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Estácio de Sá - Res Mat II – Rubens Mitri 1 III – Esforço axial Forças externas, esforços e deformações Forças axiais são aquelas aplicadas na direção do eixo da barra, gerando apenas esforços normais, como representa a Figura III.1. A barra se alonga ou encurta, conforme as forças sejam de tração ou compressão, e as faces das seções transversais permanecem paralelas, planas e normais ao eixo, como representa a Figura III.1b. A única componente de deformação presente é x . Esforços de tração são considerados positivos e de compressão são negativos. a - Forças aplicadas b – esforço e deformação normal Figura III.1 Barra submetida a forças axiais Carregamento Forças axiais podem ser concentradas ou distribuídas ao longo do comprimento, como representa a Figura III.2. x Fa Fb a b a – Forças concentradas b – Forças distribuídas Figura III.2 – Elemento de treliça representado pelo seu eixo Diagrama de esforços normais São diagramas que ilustram a distribuição dos esforços normais. Quando as forças axiais são concentradas, o esforço normal é constante. Se houver forças axiais distribuídas ao longo da barra, o esforço normal varia na direção de x, conforme representa a Figura III.3. Note que os esforços estão sinalizados como positivos por serem de tração. FF F F + DN a b a) Forças concentradas nas extremidades b) Forças nas extremidades e carregamento uniforme Figura III.3 - Diagramas de esforços Estácio de Sá - Res Mat II – Rubens Mitri 2 Exemplos: Determinar a reação de apoio e a distribuição dos esforços normais (traçar os diagramas de esforços normais) Estácio de Sá - Res Mat II – Rubens Mitri 3 Equações de equilíbrio A Figura III.4a representa uma barra submetida a axiais forças Fa e Fb concentradas nas extremidades e a um carregamento axial distribuído n(x). A figura ressalta um segmento de comprimento dx, que representa a seção transversal mostrada em perspectiva na Figura III.4b. b a- barra sob carregamento axial b – forças axiais em uma seção Figura III.4 – Equilíbrio em uma seção transversal A soma das forças que atuam na seção da Figura III.5b deve ser nula, de forma que podemos escrever: 0xF 0)( NdxndNN (x) dxdNn(x) (III.1) Estácio de Sá - Res Mat II – Rubens Mitri 4 Distribuição de deformações Como as faces das seções transversais permanecem paralelas (Figura III.1b), x é constante em toda a seção, podendo ser calculada como1: dx dx x (III.2) Distribuição de tensões Se o material for homogêneo, a distribuição de deformação resulta em tensões constantes, como representa a Figura III.5. Tensões podem ser obtidas a partir da Lei de de Hooke como: xx E σ (III.3) esforço normal tensão normal deformação normal Seção transversal em perspectiva esforço normal tensão normal deformação normal Seção transversal em vista lateral Figura III.5 Barra sob esforço, tensões e deformações axiais Cálculo de tensões e deformações axiais O esforço normal gera a componente de tensão x , que se distribui uniformemente ao longo da seção transversal, como mostra a Figura III.5, de forma que: A N x (III.4) As deformações normais podem ser obtidas a partir da alteração da geometria da seção transversal, conforme a equação (III.2), ou a partir das tensões e da lei de Hooke (equação (III.3) ). Assim escrevemos: 1 Note que deformações positivas são de alongamento assim como os esforços normais positivos são de tração. Estácio de Sá - Res Mat II – Rubens Mitri 5 EA N E x x (III.5) Alongamento da barra e deslocamentos Devido às deformações a barra sofre uma variação de comprimento , que pode ser calculado integrando-se as variações elementares dx indicados na Figura III.1b, e que podem ser calculado a partir da equação (III.2). Assim, escrevemos a variação de comprimento como2: 00 dxdx x (III.6) Se desejarmos calcular o alongamento apenas de um trecho da barra, também podemos usar a equação (III.6), sendo que a integral deve ser feita apenas ao longo desse trecho, e não de todo o comprimento. Imagine, por exemplo, que três barras estejam interconectadas e submetidas a forças axiais aplicadas na junção entre elas, conforme ilustra a Figura III.6. As extemidades das barras serão denominadas nós, de forma que nos nós 2 a 4 estão aplicadas as forças F2 a F4 e o nó 1 encontra-se apoiado, estando sujeito à reação R. A figura representa o conjunto de barras em sua configuração inicial (Figura III.6a) e após a aplicação das forças (Figura III.6b). Notamos que as barras sofreram alongamentos , e que os nós 2, 3 e 4 se deslocam para a direita, sofrendo respectivamente os deslocamentos 2u , 3u e 4u . A figura também indica o deslocamento de um ponto P, situado a uma distância x da extremidade esquerda da barra 2. Figura III.6 –Deslocamentos devido a forças aplicadas 2 Note que se x for positivo teremos alongamento da barra e, se x for negativo, terememos encurtamento. Estácio de Sá - Res Mat II – Rubens Mitri 6 Notamos que o deslocamento do ponto 2 é igual ao alongamento da barra 1 e assim por diante, ou seja: 12 u ; 213 u ; 3214 u O deslocamento do ponto P situado na barra 2, por exemplo, é igual ao deslocamento do nó 2 mais o alongamento da barra entre o nó 2 e o ponto P, podendo ser calculado como: x x 0102 )( dxdxuxu xx (III.7) Exemplos: Traçar o diagrama de esforços normais, e determinar a distribuição das tensões ( )(xx ), das deformações axiais ( )(xx ) e dos deslocamentos (u(x)) para as barras abaixo. Determinar também o deslocamento da extremidade b. Considere que o eixo x tem origem na extremidade esquerda dos elementos e o material é linear elástico com módulo de elasticidade 27 /10 mKNE . x,u y a b 12 m cmh 30 cmb 10 F=600 KN a) Estácio de Sá - Res Mat II – Rubens Mitri 7 Estácio de Sá - Res Mat II – Rubens Mitri 8 Lista de exercícios Livro:Resistência dos Materiais R.C. Hibbeler, 7ª edição Exemplos : 4.1 a 4.4 - pg 90 e 91 Problemas: 4.1 a 4.30 – pg 91 a 95
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