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ESTRUTURAS DO ESMALTE
Texto: Profª Ms. Rosângela Lenzi de Mattos
O esmalte é um tecido mineralizado (97%), cristalino, friável (devido sua alta mineralização), altamente solúvel, avascular, não inervado e acelular.
O esmalte é a estrutura mais rica em cálcio do organismo, sendo o tecido mais duro do corpo. Forma uma capa protetora de espessura variável sobre a coroa do dente. Esta espessura varia com o dente e com a região do dente. A espessura é maior nas bordas incisais das cúspides (2,5 mm). 
PRISMAS DO ESMALTE
São as unidades estruturais do esmalte (lembram “buracos de fechadura”) onde os cristais de hidroxiapatita estão densamente empacotados. São observados desde o LAD até a superfície externa do dente. São necessários 4 ameloblastos para formar um prisma, ou seja, cada ameloblasto contribui com a formação de uma parte do prisma. O trajeto dos prismas é sinuoso, pois conforme o esmalte é depositado (centrifugamente), os ameloblastos se afastam e mudam de direção. Esse trajeto sinuoso é importante para minimizar os risco de fratura, devido as forças mastigatórias.
Estrias = Linhas Incrementais de Retizius
Correspondem às linhas de crescimento do esmalte. Durante a fase secretora da amelogênese, os ameloblastos secretam a matriz, mudam de direção e entram em repouso. Depois de períodos de repouso, os ameloblastos recomeçam a produção de esmalte com consequente mudança de direção. As estrias de Retzius são observadas ao microscópio como linhas acastanhadas que correm obliquamente à matriz do esmalte, devido aos períodos de repouso dos ameloblastos.
As estrias de Retzius vão desde o LAD até a superfície externa do dente, onde terminam formando sulcos – as Periquimácias.
A linha neonatal, que se forma por volta do nascimento, é uma linha de Retzius mais acentuada, evidenciando um período de maior repouso dos ameloblastos (alterações metabólicas após o nascimento).
BANDAS = FAIXAS DE HUNTER-SCHREGER
Estas bandas ou faixas do esmalte correspondem a um fenômeno óptico que se deve à mudança na direção dos prismas. Estas faixas são produzidas pela reflexão especial da luz ao nível do entrecruzamento dos prismas nesses locais, observadas como bandas claras e escuras.
ESMALTE NODOSO
Observado em dentes obtidos por desgaste, nas regiões dos vértices das cúspides, onde alguns prismas entrecruzam-se irregularmente uns com os outros, desde o LAD até a superfície externa do vértice da cúspide. O entrecruzamento dos prisma proporcionam uma maior resistência ao esmalte nessa região.
FUSOS / TUFOS (= PENACHOS) / LAMELAS DO ESMALTE
Tais estruturas surgem durante a amelogênese e são melhores observadas em dentes obtidos por desgaste.
No início da dentinogênese, alguns prolongamentos de odontoblastos penetram entre dois pré-ameloblastos em diferenciação, invadindo, portanto a região do futuro esmalte. Desse modo, forma-se esmalte em torno da extremidade mais distal do odontoblasto. Assim, os Fusos do Esmalte correspondem a uma continuação de alguns dos túbulos dentinários no esmalte, ou seja, que atravessaram o LAD. Possuem o aspecto de bastões pretos e são mais frequentes nos vértices das cúspides.
Os Tufos do Esmalte ou Penachos (lembram “tufos de grama”), são estruturas escuras e ramificadas que se estendem do LAD alcançando no máximo um terço da espessura do esmalte. São regiões de prismas hipocalcificadas do esmalte. Recentemente foi identificada a proteína tufelina como componente orgânico desses locais. 
As Lamelas do Esmalte (lembram “fissuras”, porém não são “rachaduras”) correspondem a longas fileiras de prismas hipocalcificados desde o LAD até a superfície externa do dente. As lamelas surgem no final da fase de maturação da amelogênese.

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