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Profa. Ms. Karina Costa Paes Herdade Embriologia, Divisões e Organização Geral do Sistema Nervoso. EMBRIOLOGIA 3 estágios: Pré - embrionário, Embrionário e Fetal. Estágio Pré –Embrionário: (Concepção – 2ª semana) Trompa uterina - Útero Zigoto Clivagem ou Segmentação Fig.1: Ilustra o espermatozóide penetrando em um ovócito. Estágio pré-embrionário Fig. 2: Desenho ilustrando os vários estágios da clivagem. A clivagem do zigoto e a formação da mórula ocorrem enquanto o zigoto em divisão passa pela tuba uterina. (12 a 15 útero) Estágio pré-embrionário Fig. 3: São cortes de blastocistos. A zona pelúcida desapareceu ao final do estágio do blastocisto (5 dias). Normalmente a formação do blastocisto se dá no útero. Estágio pré-embrionário Fig. 4: Desenho ilustrando a ligação do blastocisto ao epitélio do endométrio e os estágios iniciais da implantação (6 dias após a fertilização). * Estágio pré-embrionário Fig. 5: Após se prender ao epitélio do endométrio, o trofoblasto começa a se proliferar e diferencia-se em 2 camadas: citotrofoblasto (camada interna de células) e sinciciotrofoblasto (camada externa, constituída por uma massa multinucleada formada pela fusão de células. Não se observam limites celulares no sinciciotrofoblasto (fim da 1 semana). Estágio pré-embrionário Fig. 6: Durante a implantação ocorrem transformações morfológicas na massa celular interna, ou embrioblasto, levando a formação do disco embrionário bilaminar. Estágio Embrionário (2ª - 8ª semana) Formação dos órgãos Ectoderma: órgãos sensoriais, epiderme e sistema nervoso; Mesoderma: derme, músculos, ossos e sistemas excretor e circulatório Endoderma: trato digestório, fígado, pâncreas e sistema respiratório Estágio fetal (8ª semana - nascimento) Desenvolvimento do SN e início mielinização Origem: ectoderma Duas fases: Formação do tubo neural Formação do encéfalo Espessamento do ectoderma Fig. 7A: Corte transversal do embrião exibido à direita. À esquerda, a vista é de cima do embrião. O sistema nervoso começa com o espessamento do ectoderma, designado como placa neural. Fig. 7B : A placa se forma na superfície do embrião e se estende da cabeça à região da cauda, em contato com o líquido amniótico. A placa neural cresce progressivamente, torna-se mais espessa e adquire um sulco denominado sulco neural. Fig. 7C: O sulco neural se aprofunda e forma a goteira neural . Quando os lábios da goteira se fundem formam o tubo neural(18º-26º dia) . O ectoderma não diferenciado se fecha sobre o tubo, isolando-o do meio externo. A junção do ectoderma com os lábios da goteira formam a crista neural. Fig. 8: Formação do tubo neural. Fig. 9: O tubo neural se fecha primeiro na futura região cervical. A seguir, o sulco se fecha em direção rostral e caudal, deixando extremidades abertas designadas como neuroporos. O neuroporo superior se fecha por volta do 27º dia e o inferior cerca de 3 dias depois. Por volta do 26º dia, o tubo se diferencia em dois anéis concêntricos (em destaque). TUBO NEURAL : Origem dos elementos do Sistema Nervoso Central. CRISTA NEURAL : Origem dos elementos do Sistema Nervoso Periférico, células de mielina, neurônios autonômicos e orgãos endócrinos (medula supra-renal). TUBO NEURAL: Dilatações de diferentes calibres Parte cranial mais dilatado: ENCÉFALO PRIMITIVO ou ARQUENCÉFALO ENCÉFALO ADULTO Parte caudal mais estreitada: MEDULA PRIMITIVA MEDULA ADULTO Divisão Embriológica do Sistema Nervoso Formação do encéfalo – começa no 28º dia Fechamento do neuroporo superior Prosencéfalo Encéfalo Primitivo Mesencéfalo Rombencéfalo Dilatações do tubo neural Medula Primitiva Medula Telencéfalo Diencéfalo Metencéfalo Mielencéfalo Cérebro Cerebelo e Ponte Bulbo Mesencéfalo Fig. 12 : Formação do encéfalo. A, estágio de três dilatações. B, estágio de cinco dilatações. C, o telencéfalo cresceu tanto que o diencéfalo está inteiramente coberto em uma vista lateral. D e E, crescimento continuado de áreas adjacentes do hemisfério cerebral e a formação de pregas. TELENCÉFALO DIENCÉFALO METENCÉFALO MESENCÉFALO METENCÉFALO MIELENCÉFALO GIROS SULCOS Mesencéfalo Ponte Bulbo Postura e equilíbrio Tônus muscular Coordenação motora 31 PARES DE NERVOS ESPINHAIS 8 CERVICAIS 12 TORÁCICOS 5 LOMBARES 5 SACRAIS 1 COCCÍGEO CAVIDADES DO TUBO NEURAL: Ventrículos → liquor Ventrículo lateral: (cavidade do telencéfalo) III ventrículo: (cavidade do diencéfalo e parte mediana do telencéfalo) Aqueduto cerebral (cavidade do mesencéfalo – une o III ao IV ventrículo) IV ventrículo (cavidade dilatada do rombencéfalo) encéfalo Sistema Nervoso Central (SNC) Sistema Nervoso Periférico (SNP) gânglios terminações nervosas cérebro cerebelo tronco encefálico medula espinhal espinhais nervos cranianos mesencéfalo ponte bulbo ENCÉFALO SISTEMA NERVOSO CENTRAL MEDULA ESPINHAL + DIENCÉFALO SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO NERVOS CRANIANOS TERMINAÇÕES NERVOSAS NERVOS ESPINHAIS GÂNGLIOS SN da vida de relação (somático): Relaciona o organismo com o ambiente SN da vida Relaciona-se controle das vegetativa (visceral): com a inervação e estruturas viscerais. Manuntenção da constância no meio interno. Aferente SN Somático Eferente Aferente SN Visceral Eferente Sistema Nervoso Autônomo Simpático Parassimpático Conduz impulsos aos Centros Nervosos Leva aos músculos estriados esqueléticos o comando dos centros nervosos visceroreceptores SN Somático eferente: impulsos do centros nervosos até os músculos estriados esqueléticos (placa motora) MOVIMENTOS VOLUNTÁRIOS SN Visceral eferente: impulsos dos centros nervosos até as vísceras (glândulas, músculos lisos ou cardíaco). Informações dos receptores viscerais - SNC Fig.13: Vias autônomas aferentes ao tronco encefálico e medula espinhal. A, As informações aferentes viscerais da língua e do palato mole chegam ao tronco encefálico pelos VII e IX nervos cranianos. As informações da laringe e dos orgãos torácicos e abdominais chegam ao tronco encefálico pelo X nervo craniano. Fig. 14: Eferentes da medula espinal a órgãos efetores simpáticos. Funções do Sistema Simpático: Manter um suprimentos sanguíneo ótimo nos órgãos. ex: Mudança de posição/ PA Resposta fisiológica ao medo Aumenta o fluxo sanguíneo mm.ativos. Aumenta os níveis de sanguíneos glicose Dilata bronquíolos e artérias Eleva a pressão arterial e FC Reduz a atividade no sistema digestivo. O sistema nervoso simpático otimiza o fluxo sanguíneo aos orgãos, regula a temperatura corporal e a atividade metabólica e regula a função dos orgãos. Fig. 15: Eferência parassimpática pelos, III, VII, IX, X nervos cranianos e S2 e S4. A atividade parassimpática: Diminui a atividade cardíaca, Facilita a digestão, Aumenta as secreções nos pulmões. olhos e na boca, Contrai a pupila, Controla as excreções intestinal e vesical e a ereção dos orgãos sexuais. CONSERVAÇÃO ARMAZENAMENTO DE ENERGIA Órgãos Simpático Parassimpático Íris Dilatação da pupila(midríase) Constrição da pupila(miose) Gl.Salivar Vasoconstrição(sec.viscosae poucoabundante) Vasodilatação(sec. aquosa eabundante) Pele (m.eretor) Ereçãodospelos Ausente Coração Taquicardiae dilataçãodosvasoscoronários Bradicardia e constriçãodosvasoscoronários Pulmões Dilataçãodosbrônquios e secreçãodiminuída Constriçãodosbrônquios e secreçãoaumentada Tubodigestivo Diminui operistaltismo, fechamento deesfíncteres Aumentodoperistaltismo, abertura deesfíncteres Fígado evesículabiliar Fraciona glicogênio emglicose Conservaglicogênio e aumenta a secreção debile Genitais Ejaculação,vasoconstrição Ereção,vasodilatação Vasossanguíneos Vasoconstrição Nenhumaação Sistema Nervoso Supra-segmentar (Orgãos periféricos, efetuadores, receptores) Segmentar CEREBRO CEREBELO SNP TRONCO ENCEFÁLICO MEDULA ESPINHAL. Organização morfofuncional do SN (nervos) o cérebr cere b eloMesencéfalo Ponte Bulbo MEDULA ESPINHAL + SNP Grandes vias ascendentes: conduz ao SN supra-segmentar as informações recebidas pelo SN segmentar. Grandes vias descendentes: conduz comando do córtex cerebral aos neurônios motores do SN segmentar. do organismo Responsável pelo ajuste animal ao ambiente. Perceber e identificar as condições externas e internas, e fazer com que o corpo responda a estas condições:. Neurônios (células nervosas) Células gliais (células que suportam os neurônios) Células-tronco neurais:(precursoras) Fig.16: Partes de um neurônio típico: o corpo celular (soma), as unidades estimuladoras (dendritos) e a unidade transmissora (axônio) com seus terminais pré-sinápticos. 1- Local para estimulação de célula. Recebem informações de outras células. 2- Envia informações a outros neurônios, células musculares ou glândulas 3- Elemento transmissor 4 Recepção; Integração; Transmissão; Transferência de informações. Fig. 17 : Tipos de neurônios: a classificação baseia-se no número de processos que se originam do corpo celular . As setas indicam a direção do fluxo de informações. A, célula bipolar da retina. B, célula pseudo-unipolar, um neurônio que transmite informações da periferia para o SNC. Estas células são singulares por terem dois axônios. C, célula multipolar. As células multipolares têm muitos dendritos e um único axônio. D, célula multipolar típica do cerebelo. E, Interneurônio. Este tipo de célula se distribui por todo SNC. Neurônios e Células Gliais Microscopia eletrônica Sinapses O que é uma sinapse? Pontos especializados de comunicação entre um neurônio e outro neurônio, células musculares ou uma glândula. Fig. 17: Uma sinapse, o local de comunicação entre neurônios ou entre um neurônio e um músculo ou glândula. Os componentes de uma sinapse são o terminal axônico do neurônio pré-sináptico, a fenda sináptica e a membrana pós-sináptica. Os neurônios, através axônicas, entram em de suas terminações contato com outros sinapses neurônios, passando-lhes informações. Locais de tal contato: sinapses / interneuronais (mais precisamente). SNP: terminações axônicas podem relacionar-se com células não neuronais ou efetuadoras, ex: células musculares. Contato: sinapse neuroefetuadora ou junção. SN + e os efetores Sinapse Neuroefetuadora Somática: efetor: músculo voluntário Visceral: efetor: mm.invol; cardíaco, glândulas Sinapses elétricas (CLASSIFICAÇÃO DE ACORDO COM A MORFOLOGIA E A FUNÇÃO) Raras em vertebrados. Exclusivamente interneurais. Ocorre comunicação entre dois neurônios, através de canais iônicos, concentrados em cada uma das membranas em contato. Sincroniza a atividade de grupos de células Encontradas: tecido epitelial, mm. liso e cardíaco Sinapses químicas A grande maioria interneuronais e todas das sinapses as sinapses neuroefetuadoras. A comunicação entre os elementos em contato depende da liberação de substância química, denominada neurotransmissor. TIPOS DE SINAPSE AXO-DENDRITICA Entre axônio e dendrito. AXO-AXONICA Entre axônio e axônio. DENDRO-DENDRITICA Entre dendritos e dendritos. AXO-SOMÁTICA Entre axônio e corpo celular. Neuroefetuadora: Axônio célula efetuadora Cels m. esquelética junção neuroefetuadora somática (placa motora) - Acetilcolina Cels m. lisa, cardíaca ou glandulares junção neuroefetuadora visceral – Acetilcolina e Noradrenalina Terminal pré-sináptico Fenda sináptica Terminal pós-sináptico Proj. especializada Região - célula receptora Estrutura da sinapse: Um neurônio e uma célula pós sináptica se comunicam na sinapse. A célula pós- sináptica pode ser uma glândula, uma célula muscular ou outro neurônio. Espaço entre os dois terminais Transporte axoplasmático Fig. 18: Transporte axoplasmático. As substâncias necessárias ao axônio são aportadas pelo soma por transporte anterógrado. O transporte anterógrado move substâncias do axônio para o soma. Função: formam uma rede que proporciona sustentação ao neurônio. Glia: deriva da palavra grega para cola. (determinar a forma do SN) Estudos: glia é mais complexa – transmite de fato informações. Tipos de Glia: caracterizada: tamanho e função Macróglia: Divide-se em: Astrócito, oligodendrócito e células de Schwann . Micróglia. ASTRÓCITOS (SNC): Sustentação; Desenvolvimento inicial do SNC Garis: Removem neurotransmissores da fenda sináptica e restos celulares Sinalizadores OLIGODENDRÓCITO Sintetizam a bainha de mielina do SNC. CÉLULAS DE SCHWANN Sintetizam a bainha mielina do SNP. Oligodendrócito (SNC) e Célula de Schwann MICRÓGLIAS: Defesa do sistema nervoso central – “Sist. Imunológico:” Fagócitos :Limpam restos celulares e são mobilizadas após lesões, infecções ou doença. CÉLULAS EPENDIMÁRIAS: Formação, fluxo e absorção do liquido encefalorraquidiano. Compreende um axônio e seus envoltórios gliais bainha de mielina – isolante elétrico. Fibras nervosas mielínicas: envolvidos por bainha de mielina Fibras nervosas amielínicas: sem bainha de mielina SNC: fibras formam feixes → tractos ou fascículos SNP: fibras formam feixes → nervos No SNP cada axônio é circundado por células de Schwann bainha de mielina Essas bainhas interrompem-se nódulo de Ranvier Cada segmento de fibra situado entre os nódulos internódulo Condução dos impulsos nervosos é mais rápida Não apresentam envoltório bainha de mielina Conduzem o impulso nervoso mais lentamente Ausência de mielina impede a condução saltatória Recobre as fibras nervosas; garante a propagação rápida dos impulsos nervosos Constituída por camadas de células gliais. EKMAN, L.L. Neurociências – Fundamentos para Reabilitação, Rio de Janeiro: Ed. Guanabara Koogan, 2008. KANDEL, E. R.; SCHWARTZ, J. H.; JESSELL, T. M. Fundamentos da Neurociência e do comportamento. 1ª Edição. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2000. LENT, R. Cem bilhões de neurônios / Conceitos Fundamentais de Neurociências. 1ª edição. São Paulo: Editora Atheneu, 2002. MACHADO; A.B.M. Neuranatomia funcional, 2ª. ed., Atheneu, Rio de Janeiro 1998. Moore & Persaud. Embriologia Básica, 5ª. ed.,Guanabara Koogan, Rio de Janeiro, RJ. OBRIGADA !