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Direito Social - UNIDADE II - UNIFOR

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DIREITO 
SOCIAL
PROF.º: FRANCISCO TORRES
UNIVERSIDADE DE FORTALEZA –UNIFOR
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DIREITO SOCIAL 
UNIDADE II – A LEI
SÍNTESE DA AULA:
A Lei
Conceito
Classificação
Elaboração, hierarquia e eficácia.
INTRODUÇÃO
Depois de estudar o direito como exigência da justiça, vamos considerá-lo sob outro aspecto fundamental: como “lei” ou norma jurídica, reguladora da conduta social.
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Conceito: 
Lei no sentido jurídico é norma de procedimento dotada de poder coercitivo, quer dizer, norma acompanhada de sanções, havendo castigos e penas estabelecidos pelo Estado para aqueles que a infringem, colocando em perigo a segurança da sociedade.
Sob o ponto de vista formal, a lei é norma jurídica escrita, promulgada pelo Estado. Em sentido mais restrito, é norma jurídica escrita aprovada, via de regra, pelo poder legislativo e sancionada pelo poder executivo.
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CLASSIFICAÇÃO
Quanto à imperatividade, as leis se classificam em:
Impositivas: são regras de caráter absoluto, também denominadas cogentes, que estabelecem princípios de ordem pública, ou seja, de observância obrigatória.
Ex.: o salário é irredutível, salvo convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho, sob pena de nulidade da cláusula de redução.
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Dispositivas: são regras relativas (permissivas ou supletivas), aplicáveis na ausência de manifestação em sentido contrário das partes. 
Ex.: a concessão do benefício do seguro-desemprego e a extensão ao regime do FGTS aos empregados domésticos não era imposta por lei, mas sim mera faculdade a cargo do empregador, na celebração do contrato. 
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Quanto à origem ou extensão territorial:
Leis Federais: criadas no âmbito da União, ordinariamente pelo Congresso Nacional (exceção: as leis delegadas e as medidas provisórias), aplicando-se a todo o País ou parte dele (legislações federais de desenvolvimento regional).
Ex.: Constituição Federal, Código Civil, Consolidação das Leis do Trabalho etc.
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Leis Estaduais: promulgadas pelas Assembléias Legislativas, destinando-se aos territórios estaduais ou a parte deles.
Ex.: Constituição Estadual, Lei de ICMS (Imposto de Circulação de Mercadorias e Serviços) etc.
Leis Municipais: aprovadas pelas Câmaras Municipais, com aplicabilidade limitada ao território respectivo. 
Ex.: Lei Orgânica Municipal, Lei do IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) etc.
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Quanto à duração:
Permanentes: leis estabelecidas sem prazo de vigência predeterminado. Trata-se da regra geral das leis brasileiras.
Temporárias: leis estabelecidas com prazo limitado de vigência. 
É importante frisar que os efeitos das normas temporárias serão permanentes para as situações jurídicas consolidadas durante a sua aplicabilidade, salvo disposição legal posterior.
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Quanto ao alcance:
Gerais: disciplinam uma quantidade ilimitada de situações jurídicas genéricas.
Ex.: Constituição Federal, Código Civil etc.;
Especiais: regulam matérias com critérios particulares, diversos das leis gerais. 
Ex.: A Consolidação das Leis do Trabalho, quando surgiu, pretendeu disciplinar determinado contrato, qual seja, o de emprego, de forma distinta do Código Civil, que continuou regendo genericamente o contrato de prestação de serviços. 
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Singulares: norma estabelecida para um único caso concreto, somente sendo considerada lei por uma questão de classificação didática. 
Ex. decreto legislativo de nomeação de servidor público.   
Finalmente, quanto à hierarquia dentro do sistema nacional:
Constituição: fundamento do sistema positivo, é a mais importante norma em um ordenamento jurídico nacional.
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Leis infraconstitucionais: tecnicamente, não há hierarquia entre as leis infraconstitucionais, mas sim apenas peculiaridades quanto à matéria regulável, o órgão competente para sua edição e o quorum necessário. 
ELABORAÇÃO
Fases do processo legislativo ordinário:
1ª) Iniciativa legislativa: trata-se da capacidade atribuída a alguém para o desencadeamento do processo legislativo (art. 61, CF/88).
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2ª) Discussão: passa-se à análise do conteúdo do projeto de lei.
É realizada pelas Comissões permanentes (art. 58, CF/88), bem como pelo próprio plenário. Nesse momento, contudo, é que pode ser ofertada alguma proposta de emenda pelos parlamentares.
3ª) Deliberação: passa-se aqui à votação do projeto de lei (art. 58, §2º, I, CF).
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Trata-se de ato coletivo das Casas do Congresso. 
Para sua aprovação exige-se maioria de votos (maioria simples para lei ordinária; maioria absoluta para lei complementar e maioria de 3/5 para emendas), em dois turnos de votação = 3/5 em 2 turnos nas 2 casas.
4ª) Sanção ou Veto: aprovado, o projeto é enviado ao Poder Executivo. Trata-se de ato de competência exclusiva do Presidente da República.
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Por meio da sanção, que pode ser expressa ou tácita (manifestada pelo silêncio do Presidente no prazo de 15 dias), o Presidente demonstra sua concordância ao projeto de lei que lhe é apresentado.
De maneira diversa, por meio do veto, por razões de contrariedade ao interesse público ou de inconstitucionalidade, o Presidente manifesta sua discordância, sempre de maneira expressa.
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O veto, todavia, pode ser derrubado pelo Congresso Nacional, por decisão da maioria absoluta de seus membros em sessão conjunta com escrutínio secreto.
5ª) Promulgação: trata-se de mera comunicação feita aos destinatários das leis.
A promulgação visa tornar conhecidos os fatos e atos geradores da lei, bem como indicar que ela é válida, executável e obrigatória.
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Dessa forma, para que a lei seja considerada efetivamente promulgada, faz-se necessária a publicação do ato. 
A lei só se torna eficaz com a promulgação devidamente publicada.
6ª) Publicação: por meio da publicação é que se dá conhecimento público da existência do ato normativo. 
A lei deve ser publicada por meio de veículo oficial. 
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HIERARQUIA
A lei mais alta, a lei das leis, a lei suprema é a Constituição, à qual se devem subordinar todas as demais leis, que se tornarão inconstitucionais e perderão a vigência, na proporção em que deixarem de respeitar aquela. 
Essas demais leis são chamadas leis ordinárias.
EFICÁCIA
Ponto de partida para a vigência de uma lei é sua publicação pela Imprensa Oficial.
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A fixação do início de vigência de uma lei deve ser buscada nela mesma. É ela que determinará a partir de quando entrará em vigor.
Caso a lei não traga em seu texto nenhuma norma que fixe data em que entrará em vigor, a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro estabelece prazo de 45 dias no Brasil e três meses no exterior (art. 1º, §1º, LINDB). 
Em outras palavras, essa lei será publicada e somente 45 dias depois começará a vigorar.
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FINAL DA UNIDADE II
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