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RELAÇÃO JURIDICA

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IED I
Unidade VIII
Relação jurídica:
Conceito e elementos
Sujeitos e objetos
Segurança das relações jurídicas e os institutos de preservação: ato jurídico perfeito, direito adquirido e coisa julgada.
CONCEITO DE RELAÇÃO JURÍDICA
A relação jurídica faz parte do elenco dos conceitos jurídicos fundamentais e constitui um ponto de convergência de vários componentes do Direito. 
A sua compreensão é elemento-chave para o conhecimento da Teoria Geral do Direito. 
Nela se entrelaçam fatos sociais e normas jurídicas. 
É no quadro amplo das relações jurídicas que se apresentam os sujeitos do direito e se projetam direitos subjetivos e deveres jurídicos.
Pode-se afirmar que a doutrina das relações jurídicas teve início a partir dos estudos formulados por Savigny no século XIX. 
De uma forma clara e precisa, o jurista alemão definiu relação jurídica como “vínculo entre pessoas, em virtude do qual uma delas pode pretender algo a que a outra está obrigada”. 
Em seu entendimento, toda relação jurídica apresenta um elemento material, constituído pela relação social, e outro formal, a determinação jurídica do fato, mediante normas.
Miguel Reale: 
“Quando uma relação de homem para homem se subsume ao modelo normativo instaurado pelo legislador, essa realidade concreta é reconhecida como sendo relação jurídica.”
Obs 
Além da concepção de Savigny, para quem a relação jurídica é sempre um vínculo entre pessoas, há outras tendências doutrinárias. Para Cicala, por exemplo, a relação não se opera entre os sujeitos, mas entre estes e a norma jurídica, pois é por força desta que se estabelece o liame. 
A norma jurídica seria, assim, a mediadora entre as partes. Alguns juristas defenderam a tese de que a relação jurídica seria um nexo entre a pessoa e o objeto. Este foi o ponto de vista de Clóvis Beviláqua: “Relação de direito é o laço que, sob a garantia da ordem jurídica, submete o objeto ao sujeito.”
Roguin
Modernamente esta concepção foi abandonada, principalmente em face da teoria dos sujeitos, formulada por Roguin. As dúvidas que havia em relação ao direito de propriedade foram dissipadas pela exposição desse autor. A relação jurídica nessa espécie de direito não seria entre o proprietário e a coisa, mas entre aquele e a coletividade de pessoas, que teria o dever jurídico de respeitar o direito subjetivo.
Hans Kelsen
Na concepção de Hans Kelsen, significativa por partir do chefe da corrente normativista, a relação jurídica não consiste em um vínculo entre pessoas, mas entre dois fatos enlaçados por normas jurídicas. Como exemplo, figurou a hipótese de uma relação entre um credor e um devedor, afirmando que a relação jurídica “significa que uma determinada conduta do credor e uma determinada conduta do devedor estão enlaçadas de um modo específico em uma norma de direito...”
Conceito filosófico
No plano filosófico, há a indagação se a regra de Direito cria a relação jurídica ou se esta preexiste à determinação jurídica.
Para a corrente jusnaturalista, o Direito apenas reconhece a existência da relação jurídica e lhe dá proteção, enquanto o positivismo assinala a existência da relação jurídica somente a partir da disciplina normativa. Há determinadas relações que efetivamente antecedem à regulamentação jurídica, pois expressam fenômenos de ordem natural, in rerum natura, como é o fato, por exemplo, da filiação.
São as relações jurídicas que dão movimento ao Direito. Em cada uma ocorre a incidência de normas jurídicas, que definem os direitos e os deveres dos sujeitos. Há relação jurídica que se extingue tão logo é produzido o seu efeito: a relação que se estabelece entre o passageiro e o motorista de praça desaparece quando, no local de destino, o preço da corrida é pago. 
Outras há cujos efeitos são duradouros, como se passa nas relações matrimoniais. 
Na maior parte dos vínculos, os dois sujeitos possuem direitos e deveres, como nas relações de emprego. 
Há relações em que os poderes e as obrigações são recíprocos e de igual conteúdo para as duas partes: dever de coabitação entre os cônjuges
FORMAÇÃO DA RELAÇÃO JURÍDICA
As relações de vida formam-se em decorrência de determinados fatores que aproximam os homens e os levam ao convívio. Tais fatores são de natureza fisiológica, econômica, moral, cultural, recreativa etc. 
A necessidade que o homem possui de suprir as suas várias carências o induz à convivência. É pela vida associativa que obtém os complementos indispensáveis à sua sobrevivência, à satisfação de seus instintos básicos, ao conhecimento das coisas e da própria natureza. 
São as relações intersubjetivas que formam o suporte ou a matéria das relações de direito. Quando essas relações de vida repercutem no equilíbrio social, não podem permanecer sob o comando aleatório das preferências individuais. Nessa hipótese é mister a regulamentação jurídica. Uma vez subordinadas ao império da lei, as relações sociais ganham qualificativo jurídico.
As relações jurídicas 
Se formam pela incidência de normas jurídicas em fatos sociais. 
Em sentido amplo, os acontecimentos que instauram, modificam ou extinguem relações jurídicas denominam-se fatos jurídicos. 
Quando ocorre um determinado acontecimento regulado por regras de Direito, instaura-se uma relação jurídica. 
ELEMENTOS DA RELAÇÃO JURÍDICA
Integram a relação jurídica os elementos: sujeito ativo, sujeito passivo, vínculo de atributividade e objeto. 
O fato e a norma jurídica, que alguns autores arrolam como elementos, são antes pressupostos da existência da relação jurídica.
Sujeitos da Relação Jurídica
Denomina-se situação jurídica ativa a que corresponde à posição do agente portador de direito subjetivo e situação jurídica passiva, a do possuidor de dever jurídico. Parte é a pessoa ou conjunto de pessoas com uma situação jurídica ativa ou passiva. A referência que se faz com o vocábulo parte é para distinguir os participantes da relação dos chamados terceiros, que são pessoas alheias ao vínculo jurídico.
Denomina-se sujeito ativo a pessoa que, na relação, ocupa a situação jurídica ativa; é o portador do direito subjetivo que tem o poder de exigir do sujeito passivo o cumprimento do dever jurídico. 
Como na maioria das relações jurídicas as duas partes possuem direitos e deveres entre si, sujeito ativo é o credor da prestação principal. Sujeito ativo ou titular do direito é a pessoa natural ou jurídica.
Sujeito passivo é o elemento que integra a relação jurídica com a obrigação de uma conduta ou prestação em favor do sujeito ativo. 
O sujeito passivo é o responsável pela obrigação principal. Sujeito ativo e passivo apresentam-se sempre em conjunto nas relações jurídicas. Um não pode existir sem o outro, do mesmo modo que não existe direito onde não há dever.
Vínculo de Atributividade. 
No dizer de Miguel Reale, “é o vínculo que confere a cada um dos participantes da relação o poder de pretender ou exigir algo determinado ou determinável”. O vínculo de atributividade pode ter por origem o contrato ou a lei.
Objeto. 
O vínculo existente na relação jurídica está sempre em função de um objeto. 
As relações jurídicas são estabelecidas visando a um fim específico. A relação jurídica criada pelo contrato de compra e venda, por exemplo, tem por objeto a entrega da coisa, enquanto no contrato de trabalho o objeto é a realização do trabalho. É sobre o objeto que recai a exigência do sujeito ativo e o dever do sujeito passivo.
O objeto da relação jurídica recai sempre sobre um bem. Em função deste, a relação pode ser patrimonial ou não patrimonial, conforme apresente um valor pecuniário ou não.
Segurança das relações jurídicas e os institutos de preservação: ato jurídico perfeito, direito adquirido e coisa julgada.
TÍTULO II
DOS DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS
Doutrina Vinculada
CAPÍTULO I
DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida,à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
(...)
XXXVI - a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada;
Lei de Introdução ao Código Civil Brasileiro - DL 4657 de 1942
DL 4657 de 1942
DECRETO-LEI Nº 4.657, DE 4 DE SETEMBRO DE 1942
(DOU 09.09.1942)
Lei de Introdução às normas do Direito Brasileiro. (Redação dada à ementa pela Lei nº 12.376, de 30.12.2010, DOU 31.12.2010)
(...)
Art. 6º. A lei em vigor terá efeito imediato e geral, respeitados o ato jurídico perfeito, o direito adquirido e a coisa julgada.
Ato jurídico perfeito
Dentro do conceito que lhe dá a lei civil, assim se entende todo ato lícito que tenha o objetivo imediato de adquirir, resguardar, transferir, modificar ou extinguir direitos.
Perfeito – per factum
Desse modo, o ato jurídico, manifestação da vontade do agente, deve estar conforme a essa vontade, e devendo ser lícito deve ser executado segundo as prescrições de direito.
Em sendo assim, não estando a vontade do agente manifestada segundo a regra, nem dando a lei amparo ao que se fez, não tem o ato propriedade de atribuir qualquer direito, nem se lhe dá a força de movimentar qualquer relação jurídica.
Dele promana toda a imensa e complexa série de contratos e obrigações jurídicas, apontados nas leis civis e comerciais, tomando as modalidades pelas mesmas assinaladas.
Vária denominações recebem os atos jurídicos, segundo a pessoa que expressa a sua vontade, segundo as suas finalidades e ainda, relativamente ao ônus ou obrigações que eles dimanam. 
E assim, se dizem unilaterais ou bilaterais, onerosos ou gratuitos, inter vivos ou causa mortis, principais ou acessórios, dando-se-lhes ainda designações indicativas de seu objeto, como contratos, testamentos, adoção, legitimação, etc.
A validade do ato jurídico requer: agente capaz, objeto lícito e possível, forma prescrita ou não proibida em lei. (art. 104 CCB).
Direito adquirido
Derivado de acquisitos, do verbo latino acquirere (adquirir, alcançar, obter), adquirido quer dizer obtido, já conseguido, incorporado.
Por essa forma, direito adquirido quer significar o direito que já se incorporou ao patrimônio da pessoa, já é de sua propriedade, já constitui um bem que deve ser juridicamente protegido contra qualquer ataque exterior, que ouse ofendê-lo ou turbá-lo.
Mas, para que se considere DIREITO ADQUIRIDO, é necessário que:
Sucedido o fato jurídico, de que se originou o direito, nos termos da lei, tenha sido integrado no patrimônio de quem o adquiriu;
Resultando de um fato idôneo, que o tenha produzido em face de lei vigente ao tempo, em que tal fato se realizou, embora não se tenha apresentado ensejo para fazê-lo valer, antes da atuação de uma lei nova sobre o mesmo fato jurídico, já sucedido.
O direito adquirido tira a sua existência dos fatos jurídicos passados e definitivos, quando o seu titular os pode exercer. No entanto, não deixa de ser adquirido o direito, mesmo quando o seu exercício dependa de um termo prefixado ou de condição preestabelecida, inalterável a arbítrio de outrem.
Por isso, do ponto de vista da irretroatividade das leis, não somente se consideram adquiridos os direitos aperfeiçoados ao tempo em que se promulga a lei nova, como os que estejam subordinados a condições ainda não verificadas, desde que não se indiquem alteráveis ao arbítrio de outrem.
Os direitos adquiridos se opõem aos direitos dependentes de condição suspensiva, que se dizem meras expectativas de direito.
Quanto a condição resolutiva, até que se cumpra, desde que não seja potestativa ou mista (alterável ao arbítrio de outrem), conserva o direito adquirido, embora cumprida venha a revogá-lo.
Coisa julgada

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