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6ª UNIDADE Teorias do Comércio Internacional

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Introdução à Economia
2º/2011
Teorias do comércio internacional
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Por que dois países comercializam? 
 Que produtos devem comercializar? 
	Introdução
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Teoria já conhecida por nós.
Mesmos conceitos vistos na unidade 1: vantagem absoluta, vantagem comparativa, curvas de possibilidades de produção, especialização.
	Teoria das vantagens comparativas
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	Teoria das vantagens comparativas
Dois produtores: Pedro e José. 
Dois produtos: carne e cereais.
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	Teoria das vantagens comparativas
CPPs:
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	Teoria das vantagens comparativas
Pedro tem vantagem absoluta na produção dos dois bens. 
Existe alguma vantagem para Pedro especializar-se em algum produto e propor uma parceria com José? 
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	Teoria das vantagens comparativas
Custos de oportunidade:
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	Teoria das vantagens comparativas
Pedro tem o menor custo de oportunidade na produção de carne e José tem o menor custo de oportunidade na produção de cereais.
Pedro tem a vantagem comparativa na produção de carne e José tem a vantagem comparativa na produção de cereais.
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	Teoria das vantagens comparativas
Lições:
A especialização pode ser vantajosa para ambas as partes.
Há proveito na especialização, apesar de Pedro ter a vantagem absoluta em ambos os bens: o que conta são os custos relativos.
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	Teoria das vantagens comparativas
Visualização dos ganhos. CPCs:
Existe possibilidade de consumo de quantidades que estariam fora das CPPs.
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	Teoria das vantagens comparativas
No exemplo, se substituíssemos “Pedro” e “José” por “Indústria de Carne” e “Indústria de Cereais” ou por “País A” e “País B” as conclusões permaneceriam válidas. 
Esse exemplo ilustra a Teoria de Vantagens Comparativas, elemento central da análise do comércio internacional desde que foi proposta, no século XIX, por David Ricardo.
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	Outras teorias de comércio internacional
Por que existem vantagens comparativas?
Por que há diferenças de custos em diferentes países para um mesmo produto?
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	Outras teorias de comércio internacional
A teoria das vantagens comparativas não leva em conta a dotação diferenciada de fatores entre os países.
Tampouco considera a existência de ganhos de escala: aumentos de produtividade associados ao aumento na escala de produção.
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Extensão da teoria das vantagens comparativas.
Abandona a idéia simplificadora de um só fator de produção. 
 Conhecida como teoria neoclássica ou de Hecksher-Ohlin-Samuelson. Importante a partir da 1ª metade do século XX.
	Teoria da dotação dos fatores
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A explicação para a existência do comércio internacional está na diferença na dotação dos fatores de produção capital e trabalho entre os países e nas diferenças na utilização desses fatores entre setores da economia.
	Teoria da dotação dos fatores
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Hipóteses:
Dois fatores: capital e trabalho.
Países possuem dotações de fatores diferentes.
Existem produtos que usam intensivamente o fator capital ou intensivamente o fator trabalho (mão-de-obra).
Concorrência perfeita entre todos os setores.
Conhecimento tecnológico disseminado entre os países.
	Teoria da dotação dos fatores
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	Teoria da dotação dos fatores
Supomos:
Dois países: A e B.
Dois produtos: alimentos e máquinas
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	Teoria da dotação dos fatores
Pelas hipóteses, as CPPs devem ser diferenciadas:
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	Teoria da dotação dos fatores
País A: maior dotação de mão-de-obra. 
Condições mais favoráveis para produzir alimentos, que são intensivos em trabalho.
Custo de oportunidade de produzir máquinas em termos de alimentos é elevado.
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	Teoria da dotação dos fatores
País B: maior dotação de capital. 
Condições mais favoráveis para produzir máquinas, que são intensivas em capital.
Custo de oportunidade de produzir alimentos em termos de máquinas é elevado.
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	Teoria da dotação dos fatores
País A -> exporta alimentos.
País B -> exporta máquinas.
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	Teoria da dotação dos fatores
A explicação para a diferença de custos de oportunidade e para a possibilidade de comércio internacional com ganhos recíprocos baseia-se na diferença de dotação de fatores entre países.
Países com abundância relativa de mão-de-obra tenderiam a exportar produtos que usam intensivamente este fator na sua produção. Análogo para países com abundância relativa de capital.
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	Limitações das teorias
Na prática observamos países produzir bens para quais não possuem vantagem comparativa. Por quê?
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	Limitações das teorias
Hipóteses de apenas dois fatores (capital e trabalho) e conhecimento tecnológico uniforme são simplificadoras.
Países podem escolher proteger setores (agricultura, indústria) por razões independentes de vantagens comparativas.
Existência de custos de transporte.
Diferença de tamanho entre países.
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	Limitações das teorias
Ainda assim teoria é útil. Evidência comprova a importância da produtividade e a prevalência das vantagens comparativas sobre as absolutas na explicação do comércio. 
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	Outras teorias de comércio internacional
Alguns aspectos do comércio internacional na atualidade não são explicados por vantagens comparativas: comércio intra-indústria (e não inter-indústria) e competição imperfeita.
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	Teoria do ciclo de vida do produto
Relaxa duas hipóteses: a da concorrência perfeita e de uniformidade de conhecimento tecnológico.
Enfatiza o papel do conhecimento tecnológico e poder de monopólio transitório que possuem as empresas dos países mais desenvolvidos.
Criada por Raymond Vernon.
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	Teoria do ciclo de vida do produto
Por que nos países mais desenvolvidos? 
Mão-de-obra altamente qualificada.
Empresas que regularmente desenvolvem pesquisas. 
Renda elevada e uma estrutura de demanda diversificada.
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	Teoria do ciclo de vida do produto
Na fase inicial, as empresas inovadoras gozam de poder de monopólio com relação aos novos produtos que lançam no mercado.
Com o passar do tempo ocorre imitação (ou difusão) desses produtos por parte de outras empresas, inclusive empresas de outros países. 
Com a padronização, sua produção pode passar a ser feita em países menos desenvolvidos, que podem mesmo se tornar exportadores de tais produtos.
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	Teoria do ciclo de vida do produto
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	Teoria do ciclo de vida do produto
Na fase inicial - de desenvolvimento e introdução no mercado - as vantagens comparativas seriam dos países inovadores (os mais desenvolvidos);
Nas fases posteriores - de maturação e pós-maturação do produto - a vantagem estaria com os países em desenvolvimento, onde o custo de mão-de-obra é menor.
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	Teoria do ciclo de vida do produto
Nas fases de introdução do produto no mercado e de maturação o País A exporta para o País B. 
Na fase pós-maturação o País B produz o suficiente para atender o mercado interno e para exportar para outros países, inclusive o próprio país inovador.
Esta última fase pode estar relacionada ao processo de substituição de importações e/ou a investimentos externos. 
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	Teorias com presenças de economia de escala
Digressão:
Economias ou ganhos de escala: aumentos de produtividade associados ao aumento na escala de produção. 
Ocorre quando um aumento da quantidade de um fator de produção causa aumento mais que proporcional na quantidade produzida.
Em geral leva a estruturas de mercado mais concentradas: menos empresas, mas empresas maiores.
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	Teorias com presenças de economia de escala
Estudaremos as seguintes teorias com presenças de economia de escala:
Concorrência monopolística e comércio intra-indústria.
Comércio intra-empresas e expansão do comércio.
Economias de aglomeração e comércio internacional.
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	Concorrência monopolística e comércio intra-indústria
Outra digressão:
Concorrência
monopolística é uma das estruturas de mercado estudada no módulo I: produtos são levemente diferenciados e entrada no mercado é livre.
Existe concorrência, mas empresas têm algum poder de monopólio – por ter produto diferenciado.
Ligada à presença de economias de escala, que não é propícia para a competição perfeita.
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	Concorrência monopolística e comércio intra-indústria
Idéia é que nenhuma empresa tem condições de produzir sozinha toda a gama de produtos diferenciados do setor.
Há um forte incentivo para o comércio intra-indústria, ou seja, um país exportando um produto X, digamos automóveis, e importando outra variedade do mesmo bem, como peças.
Característica marcante dos fluxos de comércio na atualidade. Se intensificou a partir do último terço do século passado.
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	Concorrência monopolística e comércio intra-indústria
Se dá em países que têm uma estrutura produtiva e níveis de renda per capita parecidos.
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	Comércio intra-empresas e expansão do comércio
Aumenta com o crescimento das empresas multinacionais, que produzem componentes de um produto (ou mesmo produtos) em países diferentes.
Existe expansão do fluxo do comércio em comparação ao caso da produção se concentrar em um só país.
Transações inter e intra-empresas transnacionais respondem por cerca de 2/3 do comércio internacional.
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	Economias de aglomeração e comércio internacional
Economias de aglomeração: economia de escala que não são internas a empresa, mas ocorrem em uma indústria ou setor como um todo. 
Ou seja, existem ganhos de escala com o crescimento do setor e que beneficiam as empresas individualmente.
Exemplos: empresas de informática no Vale do Silício (EUA), carros em SP, material elétrico na 309/310 sul.
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	Economias de aglomeração e comércio internacional
Existes vantagens que essas empresas obtêm por estarem juntas: as economias externas oriundas da aglomeração geográfica.
A aglomeração pode ser fruto do acaso, não planejada.
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	Economias de aglomeração e comércio internacional
Por que os aglomerados são eficientes em relação às empresas individualmente?
Presença de fornecedores especializados.
Aparecimento de mercado comum de trabalho.
Facilidade de vazamentos de conhecimentos.
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	Economias de aglomeração e comércio internacional
Consequências:
País se torna grande produtor de um bem e tende a permanecer como grande produtor e exportador, por vantagens de custo.
País pode firmar tradição de qualidade na produção de um bem e cobrar sobrepreço pela fama. Exemplos: relógio suíço, chocolate belga, vodka russa, algodão egípcio.
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	Conclusão
Duas referências:
As políticas na América Latina e a influência de Prebisch e da CEPAL.
Tendência à integração regional.
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	Conclusão
As políticas na América Latina e a influência de Prebisch e da CEPAL:
Ganhos do comércio seriam maiores nos países centrais devido às baixas elasticidade-preço e elasticidade-renda demanda por produtos primários e ao baixo valor adicionado destes produtos.
Incentivou políticas de industrialização por substituição de importações (ISI). Noção de vantagens comparativas dinâmicas.
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	Conclusão
Tendência à integração regional:
Avanço significativo desse processo em décadas recentes. 
Exemplos: União Européia, NAFTA, Mercosul.
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