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Questão ambiental => Produto da industrialização, da ordem do capital, novas formas de produção: produção em massa x consumo em massa. Como se dá o processo de administração da questão ambiental? A destruição da biodiversidade, o esgotamento de algumas matérias primas em decorrência da ação antrópica impulsionada pelo capital fez- se necessário o surgimento da sustentabilidade. Sustentabilidade na concepção de Sachs (2004) é contemplada por cinco dimensões: social, ambiental, territorial, econômica e política. Profª Ma. Adenilda Couto DEGRADAÇÃO => MISÉRIA, POLUIÇÃO, ESGOTAMENTO DOS RECURSOS NATURAIS Quando o meio ambiente é afetado gera grandes problemas para a humanidade, contribuindo para o aumento da miséria. Portanto, não pode desarticular o meio ambiente do processo sócio-histórico. Fonte:http://mobilizacaodsitapua.blogspot.com.br/2013/11/degradacao-ambiental-historico.html Fonte:http://www.taringa.net/comunidades/colombiaringa/4656831/ Imagenes-variadas-2-aprende-distraete.html A preocupação com os aspectos biofísicos do ambiente – de forte inspiração na ecologia – secundariza a dimensão social, tratada esta como complementar, suporte para a edificação de uma sociedade “ambientalmente sustentável”. Nestes termos, naturaliza a pobreza ou a reduz a uma condição secundária, oferecendo-lhe como saída os tratamentos tópicos, desde que tenham como fim último a proteção da “natureza” agravando-lhe, quando esta finalidade assim o requerer. Isto revela a negação do vínculo entre ambas.(SILVA, 2010, p. 144). Fonte: http://betilili.blogspot.com.br/2010/05/quais-sao-as-principais-causas-e.html Fonte: http://problemassociais14.blogspot.com.br/ A questão ambiental é indivorciável da questão social (que é oriunda da relação capital x trabalho) O Estado passa a atuar como guardião das condições externas da produção capitalista, direcionando-se para garantir os superlucros dos monopólios A Silva (2010) chama a atenção que assim como ocorre a produção e reprodução da questão social, ocorre também com a questão ambiental. O capital atenua as suas manifestações, através de medidas compensatórias. O uso dos recursos naturais vai de encontro as propagandas: a redução do desperdício na produção e a formação do “consumidor consciente”, Responsabiliza a população pela atual situação do planeta e que a partir de mudanças atitudinais e um comportamento mais respeitoso face à natureza contribuiria para superação da destruição da natureza. A “questão ambiental” é, assim, tratada na perspectiva do indivíduo, ignorando-se, por esta via, o papel da organização da social burguesa, impulsionada pela acumulação privada. “A questão ambiental é entendida como uma problemática afeta ao ambiente material, físico, não social, manifestando um processo de naturalização da pobreza e de respostas tópicas às suas mais gravosas manifestações.” (SILVA, 2010, p. 145). A temática ambiental X Serviço Social: Vem crescendo o número de pesquisas; Ações desenvolvidas no âmbito do próprio Estado, por ONGS, nos programas de responsabilidade socioambiental das empresas; Programas e projetos são pautados na atuação em ações pedagógicas de caráter educativo e orientador. Profª Ma. Adenilda Couto Os debates sobre meio ambiente para o Serviço Social surgem numa perspectiva transversal às outras áreas já tradicionalmente pesquisadas, quais sejam: questão agrária e urbana, saneamento, populações tradicionais, formação profissional, mundo do trabalho, juventude, etc. O Serviço Social pode ter ações dentro e fora das empresa através de projetos socioambiental. Este movimento vincula-se à tendência mundial de incorporação do empresariado às práticas socioambientais, como parte de suas estratégias de aumento da lucratividade e de construção de hegemonia: a “responsabilidade social“ é aventada como resposta à questão social e à degradação ambiental na esteira da crescente omissão do Estado na proteção social e na garantia do usufruto coletivo dos recursos ambientais. (SILVA, 2010, p. 147). Trata-se da formação de uma cultura ambientalista que chama a atenção quanto a preservação da natureza, ainda que, hegemonicamente, não questionando as bases da produção destrutiva. A QUESTÃO AMBIENTAL ASSIM COMO A QUESTÃO SOCIAL ESTÃO LIGADAS A PROJETOS SOCIETÁRIOS. Uma se vincula à administração da “questão ambiental” e de adaptação à ordem; A outra que formula a crítica anticapitalista, evidenciando as contradições do sistema aponta uma perspectiva transformadora. Atende tanto a administração de suas manifestações sob o prisma da reprodução do capital, como também inscreve-se na perspectiva da superação do sistema e, neste caso, da construção de uma sociedade emancipada. (SILVA, 2010, p. 149) DESAFIOS AO SERVIÇO SOCIAL Desvelar a natureza teórica e política das propostas de educação ambiental nas quais a profissão é convocada a intervir: analisar os fundamentos de tais formulações, ao tempo em que se investigam os seus desdobramentos ideoculturais, junto aos usuários e à sociedade, impõe-se como tarefa precípua a todos os que se propõem a uma intervenção crítica. QUAL A PROPOSTA DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL: A partir da defesa da natureza divorciada do enfrentamento da questão social? Negando-se a estreita vinculação entre ambas? As dimensões social, econômica, ideológica, cultural e política devem ser apreendidas como partes constitutivas de uma totalidade complexa para que a educação ambiental seja crítica. CONTUDO... Há uma responsabilização do indivíduo e culpabilização da sociedade face à “questão ambiental”. Se os indivíduos não mudarem de atitude não terão como enfrentar a questão ambiental. A DIMENSÃO TÉCNICA OPERATIVA DO SERVIÇO SOCIAL FRENTE A QUESTÃO SOCIAL (SILVA, 2010, p. 154) 1. Marcadas pelos imediatismos e formalismos; 2. Intervenção sob um viés psicologizante e comportamental, restringindo o discurso ambiental aos objetivos institucionais-ação balizada por esta lógica opera uma identificação entre os objetivos institucionais e profissionais e o discurso de preservação da natureza abrange à manutenção da qualidade dos serviços, 3. A ausência (ou insuficiente) problematização das demandas, estreita o leque de possibilidades da profissão; Assim, corre-se o risco de verem-se questões referentes ao lixo, à água, à energia, ao saneamento básico dentre outras, - as quais vêm requisitando cada vez mais o Serviço Social – serem tomadas em si mesmas, como problemáticas circunscritas aos limites territoriais específicos de uma dada área e deslocadas do universo complexo que implica a “questão ambiental”. As estratégias a serem adotadas, como consequência, remontam às mudanças comportamentais e a incorporação, acrítica, das requisições institucionais pelos usuários. “Neste âmbito, a competência profissional fica restrita ao atendimento das demandas institucionais e a intervenção profissional se identifica à adoção de procedimentos formais, legais e burocráticos.”(GUERRA, 2007 p.12). COMO DEVE SER A PRÁTICA DO ASSISTENTE SOCIAL? Nestes termos, uma proposição de exercício profissional balizada por um projeto profissional assegurado em valores emancipatórios permite aos assistentes sociais realizarem as escolhas ético-políticas sintonizadas com os valores universalistas, com a necessidade de superação da desigualdade social e com a “construção de uma nova ordem societária, sem dominação – exploração de classe, etnia e gênero” (princípio 8º do código de ética profissional).(SILVA, 2010, p. 156). Em consonância com a perspectiva teórico-crítica, realizando uma reflexão teórica acerca da realidade imediata, a fim de identificar as suas determinações causais, historicamente constituídas. Este movimento deve ter como objetivo identificar as possibilidades de uma intervençãoqualificada, a partir da escolha de estratégias condizentes com os valores universalistas, considerando a realidade institucional, seus limites e contradições. (SILVA, 2010, p. 154). Profª Ma. Adenilda Couto DE QUE MANEIRA É POSSIVEL COMPREENDER A QUESTÃO AMBIENTAL? Segundo Silva (2010) faz-se necessário identificar as particularidades geopolíticas, sociais e culturais e suas múltiplas manifestações, em cada situação específica, como partes de uma totalidade: a destrutividade impulsionada pela produção e as reações a esta, empreendidas pela sociedade. As ações devem ser balizadas no projeto ético-político da profissão, como portador de um conjunto de valores universalistas e de uma direção social de ruptura com arquitetura civilizatória do capital, propiciando, assim, “a condição de meio para que os profissionais reflitam sobre seus valores, sobre suas decisões e as implicações das ações e posturas profissionais adotadas” (GUERRA 2007 p.26). IMPORTANTE: Não confinar a “questão ambiental” à sua dimensão ecológica. Silva (2010) propõe que numa sociedade desigual, a educação ambiental, não deve acabar os conflitos, mas permitir que sejam dialogados a fim de clarifica-los na busca de alternativas democráticas e universalistas. Assim, a educação ambiental se inscreve no horizonte da educação em geral, do papel histórico que tem a cumprir na formação de sujeitos que transformam e constroem a história. O projeto ético-político do Serviço Social constitui ferramenta essencial e referência a todos os profissionais que buscam imprimir um diferencial de qualidade no pantanoso terreno do debate ambiental. REFERÊNCIAS SILVA, Maria das Graças. Questão Ambiental e Desenvolvimento Sustentável:um desafio ético-político ao serviço social. São Paulo: Cortez, 2010. Número do slide 1 Número do slide 2 Número do slide 3 A preocupação com os aspectos biofísicos do ambiente – de forte inspiração na ecologia – secundariza a dimensão social, tratada esta como complementar, suporte para a edificação de uma sociedade “ambientalmente sustentável”. Nestes termos, naturaliza a pobreza ou a reduz a uma condição secundária, oferecendo-lhe como saída os tratamentos tópicos, desde que tenham como fim último a proteção da “natureza” agravando-lhe, quando esta finalidade assim o requerer. Isto revela a negação do vínculo entre ambas.(SILVA, 2010, p. 144).� A questão ambiental é indivorciável da questão social (que é oriunda da relação capital x trabalho)��O Estado passa a atuar como guardião das condições externas da produção capitalista, direcionando-se para garantir os superlucros dos monopólios� �A Silva (2010) chama a atenção que assim como ocorre a produção e reprodução da questão social, ocorre também com a questão ambiental. O capital atenua as suas manifestações, através de medidas compensatórias.� O uso dos recursos naturais vai de encontro as propagandas: a redução do desperdício na produção e a formação do “consumidor consciente”,� �Responsabiliza a população pela atual situação do planeta e que a partir de mudanças atitudinais e um comportamento mais respeitoso face à natureza contribuiria para superação da destruição da natureza.� � A “questão ambiental” é, assim, tratada na perspectiva do indivíduo, ignorando-se, por esta via, o papel da organização da social burguesa, impulsionada pela acumulação privada.� “A questão ambiental é entendida como uma problemática afeta ao ambiente material, físico, não social, manifestando um processo de naturalização da pobreza e de respostas tópicas às suas mais gravosas manifestações.” (SILVA, 2010, p. 145). � � Os debates sobre meio ambiente para o Serviço Social surgem numa perspectiva transversal às outras áreas já tradicionalmente pesquisadas, quais sejam: questão agrária e urbana, saneamento, populações tradicionais, formação profissional, mundo do trabalho, juventude, etc.�� �O Serviço Social pode ter ações dentro e fora das empresa através de projetos socioambiental.� � Número do slide 9 Número do slide 10 Número do slide 11 Número do slide 12 Número do slide 13 Número do slide 14 Número do slide 15 Número do slide 16 Número do slide 17 Número do slide 18 REFERÊNCIAS
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