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direito e engenharia legal

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RESUMO 
 
Trata-se de reunião bibliográfica sobre o tema Engenharia Legal, seus conceitos, 
suas considerações, novas denominações, atribuições profissionais do especialista e 
novas alternativas de atuação do engenheiro buscando a interface Direito-Engenharia. 
Inicia-se com a terminologia básica e conceitos diversos e semelhantes de vários autores 
que militam pela engenharia legal. Continua com um breve histórico e com a proposta e 
conceituação de Engenharia Diagnóstica mostrando ser, junto com a Engenharia de 
Avaliações, os pilares da moderna Engenharia Legal. Posteriormente desenvolve-se a 
revisão bibliográfica pela Engenharia de Avaliações, atribuição profissional, perícia, 
procedimentos judiciais e finalmente com diversas opções de atuação do Engenheiro 
Legal e legislação específica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 ABSTRACT 
 
 
 This is a bibliographical meeting on the subject of Legal Engineering, its 
concepts, its considerations, new denominations, professional assignments of the 
specialist and new alternatives of the engineer acting for the interface Law-Engineering. 
It begins with the basic terminology and diverse and similar concepts of various authors 
who militate by legal engineering. It continues with a brief history and with the proposal 
and conceptualization of Diagnostic Engineering showing, together with the Engineering 
of Evaluations, the pillars of modern Legal Engineering. Subsequently, the bibliographic 
review is developed by the Engineering of Assessments, professional assignment, 
expertise, judicial procedures and finally with several options of action of the Legal 
Engineer and specific legislation. 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 5 
1.1 OBJETIVOS .............................................................................................................. 5 
1.1.1 Objetivo geral ..................................................................................................... 5 
1.1.2 Objetivo especifico.............................................................................................. 5 
1.2 JUSTIFICATIVA ........................................................................................................ 6 
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA .................................................................................. 7 
2.1 CONCEITOS CONFORME NBR 13.752/1996 ........................................................... 7 
2.1.1 Conceito de pericia ............................................................................................. 7 
2.2 AÇÃO JUDICIAL ....................................................................................................... 8 
2.2.1 TIPOS DE PERÍCIAS: ........................................................................................ 8 
2.2.2 Exames .............................................................................................................. 9 
2.2.3 Vistorias .............................................................................................................. 9 
2.2.4 Avaliações .......................................................................................................... 9 
2.2.5 Arbitramentos ..................................................................................................... 9 
2.3 TIPOS DE PROCESSOS .........................................................................................10 
2.4 TIPOS DE PROVA ...................................................................................................11 
2.5 A PERÍCIA E A SOCIEDADE ...................................................................................12 
2.5.1 TODO TRABALHO PROFISSIONAL DEVE RESULTAR BENEFÍCIO PARA A 
SOCIEDADE. ..................................................................................................................12 
2.6 ESCOLHA DOS PERITOS .......................................................................................12 
2.7 P E N A L I D A D E S ...............................................................................................13 
2.8 PRAZOS ...................................................................................................................13 
2.8.1 PRORROGAÇÃO DE PRAZOS: ........................................................................14 
2.9 HONORÁRIOS: ........................................................................................................14 
2.10 LAUDO PERICIAL ....................................................................................................14 
2.10.1 CONFECÇÃO DO LAUDO ................................................................................14 
2.10.2 PARTES DO LAUDO .........................................................................................15 
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................. 15 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................17
5 
 
CAPÍTULO 1 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
CONSIDERAÇÕES INICIAIS 
A partir do séc. XVII, criou-se definitivamente a figura do perito como auxiliar de 
justiça, bem como do perito extrajudicial. 
No Brasil a Perícia Judicial é introduzida pelo código de processo civil de 1939, em 
seus art. 238 e 254, que regulam a perícia, a nomeação do perito pelo juiz e a indicação 
pelas partes. Com a Reformulação do CPC, a Perícia atualmente está disciplina nos arts. 
145 a 147 (Do perito) e arts. 420 a 430 (Da Prova Pericial). 
1.1 OBJETIVOS 
1.1.1 Objetivo geral 
Examinar o fato característico e peculiar objeto de um litígio que fornecendo 
através do Laudo Perícias, redigido em linguagem acessível ao ser humano normal, 
condições para o julgamento e apreciação jurídica do fato estudado 
1.1.2 Objetivo especifico 
 
Para que o objetivo geral seja alcançado torna-se imprescindível alcançar os 
seguintes objetivos específicos: 
 Conceitos de vistoria pericia parecer técnico laudo 
 Conhecer os tipos de pericias 
 Conhecer os tipos de processos 
 Entender os tipos de provas em uma perícia judicial 
 Apresentar Responsabilidades, penalidades, prazos, honorários do perito 
6 
 
 
 Conhecer a Diferença entre perito e assistentes técnico 
 Laudo pericial 
1.2 JUSTIFICATIVA 
 
O presente trabalho tem como objetivo apresentar a função, deveres, 
responsabilidades, honorários, penalidades, de um perito judicial ou extra judicial, além 
de mostra a diferença entre perito e assistente técnico. 
Assim e de suma importância para que a sociedade entenda como funciona o 
sistema direito e engenharia legal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
 
 
CAPÍTULO 2 
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 
 
Para entender o que é direito e engenharia legal foi realizada uma revisão de 
literatura com as palavras-chave: pericia, processos, penalidades; e ainda sobre 
conceitos, legislação e deveres do profissional. 
2.1 CONCEITOS CONFORME NBR 13.752/1996 
 
 VISTORIA é a constatação de um fato, mediante exame circunstanciado e 
descrição minuciosa dos elementos que o constituem, sem a indagação das 
causas que o motivaram. 
 PERÍCIA é a atividade que envolve a apuração das causa que motivaram 
determinado evento ou da asserção de direitos. 
 LAUDO é a peça na qual o perito, profissional habilitado, relata o que observou 
e dá suas conclusões ou avalia, fundamentadamente, o valor de coisas ou 
direitos. 
 PARECER é a Opinião, conselho ou esclarecimentotécnico emitido por um 
profissional legalmente habilitado sobre assunto de sua especialidade 
2.1.1 Conceito de pericia 
 
Perícia é uma diligência realizada ou executada por peritos, a fim de esclarecer ou 
evidenciar certos fatos. Significa, portanto, a investigação, o exame, a verificação da 
verdade, ou realidade de certos fatos por pessoas que tenham habilitação profissional; 
reconhecida experiência quando à matéria e idoneidade moral (SILVEIRA, 2006). 
A Perícia é concebida como uma atividade de examinar as coisas e os fatos, 
reportando sua autenticidade e opinando sobre as causas, essências e efeitos da matéria 
examinada. Pode haver em qualquer área, sempre onde existir a controvérsia ou a 
pendência, inclusive em algumas situações empíricas 
(ASSIS, 2011). 
8 
 
 
2.2 AÇÃO JUDICIAL 
Ação é o mesmo que processo. É o direito que têm as pessoas (físicas ou 
jurídicas) de demandar ou pleitear em juízo, perante os tribunais, o que lhes pertence 
ou o que lhes é devido. 
2.2.1 TIPOS DE PERÍCIAS: 
 Perícias judiciais. 
 Perícias extrajudiciais. 
Em virtude das perícias da construção civil estarem vinculadas a área de profundo 
conhecimento técnico em virtude da mesma vir a atender a interesses de Pessoas Físicas 
e Pessoas Jurídicas em face do interesse de ordem patrimonial e/ ou judicial dessas, a 
engenharia de perícias e/ou de avaliações periciais faz-se restrita a profissionais 
engenheiros que possam atender aos desejos/ anseios dos interessados, tendo em vistas 
sua constante erudição e atualização sobre as diferentes espécies de avaliações periciais 
existentes na construção civil bem como diante das mais variadas patologias que nesta 
podem ser analisadas (EID et al., 2014). 
Em virtude das perícias da construção civil estarem vinculadas a área de profundo 
conhecimento técnico em virtude da mesma vir a atender a interesses de Pessoas Físicas 
e Pessoas Jurídicas em face do interesse de ordem patrimonial e/ ou judicial dessas, a 
engenharia de perícias e/ou de avaliações periciais faz-se restrita a profissionais 
engenheiros que possam atender aos desejos/ anseios dos interessados, tendo em vistas 
sua constante erudição e atualização sobre as diferentes espécies de avaliações periciais 
existentes na construção civil bem como diante das mais variadas patologias que nesta 
podem ser analisadas (EID et al., 2014). 
As perícias de construção civil podem ocorrer nos moldes: (1) Exame; (2) Vistoria; 
(3) Avaliação e (4) Arbitramento, as quais seguem mais detalhadamente expostas na 
sequência do estudo. 
 
9 
 
 
2.2.2 Exames 
Segundo a Norma Brasileira 13.756/1996, em sua seção 3.61, a perícia envolve a 
apuração das causas que levam a ocorrência de um determinado evento ou ainda na 
asserção de direitos, podendo esse se focar em quatro faces sendo que a primeira destas 
é a face do Exame, o qual segundo a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) 
é a inspeção, que ocorre por meio de um perito, sobre uma coisa ou pessoa, móvel, 
imóvel ou semoventes, a fim de verificar fatos e/ ou circunstâncias que levem a 
compreensão da existência de causa (ROTTMANN, 2008). 
 
2.2.3 Vistorias 
 
A segunda face é a Vistoria, a qual pode ser descrita como sendo a ação/ atividade 
de constatar um fato, tendo como base o Exame circunstanciado bem como a descrição 
minuciosa de elementos que possam vir a constituir, sem margem para questionamentos, 
circunstâncias que levem a um fato. A Vistoria cede a certificação a um objeto, a qual 
pode ou não ser utilizada em base judicial (NBR 14.653 - 1 - 2001). 
 
2.2.4 Avaliações 
 
A terceira face da pericia refere-se a Avaliação, a qual segundo o Glossário de 
Engenharia de Avaliações e Perícias do IBAPE/SP e na Norma de Avaliação de Bens, 
da Associação Brasileira de Normas Técnicas (NBR) - 14.653 partes 1, é o procedimento 
geral de se avaliar um bem consiste em meio a uma análise técnica, na busca por 
assegurar e/ ou identificar valor de um bem, tendo em vista seus custos, frutos e direitos. 
Essa ainda busca determinar indicadores da viabilidade de uso. É vital salientar que para 
a NBR - 13.752/1992 partes 2, Avaliação é uma atividade voltada a ceder determinação 
técnica de valor monetário e qualitativo de um bem, seja esse de direito ou de 
empreendimento (EID et al., 2014). 
2.2.5 Arbitramentos 
 
10 
 
 
O último item da face das perícias é o Arbitramento, o qual é descrito como sendo 
uma atividade que envolve a tomada de posição o de decisão entre alternativas, sendo 
essa o parecer, a estimativa, o exame e a avaliação realizada por perito (s) a fim de se 
determinar valores quantitativos, qualitativos, pecuniários ou monetários de um bem, ou 
ainda dos rendimentos desses, cedendo base a representar os frutos e direitos seguros 
de um bem ou de um empreendimento (ROTTMANN, 2008). 
Nessa tangente pode-se ditar que a pericia na construção civil busca basicamente 
verificar a ocorrência ou não de patologias, existentes e/ ou futuras, em bases prediais, 
seja no ato de sua entrega seja em meio a seu uso, na busca por assegurar segurança 
física e monetária a seu aquisitor. Assim, é vital ceder uma melhor compreensão sobre 
as principais patologias que podem ser verificadas/ averiguadas em meio a uma pericia 
na construção civil seja em obras novas seja em obras já entregues (EID et al., 2014; 
GRANDISKI, 2011; HACKBARTH, 2006). 
 
 
2.3 TIPOS DE PROCESSOS 
Segundo Lumen Juris. (2010) O processo é um conjunto de atos, realizados sob 
o crivo do contraditório, que cria uma relação jurídica da qual surgem deveres, poderes, 
faculdades, ônus e sujeição para as partes que dele participam. É preciso visualizar o 
processo como uma garantia de realização de justiça, ou seja, efetivação dos direitos. 
O Processo se classifica em: 
 Processo de Conhecimento, 
Ocorre a necessidade das partes de levar ao conhecimento do juiz, os fatos e 
fundamentos jurídicos, para que ele possa substituir por um ato seu a vontade de uma 
das partes. A formação do processo de conhecimento ocorre pela propositura da 
demanda em juízo e vai até a sentença. 
11 
 
 
No processo temos uma sucessão ordenada de atos dentro de modelos previstos em 
lei que são os procedimentos, também chamados de ritos. O procedimento é o modo 
próprio de desenvolvimento do processo, conforme a exigência de cada caso. 
Ainda segundo Lumen Juris.(2010). O rito pode ser; Ordinário: (A partir do artigo 
282 do Código de Processo Civil) Quando forem demandas complexas que versam sobre 
valores acima de sessenta salários mínimos; Sumário: (Regido pelo artigo. 275 do CPC). 
Atinge as causas que não excederem a 60 vezes o valor do salário mínimo, ou 
independente do valor, que verse sobre parceria, arrendamento, danos causados em 
acidente de veículo, entre outros; Sumaríssimo: (É previsto no artigo 852, alínea a, e 
seguintes da Consolidação das Leis do Trabalho) Versa normalmente sobre matérias não 
complexas. Para se enquadrar neste rito é necessário que o valor da demanda não 
exceda a 40 vezes o valor do salário mínimo. 
 Processo de Execução 
Se dá quando já se possui um título executivo judicial (Artigo 475, n, CPC) – que 
já tenha transitado em julgado – ou extrajudicial (Artigo 585, CPC). Execução é o 
meio pelo qual alguém é levado a juízo para solver uma obrigação que tenha sido 
imposta por lei ou por uma decisão judicial. 
 Processo Cautelar. 
É um processo preventivo, que visa evitar danou ou vício irreparável ou de difícil 
reparação. O processo cautelar pode apresentar-se na forma preparatória, quando 
instaurado antes da propositura da ação principal, ou na forma incidental, quandoessa 
se encontra em andamento. De acordo com o artigo 800 do CPC, as medidas cautelares 
serão requeridas ao juiz competente para conhecer a causa e, quando preparatórias, ao 
juiz competente para conhecer da ação principal. (RAMOS, 2013) 
2.4 TIPOS DE PROVA 
A prova pericial consiste em exame, vistoria e avaliação (Art. 420, CPC). Nos 
assuntos que envolvem engenharia, só podem ser realizados por profissional habilitado. 
12 
 
 
A Perícia é considerada instrumento de prova para efeitos judiciais Salvo o negócio 
que se impõe forma especial, o fato jurídico pode ser provado mediante: 
I – confissão 
 II – documento 
III – testemunha 
IV – presunção 
V - Indícios 
VI – Perícia 
A perícia é prova, mas deve alimentar-se de “evidencias” essenciais, efetivas, 
inequívocas e formalmente sustentáveis. 
2.5 A PERÍCIA E A SOCIEDADE 
2.5.1 TODO TRABALHO PROFISSIONAL DEVE RESULTAR BENEFÍCIO PARA A SOCIEDADE. 
 Ao executar uma perícia de engenharia, o profissional deve levar em consideração 
os efeitos sociais dela, tais como: • Uma justa e honesta partilha de bens, de um processo 
de inventário; • Uma resolução de uma questão trabalhista; • A determinação do valor de 
um bem numa ação de danos reais; O Compromisso moral e ético do perito para com a 
sociedade e para com sua classe profissional constitui o principal lastro e sustentação da 
realização profissional. Ser capaz e estar atualizado e preparado para o trabalho de boa 
qualidade, com valor social, está inserido no contexto moral e ético. 
2.6 ESCOLHA DOS PERITOS 
 A regra e o normal é que o juiz nomeie o perito e as partes indiquem assistentes 
técnicos de grau superior, ou, pelo menos, de nível médio, com habilitação formal 
adequada ao objeto da perícia, sob pena de invalidade do laudo 
 
 Art. 145 do CPC dispõe sobre a qualificação exigida do perito judicial: 
 § 1o Os peritos serão escolhidos entre profissionais de nível universitário, 
devidamente inscritos no órgão de classe competente, respeitando o 
disposto no Cap. VI, seção VII, deste Código. 
13 
 
 
 § 2o Os peritos comprovarão sua especialidade na matéria sobre que 
deverão opinar mediante certidão do órgão profissional em que estiverem 
inscritos. 
 § 3o Nas localidades onde não houver profissionais qualificados que 
preencham os requisitos dos parágrafos anteriores, a indicação dos peritos 
será de livre escolha do juiz 
2.7 P E N A L I D A D E S 
Art. 147 CPC: O perito que, por dolo ou culpa, prestar informações inverídicas, 
responderá pelos prejuízos que causar à parte, ficando inabilitado, por 2 (dois) anos, a 
funcionar em outras perícias e incorrerá na sanção que a lei penal estabelecer. 
 RECLUSÃO 
 MULTA 
 SUSPENSÃO 
§ 1° As penas aumentam-se de 1/6 a 1/3, se o crime é praticado mediante suborno ou se 
cometido com o fim de obter prova destinada a produzir efeito em processo penal, ou em 
processo civil em que for parte entidade da administração pública direta ou indireta. § 2° 
O fato deixa de ser punível se, antes da sentença no processo em que ocorreu o ilícito, 
o agente se retrata ou declara a verdade. 
2.8 PRAZOS 
 Nomeado o perito e indicados os assistentes, prevê o Código de Processo Civil, quanto 
aos prazos: 
 “ Art. 432 – Se o perito, por motivo justificado, não puder apresentar o laudo dentro 
do prazo, o juiz conceder-lhe-á, por uma vez, prorrogação, segundo o seu 
prudente arbítrio ”. 
 Art. 433 – O perito apresentará o laudo em cartório no prazo fixado pelo juiz, pelo 
menos 20 (vinte) dias antes da audiência de instrução e julgamento. 
 Parágrafo único – Os assistentes técnicos oferecerão seus pareceres 10 (dez) 
dias após a apresentação do laudo, independentemente de intimação 
14 
 
 
2.8.1 PRORROGAÇÃO DE PRAZOS: 
 Os motivos mais freqüentes são: a) Perícia muito extensa; b) Acúmulo sazonal de 
perícias; c) Grande volume de trabalho, acumulado em atividades judiciais e 
extrajudiciais; d) Dificuldades de encontrar alguém que dê acesso ao interior do imóvel 
objeto da perícia. 
2.9 HONORÁRIOS: 
Após receber a Intimação pelo Oficial de Justiça, tem até 05 (cinco) dias para aceitar 
ou não, e recomendado que se faça carga ao processo, visando estudá-lo (Ação e 
quesitos), fazer Petição ao Juiz, informando os valores dos honorários, inclusive 
adiantamentos, se for o caso. 
2.10 LAUDO PERICIAL 
2.10.1 CONFECÇÃO DO LAUDO 
 a) O laudo deve ser objetivo e conciso, com cuidados para não ser prolixo e nem 
lacônico. Laudos extensos correm risco de não serem lidos; 
 b) O laudo deve circunscrever-se ao objeto da perícia, não indo além do necessário, mas 
não fugindo ao seu objetivo e ao indagado nos quesitos; 
c) Sem utilidade, também, são considerações de ordem jurídica, que alguns peritos 
adicionam a seus laudos esquecendo que sua missão é meramente técnica; 
 d) O laudo deve ser bem fundamentado. Para tanto, deverá ser instruído com fotos, 
plantas, desenhos, registros de imóveis e quaisquer outras peças ou elementos 
elucidativos (art 429 do CPC); 
 e)O perito tem poder de pesquisa, podendo ouvir testemunhas, obter informações, 
solicitar documentos oficiais ou não; 
f) Se os assistentes concordarem com o laudo, eles podem assinar juntos, Caso contrário, 
deverá ser elaborado um parecer divergente 
 
 
15 
 
 
2.10.2 PARTES DO LAUDO 
1. APRESENTAÇÃO: texto resumido de apresentação do laudo, do qual conste o nome 
do seu autor, nome dos interessados, tipo da ação ou perícia, número dos autos do 
processo, etc; 
2. HISTÓRICO OU PRELIMINARES Resumo e/ou histórico de fatos, acontecimentos, 
incidentes, etc., que justifiquem a perícia; 
3. VISTORIA OU INSPEÇÃO Descrição clara e concisa, circunscrita ao objeto da perícia, 
de tudo que for constatado e tiver ocorrido na diligência. 
4. RESPOSTAS AOS QUESITOS Nos processos judiciais, responder aos quesitos 
deferidos com objetividade e fundamentação; 
5. ENCERRAMENTO Fechamento do laudo, devendo constar o número de paginas, de 
fotografias e anexos, se houver; 
6. ANEXOS Conjunto de elementos complementares que foram citados no laudo ou de 
grande importância para esclarecimento das questões abordadas, tais como 
documentos, memórias de cálculo, plantas, mapas, levantamentos aerofotogramétricos, 
fotografias, etc. 
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
 É notória a ligação do direito – engenharia em quase todos os empreendimentos 
econômicos que o ser humano conseguiu idealizar. A idealização de um 
empreendimento, à primeira idéia, prossegue se desenvolvendo até a projeção legal 
(legislação) que abrange todas as fases do empreendimento, desde sua aprovação, 
desenvolvimento, execução e comercialização. Uma simples transação comercial de 
compra e venda de um terreno pode se tornar um verdadeiro “martírio” comercial se não 
for devidamente legalizado e registrado. São inúmeras as leis e decretos que tentam 
prever as situações decorrentes de qualquer transação econômica. E igualmente são 
imprevisíveis as inúmeras situações “novas” que teimam em se apresentar em algum 
negócio. Então, quando a situação sai do controle cível e percorre o caminho legal dos 
16 
 
 
tribunais, surge a necessidade da produção de provas periciais e a figura do perito e dos 
assistentes técnicos. 
Um Engenheiro Legal, como especialista e perito que pretende ser, necessita de 
ter a consciência que os negócios que envolvem duas ou mais partes interessadas, 
devem ter sua intervenção técnica, sempre que possível, desde o início prevendo, ou 
tentando prever, situações adversas que podem suceder às etapas e fases da 
negociação e do empreendimento em questão. Muito se evitaria se o Engenheiro,mesmo 
sendo considerado profissional extremamente técnico, se dedicasse mais ao estudo das 
leis, proporcionasse orientação mais detalhada a seus clientes e fosse assessorado de 
perto, em diversas questões mais complexas por um profissional do Direito. Assim 
aparecem as figuras dos profissionais quase completos dos Engenheiros Legais. 
Especialista, porém ser deixar de ser generalista, esse profissional adquire com o passar 
do tempo, visão macro econômica e principalmente sustentável para sua própria carreira. 
É destes profissionais que a sociedade, empresários, setores públicos e o 
judiciário necessitam e não abrem mão de ter um assessoramento de qualidade, 
confiável, ético e moral na construção de um país mais justo e sustentável. Afinal é o 
mínimo que preconiza o juramento do formando em Engenharia Civil: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
17 
 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
(ASSIS, 2011). Conceitos da engenharia, 09 junho 2018 
FIKER,JOSÉ. Manual de Avaliações e Perícias em Imóveis, São Paulo: Pini, 2008 
FIKER,JOSÉ. Avaliação de Imóveis : Manual de redação de laudos, São Paulo: Pini, 1989 
 ABUNAHMAN, SÉRGIO ANTÔNIO. Curso Básico de Engenharia Legal e de Avaliações, 
São Paulo: Pini, 2008 
 MAIA NETO,F. Roteiro Prático de Avaliações e Perícias Judiciais, 3ª Ed, Belo Horizonte: 
Del Rey, 2000 
 GOMIDE, TITO LIVIO FERREIRA. Engenharia Legal - Estudos, São Paulo: Ed 
Leud,2002 
 GOMIDE, TITO LIVIO FERREIRA. Engenharia Legal – Novos Estudos, São Paulo: Ed 
Leud,2008 
Norma de Inspeção Predial. IBAPE São Paulo, 2003. 
CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL - Resolução n ° 205 do CONFEA - de 30 de 
setembro de 1.971.

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