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Assuntos da Rodada Conceitos de auditoria e sobre a pessoa do auditor. Fraudes e a Responsabilidade do Auditor. Normas vigentes de auditoria independente, emanadas pelo Conselho Federal de Contabilidade Responsabilidade legal. Ética profissional. Objetivos gerais do auditor independente. Concordância com os termos do trabalho de auditoria independente. Planejamento da Auditoria. Documentação de auditoria. Controle de qualidade da auditoria de Demonstrações Contábeis. Avaliação das distorções Identificadas. Execução dos trabalhos de auditoria. Materialidade e Relevância no planejamento e na execução dos trabalhos de auditoria. Auditoria de estimativas Contábeis. Evidenciação. Amostragem e testes. Utilização de trabalhos da auditoria interna. Independência nos trabalhos de auditoria. Relatórios de Auditoria. Eventos subsequentes. Auditoria: Normas de Auditoria Interna - Resolução CFC nº 986/2003 (NBC TI 01 - Da auditoria interna). Normas e Procedimentos de Auditoria emitidas pelo IBRACON – Instituto dos Auditores Independentes do Brasil. Auditoria no Setor Público Federal. Finalidades e objetivos da auditoria governamental. Abrangência de atuação. Formas e tipos. Normas relativas a execução dos trabalhos. Rodada #09 Auditoria Professor Marcelo Seco AUDITORIA 2 Recados importantes! Não autorizamos a venda de nosso material em qualquer outro site. Não apoiamos, nem temos contrato, com qualquer prática ou site de rateio. A reprodução indevida, não autorizada, deste material ou de qualquer parte dele sujeitará o infrator a multa de até três mil vezes o valor do curso, à apreensão das cópias ilegais, à responsabilidade reparatória civil e à persecução criminal, nos termos dos artigos 102 e seguintes da Lei 9.610/98. Você poderá fazer mais questões sobre os assuntos desta rodada no teste semanal online, liberado ao final da rodada. As metas devem ser cumpridas na ordem determinada. Isso é fundamental para o perfeito aproveitamento do treinamento. Se tiver qualquer problema com a meta, envie uma mensagem para o WhatsApp oficial da Turma Elite (35) 9106 5456. AUDITORIA 3 a. Teoria em Tópicos 1 – Auditoria no Setor Público Federal A auditoria no setor público federal tem sua existência estabelecida na CF 1988, na seção que trata da fiscalização contábil, financeira e orçamentária. Dessa necessidade de controle, decorre a necessidade de auditoria e de regras para realizá-la. As normas de auditoria pública estão detalhadas na Instrução Normativa 01/2001, da Secretaria Federal de Controle Interno, que atualmente pertence à CGU – Controladoria Geral da União. Além dessa Instrução, temos também normas internacionais. O Decreto 3591/2000 disciplina o Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal. 1.1 - Finalidades do Sistema de Controle Interno: avaliar o cumprimento das metas previstas no Plano Plurianual, a execução dos programas de governo e dos orçamentos da União; comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e à eficiência da gestão orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e nas entidades da Administração Pública Federal, bem como da aplicação de recursos públicos por entidades de direito privado; exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos direitos e haveres da União; apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional. O Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal utiliza como técnicas de trabalho, para a consecução de suas finalidades, a auditoria e a fiscalização. 1.1.1 - Auditoria Visa a avaliar a gestão pública, pelos processos e resultados gerenciais, e a aplicação de recursos públicos por entidades de direito privado. AUDITORIA 4 1.1.2 - Fiscalização Visa a comprovar se o objeto dos programas de governo corresponde às especificações estabelecidas, atende às necessidades para as quais foi definido, guarda coerência com as condições e características pretendidas e se os mecanismos de controle são eficientes. Resumindo: Auditoria: avaliação da gestão e da aplicação dos recursos. Fiscalização: comprovação dos contratos e dos mecanismos de controle 2 - Finalidades e objetivos da auditoria governamental Vamos agora entrar no estudo da Instrução Normativa 01/2001. A auditoria será realizada pelos servidores do Sistema de Controle Interno, os quais terão pleno acesso aos processos, documentos e informações necessárias. Os servidores devem guardar o sigilo das informações conforme previsto na legislação, usando nos relatórios apenas informações de caráter consolidado sem identificação de pessoa física ou jurídica quando essas informações estiverem protegidas legalmente por sigilo. 3 - Objetivos da auditoria realizada pelo controle interno Verificar se o objeto das transferências de recursos financeiros para Estados, Distrito Federal e Municípios foi executado obedecendo aos respectivos projeto e plano de trabalho e se sua utilização obedece à destinação prevista. Apoiar o controle externo, realizando auditorias nas contas sob seu controle, emitindo relatório, certificado ou parecer, e recomendando formalmente à autoridade administrativa competente para que instaure tomada de contas especial sempre que tiver conhecimento de qualquer das seguintes ocorrências: AUDITORIA 5 desfalque ou desvio de dinheiros, bens ou valores públicos; prática de qualquer ato ilegal, ilegítimo ou antieconômico de que resulte dano ao erário; e falta de prestação de contas. No caso de qualquer irregularidade ou ilegalidade, será dada ciência de imediato ao Tribunal de Contas da União, sob pena de responsabilidade solidária. Motivos para Tomada de Contas Especial Desvio ou desfalque Dano ao Erário Falta de prestação de contas As auditorias e fiscalizações devem ser realizadas com foco nos resultados da ação governamental. Para tanto será utilizada metodologia de planejamento específica, com ênfase: na visão dos programas de governo na gestão pública para o alcance de resultados 4 - Abrangência da atuação da Auditoria Pública 4.1 - São objetos de auditoria e de fiscalização: os sistemas administrativos e operacionais utilizados na gestão orçamentária, financeira, patrimonial, operacional e de pessoal; a execução dos planos, programas, projetos e atividades que envolvam aplicação de recursos públicos federais; a aplicação dos recursos do Tesouro Nacional transferidos a entidades públicas ou privadas; os contratos firmados para prestação de serviços, execução de obras e fornecimento de materiais; os processos de licitação, sua dispensa ou inexigibilidade; os instrumentos e sistemas de guarda e conservação dos bens e do patrimônio da Administração Direta e Indireta Federal; AUDITORIA 6 os atos administrativos que resultem direitos e obrigações para o Poder Público Federal, em especial, os relacionados com a contratação de empréstimos internos ou externos, assunção de dívidas, securitizações e concessão de avais; a arrecadação, a restituição e as renúncias de receitas de tributos federais; os sistemas eletrônicos de processamento de dados, objetivando constatar: segurança física do ambiente e das instalações do centro de processamento de dados; segurança lógica e a confidencialidadenos sistemas desenvolvidos em computadores de diversos portes; eficácia dos serviços prestados pela área de informática; eficiência na utilização dos diversos computadores existentes na entidade; verificação do cumprimento da legislação pertinente; os processos de Tomadas de Contas Especial, sindicância, inquéritos administrativos e outros atos administrativos de caráter apuratório; os processos de admissão e desligamento de pessoal e os de concessão de aposentadoria, reforma e pensão; os projetos de cooperação técnica com organismos internacionais e projetos de financiamento ou doação de organismos multilaterais de crédito com qualquer órgão ou entidade no país. 4.2 - A auditoria Interna inclui: atividades de gestão das unidades da administração direta e indireta programas de trabalho, recursos e sistemas de controles administrativo, operacional e contábil projetos financiados por recursos externos, projetos de cooperação junto a organismos internacionais aplicação de quaisquer recursos repassados pela União mediante contratos de gestão transferências a fundo, convênio, acordo, ajuste ou outro instrumento congênere. Está sujeita à auditoria do Sistema de Controle Interno qualquer pessoa física ou jurídica, pública ou privada, que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou AUDITORIA 7 administre dinheiros, bens e valores públicos ou pelos quais a União responda, ou que, em nome desta, assuma obrigações de natureza pecuniária. 4.3 - As pessoas sujeitas a controle poderão ser alvo de: Tomada de Contas os ordenadores de despesas das unidades da Administração Direta Federal; aqueles que arrecadem, gerenciem ou guardem dinheiros, valores e bens da União, ou que por eles respondam; aqueles que, estipendiados (remunerados) ou não pelos cofres públicos, e que, por ação ou omissão, derem causa a perda, subtração, extravio ou estrago de valores, bens e materiais da União pelos quais sejam responsáveis. Prestação de Contas os dirigentes das entidades supervisionadas da Administração Indireta Federal; os responsáveis por entidades ou organizações, de direito público ou privado, que se utilizem de contribuições para fins sociais, recebam subvenções ou transferências à conta do Tesouro; as pessoas físicas que recebam recursos da União, para atender necessidades previstas em Lei específica. 5 - Formas e tipos de Auditoria As atividades a cargo do Sistema de Controle Interno são exercidas mediante a utilização de técnicas próprias de trabalho, que constituem conjunto de processos que viabilizam o alcance dos objetivos públicos. São técnicas de controle: Auditoria Fiscalização AUDITORIA 8 5.1 - Auditoria A auditoria é o conjunto de técnicas que visa avaliar a gestão pública, pelos processos e resultados gerenciais, e a aplicação de recursos públicos por entidades de direito público e privado, mediante a confrontação entre uma situação encontrada com um determinado critério técnico, operacional ou legal. Objetivos da Auditoria Avaliar a gestão pública Avaliar a aplicação de recursos Auditoria atua para corrigir os desperdícios, a improbidade, a negligência e a omissão, antecipando-se a essas ocorrências, buscando garantir os resultados pretendidos, além de destacar os impactos e benefícios sociais advindos. A auditoria tem por objetivo primordial o de garantir resultados operacionais na gerência da coisa pública. Cabe ao Sistema de Controle Interno, por intermédio da técnica de auditoria, dentre outras atividades: realizar auditoria sobre a gestão dos recursos públicos federais sob a responsabilidade dos órgãos públicos e privados, inclusive nos projetos de cooperação técnica junto a Organismos Internacionais e multilaterais de crédito; apurar os atos e fatos inquinados (suspeitos) de ilegais ou irregulares, praticados por agentes públicos ou privados, na utilização de recursos públicos federais e, quando for o caso, comunicar à unidade responsável pela contabilidade para as providências cabíveis; realizar auditorias nos sistemas contábil, financeiro, de pessoal e demais sistemas administrativos e operacionais; examinar a regularidade e avaliar a eficiência e eficácia da gestão administrativa e dos resultados alcançados nas Ações de governo; realizar auditoria nos processos de Tomada de Contas Especial; apresentar subsídios para o aperfeiçoamento dos procedimentos administrativos e gerenciais e dos controles internos. AUDITORIA 9 5.2 - Finalidade A finalidade da auditoria é comprovar a legalidade e legitimidade dos atos e fatos administrativos e avaliar os resultados alcançados, quanto aos aspectos de eficiência, eficácia e economicidade da gestão orçamentária, financeira, patrimonial, operacional, contábil e finalística. A auditoria pública alcança as unidades e das entidades da administração pública, em todas as suas esferas de governo e níveis de poder, bem como a aplicação de recursos públicos por entidades de direito privado. Finalidades da Auditoria: Comprovar a legalidade e a legitimidade dos atos Avaliar os resultados 5.3 - Classificação da Auditoria Vamos dar uma olhada nas classificações de auditoria, assunto muito pedido em provas. 5.3.1 - Auditoria de Avaliação da Gestão Objetiva emitir opinião com vistas a certificar a regularidade das contas, verificar a execução de contratos, acordos, convênios ou ajustes, a probidade na aplicação dos dinheiros públicos e na guarda ou administração de valores e outros bens da União ou a ela confiados, compreendendo, entre outros, os seguintes aspectos: exame das peças que instruem os processos de tomada ou prestação de contas; exame da documentação comprobatória dos atos e fatos administrativos; verificação da eficiência dos sistemas de controles administrativo e contábil; verificação do cumprimento da legislação pertinente; avaliação dos resultados operacionais e da execução dos programas de governo quanto à economicidade, eficiência e eficácia dos mesmos. AUDITORIA 10 5.3.2 - Auditoria de Acompanhamento da Gestão Realizada ao longo dos processos de gestão, com o objetivo de se atuar em tempo real sobre os atos efetivos e os efeitos potenciais positivos e negativos de uma unidade ou entidade federal, evidenciando melhorias e economias existentes no processo ou prevenindo gargalos ao desempenho da sua missão institucional. 5.3.3 - Auditoria Contábil Compreende o exame dos registros e documentos e na coleta de informações e confirmações, pertinentes ao controle do patrimônio de uma unidade, entidade ou projeto. Objetiva obter elementos comprobatórios suficientes que permitam opinar se os registros contábeis foram efetuados de acordo com os princípios fundamentais de contabilidade e se as demonstrações deles originárias refletem, adequadamente, em seus aspectos mais relevantes, a situação econômico-financeira, os resultados do período e as demais situações nelas demonstradas. Tem por objeto, também, verificar a efetividade e a aplicação de recursos externos, oriundos de agentes financeiros e organismos internacionais, por unidades ou entidades públicas executoras de projetos celebrados com aqueles organismos com vistas a emitir opinião sobre a adequação e fidedignidade das demonstrações financeiras. 5.3.4- Auditoria Operacional Consiste em avaliar as ações gerenciais e os procedimentos relacionados ao processo operacional, ou parte dele, das unidades ou entidades da administração pública federal, programas de governo, projetos, atividades, ou segmentos destes, com a finalidade de emitir uma opinião sobre a gestão quanto aos aspectos da eficiência, eficácia e economicidade, procurando auxiliar a administração na gerência e nos resultados, por meio de recomendações, que visem aprimorar os procedimentos, melhorar os controles e aumentar a responsabilidade gerencial. AUDITORIA 11 É uma atividade de assessoramento ao gestor público, com vistas a aprimorar as práticas dos atos e fatos administrativos, sendo desenvolvida de forma tempestiva no contexto do setor público, atuando sobre a gestão, seus programas governamentais e sistemas informatizados. 5.3.5 - Auditoria Especial Objetiva o exame de fatos ou situações consideradas relevantes, de natureza incomum ou extraordinária, sendo realizadas para atender determinação expressa de autoridade competente. Classificam-se nesse tipo os demais trabalhos de auditoria não inseridos em outras classes de atividades. Classificações da Auditoria Pública Classe Características Avaliação da Gestão Emitir opinião Regularidade das contas Execução de contratos Aplicação de recursos Resultados operacionais Acompanhamento da Gestão Avaliação dos processos de gestão Prevenir efeitos negativos Contábil Verificar se registros contábeis foram feitos de acordo com as normas. Verificar se demonstrações estão adequadas Emitir opinião sobre as demonstrações Operacional Avaliar ações gerenciais e processo operacional Assessorar o gestor público Atuar sobre programas de governo e sistemas de informação Especial Avaliar situações relevantes de natureza incomum AUDITORIA 12 6 - Normas relativas à execução dos trabalhos O servidor do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal, no exercício de suas funções, terá livre acesso a todas as dependências do órgão ou entidade examinado, assim como a documentos, valores e livros considerados indispensáveis ao cumprimento de suas atribuições, não lhe podendo ser sonegado, sob qualquer pretexto, nenhum processo, documento ou informação, devendo o servidor guardar o sigilo das informações caso elas estejam protegidas legalmente. Quando houver limitação da ação, o fato deverá ser comunicado, de imediato, por escrito, ao dirigente do órgão ou entidade examinada, solicitando as providências necessárias. 6.1 – Formas de execução da auditoria 6.1.1 - Direta Atividades de auditoria executadas diretamente por servidores em exercício nos órgãos e unidades do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal, sendo subdividas em: centralizada – executada exclusivamente por servidores em exercício nos Órgão Central ou setoriais do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal. descentralizada – executada exclusivamente por servidores em exercício nas unidades regionais ou setoriais do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal. integrada – executada conjuntamente por servidores em exercício nos Órgãos Central, setoriais, unidades regionais e/ou setoriais do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal. 6.1.2 - Indireta Atividades de auditoria executadas com a participação de servidores não lotados nos órgãos e unidades do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal, que desempenham atividades de auditoria em quaisquer instituições da Administração Pública Federal ou entidade privada. AUDITORIA 13 Pode ser: compartilhada – coordenada pelo Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal com o auxílio de órgãos/instituições públicas ou privada. terceirizada – executada por instituições privadas, ou seja, pelas denominadas empresas de auditoria externa. 6.1.3 - Simplificada Atividades de auditoria realizadas, por servidores em exercício nos Órgãos Central, setoriais, unidades regionais ou setoriais do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal, sobre informações obtidas por meio de exame de processos e por meio eletrônico, específico das unidades ou entidades federais, cujo custo-benefício não justifica o deslocamento de uma equipe para o órgão. Essa forma de execução de auditoria pressupõe a utilização de indicadores de desempenho que fundamentam a opinião do agente executor das ações de controle. 6.2 - Procedimentos e Técnicas Os Procedimentos e as Técnicas de Auditoria constituem-se em investigações técnicas que, tomadas em conjunto, permitem a formação fundamentada da opinião por parte do Auditor Público. 6.2.1 - Procedimento de auditoria Conjunto de verificações e averiguações previstas num programa de auditoria, que permite obter evidências ou provas suficientes e adequadas para analisar as informações necessárias à formulação e fundamentação da opinião. São as ações necessárias para atingir os objetivos de auditoria. Procedimento (ou comando) representa a essência do ato de auditar, definindo o ponto de controle sobre o qual se deve atuar. AUDITORIA 14 Abrange testes de observância e testes substantivos: testes de observância: visam à obtenção de razoável segurança de que os procedimentos de controle interno estabelecidos pela Administração estão em efetivo funcionamento e cumprimento. testes substantivos: visam à obtenção de evidências quanto à suficiência, exatidão e validação dos dados produzidos pelos sistemas contábil e administrativos da entidade, dividindo-se em testes de transações e saldos e procedimentos de revisão analítica. 6.2.2 - Técnica de Auditoria Conjunto de processos e ferramentas operacionais de que se serve o controle para a obtenção de evidências, as quais devem ser suficientes, adequadas, relevantes e úteis para conclusão dos trabalhos. É necessário observar a finalidade específica de cada técnica, com vistas a evitar: aplicação inadequada execução de exames desnecessários desperdício de recursos humanos e tempo. 6.2.2.1 - Tipos de técnicas Indagação Escrita ou Oral Uso de entrevistas e questionários junto ao pessoal da unidade/entidade auditada, para a obtenção de dados e informações. Análise Documental Exame de processos, atos formalizados e documentos avulsos. Conferência de Cálculos Revisão das memórias de cálculos ou a confirmação de valores por meio do cotejamento de elementos numéricos correlacionados, de modo a constatar a adequação dos cálculos apresentados. AUDITORIA 15 Confirmação Externa Verificação junto a fontes externas ao auditado, da fidedignidade das informações obtidas internamente. Uma das técnicas, consiste na circularização das informações com a finalidade de obter confirmações em fonte diversa da origem dos dados. Exame dos Registros Verificação dos registros constantes de controles regulamentares, relatórios sistematizados, mapas e demonstrativos formalizados, elaborados de forma manual ou por sistemas informatizados. A técnica pressupõe a verificação desses registros em todas as suas formas. Correlação das Informações Obtidas Cotejamento de informações obtidas de fontes independentes, autônomas e distintas, no interior da própria organização. Essa técnicaprocura a consistência mútua entre diferentes amostras de evidência. Inspeção Física Exame usado para testar a efetividade dos controles, particularmente daqueles relativos à segurança de quantidades físicas ou qualidade de bens tangíveis. A evidência é coletada sobre itens tangíveis. Observação das Atividades e Condições Verificação das atividades que exigem a aplicação de testes flagrantes, com a finalidade de revelar erros, problemas ou deficiências que de outra forma seriam de difícil constatação. Os elementos da observação são: a) a identificação da atividade específica a ser observada; b) observação da sua execução; c) comparação do comportamento observado com os padrões; e d) avaliação e conclusão. Corte das Operações ou “Cut-Off” Corte interruptivo das operações ou transações para apurar, de forma seccionada, a dinâmica de um procedimento. Representa a “fotografia” do momento-chave de um processo. AUDITORIA 16 Rastreamento Investigação minuciosa, com exame de documentos, setores, unidades, órgãos e procedimentos interligados, visando dar segurança à opinião do responsável pela execução do trabalho sobre o fato observado. 6.3 - Planejamento dos Trabalhos O trabalho realizado pelo Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal deve ser adequadamente planejado. 6.3.1 - Exame Preliminar Com o objetivo de obter os elementos necessários ao planejamento dos trabalhos, o servidor do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal deve examinar as informações constantes da ordem de serviço e dos planos estratégico e operacional a que se vincula o objeto do controle. Para tanto, deve considerar a legislação aplicável, normas e instruções vigentes, bem como os resultados dos últimos trabalhos realizados e diligências pendentes de atendimento, quando for o caso. 6.3.2 - Elaboração do programa de trabalho O programa de trabalho consta da ordem de serviço preparada pela área de controle que elabora o plano estratégico e operacional. A elaboração de um adequado programa de trabalho exige: determinação precisa dos objetivos da auditoria ou fiscalização; identificação do universo a ser examinado; definição e o alcance dos procedimentos a serem utilizados; localização do objeto ou unidade examinada; estabelecimento das técnicas apropriadas; estimativa dos homens x horas necessários à execução dos trabalhos; referência quanto ao uso de material e documentos de exames prévios ou outras instruções específicas. AUDITORIA 17 6.3.3 - Avaliação dos controles internos administrativos Deve ser efetuado adequado exame com vistas à avaliação da capacidade e da efetividade dos sistemas de controles internos administrativos – contábil, financeiro, patrimonial, de pessoal, de suprimento de bens e serviços e operacional - das unidades da administração direta, entidades da administração indireta, projetos e programas. 6.3.3.1 - Capacidade dos sistemas de controle interno administrativo Avaliar os procedimentos, políticas e registros que compõem os controles, com o objetivo de constatar se estes proporcionam razoável segurança de que as atividades e operações se realizam de forma a possibilitar o atingimento das metas, em termos satisfatórios de economia, eficiência e eficácia. 6.3.3.2 - Efetividade Realizar exame das operações que se processam nos sistemas de controle interno administrativo, com o propósito de verificar se os procedimentos, políticas, mecanismos, registros e outros dados relevantes, funcionam de acordo com o previsto e se os objetivos de controle estão sendo atendidos, de forma permanente, sem desvios. 6.3.3.3 - Exame dos objetivos de controle Verificar se existem sistemas de controle interno administrativo que compreendem um plano de organização e de todos os métodos e procedimentos, de forma ordenada, para: proteger seus recursos; obter informações oportunas e confiáveis; e promover a eficiência operacional, assegurar a observância das leis, normas e políticas vigentes, com o intuito de alcançar o cumprimento das metas e objetivos estabelecidos. 6.3.3.4 - Prevenção de impropriedades e irregularidades Os sistemas de controle interno administrativo devem conter procedimentos, mecanismos e diretrizes que prevejam ou minimizem o percentual de impropriedades ou irregularidades. AUDITORIA 18 6.4 - Supervisão dos Trabalhos Toda atividade do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal deve ser supervisionada pela chefia ou por servidor a quem a função for formalmente delegada. 6.4.1 - Responsabilidade de quem dirige a função O titular da unidade do Sistema de Controle Interno deve supervisionar todas as atividades que envolvem a execução do trabalho, podendo delegar parte das tarefas a supervisores. 6.4.2 - Supervisão das equipes de trabalho O servidor com atribuições de supervisão, com maior experiência, conhecimentos técnicos e capacidade profissional, deve instruir e dirigir, adequadamente, seus subordinados, no que tange à execução dos trabalhos e ao cumprimento das ordens de serviço, devendo, ainda, contribuir para o desenvolvimento dos seus conhecimentos e capacidade profissional. 6.4.3 - Intensidade de supervisão A intensidade da supervisão exercida sobre a equipe está diretamente relacionada aos seguintes fatores: conhecimento e capacidade profissional dos membros da equipe; grau de dificuldade previsível dos trabalhos; alcance de prováveis impropriedades ou irregularidades a detectar no órgão ou entidade examinada. As evidências da supervisão exercida deverão ficar registradas nos próprios papéis de trabalho. AUDITORIA 19 6.4.4 - Áreas e enfoques da supervisão A supervisão deve abranger a verificação: do correto planejamento dos trabalhos; da aplicação de procedimentos e técnicas; da adequada formulação dos papéis de trabalho; da necessária consistência das observações e conclusões; da fiel observância dos objetivos estabelecidos na ordem de serviço; do cumprimento das normas e dos procedimentos de aplicação geral. 6.5 - Obtenção de evidências O auditor deve realizar, na extensão indicada na ordem de serviço, os testes ou provas adequadas nas circunstâncias, para obter evidências qualitativamente aceitáveis que fundamentem, de forma objetiva, seu trabalho. 6.5.1 - Finalidade da evidência Devem ser obtidos suficientes elementos para sustentar a emissão de sua opinião, permitindo chegar a um grau razoável de convencimento da realidade dos fatos e situações observadas, para fundamentar seu trabalho. A validade do seu trabalho depende diretamente da qualidade das evidências. Evidência é considerada satisfatória quando reúne as características de suficiência, adequação e pertinência. Suficiência da evidência Ocorre quando, mediante a aplicação de testes que resultem na obtenção de uma ou várias provas, o servidor é levado a um grau razoável de convencimento a respeito da realidade ou veracidade dos fatos examinados. AUDITORIA 20 Adequação da evidência Entende-se como tal, quando os testes ou exames realizados são apropriados à natureza e características dos fatos examinados. Pertinência da evidência A evidência é pertinente quando há coerência com as observações, conclusõese recomendações eventualmente formuladas. 6.5.2 - Critérios para obtenção da evidência Na obtenção da evidência, o servidor deve guiar-se pelos critérios de importância relativa e de níveis de riscos prováveis. A importância relativa refere-se ao significado da evidência no conjunto de informações e os níveis de riscos prováveis, às probabilidades de erro na obtenção e comprovação da evidência. 6.6 - Impropriedades e irregularidades O auditor do Sistema de Controle Interno deve prestar especial atenção àquelas transações ou situações que denotem indícios de irregularidades e, quando forem obtidas evidências, deverá ser dado o devido tratamento, com vistas a permitir que os dirigentes possam adotar as providências corretivas pertinentes. Impropriedade Consiste em falhas de natureza formal de que não resulte dano ao erário, porém evidencia-se a não observância aos princípios de legalidade, legitimidade, eficiência, eficácia e economicidade. Irregularidade Não observância desses princípios, constatando a existência de desfalque, alcance, desvio de bens ou outra irregularidade de que resulte prejuízo quantificável para o Erário. AUDITORIA 21 Detecção de impropriedades e irregularidades Apesar de a busca de impropriedades ou de irregularidades não ser o objetivo primordial das atividades do Sistema de Controle Interno, o servidor deve estar consciente da probabilidade de, no decorrer dos exames, defrontar se com tais ocorrências. Compete-lhe assim, prestar especial atenção às transações ou situações que apresentem indícios de irregularidades e, quando obtida evidências, comunicar o fato aos dirigentes para adoção das medidas corretivas cabíveis. Apuração de impropriedades e irregularidades Exige do servidor extrema prudência e profissionalismo. Ao verificar a ocorrência de irregularidades, o servidor deve levar o assunto, por escrito, ao conhecimento do dirigente da unidade ou entidade examinada, solicitando os esclarecimentos e justificativas pertinentes, quando isso não implicar risco pessoal. Na hipótese de risco pessoal informar a ocorrência ao seu dirigente que o orientará e adotará as providências necessárias. 7 – Instrumentos de fiscalização segundo o TCU Para o TCU, a fiscalização é a forma de atuação pela qual são alocados recursos humanos e materiais com o objetivo de avaliar a gestão dos recursos públicos. Esse processo consiste, basicamente, em capturar dados e informações, analisar, produzir um diagnóstico e formar um juízo de valor. Podem ser feitas por iniciativa própria ou em decorrência de solicitação do Congresso Nacional. Há cinco instrumentos por meio dos quais se realiza a fiscalização: AUDITORIA 22 Levantamento Instrumento utilizado para conhecer a organização e funcionamento de órgão ou entidade pública, de sistema, programa, projeto ou atividade governamental, identificar objetos e instrumentos de fiscalização e avaliar a viabilidade da sua realização; Auditoria Por meio desse instrumento verifica-se in loco a legalidade e a legitimidade dos atos de gestão, quanto aos aspectos contábil, financeiro, orçamentário e patrimonial, assim como o desempenho operacional e os resultados alcançados de órgãos, entidades, programas e projetos governamentais; Inspeção Serve para a obtenção de informações não disponíveis no Tribunal, ou para esclarecer dúvidas; também é utilizada para apurar fatos trazidos ao conhecimento do Tribunal por meio de denúncias ou representações; Acompanhamento Destina-se a monitorar e a avaliar a gestão de órgão, entidade ou programa governamental por período de tempo predeterminado; Monitoramento É utilizado para aferir o cumprimento das deliberações do Tribunal e dos resultados delas advindos. 8 - Normas e Procedimentos de Auditoria emitidos pelo IBRACON – Instituto dos Auditores Independentes do Brasil. O Ibracon parou de editar normas e procedimentos, passando a colaborar com o CFC e o CPC, em virtude do processo de convergência. AUDITORIA 23 Atualmente, apenas quatro normas do Ibracon encontram-se vigentes. Todas se destinam aos auditores independentes e foram desenhadas para aplicação em auditoria externa. Creio que não seria sensato serem exploradas pela banca. Mas vamos dar uma olhada nos assuntos que tratam duas delas, que julgo menos descabíveis. NPA 14 – Não nos interessa Esta norma tem por objetivo estabelecer os padrões técnicos a serem observados pelo auditor independente, nomeado como perito ou como empresa especializada, na emissão de laudo de avaliação a valor contábil ou a valor contábil ajustado a preços de mercado, destinados a apoiar processos de incorporação, cisão ou fusão de entidades empresas, de retirada ou ingresso de sócios, de encerramento de atividades ou operações específicas previstas em lei. NPA 12 O objetivo da emissão, por parte do auditor independente, de uma Carta de Conforto é o de auxiliar o coordenador da oferta envolvido com a emissão dos títulos e valores mobiliários, no processo de investigação profissional de responsabilidade do coordenador da oferta relacionado ao documento de oferta ("documento de oferta"). NPA 04 Revisão Limitada de Demonstrações Contábeis NPA 03 – Não nos interessa Procedimentos de Auditoria Independente de Administradoras de Consórcios. – Não nos interessa. 8.1 - NPA 04 - Revisão Limitada de Demonstrações Contábeis Revisão limitada Compreende a realização de uma série de procedimentos com o objetivo de verificar se os critérios contábeis adotados para elaboração das demonstrações contábeis estão em conformidade com as práticas contábeis previstas na legislação societária. AUDITORIA 24 Possui um escopo de trabalho mais limitado que o necessário para uma opinião, pois não contempla alguns procedimentos como a avaliação dos sistemas de controles internos ou testes extensos nos registros contábeis. Seu objetivo é realizar procedimentos para verificar se as demonstrações contábeis foram elaboradas de acordo com as normas contábeis vigentes e com critérios consistentes em relação às políticas contábeis adotadas pela entidade. Não há, portanto, nenhum intuito relativo à formação de opinião sobre as demonstrações em seu conjunto. Não propicia segurança de que todos os assuntos relevantes foram avaliados. 8.2 - NPA 12 – Carta de Conforto Carta de conforto é um documento emitido pelo Auditor para atestar as condições da entidade nos processos de emissão de títulos e valores mobiliários. O objetivo da emissão, por parte do auditor independente, de uma Carta de Conforto é o de auxiliar o coordenador da oferta envolvido com a emissão dos títulos e valores mobiliários, no processo de investigação profissional de responsabilidade do coordenador da oferta relacionado ao documento de oferta. O auditor independente deve obter uma Carta de Contratação junto ao emissor e ao coordenador da oferta, para emissões de títulos e valores mobiliários, de forma a definir claramente os limites de sua responsabilidade no momento da contratação. Além disso, o auditor independente deve obter confirmação formal do emissor e do coordenador da oferta, em que ambos concordem com os termos dessa Carta de Contratação antes de iniciar qualquer trabalho relacionado à emissão de títulos e valoresmobiliários, inclusive quanto ao conteúdo da Carta de Conforto. AUDITORIA 25 O fornecimento de Carta de Conforto deve estar estabelecido em Carta de Contratação firmada entre auditor e auditado. Os objetivos da exigência pelo auditor independente de uma Carta de Contratação assinada pelo emissor e pelo coordenador da oferta, em relação à emissão de uma Carta de Conforto para ofertas de títulos e valores mobiliários são os seguintes: Limitar a finalidade da Carta de Conforto à prestação de suporte em investigação profissional de responsabilidade do coordenador da oferta ("due diligence"). Tornar claro que a emissão de uma Carta de Conforto não cria qualquer responsabilidade adicional do Auditor Independente perante os coordenadores da oferta em relação aos pareceres de auditoria e outros relatórios emitidos anteriormente. Esclarecer que os coordenadores da oferta não dependem apenas do auditor independente para realizar a sua investigação profissional. Esclarecer que os coordenadores da oferta são responsáveis pela definição do escopo do trabalho que o auditor independente executará, consoante disposições da presente NPA. Assegurar que há um entendimento comum quanto às limitações inerentes dos procedimentos aplicados pelo auditor independente e que este não busca a identificação (e não é responsável por esta identificação) de fraudes ou atos ilícitos praticados pela administração do emissor dos títulos e valores mobiliários. Definir a legislação de regência e o foro que se aplica à relação entre os destinatários da Carta de Conforto e o auditor independente. Identificar o auditor independente brasileiro como o único responsável pelos serviços a serem prestados em relação à Carta de Conforto, limitando potenciais obrigações de outras firmas da sua rede ou associadas. AUDITORIA 26 Para fins de emissão da Carta de Conforto, o auditor independente somente pode expressar conforto sobre determinadas informações financeiras incluídas no documento de oferta à medida que essas informações: forem obtidas diretamente das demonstrações contábeis da entidade auditada ou sujeitas aos procedimentos de revisão consoante as normas de auditoria aplicáveis no Brasil ou forem obtidas diretamente dos registros contábeis mantidos pela entidade e sujeitos aos procedimentos e às políticas da estrutura de controles internos do emissor. AUDITORIA 27 b. Mapas Mentais AUDITORIA 28 AUDITORIA 29 c. Revisão 1 Questão 1 – Esaf 2016 Anac - Auditorias de regularidade visam examinar a legalidade e a legitimidade de atos de gestão quanto aos aspectos contábil, financeiro, orçamentário e patrimonial. Já as auditorias de natureza operacional objetivam examinar a economicidade, eficiência, eficácia e efetividade de organizações, programas e atividades governamentais, com a finalidade de avaliar seu desempenho e de promover o aperfeiçoamento da gestão da coisa pública. Considerando as características das auditorias de regularidade (ou de conformidade) e as de natureza operacional, assinale a opção correta. a) Auditoria de natureza operacional não geram achados. b) As propostas de recomendação e de determinações devem indicar a forma de como deve o gestor promover as ações para a solução do problema detectado. c) Não cabe aplicação de sigilo a informações produzidas ou custodiadas ao longo de auditorias de natureza operacional. d) A realização de uma auditoria de regularidade pode derivar dos trabalhos de uma auditoria operacional. e) Em auditorias operacionais é regra submeter o relatório preliminar aos comentários dos gestores, mas, em auditorias de regularidade, tal procedimento é vedado. Questão 2 – Esaf 2016 Anac - Considerando as características dos diversos instrumentos de fiscalização, correlacione as colunas abaixo. 1 - Auditoria 2 – Levantamento 3 – Monitoramento 4 - Acompanhamento ( ) avaliar a viabilidade da realização de fiscalizações. ( ) verificar o cumprimento de deliberações dos resultados delas advindos. ( ) avaliar, ao longo de um período determinado, o desempenho de órgãos e entidades jurisdicionados. ( ) examinar a legalidade e a legitimidade de atos de gestão. A sequência que define corretamente os conceitos, de cima para baixo, é: a) 1, 2, 3, 4. b) 2, 3, 4, 1. c) 3, 4, 1, 2. d) 4, 1, 2, 3. e) 4, 3, 2, 1. AUDITORIA 30 Questão 3 – Esaf 2012 AFRFB - Os auditores públicos foram designados para examinar as demonstrações contábeis da Empresa Transportes Fluviais S.A. O objetivo é avaliar se os recursos destinados à construção dos dois novos portos foram aplicados nos montantes contratados, dentro dos orçamentos estabelecidos e licitações aprovadas. Foi determinado como procedimento a constatação da existência física dos portos. Esse tipo de auditoria pública é classificada como auditoria a) de gestão. b) de programas. c) operacional. d) contábil. e) de sistemas. Questão 4 – Esaf 2013 DNIT - Entre as competências dos órgãos e unidades do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal, menciona-se a) estabelecer as metas a serem atingidas pelo PPA. b) participar da elaboração dos orçamentos da União. c) aprovar as operações que envolvam avais e garantias. d) monitorar a atuação das auditorias externas das entidades estatais. e) apurar atos inquinados de irregulares, praticados por agentes privados com recursos públicos. Questão 5 – Esaf 2012 CGU - Se compararmos as normas aplicáveis à auditoria independente com as normas aplicáveis à auditoria no setor público, no que tange à emissão de opinião, é correto afirmar que: a) na auditoria independente, uma opinião deve ser sempre emitida. b) grosso modo, uma opinião adversa equivale a um Certificado de Regularidade. c) o auditor independente pode emitir sua opinião ou abster-se de fazê-lo. d) ao lidar com fraudes contábeis, o auditor independente deve opinar pela irregularidade. e) apenas no setor público é possível a abstenção de opinião. AUDITORIA 31 Questão 6 – Esaf 2012 CGU - O documento destinado a dar ciência ao gestor/ administrador da área examinada, no decorrer dos exames, das impropriedades ou irregularidades constatadas no desenvolvimento dos trabalhos, é denominado: a) Certificado. b) Parecer de Auditoria. c) Nota. d) Registro das Constatações. e) Solicitação de Auditoria. Questão 7 – Esaf 2012 CGU - Uma auditoria qualquer, coordenada pelo Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal com o auxílio de uma empresa privada de auditoria, deve ter sua forma de execução classificada como: a) Centralizada. b) Descentralizada. c) Integrada. d) Compartilhada. e) Terceirizada. Questão 8 – Esaf 2012 CGU - Acerca das técnicas de controle, tal como apresentadas pelo Manual do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal, é correto afirmar que a) a análise documental consiste no exame de processos, atos formalizados e documentos avulsos. b) a maior parte das técnicas de fiscalização é diferente das técnicas de auditoria. c) as principais técnicas previstas são a fiscalização, a auditoria e o monitoramento. d) a finalidade básica da auditoria é avaliar a execução dos programas de governo. e) a fiscalização é procedida mediante a realização de testes de observânciae testes substantivos. AUDITORIA 32 d. Revisão 2 Questão 9 – Esaf 2010 CVM - Complete o texto abaixo, de modo a tornar a afirmação correta. Nos termos da IN n. 01/2001/SFC/MF, a_________ consiste em uma atividade de assessoramento ao gestor público, com vistas a aprimorar as práticas dos atos e fatos administrativos, sendo desenvolvida de forma tempestiva no contexto do setor público, atuando sobre a gestão, seus programas governamentais e sistemas informatizados a) Auditoria Operacional b) Auditoria de Gestão c) Auditoria Especial d) Auditoria Contábil e) Auditoria de Acompanhamento da Gestão Questão 10 – Esaf 2010 CVM - As Normas Fundamentais do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal têm como finalidade, entre outras, orientar os servidores para o exercício de suas funções. Nesse contexto, é correto afirmar que a opinião emitida por meio de Certificado de Auditoria deve assumir os seguintes tipos: I - Certificado com Negativa de Opinião. II - Certificado de Regularidade. III - Certificado de Regularidade com Ressalvas. IV - Certificado de Regularidade sem Ressalvas. V - Certificado de Irregularidade. VI - Certificado Adverso. a) I, IV ou VI. b) II, III ou V. c) II, IV ou VI. d) II, IV ou V. e) III, IV ou V. AUDITORIA 33 Questão 11 – Esaf 2009 ANA - Assinale a opção verdadeira a respeito de auditoria, no Setor Público Federal, cuja execução é realizada de forma direta. a) São todos os trabalhos de fiscalização executados pelo Sistema de Auditoria Interna, no âmbito da administração federal, que avalia a correta aplicação dos recursos públicos. b) São aquelas realizadas na administração direta e indireta integrantes do Orçamento Geral da União visando avaliar o cumprimento das políticas públicas. c) É aquela realizada pelos servidores em exercício no Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal e está subdividida em centralizada, descentralizada e integrada. d) São fiscalizações e avaliações realizadas diretamente pelos órgãos envolvidos na execução das políticas públicas. e) São trabalhos executados diretamente pelas auditorias internas das instituições federais diretas e indiretas, para avaliar o cumprimento da lei fiscal. Questão 12 – Esaf 2009 ANA - Assinale a opção verdadeira a respeito do objetivo primordial e abrangência da auditoria no Setor Público Federal. a) O objetivo primordial é o de garantir os resultados operacionais na gerência da coisa pública, abrange todas as unidades e entidades públicas federais e leva em conta os aspectos relevantes relacionados à avaliação dos programas de governo. b) Abrange as entidades e unidades da administração indireta e tem como objetivo primordial verificar a regularidade dos atos praticados por ordenadores de despesa quanto à execução orçamentária e financeira. c) O objetivo primordial é o de garantir que os objetivos e metas definidos no orçamento sejam atingidos e abrange as entidades constantes do Orçamento Fiscal e da Seguridade Social. d) A abrangência é a definida na Lei de Diretrizes Orçamentárias para o exercício e o objetivo primordial é verificar o cumprimento da lei orçamentária anual. e) A abrangência e o objetivo primordial são o de assegurar que os recursos alocados aos projetos sejam aplicados no cumprimento das políticas públicas. AUDITORIA 34 Questão 13 – Esaf 2009 Apofp SP - Considerado fundamental à governança no setor público, o processo pelo qual as entidades públicas e seus responsáveis devem prestar contas dos resultados obtidos, em função das responsabilidades que lhes foram atribuídas por delegação de poder, denomina-se: a) Transparência. b) Integridade. c) Equidade. d) Accountability. e) Responsabilidade Fiscal. Questão 14 – Esaf 2009 Apofp SP - Sobre a auditoria de natureza operacional, é correto afirmar: a) tem por objetivo certificar as contas do gestor público, apurando eventuais responsabilidades. b) é realizada, tão somente, com base na verificação das demonstrações contábeis. c) compreende duas modalidades: auditoria de desempenho operacional e avaliação de programas. d) no âmbito da administração indireta, só pode ser realizada por auditores independentes contratados mediante licitação. e) é aplicável, apenas, no âmbito da administração direta. Questão 15 – FGV 2015 TCE RJ - O procedimento de auditoria governamental realizado com o objetivo de avaliação da performance da Administração Pública quanto à economicidade, à eficiência, à eficácia e à efetividade denomina-se: (A) tomada de contas especial; (B) auditoria de conformidade; (C) inspeção extraordinária; (D) análise econômico-financeira; (E) auditoria operacional. AUDITORIA 35 e. Revisão 3 Questão 16 – Cespe 2016 TCE PR - Impropriedades relacionadas a achados negativos em uma auditoria para verificação de regularidade referem-se exclusivamente à prática de atos de gestão ilegal que impliquem danos ao erário. Questão 17 – Cespe 2016 TCE PR - A auditoria de regularidade visa examinar a legalidade e a legitimidade de atos de gestão de agentes sujeitos à jurisdição de tribunal de contas. Questão 18 – Cespe 2015 Telebrás - A auditoria operacional é um processo destinado especificamente à avaliação do desempenho real dos controles gerenciais e à confrontação desse desempenho com o esperado, o que raramente culmina com recomendações de auditoria. Questão 19 – Cespe 2013 TCE RO - Na realização da auditoria operacional, os profissionais responsáveis, ao constatarem incoerências ou imprecisões em programa governamental, mesmo sem questionar a orientação política e as diretrizes governamentais, deverão apontar as situações passíveis de desperdícios ou desvirtuamentos, recomendando as apropriadas mudanças de rumo na execução dos referidos programas. Questão 20 – Fundatec 2009 Sefaz RS - Analise as alternativas abaixo quanto a alguns dos procedimentos que poderão ser utilizados durante a execução do trabalho de auditoria das disponibilidades e assinale (V) verdadeiro ou (F) falso. ( ) Exame físico - contagem de caixa e de aplicações financeiras. ( ) Confirmação - confirmação de saldos bancários e de aplicações financeiras. ( ) Observação - classificação adequada das contas e observação dos principias de contabilidade. ( ) Cálculos - soma das conciliações e soma da razão auxiliar de bancos. A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é: a) V - V - V - F. b) V - V - V - V. c) V - F - V - F. d) V - V - F - V. e) F - F - F - V. AUDITORIA 36 Questão 21 – Fundatec 2009 Sefaz RS - Quando o auditor, durante a revisão analítica das contas a pagar e a receber, constatar uma diferença expressiva em relação à posição patrimonial e financeira e ao resultado das operações e não obtiver informações objetivas suficientes para dirimir as questões suscitadas, deve aplicar outros procedimentos de auditoria até alcançar conclusões satisfatórias, tais como a) análise das notas fiscais de compra e venda, executando testes de contagem física. b) comunicação direta com os terceiros envolvidos; e acompanhamento do inventário físico realizado pela entidade, executando os testes de contagem física e procedimentos complementares aplicáveis. c) verificação da existência documental e física, executando teste por amostragem. d) aplicação de teste de observância eprocedimentos complementares. e) relatar a administração da entidade e elaborar o inventário físico realizado pela entidade, executando os testes de contagem física e procedimentos complementares aplicáveis. Questão 22 – Fundatec 2009 Sefaz RS - O auditor deve considerar o procedimento técnico de inspeção para a) acompanhamento de processo ou procedimento, quando da sua execução. b) conferência da exatidão aritmética de documentos comprobatórios, registros e demonstrações contábeis. c) exame de registros, de documentos e de ativos tangíveis. d) obtenção de informações junto a pessoas ou entidades conhecedoras da transação. e) verificação do comportamento de valores significativos, mediante índices, quocientes e outros meios. AUDITORIA 37 Questão 23 – Vunesp 2014 Desenvolvesp - Avaliar o nível de operacionalização das unidades consoante os normativos vigentes, contribuir para otimização da dinâmica de autuação das unidades por meio de ações preventivas, cobrindo produtos, serviços e infraestrutura; verificar a adequacidade das normas operacionais e unidades em função da evolução tecnológica de cada organização; e estimular a qualidade organizacional, entre outros não menos importantes, são objetivos gerais relativos à: a) gestão de risco b) auditoria de sustentabilidade. c) auditoria contábil. d) auditoria financeira. e) auditoria operacional. Questão 24 – Vunesp 2013 Sefaz SP Apofp - É uma atividade especializada aplicada em entidades, que compreende o levantamento de dados e a análise da produtividade, seja qualitativa ou quantitativa, e a rentabilidade dessas entidades; custos das operações, do equilíbrio e do crescimento estrutural e patrimonial, incluindo a situação financeira. Ademais, consiste em revisões sistemáticas de programas, organizações, atividades ou segmentos operacionais dos setores públicos e privados, com a finalidade de avaliar e comunicar se os recursos da organização estão sendo usados eficientemente, bem como se estão sendo alcançados os objetivos operacionais. Entende-se, ainda, que é o processo de avaliação do desempenho real, em confronto com o esperado, o que leva, inevitavelmente, à apresentação de recomendações destinadas a melhorar o desempenho e a aumentar o êxito dos negócios empresariais. O texto trata da auditoria a) patrimonial. b) de performance e rentabilidade. c) financeira. d) de gestão. e) operacional. AUDITORIA 38 f. Normas Comentadas IN 01/2001 Seção I – Técnicas de Controle 1. As atividades a cargo do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal são exercidas mediante a utilização de técnicas próprias de trabalho, as quais constituem-se no conjunto de processos que viabilizam o alcance dos macro objetivos do Sistema. As técnicas de controle são as seguintes: a) auditoria; e b) fiscalização No sistema de controle interno, auditoria e fiscalização são consideradas técnicas de controle. Logo a seguir, veremos que a técnica auditoria é definida como um conjunto de várias outras técnicas. Seção II – Auditoria Conceito 1. A auditoria é o conjunto de técnicas que visa avaliar a gestão pública, pelos processos e resultados gerenciais, e a aplicação de recursos públicos por entidades de direito público e privado, mediante a confrontação entre uma situação encontrada com um determinado critério técnico, operacional ou legal. Trata-se de uma importante técnica de controle do Estado na busca da melhor alocação de seus recursos, não só atuando para corrigir os desperdícios, a improbidade, a negligência e a omissão e, principalmente, antecipando-se a essas ocorrências, buscando garantir os resultados pretendidos, além de destacar os impactos e benefícios sociais advindos. 2. A auditoria tem por objetivo primordial o de garantir resultados operacionais na gerência da coisa pública. Essa auditoria é exercida nos meandros da máquina pública em todos as unidades e entidades públicas federais, observando os aspectos relevantes relacionados à avaliação dos programas de governo e da gestão pública. 3. Cabe ao Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal, por intermédio da técnica de auditoria, dentre outras atividades: I. realizar auditoria sobre a gestão dos recursos públicos federais sob a responsabilidade dos órgãos públicos e privados, inclusive nos projetos de cooperação técnica junto a Organismos Internacionais e multilaterais de crédito; II. apurar os atos e fatos inquinados de ilegais ou de irregulares, praticados por agentes públicos ou privados, na utilização de recursos públicos federais e, quando for o caso, comunicar à unidade responsável pela contabilidade para as AUDITORIA 39 providências cabíveis; III. realizar auditorias nos sistemas contábil, financeiro, de pessoal e demais sistemas administrativos e operacionais; IV. examinar a regularidade e avaliar a eficiência e eficácia da gestão administrativa e dos resultados alcançados nas Ações de governo; V. realizar auditoria nos processos de Tomada de Contas Especial; e VI. apresentar subsídios para o aperfeiçoamento dos procedimentos administrativos e gerenciais e dos controles internos administrativos dos órgãos da Administração Direta e entidades da Administração Indireta Federal. Finalidade 4. A finalidade básica da auditoria é comprovar a legalidade e legitimidade dos atos e fatos administrativos e avaliar os resultados alcançados, quanto aos aspectos de eficiência, eficácia e economicidade da gestão orçamentária, financeira, patrimonial, operacional, contábil e finalística das unidades e das entidades da administração pública, em todas as suas esferas de governo e níveis de poder, bem como a aplicação de recursos públicos por entidades de direito privado, quando legalmente autorizadas nesse sentido. Temos que separar, para efeitos do estudo desta norma, os objetivos e as finalidades da auditoria: Objetivo - garantir resultados operacionais na gerência da coisa pública; Finalidade - comprovar a legalidade e legitimidade dos atos e fatos administrativos e avaliar os resultados alcançados AUDITORIA 40 g. Gabarito 1 2 3 4 5 D B A E C 6 7 8 9 10 C D A A B 11 12 13 14 15 C A D C E 16 17 18 19 20 E C E C B 21 22 23 24 B C E E AUDITORIA 41 h. Breves comentários sobre as questões Questão 1 – Esaf 2016 Anac - Auditorias de regularidade visam examinar a legalidade e a legitimidade de atos de gestão quanto aos aspectos contábil, financeiro, orçamentário e patrimonial. Já as auditorias de natureza operacional objetivam examinar a economicidade, eficiência, eficácia e efetividade de organizações, programas e atividades governamentais, com a finalidade de avaliar seu desempenho e de promover o aperfeiçoamento da gestão da coisa pública. Considerando as características das auditorias de regularidade (ou de conformidade) e as de natureza operacional, assinale a opção correta. a) Auditoria de natureza operacional não geram achados. b) As propostas de recomendação e de determinações devem indicar a forma de como deve o gestor promover as ações para a solução do problema detectado. c) Não cabe aplicação de sigilo a informações produzidas ou custodiadas ao longo de auditorias de natureza operacional. d) A realização de uma auditoria de regularidade pode derivar dos trabalhos de uma auditoria operacional. e) Em auditorias operacionais é regra submetero relatório preliminar aos comentários dos gestores, mas, em auditorias de regularidade, tal procedimento é vedado. Auditoria no setor público. Letra A, errada. A auditoria operacional gera achados, sim. Letra B, errada. As recomendações de auditoria devem indicar o que fazer e não como deve ser feito. Letra C, errada. Deve haver sigilo, válido para todos os papéis de trabalho do auditor. Letra E, errada. Em auditorias operacionais é opcional submeter o relatório preliminar aos comentários dos gestores. Gabarito: D AUDITORIA 42 Questão 2 – Esaf 2016 Anac - Considerando as características dos diversos instrumentos de fiscalização, correlacione as colunas abaixo. 1 - Auditoria 2 – Levantamento 3 – Monitoramento 4 - Acompanhamento ( ) avaliar a viabilidade da realização de fiscalizações. ( ) verificar o cumprimento de deliberações dos resultados delas advindos. ( ) avaliar, ao longo de um período determinado, o desempenho de órgãos e entidades jurisdicionados. ( ) examinar a legalidade e a legitimidade de atos de gestão. A sequência que define corretamente os conceitos citados, de cima para baixo, é: a) 1, 2, 3, 4. b) 2, 3, 4, 1. c) 3, 4, 1, 2. d) 4, 1, 2, 3. e) 4, 3, 2, 1. Segundo o TCU: A fiscalização é a forma de atuação pela qual são alocados recursos humanos e materiais com o objetivo de avaliar a gestão dos recursos públicos. Esse processo consiste, basicamente, em capturar dados e informações, analisar, produzir um diagnóstico e formar um juízo de valor. Podem ser feitas por iniciativa própria ou em decorrência de solicitação do Congresso Nacional. Há cinco instrumentos por meio dos quais se realiza a fiscalização: a) levantamento: instrumento utilizado para conhecer a organização e funcionamento de órgão ou entidade pública, de sistema, programa, projeto ou atividade governamental, identificar objetos e instrumentos de fiscalização e avaliar a viabilidade da sua realização; AUDITORIA 43 b) auditoria: por meio desse instrumento verifica-se in loco a legalidade e a legitimidade dos atos de gestão, quanto aos aspectos contábil, financeiro, orçamentário e patrimonial, assim como o desempenho operacional e os resultados alcançados de órgãos, entidades, programas e projetos governamentais; c) inspeção: serve para a obtenção de informações não disponíveis no Tribunal, ou para esclarecer dúvidas; também é utilizada para apurar fatos trazidos ao conhecimento do Tribunal por meio de denúncias ou representações; d) acompanhamento: destina-se a monitorar e a avaliar a gestão de órgão, entidade ou programa governamental por período de tempo predeterminado; e) monitoramento: é utilizado para aferir o cumprimento das deliberações do Tribunal e dos resultados delas advindos. Faltou o "e" na assertiva posta pela banca, mas isso não ensejou anulação da questão em sede de recurso. Gabarito: B Questão 3 – Esaf 2012 AFRFB - Os auditores públicos foram designados para examinar as demonstrações contábeis da Empresa Transportes Fluviais S.A. O objetivo é avaliar se os recursos destinados à construção dos dois novos portos foram aplicados nos montantes contratados, dentro dos orçamentos estabelecidos e licitações aprovadas. Foi determinado como procedimento a constatação da existência física dos portos. Esse tipo de auditoria pública é classificada como auditoria a) de gestão. b) de programas. c) operacional. d) contábil. e) de sistemas. AUDITORIA 44 Classificações da Auditoria Pública Classe Características Avaliação da Gestão Emitir opinião Regularidade das contas Execução de contratos Aplicação de recursos Resultados operacionais Acompanhamento da Gestão Avaliação dos processos de gestão Prevenir efeitos negativos Contábil Verificar se registros contábeis foram feitos de acordo com as normas. Verificar se demonstrações estão adequadas Emitir opinião sobre as demonstrações Operacional Avaliar ações gerenciais e processo operacional Assessorar o gestor público Atuar sobre programas de governo e sistemas de informação Especial Avaliar situações relevantes de natureza incomum A situação exposta no enunciado descreve uma auditoria de avaliação da gestão. Gabarito: A Questão 4 – Esaf 2013 DNIT - Entre as competências dos órgãos e unidades do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal, menciona-se a) estabelecer as metas a serem atingidas pelo PPA. b) participar da elaboração dos orçamentos da União. c) aprovar as operações que envolvam avais e garantias. d) monitorar a atuação das auditorias externas das entidades estatais. e) apurar atos inquinados de irregulares, praticados por agentes privados com recursos públicos. Cabe ao Sistema de Controle Interno, por intermédio da técnica de auditoria, dentre outras atividades: realizar auditoria sobre a gestão dos recursos públicos federais sob a responsabilidade dos órgãos públicos e privados, inclusive nos projetos de cooperação técnica junto a Organismos Internacionais e multilaterais de crédito; AUDITORIA 45 apurar os atos e fatos inquinados (suspeitos) de ilegais ou irregulares, praticados por agentes públicos ou privados, na utilização de recursos públicos federais e, quando for o caso, comunicar à unidade responsável pela contabilidade para as providências cabíveis; realizar auditorias nos sistemas contábil, financeiro, de pessoal e demais sistemas administrativos e operacionais; examinar a regularidade e avaliar a eficiência e eficácia da gestão administrativa e dos resultados alcançados nas Ações de governo; realizar auditoria nos processos de Tomada de Contas Especial; apresentar subsídios para o aperfeiçoamento dos procedimentos administrativos e gerenciais e dos controles internos. Gabarito: E Questão 5 – Esaf 2012 CGU - Se compararmos as normas aplicáveis à auditoria independente com as normas aplicáveis à auditoria no setor público, no que tange à emissão de opinião, é correto afirmar que: a) na auditoria independente, uma opinião deve ser sempre emitida. b) grosso modo, uma opinião adversa equivale a um Certificado de Regularidade. c) o auditor independente pode emitir sua opinião ou abster-se de fazê-lo. d) ao lidar com fraudes contábeis, o auditor independente deve opinar pela irregularidade. e) apenas no setor público é possível a abstenção de opinião. Obrigatoriamente o auditor público terá que emitir uma opinião, ao passo que o auditor independente pode, em dadas situações, abster-se de emitir opinião. A opinião do Auditor público deve ser expressa por meio de Relatório, Parecer, Certificado ou Nota. O Certificado de Auditoria será emitido na verificação das contas dos responsáveis pela aplicação, utilização ou guarda de bens e valores públicos, e de todo aquele que der causa à perda, subtração ou estrago de valores, bens e materiais de propriedade ou responsabilidade da União. AUDITORIA 46 Os tipos de Certificado são: Certificado de Regularidade Será emitido quando se formar a opinião de que na gestão dos recursos públicos foram adequadamente observados os princípios da legalidade, legitimidade e economicidade. Certificado de Regularidade com Ressalvas Será emitido quando se constatar falhas, omissões ou impropriedades de natureza formal no cumprimento das normase diretrizes governamentais, quanto à legalidade, legitimidade e economicidade e que, pela sua irrelevância ou imaterialidade, não caracterizem irregularidade de atuação dos agentes responsáveis. Certificado de Irregularidade Será emitido quando se verificar a não observância da aplicação dos princípios de legalidade, legitimidade e economicidade, constatando a existência de desfalque, alcance, desvio de bens ou outra irregularidade de que resulte prejuízo quantificável para a Fazenda Nacional ou comprometam, substancialmente, as demonstrações financeiras e a respectiva gestão dos agentes responsáveis, no período ou exercício examinado. Gabarito: C Questão 6 – Esaf 2012 CGU - O documento destinado a dar ciência ao gestor/ administrador da área examinada, no decorrer dos exames, das impropriedades ou irregularidades constatadas no desenvolvimento dos trabalhos, é denominado: a) Certificado. b) Parecer de Auditoria. c) Nota. d) Registro das Constatações. e) Solicitação de Auditoria. Instrumentos e papéis de trabalho do Auditor Público Solicitação de Auditoria AUDITORIA 47 Documento utilizado para formalizar pedido de documentos, informações, justificativas e outros assuntos relevantes, emitido antes ou durante o desenvolvimento dos trabalhos de campo. Nota Nota é o documento destinado a dar ciência ao gestor/administrador da área examinada, no decorrer dos exames, das impropriedades ou irregularidades constatadas ou apuradas no desenvolvimento dos trabalhos. Tem a finalidade de obter a manifestação dos agentes sobre fatos que resultaram em prejuízo à Fazenda Nacional ou de outras situações que necessitem de esclarecimentos formais. Relatório Os Relatórios constituem-se na forma pela qual os resultados dos trabalhos realizados são levados ao conhecimento das autoridades competentes. Registro das Constatações Registro das constatações é documento destinado ao registro das verificações significativas detectadas no desenvolvimento dos trabalhos, a ser elaborado de forma concisa, com base em cada relatório. Objetiva possibilitar a criação de um banco de dados relevantes sobre os órgãos ou entidades. Certificado O Certificado é o documento que representa a opinião do Sistema de Controle Interno sobre a exatidão e regularidade, ou não, da gestão e a adequação, ou não, das peças examinadas. Parecer do Dirigente do Órgão de Controle Interno O parecer é peça compulsória a ser inserida nos processos de tomada e prestação de contas, que serão remetidos ao Tribunal de Contas da União. O parecer constitui-se na peça documental que externaliza a avaliação conclusiva do Sistema de Controle Interno sobre a gestão examinada, para que os autos sejam submetidos à autoridade ministerial. O enunciado descreve a nota. Gabarito: C AUDITORIA 48 Questão 7 – Esaf 2012 CGU - Uma auditoria qualquer, coordenada pelo Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal com o auxílio de uma empresa privada de auditoria, deve ter sua forma de execução classificada como: a) Centralizada. b) Descentralizada. c) Integrada. d) Compartilhada. e) Terceirizada. Auditoria Indireta Atividades de auditoria executadas com a participação de servidores não lotados nos órgãos e unidades do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal, que desempenham atividades de auditoria em quaisquer instituições da Administração Pública Federal ou entidade privada. compartilhada – coordenada pelo Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal com o auxílio de órgãos/instituições públicas ou privada. terceirizada – executada por instituições privadas, ou seja, pelas denominadas empresas de auditoria externa. Gabarito: D Questão 8 – Esaf 2012 CGU - Acerca das técnicas de controle, tal como apresentadas pelo Manual do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal, é correto afirmar que a) a análise documental consiste no exame de processos, atos formalizados e documentos avulsos. b) a maior parte das técnicas de fiscalização é diferente das técnicas de auditoria. c) as principais técnicas previstas são a fiscalização, a auditoria e o monitoramento. d) a finalidade básica da auditoria é avaliar a execução dos programas de governo. e) a fiscalização é procedida mediante a realização de testes de observância e testes substantivos. Análise Documental Exame de processos, atos formalizados e documentos avulsos. AUDITORIA 49 Letra B, errada. A maioria das técnicas é igual na auditoria e na fiscalização. Letra C, errada. As principais técnicas são duas: auditoria e fiscalização; Letra D, errada. Finalidade da Auditoria Comprovar a legalidade e a legitimidade dos atos Avaliar os resultados Letra E, errada. A auditoria é procedida mediante a realização de testes de observância e testes substantivos. Gabarito: A Questão 9 – Esaf 2010 CVM - Complete o texto abaixo, de modo a tornar a afirmação correta. Nos termos da IN n. 01/2001/SFC/MF, a_________ consiste em uma atividade de assessoramento ao gestor público, com vistas a aprimorar as práticas dos atos e fatos administrativos, sendo desenvolvida de forma tempestiva no contexto do setor público, atuando sobre a gestão, seus programas governamentais e sistemas informatizados a) Auditoria Operacional b) Auditoria de Gestão c) Auditoria Especial d) Auditoria Contábil e) Auditoria de Acompanhamento da Gestão AUDITORIA 50 Classificações da Auditoria Pública Classe Características Avaliação da Gestão Emitir opinião Regularidade das contas Execução de contratos Aplicação de recursos Resultados operacionais Acompanhamento da Gestão Avaliação dos processos de gestão Prevenir efeitos negativos Contábil Verificar se registros contábeis foram feitos de acordo com as normas. Verificar se demonstrações estão adequadas Emitir opinião sobre as demonstrações Operacional Avaliar ações gerenciais e processo operacional Assessorar o gestor público Atuar sobre programas de governo e sistemas de informação Especial Avaliar situações relevantes de natureza incomum Gabarito: A Questão 10 – Esaf 2010 CVM - As Normas Fundamentais do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal têm como finalidade, entre outras, orientar os servidores para o exercício de suas funções. Nesse contexto, é correto afirmar que a opinião emitida por meio de Certificado de Auditoria deve assumir os seguintes tipos: I - Certificado com Negativa de Opinião. II - Certificado de Regularidade. III - Certificado de Regularidade com Ressalvas. IV - Certificado de Regularidade sem Ressalvas. V - Certificado de Irregularidade. VI - Certificado Adverso. a) I, IV ou VI. b) II, III ou V. c) II, IV ou VI. d) II, IV ou V. e) III, IV ou V. Os tipos de Certificado são: AUDITORIA 51 Certificado de Regularidade Será emitido quando se formar a opinião de que na gestão dos recursos públicos foram adequadamente observados os princípios da legalidade, legitimidade e economicidade. Certificado de Regularidade com Ressalvas Será emitido quando se constatar falhas, omissões ou impropriedades de natureza formal no cumprimento das normas e diretrizes governamentais, quanto à legalidade, legitimidade e economicidade e que, pela sua irrelevância ou imaterialidade, não
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