOCABULÁRIO 
 Sobrinho 
 Cunhado 
 Genro 
 Nora 
 Sogro 
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