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Direito Social - UNIDADE III - UNIFOR

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DIREITO 
SOCIAL
 
PROF.º: FRANCISCO TORRES
UNIVERSIDADE DE FORTALEZA –UNIFOR 
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DIREITO SOCIAL 
UNIDADE III – HISTÓRIA GERAL DO DIREITO DO TRABALHO.
EVOLUÇÃO MUNDIAL:
Antigamente trabalhava-se em busca do alimento, pois era a única necessidade. Mas a evolução mostrou que o homem tinha que se defender, e essa passou a ser sua Segunda necessidade. Nessa luta entre homens, sobrevivia apenas o vencedor, pois o outro era morto e essa era regra.
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Com o tempo ele passou a perceber que era melhor mantê-los vivos, os inimigos, porém prisioneiros. Sendo esta, talvez, a primeira forma de escravidão. 
À medida em que houvesse muitos prisioneiros poderia trocá-los, vendê-los e finalmente a idéia da escravidão foi consolidada.
A primeira forma de trabalho existente foi a escravidão e veio se arrastando pela antigüidade, Idade Média e até hoje.
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Com a evolução do tempo surgiu o regime servil, que não tinha condição jurídica de escravo, mas era agregado a terra, a gleba. Tinham seus direitos limitados. 
Na servidão, que ocorreu na época do feudalismo, os senhores feudais davam proteção militar e política aos servos, que não eram livres, mas, ao contrário, tinham de prestar serviços na terra do senhor feudal. Tinham os servos de entregar parte da produção rural aos senhores feudais em troca da proteção que recebiam e do uso da terra.
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A decadência desse regime se deu na Idade Média, quando alguns servos começaram a fugir insatisfeitos para a cidade. 
E foi nesse exato momento que surgiu a Corporação de Ofício, onde havia uma hierarquia muito grande, não havendo, também, a liberdade de trabalho.
Nas corporações de ofício também havia os mestres, os companheiros e os aprendizes. 
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Os mestres eram os proprietários das oficinas, que já tinham passado pela prova da obra mestra.
Os companheiros eram trabalhadores que percebiam salários dos mestres. 
Os aprendizes eram os menores a partir de 12 ou 14 anos que recebiam dos mestres o ensino metódico do ofício ou profissão. O aprendiz passava ao grau de companheiro se obtivesse aproveitamento nos seus ensinamentos. O companheiro só passava a mestre se fosse aprovado em exame de obra mestra. 
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As corporações de ofício foram suprimidas com a Revolução Francesa em 1789, pois foram consideradas incompatíveis com o ideal de liberdade do homem.
O Direito do Trabalho teve seu marco inicial com a Revolução Industrial. Com a chegada das máquinas, o desemprego cresceu e com isso gerou mais união.
Nesta ocasião o Estado não intervinha na prestação de trabalho, era mero espectador, e só se metia quando era chamado.
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Mas com a Revolução, a insatisfação dos intelectuais, a revolta dos trabalhadores e a posição da Igreja, passou o Estado de mero espectador, para uma postura intervencionista, ele passa a intervir para obter a paz social, através do equilíbrio entre capital e trabalho.
A Igreja passa a se preocupar com a questão social do trabalho, expedindo encíclicas: Rerum Novarum (“coisas novas”), de 1891, do Papa Leão XIII, mostra uma fase de transição para a justiça social;
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Quadragésimo Anno e Divini Redemptoris, de Pio XI; Mater et Magistra, de João XXIII; Populorum Progressio, de Paulo VI; Laborem Exercens, do Papa João Paulo II, de 14 de setembro de 1981.
As constituições dos países começam a versar sobre Direito do Trabalho, que é a chamada fase do constitucionalismo social.
A primeira Constituição que veio a tratar do tema foi a do México, em 1917, no seu art. 123, prevendo, entre outros direitos, jornada de 8 horas, proibição de trabalho de menores de 12 anos, limitação da jornada dos menores de 16 anos a 6 horas, jornada máxima noturna de 7 horas, proteção à maternidade, salário mínimo, direito de sindicalização e de greve, seguro social e proteção contra acidente do trabalho. 
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A segunda Constituição a versar sobre o assunto foi a de Weimar, de 1919, autorizando a liberdade de coalizão dos trabalhadores, criando um sistema de seguros sociais.
Estabelece o Tratado de Versalhes, de 1919, a criação da Organização Internacional do Trabalho (OIT). A OIT é criada no mesmo ano, expedindo a partir daí convenções e recomendações sobre temas trabalhistas e previdenciários.
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Na Itália aparece a Carta Del Lavoro, de 1927, instituindo um sistema corporativista-facista, que inspirou outros sistemas políticos, como os de Portugal, Espanha e, especialmente, o Brasil. 
O corporativismo visava organizar a economia em torno do Estado, promovendo o interesse nacional, além de impor regras a todas as pessoas. Essa Carta prevê o sindicato único, o imposto sindical, a representação classista, a proibição da greve e do “lock out’.
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EVOLUÇÃO NO BRASIL:
Surgem regras trabalhistas 
 com Getúlio Vargas, a partir 
 de 1930. O Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio foi criado em 1930, passando a expedir decretos sobre profissões, trabalho das mulheres (1932), salário mínimo (1936), Justiça do Trabalho (1939) etc.
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A primeira Constituição a tratar de Direito do Trabalho foi a de 1934, garantindo a liberdade sindical, isonomia salarial, salário mínimo, jornada de 8 horas de trabalho, proteção do trabalho das mulheres e menores, repouso semanal, férias anuais remuneradas (art. 121).
A Carta Constitucional de 10 de novembro de 1937 tinha conteúdo corporativista, inspirada na Carta Del lavoro, de 1927 e na Constituição Polonesa.
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O próprio artigo 140 da referida Carta era claro no sentido de que a economia era organizada em corporações, sendo consideradas órgãos do Estado, exercendo função delegada de poder público. Instituiu o sindicato único, imposto por lei, vinculado ao Estado, exercendo funções delegadas de poder público, podendo haver intervenção estatal direta nas suas atribuições. 
Foi criado o imposto sindical, sendo que o Estado participava do produto da sua arrecadação.
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Estabeleceu-se a competência normativa dos tribunais do trabalho, que tinham por objetivo principal evitar o entendimento direto entre trabalhadores e empregadores. 
A greve e o “lockout” foram considerados recursos anti-sociais, nocivos ao trabalho e ao capital e incompatíveis com os interesses da produção nacional (art.139).
O Decreto-lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, aprova a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). A CLT não é um código, apenas reúne as normas já existentes de forma sistematizada.
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Prevê a Constituição de 1946 a participação dos trabalhadores nos lucros (art. 157, IV), repouso semanal remunerado (art. 157, VI), estabilidade (art. 157, XII), direito de greve (art. 158), entre outros direitos.
Os direitos trabalhistas são encontrados na Constituição de 1967 no art. 158. A Emenda Constitucional nº 1, de 17 de outubro de 1969, repetiu praticamente a Norma Ápice de 1967, no art. 165, no que diz respeito aos direitos trabalhistas.
A Constituição de 1988 trata de direitos trabalhistas nos artigos 7º a 11.
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FINAL DA UNIDADE III
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