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UNIDADE I Prof. Fernando Gorni Negócios Internacionais Para entendermos as teorias de comércio internacional, vamos analisar o que dizem os economistas clássicos que forneceram a explicação teórica básica para o comércio internacional, denominada Princípio das Vantagens Comparativas. O termo vantagens comparativas diz respeito à especialização que os países devem ter na fabricação dos bens que produzem com mais eficiência, isto é, com menos custos relativos. O estudo das teorias de comércio internacional, segundo Vasconcellos e Garcia (2011), leva-nos às seguintes questões: Teorias do comércio internacional Qual a vantagem de importar um produto que pode ser produzido domesticamente, gerando renda e emprego para a população do país? Quais produtos o país exportará e quais importará? Como são determinados os preços de equilíbrio no mercado mundial? É possível que todos os países se beneficiem do comércio internacional? Quais os impactos sobre a distribuição de renda decorrentes do comércio internacional? Teorias do comércio internacional Considerando esse contexto, vamos analisar as principais teorias do comércio internacional. Teoria das vantagens comparativas absolutas: um dos primeiros autores que se dedicou ao estudo do comércio internacional foi o economista inglês Adam Smith, em sua obra A riqueza das nações, editada em 1776, que procurou mostrar que a aplicação do trabalho na área internacional permitia a especialização da produção aliada às trocas entre as nações, contribuindo para a melhoria do bem-estar das populações. Segundo essa teoria, se um país fabrica uma mercadoria a um preço mais baixo por conseguir produzi-la com menos trabalho que outro país, e este produz uma segunda mercadoria a um preço menor que o país anterior, cada um deles terá vantagem sobre o outro na produção de uma das mercadorias. Teorias do comércio internacional Hipótese de produção de calçados e carne no Brasil e na Argentina Observando o quadro, o Brasil precisaria deslocar mais recursos para a produção de carne do que a Argentina, isso se deve à sua menor produtividade; da mesma forma, a Argentina em relação à produção de calçados. Teorias do comércio internacional Fonte: Adaptado de: Mariano e Carmo (2007, p. 5). País Recursos disponíveis (mão de obra) (L) Produção de calçados (P) Coeficiente técnico (L/P) Mão de obra na produção de calçados Produção de carne (P) Coeficiente técnico (L/P) Mão de obra na produção de carne Brasil 1.000h 250 1,6 400 250 2,4 600 Argentina 1.000h 250 2,4 600 250 1,6 400 Agora vamos observar o que ocorre quando há o processo de especialização da produção. Hipótese de especialização de calçados e carne no Brasil e na Argentina Teorias do comércio internacional Fonte: Adaptado de: Mariano e Carmo (2007, p. 5). País Mão de obra de calçados Mão de obra de carne Produção de calçados P=L/I Produção de carne P=L/I Produção total Brasil 1000 0 625 0 625 Argentina 0 1000 0 625 625 A partir da descrição do quadro anterior é possível perceber que, considerando o coeficiente técnico mais baixo, ou seja, menor custo de produção, o Brasil poderia se especializar na produção de calçados e exportar o excedente para a Argentina, que, por sua vez, deslocaria todo o seu contingente disponível de mão de obra para a produção de carnes, exportando o excedente para o Brasil. Assim, os países, especializando-se em determinados produtos, poderão trocar entre si os excedentes de produção. Adam Smith estabeleceu assim o princípio das vantagens absolutas, pelo qual o comércio entre os países seria determinado pelo diferencial de custos absolutos. Teorias do comércio internacional Teoria das vantagens comparativas relativas. O economista David Ricardo (1772-1823) aperfeiçoou as ideias de Adam Smith, desenvolvendo a chamada teoria das vantagens comparativas relativas, que traz um conjunto de hipóteses simplificadoras, como podemos observar no exemplo a seguir: Existem dois países, que serão denominados Brasil (B) e Resto do Mundo (RDM). Cada país produz dois bens, alimentos (A) e um produto industrial, tecido (T). O único fator de produção que recebe remuneração (tem custo) é a mão de obra, denominada (L). A mão de obra é homogênea e sempre está disponível em cada país. Há mobilidade total de mão de obra dentro do país, mas não existe a possibilidade de imigração (imobilidade internacional da mão de obra). A produtividade da mão de obra, em cada bem, é fixa. Existe concorrência perfeita em todos os mercados; não existem impostos de importação nem custo de transporte. Teorias do comércio internacional Vejamos o exemplo de Ratti (2006). Nele, temos dois países, Rússia e Inglaterra. Suponhamos que a situação seja a seguinte: Possibilidade de produção por homem/ano Teorias do comércio internacional Fonte: Adaptado de: Ratti (2006, p. 321). TRIGO AÇO Rússia 18 6 Inglaterra 20 10 Como vimos, coube a David Ricardo promover uma nova interpretação do modelo de Smith ao estabelecer o princípio das vantagens comparativas, segundo o qual o diferencial de custos relativos é o fator determinante do comércio entre países. Como a produção era vista basicamente em função da quantidade de trabalho necessária para produzir, os custos relativos seriam determinados pela produtividade relativa da mão de obra, que, por sua vez, decorreria da tecnologia empregada. Segundo Vasconcellos e Garcia (2011), a teoria de Ricardo postula que duas nações terão relações comerciais quando apresentarem custos relativos de mão de obra diferentes. Uma nação exportará sempre o produto que fabricar com custos de mão de obra relativamente menores do que os de outra, o que demonstrará que o comércio entre dois países é vantajoso para ambas. Teorias do comércio internacional No exemplo, nota-se que, embora a Inglaterra tenha uma vantagem absoluta sobre a Rússia na produção dos dois artigos, sua vantagem é maior na produção de aço (10:6) e menor na produção de trigo (20:18). Assim sendo, Ratti (2006) destaca que a Inglaterra tem uma vantagem comparativa na produção de aço (na qual sua vantagem absoluta é maior) e uma desvantagem comparativa na produção de trigo (na qual sua vantagem absoluta é menor). Nesse sentido, a teoria desenvolvida por Ricardo constitui- se em forte argumento em favor da liberalização do comércio internacional e de contramedidas protecionistas. Teorias do comércio internacional Teoria do custo de oportunidade A teoria das vantagens comparativas e os custos de oportunidade, mesmo não aceitando a teoria do valor-trabalho, percebem que a teoria das vantagens comparativas de David Ricardo continua sendo válida se explicitada em termos de teoria do custo de oportunidade. A vantagem de um país estar inserido no comércio mundial é a oportunidade de dispor de uma mercadoria ou serviço com menor valor. De acordo com o autor, a noção de custo de oportunidade tem-se mostrado importante quando se coloca em questão a teoria do valor-trabalho, ao considerar que trabalho não constitui o único fator de produção, não sendo necessariamente a base de valor e preço, nem deve ser obrigatoriamente homogêneo. E lembre-se: Custo de oportunidade é um termo usado em economia para indicar o custo de algo em termos de uma oportunidade renunciada. Teorias do comércio internacional O conceito de custo de oportunidade diz respeito: a) À perda de valor da moeda, quando ocorre inflação. b) À rentabilidade que se ganha em uma aplicação alternativa inesperada. c) Ao gasto que tem um agente econômico quando aplica seus recursos diretamente em títulos do tesouro norte-americano. d) À rentabilidade que se deixa de ganhar em aplicação alternativa à que realiza um agente econômico. e) Ao risco evitado por um investidor, quando aproveita a oportunidade de aplicar seu patrimônioem renda fixa. Interatividade O conceito de custo de oportunidade diz respeito: a) À perda de valor da moeda, quando ocorre inflação. b) À rentabilidade que se ganha em uma aplicação alternativa inesperada. c) Ao gasto que tem um agente econômico quando aplica seus recursos diretamente em títulos do tesouro norte-americano. d) À rentabilidade que se deixa de ganhar em aplicação alternativa à que realiza um agente econômico. e) Ao risco evitado por um investidor, quando aproveita a oportunidade de aplicar seu patrimônio em renda fixa. Resposta Vamos falar um pouco sobre o processo de globalização dos mercados e os objetivos da globalização, bem como dos efeitos desse processo para o comércio entre as nações, pois o mundo vai se tornando cada vez mais globalizado, ou seja, um só mercado. O objetivo da globalização seria beneficiar o consumidor, que usufruiria de produtos mais baratos. A internacionalização da produção foi possível graças aos avanços na arena financeira – expansão da telemática e do mercado financeiro internacional. A parceria entre os setores financeiro e produtivo permitiu a formação de mercados oligopolizados e rigidamente controlados por um grupo restrito de empresas. Essa nova configuração de mercado possibilitou o avanço do movimento de globalização. Mas pode-se dizer que o fenômeno da globalização se iniciou com o surgimento do ser humano na face da Terra, quando percorria longos caminhos em busca de alimentos ou bens. Globalização dos mercados A globalização quebrou paradigmas organizacionais e culturais, criou exigências para o mercado de trabalho e está impondo a todos a necessidade de buscar aperfeiçoamento pessoal e profissional. Por esse motivo, cada vez mais, os profissionais que atuam no comércio internacional terão que conhecer as técnicas e as ferramentas de negociação e tomada de decisão. A globalização ocasiona aumento da concorrência mundial num ambiente em constante mutação e acrescenta que o investimento em pesquisas e desenvolvimento de novos produtos – para fazer frente à necessidade de constante inovação com custos cada vez menores – é a condição básica para garantir a competitividade das organizações em qualquer parte do mundo. Globalização dos mercados As negociações globais representam um percentual cada vez maior de atividades mercadológicas no mundo empresarial e de atividades dos colaboradores e dos executivos espalhados pelos países afora. Os negócios internacionais assumem uma importância crescente na atividade econômica de grande parte das nações. A atuação das empresas em nível internacional vem sofrendo grandes alterações em função de uma série de aspectos que caracterizam o novo mercado globalizado. Além disso, a globalização foi gradativamente se inserindo nos países em desenvolvimento, alterando consideravelmente não só suas economias, mas também seus mercados. A globalização é um novo modelo econômico que vem transformando o mundo por meio de fases: mercados, produtos e investimentos. Assim, as empresas precisam adotar estratégias competitivas para a inserção no mercado internacional. Globalização dos mercados Realizar negócios no mercado nacional requer conhecimento do mercado, do público-alvo, da cultura regional etc. Da mesma forma, para atuar no mercado internacional, faz-se necessário conhecer os procedimentos para proceder de forma a obter os resultados esperados. É importante destacar o que diferencia um negócio de âmbito local frente ao internacional, apresentando as variáveis que tornam um negócio internacional e exigindo a atenção do gestor. Uma das diferenças entre o comércio doméstico e o internacional é o escopo das atividades da empresa, cujas atividades são diferenciadas. Conhecer essas variáveis e adotar estratégias para a negociação faz parte do entendimento que as empresas devem ter, bem como preparar os seus colaboradores para essa nova economia globalizada. O público-alvo deve ser identificado de forma a atender às suas necessidades, desejos e expectativas, utilizando a tecnologia de forma adequada para atendê-las. Globalização dos mercados Quando se fala de negócios internacionais, e se o país de origem da organização não tem tradição no comércio mundial nem marcas fortes, as empresas precisam desenvolver novas estratégias que lhes permitam adaptar seus produtos e/ou serviços aos novos conceitos sob concorrência mundial, ao mesmo tempo que deverão identificar fatores econômicos, políticos, legais, tecnológicos, ecológicos, demográficos e culturais para definir a estratégia a ser adotada. Globalização dos mercados Nesse sentido, a empresa precisa considerar os seguintes ambientes: Globalização dos mercados Fonte: RACY, J. C. Introdução à gestão de negócios internacionais. São Paulo: Thomson, 2006. p. 178 AMBIENTE SOCIOCULTURAL TECNOLÓGICO POLÍTICO-LEGAL DEMOGRÁFICO ECONÔMICO NATURAL Para os negócios internacionais, o produto ou serviço, a comunicação, o preço, a comercialização e a distribuição compõem um conjunto de partes importantes da estratégia. A estratégia escolhida e adotada sempre é o resultado da análise feita sobre os próprios produtos, serviços, processos de produção, tecnologia disponível, posição concorrencial e barreiras que enfrentará no mercado. As barreiras são associadas a fatores econômicos e concorrenciais. Fato é que elas têm peso muito forte sobre os passos da implantação de uma aventura em mercados estrangeiros. Mas há outros aspectos que precisam ser conhecidos e administrados para garantir que a empreitada tenha sucesso. Globalização dos mercados Quando falamos em barreiras comerciais, podemos considerar: As barreiras tarifárias correspondem às tarifas de importação elevadas, às tarifas específicas, às tarifas diferenciadas, ao sistema geral de preferências, aos acordos de preferência e a outras taxas ou tarifas impostas pelo país importador. Já as barreiras não tarifárias são as cotas tarifárias, direitos antidumping, direitos compensatórios (antissubsídios), subsídios ou dumping de terceiros, acordos de restrição voluntária, medidas de salvaguarda, unilateralismo, acordos de preço mínimo, exigência de transporte casado, licença de importação, políticas de compras governamentais, procedimentos aduaneiros, proibição de importações e regras de origem. Barreiras técnicas são normas e regulamentos sanitários, fitossanitários, de saúde animal, ambientais, ecológicos, procedimentos de certificação de conformidade e regras de embalagem. Globalização dos mercados Entretanto, a empresa poderá lidar com outras barreiras, como o custo da matéria- prima ser muito mais alto no país de origem, custo alto de transporte para a empresa que exporta seu produto para outro país. Sobre as barreiras à exportação entre o tipo de indústria e o tamanho da empresa e que, levando em conta a relevância das barreiras à exportação para as empresas que enfrentam uma forte concorrência nos mercados globais, o tipo de indústria importa para essas barreiras, principalmente com relação à concorrência externa por um determinado produto, financiamento e seguro de crédito à exportação. Globalização dos mercados Além desses ambientes, a empresa precisa, segundo Porter (2005 apud RACY, 2006, p. 178), considerar os seguintes itens: Rivalidade entre concorrentes Poder de barganha dos fornecedores Poder de barganha dos clientes Ameaça de novos concorrentes Ameaça de novos produtos ou serviços Globalização dos mercados Rivalidade entre concorrentes: essa é a mais significativa, pois é de suma importância conhecer e analisar os pontos fortes do concorrente direto, aquele que vende um produto similar no mesmo segmento de mercado. Poder de barganha dos fornecedores: os fornecedores possuem poder de barganha em setor monopolizado por poucos fornecedores. Poder de barganha dos clientes: atualmente, os compradores possuem variadas opções, sendo assim, o poder se encontra nas mãos dos clientes, cabe a tarefa da empresa conquistá-lo e retê-lo. Nesse processo ocorre uma disputa que favorece o cliente, o qual irá comprar onde a escolha lhe for mais agradável. Globalização dos mercados Ameaça de novos concorrentes: ao analisar essa ameaça, devemos considerar o crescimento do segmento de mercado, a lucratividade do setor, o crescimento da economia e também a diferenciação do seu serviço frente ao dos concorrentes. Ameaça de novos produtos ou serviços: nem sempre a pior ameaça vem de um concorrente conhecido ou de novos players de mercado, e sim de novos produtos ou serviços que tornam a sua solução ultrapassada. Por isso, vale a pena considerar com calma essa ameaça, pois os produtos concorrentes podem não ser similares, mas atendem a mesma necessidade dos clientes. Esses produtos contribuem para dividir o mercado, pois acabam tirando uma fatia de seu mercado. Globalização dos mercados Assinale um dos eventos abaixo enumerados que não possui relação direta com o processo de globalização: a) A difusão dos comércios localizados em oposição às corporações internacionais. b) A formação de blocos econômicos regionais. c) A propagação do inglês como idioma universal. d) O “encolhimento” do mundo graças à redução das dificuldades de comunicação e transporte entre as diferentes regiões do planeta. e) Ampla abertura comercial para o mercado externo. Interatividade Assinale um dos eventos abaixo enumerados que não possui relação direta com o processo de globalização: a) A difusão dos comércios localizados em oposição às corporações internacionais. b) A formação de blocos econômicos regionais. c) A propagação do inglês como idioma universal. d) O “encolhimento” do mundo graças à redução das dificuldades de comunicação e transporte entre as diferentes regiões do planeta. e) Ampla abertura comercial para o mercado externo. Resposta Para ponderar a facticidade e o futuro de um negócio comercial internacional, é necessário considerar como aspectos centrais o grau de abertura do país, as tarifas aduaneiras, os tipos de impostos sobre o produto, se existe protecionismo, os riscos cambiais e as taxas sobre os custos logísticos. As questões envolvem as forças políticas e econômicas, as forças jurídicas e financeiras; e as forças culturais e tecnológicas. Outros fatores como idiomas, símbolos e cores também fazem parte dessas questões, razão pela qual a empresa, além das tradicionais pesquisas, deve estudar a antropologia dos mercados. Conhecer todas essas forças para ingressar no comércio internacional ou para tratativas com os parceiros escolhidos faz com que as empresas se tornem competitivas nesse mercado e obtenham sucesso nas negociações comerciais. Globalização dos mercados As características da competitividade compreendem: O Estado se manifestar na decisão do tipo comercial (investimentos, comércio, fomento industrial e promoção na criação de tecnologia). Estabelecer as relações entre o comércio e o investimento estrangeiro. Criar normas de acordo com as instituições internacionais, como OMC, OCDE, Bird, FMI, entre outras. Aplicar inovações aos processos de produção. Globalização dos mercados Em relação ao enfoque da competitividade, Ludovico (2007) destaca: Globalização dos mercados • Estabelece-se com a diversidade na tomada de decisões. • Funciona conforme a capacidade de influência sobre os temas. • Realiza-se mediante o dinamismo dos meios de comunicação e a forma pela qual se conectam entre si. • Limita-se às grandes potências. ENFOQUE NACIONAL ENFOQUE GLOBAL ENFOQUE MULTILATERAL ENFOQUE REGIONAL A internacionalização de empresas está sujeita a quatro riscos principais: Risco comercial: refere-se à probabilidade de prejuízo ou fracasso resultantes de estratégias, táticas ou procedimentos mal formulados ou mal implementados. Risco cambial: também denominado risco financeiro, as flutuações nas taxas de câmbio podem impactar negativamente os negócios internacionais. A flutuação é comum nas taxas de câmbio, ou seja, no valor de uma moeda em relação a outra. Risco intercultural: podemos dizer que conhecer a cultura do país com o qual se está relacionando faz toda diferença para o sucesso do negócio. Esse risco se refere a uma atuação ou evento em que a má interpretação cultural coloca em jogo alguns valores humanos; decorre de diferenças de idioma, estilo de vida, modo de pensar, costumes e religião. Globalização dos mercados Risco-país: também conhecido como risco político, esse risco abrange a possibilidade de uma intervenção governamental estrangeira nas atividades de uma empresa e o grau de intervenção governamental varia de um país para outro. As empresas procuram se internacionalizar de acordo com seus objetivos estratégicos, traçando uma estratégia de internacionalização. Sair do seu ambiente para um país desconhecido significa que a empresa estará sujeita a correr certos riscos e, portanto, requer uma estratégia que avalie os riscos envolvidos para se estabelecer em um determinado país. O conhecimento desses riscos vai proporcionar a empresa mitigar ou mesmo eliminar os riscos envolvidos. Independente do processo de entrada em outro país, sempre haverá a questão do risco. Globalização dos mercados Quando uma empresa decide se internacionalizar, ela opta primeiro pelo processo de exportação, em que terá de lidar com vários tipos de risco em suas decisões gerenciais para alcançar seus objetivos estratégicos. Outra questão a ser considerada é em relação à estratégia e ao resultado da empresa no mercado internacional, pois é a relação entre os modos de entrada e a performance. Quando uma empresa possui estratégias de entrada em mercados externos tende a ter um melhor resultado na condução das estratégias mercadológicas, bem como maior liberdade e rapidez na tomada de decisões. Globalização dos mercados São características da globalização: a) A adoção do Toyotismo como modelo para a reorganização da produção, a restrição dos mercados e a valorização tecnológica. b) O estabelecimento de redes comerciais, com valorização do capital mercantil e o aumento do controle estatal na economia. c) A adoção de políticas neoliberais, a desregulamentação da economia e a diminuição dos índices de robotização na indústria. d) A dinamização tecnológica com a garantia da ampliação de políticas sociais e direitos trabalhistas. e) A formação de blocos econômicos, a integração dos mercados e o avanço do capital financeiro. Interatividade São características da globalização: a) A adoção do Toyotismo como modelo para a reorganização da produção, a restrição dos mercados e a valorização tecnológica. b) O estabelecimento de redes comerciais, com valorização do capital mercantil e o aumento do controle estatal na economia. c) A adoção de políticas neoliberais, a desregulamentação da economia e a diminuição dos índices de robotização na indústria. d) A dinamização tecnológica com a garantia da ampliação de políticas sociais e direitos trabalhistas. e) A formação de blocos econômicos, a integração dos mercados e o avanço do capital financeiro. Resposta Uma questão estratégica na internacionalização de empresas que merece atenção é a escolha do modo de entrada em novos mercados. Existem diversas formas de começar a operar internacionalmente. Vejamos no próximo slide as formas como as empresas podem operar no comércio internacional: Globalização dos mercados Modos de entrada: Fonte: Autoria própria. Modos de Entrada no Exterior Por Exportação Contratual Por Investimento Indireta Direta Cooperativa Licenciamento Franchising Acordo Técnico Contrato de Serviço Contrato de Administração Contratode Produção Aliança Contratual Greenfield Aquisição Subsidiária de Controle Integral Joint Venture Globalização dos mercados A internacionalização pode ser entendida como um processo crescente e continuado de envolvimento de uma organização em operações com outros países, fora de sua base de origem. Conforme a empresa vai adquirindo conhecimento e experiência no novo mercado, ela pode ir aumentando o seu grau de envolvimento e comprometimento passando a realizar investimentos externos diretos, isso significa que os modos de entrada envolvem graus ascendentes de comprometimento com o mercado externo, assim como graus ascendentes de risco. Por isso, muitas empresas optam inicialmente pela exportação. Sair de seu país de origem para vender no exterior envolve incerteza, riscos e complexidade. O ambiente no qual ela passa a atuar tem uma diversidade, geralmente muito diferente do país onde ela atua. Globalização dos mercados A incerteza do ambiental inclui a volatilidade dos preços e a dúvida da demanda, que podem ser afetadas pela instabilidade econômica, política ou financeira no país sede onde uma empresa investe. A empresa tem de tomar uma decisão estratégica, como ela entrará no mercado pretendido. O modo de entrada vai interferir na maneira como lidar com o fluxo de informação, de recursos, de conhecimento e de competências para o processo de entrada e gestão internacional. Assim, a escolha do modo de entrada deve levar em conta os riscos e retornos, ela deverá escolher o modo que lhe permite ter um retorno de acordo com o risco de investimento. Globalização dos mercados A maioria das empresas começa sua expansão internacional com a exportação. Os bens são produzidos no país de origem e enviados para os países estrangeiros. Iniciar um processo de exportação não é tão simples, alguns cuidados com relação ao produto e o mercado destino devem ser muito bem gerenciados. Além da qualidade, a empresa deve se preocupar com adaptação a peculiaridades locais, embalagens adequadas para o transporte, pois pode ser necessário fazer modificações no processo produtivo devido a exigências internas do outro país. A exportação proporciona, para as empresas, oportunidades para ganhar conhecimento do mercado e país estrangeiro. Por outro lado, a empresa corre o risco da perda de controle de vendas, impossibilidade de ações de o marketing trabalhar a imagem da marca e do controle da reputação da empresa. Globalização dos mercados Se considerar que não há custo de fabricação em outros países e um grande volume de venda no exterior, uma empresa pode considerar vantagens em economia de escala. Entretanto, a empresa poderá lidar com outras barreiras, como o custo da matéria- prima ser muito mais alto no país de origem, custo alto de transporte, barreiras tarifárias e não tarifárias para a empresa que exporta seu produto para outro país. Globalização dos mercados Muitas empresas iniciam a própria internacionalização por meio de exportação, evoluindo posteriormente para investimento internacional. Uma das teorias de comércio aponta que um fator relevante para a escolha do país no qual investir é a distância. Alguns itens podem diminuir a distância, entre eles a: a) Existência de mão de obra barata. b) Existência de poucas barreiras comerciais. c) Matéria-prima abundante. d) Proximidade geográfica. e) Maturidade do mercado. Interatividade Muitas empresas iniciam a própria internacionalização por meio de exportação, evoluindo posteriormente para investimento internacional. Uma das teorias de comércio aponta que um fator relevante para a escolha do país no qual investir é a distância. Alguns itens podem diminuir a distância, entre eles a: a) Existência de mão de obra barata. b) Existência de poucas barreiras comerciais. c) Matéria-prima abundante. d) Proximidade geográfica. e) Maturidade do mercado. Resposta ATÉ A PRÓXIMA!
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