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ARTIGO POTABILIDADE EM ÁGUA NOVA COLOR (POÇO)

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Verificação da Potabilidade em Água do Poço artesiano da empresa Nova Color Indústria de Beneficiamento e Moagem 
Cristina de Souza Vargas1, a, Luara Pires Bernardin1, b, Salesio Sebastião de Oliveira Júnior1, c, Suelen de Jesus Lima1,d
1Engenharia Química, Faculdade Satc - Rua Pascoal Meller, 73. CEP: 88805-380, Criciúma, SC, Brasil.
asvcristina@live.com, bluarabernardini@gmai.com, csalesio.oliveira.junior@gmail.com, dsuelendejesuslima@hotmail.com.br
Resumo: Atualmente desenvolveu-se a necessidade de economizar e preservar água em diversas cidades e no mundo. Estratégias para reaproveitar e captar água em diferentes fontes são estudadas. Frequentemente as empresas estão preocupadas em preservar o meio ambiente e manter o bem-estar da região. A água potável utilizada para consumo humano e industrial representa menos de 1% do total. O presente estudo consistiu-se em análises de bancada realizada em uma amostra de água do poço artesiano com a finalidade de levantamento da potabilidade da água para o consumo humano, em concordância com os valores da Portaria 2914/11 do Ministério da Saúde, na empresa Nova Color do bairro Poço Oito, na cidade de Içara/SC. Foi coletada uma amostra de água diretamente do poço da empresa, o frasco utilizado para a coleta foi lavado quatro vezes com a mesma água que posteriormente seria coletada, o frasco foi cheio e logo em seguida tampado. Para a determinação dos parâmetros físico-químicos, foram utilizados métodos qualitativos como titulometria e quantitativos com o auxílio do pHmetro digital, espectrômetro de massa e espectrômetro de absorção atômica. E através dos testes foi possível concluir que a amostra estudada não se enquadra nos quesitos ditados pela portaria para ser considerada potável.
Palavras-Chave: Poço artesiano; Água potável; Consumo humano.
Introdução 
A água é utilizada para diversas finalidades, e essencial para todos os seres vivos. Todo cidadão possui o direito de um abastecimento adequado, seguro e acessível sendo disponível a todos. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), o acesso à água para consumo seguro pode resultar em reais benefícios para a saúde.
A água potável pode ser definida como água para consumo humano cujos parâmetros físicos, químicos, microbiológicos e radioativos atendam ao padrão de potabilidade e não ofereça riscos à saúde, definido pelos valores máximos permissíveis estabelecidos pela Portaria 2914/11, garantindo com segurança, o fornecimento de água tratada de boa qualidade com concentrações mínimas de constituintes, conhecidos por serem perigosos à saúde [3]. 
Conforme a Portaria 2914/11, é recomendado um monitoramento semestral das águas subterrâneas, devendo ser avaliados, nesse monitoramento, os parâmetros referentes à cor, turbidez, pH, condutividade elétrica, sólidos totais dissolvidos, alcalinidade, dureza e alguns íons (carbonatos, bicarbonatos, cloretos, sulfatos, nitritos, nitratos, cálcio, magnésio, sódio, potássio e ferro). 
A água aceitável pela população deve ter os aspectos livres de gosto e odores que sejam censuráveis pela maioria dos consumidores, já que na avaliação da qualidade da água potável, os consumidores confiam principalmente nos seus sentidos. Os constituintes microbiológicos, químicos e físicos da água nem sempre afetam a aparência, odor ou gosto da água. Dessa forma, a população pode estar consumindo água poluída, porém com aspecto de limpa [4]. 
2. Revisão Bibliográfica 
É apresentada uma revisão bibliográfica a respeito de potabilidade em água, como os parâmetros analisados na amostra, bem como suas ocorrências e consequências na água.
2.1 Potabilidade em água 
A água destinada ao consumo humano deve seguir os padrões de qualidade estabelecido na Portaria 2914/11 do Ministério da Saúde. Para verificar a potabilidade da água é necessário analisa-la para se quantificar substâncias presente nela que podem prejudicar a saúde humana em excesso, para assim um consumo seguro ao consumidor.
Segundo a portaria, a verificação da potabilidade é dividida em duas classes de análises, físico-químicas e análises bacteriológica. Considera-se a análise mais frequente a físico-químicas, a análise bacteriológica tem como principal objetivo identificar possíveis infestações por microrganismos através da análise de indicadores como o E.Coli e os Coliformes Totais e Fecais.
2.2 pH
A quantificação do potencial hidrogênio iônico em água permite o monitoramento do poder de corrosão, quantidade de reagente necessário para coagulação, do crescimento de microrganismos, processo de desinfecção, tendo a finalidade de reduzir o nível de microrganismos e também a verificação do pH equivalente da água em relação a legislação vigente [5]. 
O método potenciométrico é comumente utilizado para determinação de pH, essa grandeza pode variar de 0 a 14 e indica a intensidade de acidez (pH<7,0), neutralidade (pH=7,0) ou alcalinidade (pH >7,0) de uma solução ou substância [5,6].
O intervalo de pH para águas de abastecimento é estabelecido pela Portaria MS n.º 2914/2011 entre 6,0 e 9,5. Este parâmetro objetiva minimizar os problemas de incrustação e corrosão das redes de distribuição.
2.3 Determinação da Dureza 
A dureza é provocada pela presença de sais de cálcio (Ca+2) e magnésio (Mg+2) em menor escala, ferro (Fe+2), manganês (Mn+2), estrôncio (Sr+2) e alumínio (Al+3) [7]. Não apresenta importância sanitária, mas o uso de uma água com excesso destes íons leva a nível industrial problemas de incrustações, corrosão e a perda de eficiência na transmissão de calor em caleiras e em sistema de refrigeração. Na indústria de alimentos a formação de filmes e depósitos minerais na superfície de equipamentos, prejudica o processo de higienização. 
De acordo a tabela 01 os teores de sais de cálcio e magnésio, expressos em mg/L de CaCO3, a água pode ser classificada como: 
Tabela 01 – Classificação de CaCO3.
	Classificação da água
	Valor mg/L
	Água Mole ou Branda
	Até 50 mg/L
	Água Moderadamente Dura
	50mg/L – 150mg/L
	Água Dura
	150mg/L – 300mg/L
	Água Muito Dura
	Acima de 300mg/L
Fonte: [8].
A dureza pode ser classificada em temporária e permanente. A dureza temporária é também conhecida por dureza de bicarbonatos, sendo os bicarbonatos de cálcio e magnésio, pela ação do calor ou pela ação de substancias alcalinas se transformam em carbonatos insolúveis. Já a dureza permanente deve-se a presença de sulfatos ou cloretos de cálcio ou magnésio, que reagem com as substancias alcalinas, formando também os carbonatos [9].
Para águas de abastecimento, o padrão de potabilidade estabelece o limite de 500 mg/L CaCO3 [1].
2.4 Determinação de Cloretos 
Conforme Macêdo [5], a quantificação do teor de cloretos em águas tem por finalidade obter informações sobre o grau de mineralização ou indícios de poluição, tais como esgoto doméstico e resíduos industriais. 
Os cloretos, geralmente, provêm da dissolução de minerais ou da intrusão de águas do mar, e ainda podem advir dos esgotos domésticos ou industriais. Em altas concentrações, conferem sabor salgado à água ou propriedades laxativas [10].
Para águas de abastecimento, o padrão de potabilidade estabelece o limite de 250 mg/L, indicando eventual contato com esgoto doméstico [1].
2.5 Cor Aparente 
Naturalmente corpos d’água geram cores naturalmente escuras, encontradas em regiões ricas em vegetação, com maior produção de ácidos húmicos.
A cor aparente da água é produzida pela reflexão da luz em partículas minúsculas de dimensões inferior a 1 µm denominadas coloides finamente dispersas, de origem orgânica ou mineral [10]. 
A determinação da intensidade da cor da água é feita comparando-se a amostra com um padrão de cobalto-platina, sendo o resultado fornecido em unidades de cor, também chamadas uH (unidade Hazen). Para atender o padrão de potabilidade, a água deve apresentar intensidade de cor aparente inferior a 5,0 unidades [1].
2.6 Turbidez 
Segundo Macêdo [5], a turbidez é definida como a medida do grau de interferênciaà passagem da luz através do líquido. A alteração à penetração da luz na água decorre na suspensão, sendo expressa por meio de unidades de turbidez (também denominadas unidades de Jackson ou Nefelométricas). Ao contrário da cor, que é causada por substâncias dissolvidas, a turbidez é provocada por partículas em suspensão, sendo, portanto, reduzida por sedimentação. 
Além da ocorrência de origem natural, a turbidez da água pode, também, ser causada por lançamentos de esgotos domésticos ou industriais. A turbidez também é um parâmetro que indica a qualidade estética das águas para abastecimento público, a mesma é medida por um equipamento chamado turbidímetro e expressa em NTU (unidade nefelométrica) [11]. 
Para atender o padrão de potabilidade, a água deve apresentar turbidez inferior a 1,0 NTU de material em suspensão [1].
2.6 Determinação de Nitrato
A existência de nitratos NO3 em água indica a poluição, proveniente de fertilizantes com nitrogênio ou inorgânicos, também de esterco animal, plantações e esgoto doméstico descartados de forma irregular. .
Em água potável o excesso do íon nitrato (NO3-), é preocupante podendo afetar em recém-nascidos a síndrome do bebê azul, já em adultos conforme pesquisas pode ser responsável por causar câncer de estômago, e aumentar a probabilidade de câncer de mama em mulheres [12].
Para atender o padrão de potabilidade, a água deve apresentar nitratos inferior a 10,0 mg/L, prejudicial também em crianças no sistema respiratório [1].
2.7 Determinação de Nitrito
O nitrito é um estado de oxidação intermediário de nitrogênio, ocorre pela oxidação do amônio e pela redução do nitrato. Ambos processos de oxidação e redução ocorrem em estações de tratamento de esgoto, sistemas de distribuição de água e em águas naturais [5].
O nitrito (NO2-) é de suma importância na constatação da qualidade da água para consumo humano, podendo pode ser encontrado na água como produto da decomposição biológica, devido à ação de bactérias ou outros micro-organismos sobre a amônia, ou ser provenientes de ativos inibidores de corrosão em instalações industriais [13]. 
De acordo com a Portaria 2914/11 do Ministério da Saúde o limite máximo de nitrito na potabilidade da água é de 1 mg/L [1].
2.8 Determinação de Sulfato 
O sulfato SO42- é um dos íons mais abundantes na natureza, sendo assim podem estar naturalmente presente na água [14].
A alta concentração de sulfatos na água pode causar gosto amargo e provocar diarreia e desidratação nos seres humanas e animais. Na rede coletora de água é frequente a presença de altos níveis de sulfato causando corrosão em encanamentos da rede [15].
Nas águas de abastecimento público, a concentração de potabilidade indicado pela Portaria 2914/11 do Ministério da Saúde é de 250 mg.L-1, visto que teores de sulfato de magnésio além de 150 mg.L-1 podem provocar um efeito laxativo.
2.9 Sulfeto 
O desagradável odor ofensivo e característico de sulfeto é resultante da decomposição de matéria orgânica, da redução de sulfatos por atividade bacteriana sob condições anaeróbicas e de vários processos químicos. Podendo ser perceptível a partir de 0,3 mg.L-1 de sulfeto de hidrogênio (H2S) [16].
Em águas subterrâneas estão naturalmente presentes como consequência do arraste de depósitos minerais contendo enxofre, já em águas superficiais usualmente não contêm altos teores de sulfeto. 
Desta forma, há um padrão de potabilidade da água de 0,1 mg.L-1 conforme a portaria 2914/11.
2.10 Fluoreto
O fluoreto geralmente é adicionado às águas de abastecimento público para proteção à cárie dentária, é incomum encontrar uma água que já possui naturalmente fluoreto, se a mesma estiver em excesso é necessário tratar ao invés de adicionar [17].
No entanto, a fluoretação das águas deve ser executada sob severo controle, utilizando-se bons equipamentos de dosagem e implantando-se métodos eficazes de controle de residual de fluoreto na rede de abastecimento de água, pois, concentrações de fluoreto acima de 1,5 mg.L-1 aumentam a incidência da fluorose dentária e em crianças menores de oito anos, o risco à dentição já se faz a partir de concentrações maiores de 0,9 mg.L-1. Em decorrência desse fato, a Portaria 2914/11 estabelece um valor máximo permitido de fluoreto de 1,5 mg.L-1 na água potável [1,17].
2.11 Detergentes 
Os detergentes são sintéticos, não encontrados em águas naturais, ocorrendo em esgotos domésticos e efluentes industriais. São agentes tensoativos, surfactantes ou espumantes que tem a propriedade de diminuir a tensão superficial dos líquidos, sendo utilizados para emulsionar substâncias hidrófobas, ou seja, substâncias apolares, como óleo, gorduras e petróleo [10,18]. 
A presença de fosfato na água inibe a biodegradação de substâncias orgânicas. O excesso de fosfato pode fazer com que o curso de água fique coberto de algas e outras plantas. A eutrofização retira o oxigênio da água, causando a morte de outros organismos. [11]
E ainda o consumo de água contaminada com esse produto químico, para os seres humanos oferece riscos, como irritação na pele, dor de garganta, náusea, cólicas estomacais e danos ao fígado. Surfactantes causam a formação de espuma, gosto e odor nas águas, em consequência disso, o valor máximo permissível é de 0,5 mg.L-1 [1,18].
2.12 Metais
Os metais potencialmente nocivos são contaminantes químicos não biodegradáveis, e tendem a acumular-se nos organismos vivos provocando distúrbios e doenças variadas, e têm sido sistematicamente lançados no ambiente afetando a qualidade de solos e águas. Isso se dá pela ação de fertilizantes, pesticidas, combustão a carvão e óleo, emissões veiculares, queima de biomassa na zona rural, incineração de resíduos urbanos e industriais, mineração, fundição e refinamento [19].
Nas águas, os metais então tidos como tóxicos são expostos a diversas transformações químicas e bioquímicas. O ciclo biológico inclui a bioconcentração em plantas e animais e a incorporação na cadeia alimentar, principalmente, por meio da água e do solo. Muitas plantas e animais desenvolvem tolerância para um particular metal em excesso, que acaba sendo utilizado para seu desenvolvimento normal, podendo causar um problema ambiental ao transferir o metal acumulado a organismos mais suscetíveis ao seu efeito, por meio da cadeia alimentar [20].
Procedimentos Experimentais 
Neste item estão descritas todas as análises que foram realizadas na amostra de água que foi analisada, proveniente do poço artesiano da empresa NovaColor, pertencente ao município de Nova Veneza - SC.
 
3.1 Análise de pH 
Após calibração do pHmetro de bancada foi realizada a medição do pH da amostra. Mergulhou-se o eletrodo do pHmetro na amostra com aproximadamente 100mL de amostra de água por um período de 5 minutos para observação da escala apropriada, indicadora do pH da água. O pHmetro utilizado é da marca Quimis, modelo Q400RS. 
Determinação de cloretos
Primeiramente foram preparadas as soluções de hidróxido de sódio 0,1N, ácido sulfúrico 1N, solução indicadora de cromato de potássio a 5% e também uma solução padrão de nitrato de prata 0,0141 N.
Logo foi separada uma alíquota de 100 mL e transferida para o béquer. Adicionou-se 1 mL, em cada béquer, de uma solução indicadora de Cromato de Potássio preparada anteriormente. Com a amostra em agitação fez-se a titulação utilizando solução-padrão de Nitrato de Prata 0,0141N, preparada anteriormente, até o aparecimento da cor marrom-tijolo. A análise foi realizada em duplicata. Realizou-se, também, uma prova do branco com solução de 100 mL de água deionizada, com isso foi possível determinar os cloretos na amostra com a Eq. (1).
 Cloretos (mg.L-1) = V x N x 35450 (1)
 VA
Onde: 
V = Volume da solução-padrão de Nitrato de Prata 0,0141N (mL);
N = Normalidade da solução-padrão de Nitrato de Prata 0,0141N;
VA = Volume de amostra utilizado (mL).
3.3 Determinação de durezaApós as soluções preparadas, a amostro foi homogeneizada e transferida uma alíquota de 50 mL para um béquer. Em seguida foi adicionada 1,5 mL da solução tampão de Cloreto de Amônio-Hidróxido de Amônia, preparada anteriormente, e 0,1g de Negro de Eriocromo T. Com a amostra em agitação fez-se a titulação utilizando a solução de EDTA-Na 0,01N preparada anteriormente. A análise foi realizada em duplicata e foi efetuada uma prova em branco utilizando 50 mL de água deionizada.
Inicialmente foram preparadas as soluções de cloreto de amônio, indicador vermelho de metila, hidróxido de amônio 3N, indicador negro de eriocromo T, e a solução de EDTA-Na 0,01N, com isso foi possível determinar os cloretos na amostra com o auxílio da Eq. (2).
	Dureza, mg.L-1 CaCO3 = (V2 – V1) x N x 100000 	(2)
 VA
Onde:
V1 = Volume de EDTA-Na 0,01N gasto na titulação do branco (mL);
V2 = Volume de EDTA-Na 0,01N gasto na titulação da amostra, (mL);
N = Normalidade da solução-padrão de EDTA-Na 0,01N;
VA = volume de amostra utilizado (mL).
Determinação de sulfato
Inicialmente foi feita a curva padrão para os sulfatos no espectrofotômetro Pharo 100. Logo após, transferiu-se 100 mL da amostra de água para um béquer, adicionou-se 5 mL do reagente condicionante e 0,3 g de cloreto de bário, e assim, com o auxílio do agitador magnético, homogeneizou-se por um minuto. Em seguida a solução foi transferida para uma cubeta de 10 mm e colocada no equipamento, na posição de leitura, dando assim o resultado em mg.L-1.
Determinação de sulfeto
Primeiramente realizou-se uma prova em branco com 5 mL de água deionizada transferiu-se para um tubo fotocolorímetro que acompanhava o kit para sulfatos, com a adição dos reagentes na seguinte ordem e realizando agitação entre eles: 1 gota de Acezin, 5 gotas do Reagente 1 e 2 gotas do Reagente 2, sempre em agitação. Após aguardou-se 10 min foi realizada a leitura do branco e de 5 mL da amostra contida no tubo do fotocolorímetro no espectrofotômetro Pharo 100, ajustando a configuração do equipamento para determinação de sulfetos. O mesmo foi feito com a amostra a ser analisada, obtendo o seu valor em mg.L-1.
Determinação de cloro livre (DPD)
Foi realizado uma prova em branco de 5 mL de água destilada com a adição dos seguintes reagentes mediante a agitação entre eles: 10 gotas do Reagente 1 e 1 medida do Reagente 2. Após a leitura do branco foi realizado a leitura de 5 mL da amostra que estava contida no tubo do fotocolorímetro. 
Determinação de nitrito
Efetuou-se uma prova em branco de 5 mL de água destilada com a adição dos seguintes reagentes mediante a agitação entre eles: 2 gotas do Reagente 1 e 2 gotas do Reagente 2. Após 10 min foi realizada a leitura do branco e de 5 mL da amostra que estava contida no tubo do fotocolorímetro, transferiu-se para uma cubeta de 10 mm e assim feito a leitura, e o resultado é lido com a concentração mg.L-1 de N-NO2.
3.8 Determinação de nitrato
Em uma cubeta vazia foram adicionados 4 mL do reagente NO3-1, 0,5 mL da amostra, 0,5 mL do reagente NO3-2 e agitado por 30 segundos. Após 10 min a solução foi transferida para a cubeta de 50 mm e acondicionada no equipamento. 
Determinação de detergentes
Numa cubeta redonda foram inseridos 5 mL da amostra, 3 gotas do reagente T-1K, 2 gotas do reagente T-2K e agitado por 30 segundos. Após 10 min a solução foi transferida para a cubeta e acondicionada no equipamento.
3.10 Determinação de fluoreto
Em um tubo de ensaio seco foram adicionados 2 mL do reagente F-1 e 5 mL da amostra e agitado. Posteriormente foi adicionado uma micro colher cheia do regente F-2, agitado vigorosamente e deixado em repouso por 5 min. A solução foi transferida para uma cubeta e inserida no equipamento. 
 Determinação de cor aparente
A amostra de água foi transferida para uma cubeta de 50 mm e no equipamento foi selecionado o método de análise 32 para a execução da leitura no equipamento, indicando o resultado em Unidade Hazen (uH).
 Determinação de turbidez
A amostra de água foi transferida para uma cubeta e no equipamento foi selecionado o método de análise 77 para a execução da leitura.
Determinação de metais pesados
A partir de padrões preestabelecidos foram realizadas análises de zinco, cobre e manganês no equipamento AA-6800 que utiliza a técnica de Espectroscopia de Absorção Atómica de Chama. 
Resultados e Discussões
Os resultados obtidos das análises físico-químicas da amostra esta descrita a seguir e representados na Tab.2.
Tabela 2 – Resultados das análises.
	Análises - Spectroquant Pharo 100 
	 
	Resultado obtido
	Absorbância
	Valor Admissível pela portaria 2914/11
	pH
	7,34
	NA
	6,0 - 9,0
	Cloretos
	196689,0075 mg/L
	NA
	250 mg/L
	Dureza
	526000 mg/L
	NA
	500 mg/L
	Sulfato
	852,8 mg/L
	1,881
	250 mg/L
	Sulfeto
	0,1 - 0,05 mg/L
	0,039
	0,1 mg/L
	Cloro Livre (DPD)
	0,24 mg/L
	0,072
	5,0 mg/L
	Nitrito
	0,024 mg/L
	0,139
	1,0 mg/L
	Nitrato
	1,5 mg/L
	0,089
	10,0 mg/L
	Detergentes
	0,13 mg/L
	0,089
	0,5 mg/L
	Fluoreto
	0,53 mg/L
	0,83
	1,5 mg/L
	Cor Aparente
	7,2 Hz
	0,101
	15 uH
	Turbidez
	2 FAU
	0,026
	5 uT
De acordo com a portaria 2914/11, Art. 39 parágrafo 1º, recomenda-se que, para que seja caracterizado uma água potável, o pH deve estar entre 6,0 e 9,0. Sendo assim, a amostra encontra-se dentro dos parâmetros aceitos pela portaria.
Na determinação de cloretos, através da formula apresentada a seguir, foi possível determinar o valor de cloretos de 196689,0075 mg/L. Que de acordo com a tabela de padrão organoléptico da portaria 2914/11, encontra-se fora do ideal, sendo que o máximo permitido de cloretos é de 250 mg/L.
Onde:
V = Volume da solução-padrão de Nitrato de Prata 0,0141N gasto para titular a amostra (média dos volumes gastos na titulação, na primeira titulação foi gasto 39,4 e na segunda 39,3 de nitrato);
N = Normalidade da solução-padrão de Nitrato de Prata 0,0141N;
VA = Volume de amostra utilizado, em mL.
Na determinação de dureza, a amostra apresentou através de cálculos, o valor de 526000 mg/L de CaCO3. O resultado está mais uma vez em discrepância com o padrão admitido pela portaria 2914/11, que admite uma dureza total de até 500 mg/L.
Onde:
V1 = Volume de EDTA-Na 0,01N gasto na titulação do branco, em mL;
V2 = Volume de EDTA-Na 0,01N gasto na titulação da amostra, em mL (media dos volumes gastos na titulação, na primeira titulação foi gasto 26,9 mL e na segunda 26,3 mL de solução);
VA = Volume de amostra utilizado, em mL.
As demais determinações foram feitas através do equipamento Spectroquant Pharo 100 e no espectrofotômetro de absorção atômica por chama AA-6800. A seguir tabela com os resultados.
Na determinação de sulfatos, a amostra da água continha mais que 300 mg/L na sua composição e o aparelho não conseguiu fazer a leitura, portanto fez-se necessário uma diluição da amostra. Usando então 25 mL da amostra, 5 mL de reagente condicionante e 0,3 g de cloreto de bário. Gerando o valor de 213,20 mg/L com uma absorbância de 1,881. E como a amostra havia sido diluída a ¼ da amostra, o resultado final da análise ficou no valor de 852,8 mg/L. Valor esse, fora dos padrões permitidos pela portaria 2914/11, que admite o valor de 250 mg/L para a água ser considerada potável.
Na determinação de Cloro Livre (DPD), o equipamento de o resultado de 0,24 mg/L de Cl2, com uma absorbância de 0,072. Valor admitido pela portaria 2914/11 cujo limite permitido é de 5 mg/L, porém encontra-se abaixo do valor mínimo permitido que é de 0,5 mg/L de acordo com o Art. 15º, IV da portaria citada.
Tabela 03 – Resultados das análises.
	Análise de metais pesados por absorção atômica por chama
	Metal
	Resultado obtido (mg/L)
	Absorbância
	Valor Admissível pela portaria 2914/11 (mg/L)
	Ferro (Fe)
	0,1312
	0,0174
	0,3
	Manganês (Mn)
	0,3681
	0,0783
	0,1
	Zinco (Zn)
	0,09
	0,0555
	5
	Cobre (Cu)
	-0,0859
	-0,0009
	2
ConclusõesSabe-se que a água potável utilizada para consumo humano e industrial representa menos de 1% do total. A água aceitável pela população deve ter os aspectos livres de gosto e odores que sejam censuráveis pela maioria dos consumidores. Com os estudos concluídos, observa-se que a amostra não se encontra de acordo com as normas estabelecidas pelas portarias de potabilidade de água, portanto a amostra não é potável, logo, não é ideal para consumo humano. 
Referências Bibliográficas	 
[1] MINISTÉRIO DA SAÚDE. Portaria nº 2.914, de 12 de dezembro de 2011. Disponível em:<http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2011/prt2914_12_12_2011.html>. Acesso em: 01 set. 2016.
[2] Organização mundial da saúde 
[3] D’AGUILA, P. S., 1996. Pseudomonas aeruginosa como Indicador em Análises Bacteriológicas de Águas de Abastecimento Público. Dissertação de Mestrado, Rio de Janeiro: Escola Nacional de Saúde Pública, Fundação Oswaldo Cruz.
[4] ALVES, R. Técnicas de avaliação de gosto e odor em águas de abastecimento: método analítico, análise sensorial e percepção dos consumidores. Dissertação de Mestrado - ESCOLA POLITÉCNICA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO, 227p. 2005.
[5] MACÊDO, J.A.B. Métodos Laboratoriais de Análises Físico-Químicas e Microbiológicas. Belo Horizonte: 2ºed, 2003.
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