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Plano de Aula: VLSM e Sumarização de Rotas REDES LOCAIS E COMUTAÇÃO - CCT0331 Título VLSM e Sumarização de Rotas Número de Aulas por Semana Número de Semana de Aula 2 Tema VLSM e Sumarização de Rotas Objetivos Ao final desta semana o aluno deverá ser capaz de: - Compreender conceitos avançados de endereçamento; - Projetar endereçamento IP utilizando sub-rede de tamanho variável Estrutura do Conteúdo DIVISÃO DE SUBREDES O uso de sub-rede permite criar múltiplas redes lógicas a partir de um único intervalo de endereços. Visto que usamos um roteador para conectar essas redes, cada interface no roteador deve ter uma identificação de rede distinta. Cada nó nesse link está na mesma rede. Criamos as sub-redes usando um ou mais bits de host como bits de rede. Isso é feito extendendo-se a máscara para pegar emprestados alguns dos bits da porção de host do endereço a fim de criar bits de rede adicionais. Quanto mais bits de host forem usados, mais sub-redes poderão ser definidas. Para cada bit emprestado, dobramos o número de sub-redes disponíveis. Por exemplo, se pegarmos 1 bit emprestado, podemos definir 2 sub-redes. Se pegarmos emprestados 2 bits, podemos ter 4 sub-redes. Contudo, com cada bit que pegamos emprestado, m enos endereços de host ficam disponíveis por sub- rede. Fórmula para calcular sub-redes Use esta fórmula para calcular o número de sub-redes: 2^n onde n = número de bits emprestados https://1drv.ms/i/s!AmZLtOTLwF20gVj8a9InJCZFi2aX VLSM A criação de uma sub-rede de uma sub-rede, ou o uso de Máscara de Sub-Rede de Tamanho Variável (VLSM), foi projetado para maximizar a eficiência de endereçamento. Ao identificar o número total de hosts usando a criação tradicional de sub-redes, alocamos o mesmo número de endereços para cada sub-rede. Se todas as sub-redes têm os mesmos requisitos quanto a número de hosts, esses intervalos de endereços de tamanhos fixos serão eficientes. Contudo, mais freqüentemente esse não é o caso. Por exemplo, a topologia na Figura 1 mostra um requisito de sete sub-redes, um para cada uma das quatro LANs e um para cada uma das três WANs. Com o endereço 192.168.20.0, precisamos pegar emprestados 3 bits entre os bits de host no último octeto para atender aos requisitos das sete sub-redes. Esses bits são pegos emprestados dentre os bits mudando-se os bits correspondentes de máscara de sub-rede para "1s" a fim de indicar que esses bits agora são usados como bits de rede. O último octeto da máscara é então representado por 11100000, que é 224. A nova máscara 255.255.255.224 é representada com a notação /27 para representar um total de 27 bits para a máscara. Em binário, essa máscara de sub-rede é representada como: 11111111.11111111.11111111.11100000 Depois de pegar emprestados três dos bits de host para usar como bits de rede, sobram cinco bits de host. Esses cinco bits permitem até 30 hosts por sub-rede. Embora tenhamos realizado a tarefa de dividir a rede em um número adequado de redes, isso se deu com um desperdício significativo de endereços não usados. Por exemplo, somente dois endereços são necessários em cada sub-rede para os links WAN. Há 28 endereços não usados em cada um das três sub-redes WAN que ficaram travados nesses intervalos de endereços. Além disso, isso limita o crescimento futuro porque reduz o número total de sub-redes disponíveis. Esse uso ineficiente de endereços é característico de endereçamentos utilizando classe completa (classful). A aplicação de um esquema padrão de sub-rede ao cenário não é muito eficiente e resulta em desperdício. De fato, esse exemplo é um bom modelo para mostrar como a criação de sub -redes em uma sub-rede pode ser usada para maximizar a utilização de endereços. Como Obter Mais Sub-Redes por Menos Hosts Lembre-se que em exemplos anteriores começamos com as sub-redes originais e conseguimos sub- redes adicionais e menores para usar nos links WAN. Ao criar sub-redes menores, cada sub-rede é capaz de suportar 2 hosts, deixando as sub-redes originais livres para serem alocadas para outros dispositivos e evitando o desperdício de muitos endereços. Para criar essas sub-redes menores para os links WAN, comece com 192.168.20.192. Podemos dividir essa sub-rede em muitas sub-redes menores. Para fornecer intervalos de endereço para links WAN com dois endereços cada, pegamos emprestados três bits de host adicionais para serem usados como bits de rede. Endereço: 192.168.20.192 Em binário: 11000000.10101000.00010100.11000000 Máscara: 255.255.255.252 30 Bits em binário: 11111111.11111111.11111111.11111100 CIDR O CIDR (de Classless Inter-Domain Routing), foi introduzido em 1993, como um refinamento para a forma como o tráfego era conduzido pelas redes IP. Permitindo flexibilidade acrescida quando dividindo margens de endereços IP em redes separadas, promoveu assim um uso mais eficiente para os endereços IP cada vez mais escassos. O CIDR está definido no RFC 1519. Historicamente, o espaço para o endereço IP foi dividido em três 'classes de rede' principais, onde cada classe tinha um tamanho fixo de rede. As classes A, B e C tinham campos de endereço de 8, 16 e 24 bits respectivamente. A classe, em especial o comprimento da máscara da sub-rede e o número de hosts na rede, poderiam ser sempre determinadas dos três bytes mais significativos do endereço IP. Sem qualquer outra forma para especificar o comprimento de uma máscara de sub-rede, os protocolos de routing necessários usavam a classe de endereço IP especificada nas advertências do route para determinar o tamanho dos prefixos de routing para serem definidos na "tabela de routing". Atualmente, o endereçamento do tipo IPv6, que contém 128 bits e não possui classes específicas, vem ganhando cada vez mais espaço devido ao esgotamente de endereços do tipo IPv4 O CIDR usa máscaras de comprimento variável, o VLSM (de Variable Length Subnet Masks), para alocar endereços IP em sub-redes de acordo com as necessidades individuais e não nas regras de uso generalizado em toda a rede. Assim a divisão de rede/host pode ocorrer em qualquer fronteira de bits no endereço. Porque as dis tinções de classes normais são ignoradas, o novo sistema foi chamado de routing sem classes. Isto levou a que o sistema original passasse a ser chamado de routing de classes. A notação standard para o intervalo de endereços CIDR começa com o endereço de rede (na direita com o número apropriado de bits com valor zero - até 4 octetos para IPv4, e até campos hexadecimais de 8 octetos de 16 bits para IPv6). Isto é seguido por um carácter e comprimento de um prefixo, em bits, definindo o tamanho da rede em questão (o prefixo é, na verdade, o comprimento da máscara de sub- rede). Por exemplo: 192.168.0.0 /24 representa os 256 endereços IPv4 de 192.168.0.0 até 192.168.0.255 inclusive, com 192.168.0.255 sendo o endereço de broadcast para a rede. 192.168.0.0 /22 representa os 1024 endereços IPv4 de 192.168.0.0 até 192.168.3.255 inclusive, com 192.168.3.255 sendo o endereço de broadcast para a rede. 2002:C0A8::/48 representa os endereços IPv6 de 2002:C0A8:0:0:0:0:0:0 até 2002:C0A8:0:FFFF:FFFF:FFFF:FFFF:FFFF, inclusive. Para o IPv4, uma representação alternativa usa o endereço de rede seguido da máscara de sub -rede, escrito na forma decimal com pontos: 192.168.0.0 /24 pode ser escrito como 192.168.0.0 255.255.255.0 ? pois contando os 24 bits da Esquerda para Direita, temos: 11111111.11111111.11111111.00000000 192.168.0.0 /22 pode ser escrito como 192.168.0.0 255.255.252.0 ? pois contando os 22 bits da Esquerda para Direita, temos: 11111111.11111111.11111100.00000000 Um outro benefício do CIDR é a possibilidade de agregação de prefixos de routing. Por exemplo, dezesseis redes /24 contíguas podem agora ser agregados,e mostrados como sendo um route único de /20 (caso os primeiros 20 bits dos endereços de rede coincidam). Dois /20 contiguos podem ser agregados num /19, e assim por diante. Isto permite uma redução significativa do número de routes, prevenindo a 'explosão da tabela de routing' de sobreaquecer os routers e parar a Internet de expandir -se. CDIR e VLSM CIDR e VLSM são essencialmente a mesma coisa já que ambos permitem dividir recursivamente uma porção do espaço de endereços IP em pedaços (blocos) menores. A diferença é que com VLSM a recursão é feita no espaço de endereçamento previamente alocado para a organização, sendo isso invisível para a Internet global. O CIDR, por sua vez, permite a alocação recursiva de um bloco de endereços por um Internet Registry a um ?high-level ISP ?, a um ?middle-level ISP?, a um ?low-level ISP? e, finalmente, à rede privada da organização. SUMARIZAÇÃO DE ROTA A técnica de sumarização de rotas permite o resumo de endereços de rede em uma quantidade menor de rotas na tabela de roteamento. Em grandes redes é possível encontrar milhares de rotas que consomem grandes recursos do Roteador alocando um considerável espaço em memória, forçando o calculo de CPU para os protocolos de Roteamento Dinâmico e etc. Alguns protocolos de Roteamento efetuam a sumarização de rotas dinamicamente baseando-se na classe do endereço IP, entretanto existem cenários que precisamos efetuar a configuração manual de sumarização das rotas, como ocorre com as Operadoras de Internet. As Operadoras ao receberem um bloco de endereços IP da entidade responsável pela região, criam varias sub-redes desse range e entregam aos seus clientes. Mas na Internet é injetado pela Operadora todo o bloco sumarizado. Exemplo Digamos que ao receber 4 endereços de rede, precis aremos sumarizar em uma única rede. 10.1.12.0/24 10.1.13.0/24 10.1.14.0/24 10.1.15.0.24 1º Passo converta todos os valores em binário 10.1.12.0 00001010.00000001.00001100.00000000 10.1.13.0 00001010.00000001.00001101.00000000 10.1.14.0 00001010.00000001.00001110.00000000 10.1.15.0 00001010.00000001.00001111.00000000 2º Passo alinhe os endereços e descubra qual o ultimo ?bit? comum para todos os endereços 10.1.12.0 00001010.00000001.00001100.00000000 10.1.13.0 00001010.00000001.00001101.00000000 10.1.14.0 00001010.00000001.00001110.00000000 10.1.15.0 00001010.00000001.00001111.00000000 3º Passo conte a quantidade de bits em comum para esse endereço e dele extraia a mascara 10.1.12.0 00001010.00000001.00001100.00000000 10.1.13.0 00001010.00000001.00001101.00000000 10.1.14.0 00001010.00000001.00001110.00000000 10.1.15.0 00001010.00000001.00001111.00000000 22 bits em comum, nesse caso a mascara seria 255.255.252.0 Aplicação Prática Teórica Livro Kurose, Cap4, seção 4.3
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