02 Introducao

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Introdução: 
conceitos básicos para análise da economia brasileira
Mônica Yukie Kuwahara
Determinantes do comportamento do produto: consumo, investimentos, governo e setor externo
Política fiscal
Política monetária
Setor externo
Mônica Yukie Kuwahara
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objetivos
identificar as formas de contabilizar a produção e a riqueza de um pais
apresentar as definições dos principais instrumentos de políticas econômicas buscando identificar assim as possibilidades de intervenção e/ou de atuação do estado sobre a economia
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Produto
Y = Consumo + investimento + gasto do Governo + saldo da balança comercial
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Produto Interno Bruto
PIB: valor total dos bens e serviços gerados dentro dos limites geográficos de uma economia. Portanto o PIB mede duas coisas simultaneamente: a renda total gerada na economia e a despesa total com bens e serviços produzidos na economia.
PNB: PIB + RLRE (Receita Líquida Recebida do Exterior)
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 Cálculo do PIB
Considera-se o preço de mercado
Inclui todos os itens produzidos e vendidos (menos alguns itens como drogas ilegais)
Inclui bens e serviços produzidos no presente (carro novo / carro usado)
Considera-se um intervalo de tempo (anual)
Produto = Demanda Final = Renda
Valor Agregado
Consumo + Investimento + 
Exportações - Importações
Salários + Lucros +
 juros + aluguéis
Y
Mercado de bens finais
=
C + I + G + (X – M)
Mercado de fatores de produção
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Produto Interno Bruto: as formas de contabilizar
Ótica da Produção ou do Valor agregado : A tabela a seguir mostra o valor bruto e o valor adicionado em cada etapa da produção.
Etapas
Valor Bruto
Valor Adicionado
Trigo
100
100
Farinha
250
150
Pão
320
70
320
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Considera o valor do bem final
Considera o valor 
adicionado em cada etapa
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As demais óticas
Ótica da Renda: RIB = PIB
RIB = Salário + Juros + Aluguel + Lucro 
Ótica da Despesa ou da Demanda Final : DIB = DA = PIB
DIB = C + I + G + (X – M)
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PIB NOMINAL x PIB REAL
PIB NOMINAL: produção de bens e serviços avaliada a preços correntes.
PIB REAL: produção de bens e serviços avaliada a preços constantes.
Deflator do PIB: mede o nível de preços corrente em relação ao nível de preços do ano-base.
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Variação anual do PIB per capita e da população
Fonte: IBGE
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Política fiscal
Gastos e receitas do governo
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Política fiscal 
política de realização de mudanças no dispêndio do governo para a consecução das metas econômicas estabelecidas.
Depende dos objetivos da política econômica geral
Envolve reflexão sobre ONDE gastar e DE ONDE buscar recursos para isso
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Política fiscal discricionária 
mudança deliberada no nível do dispêndio governamental e/ou impostos a fim de ser alcançado o nível de renda desejado.
OU SEJA,
INTERVENÇÃO do governo na demanda agregada para alcançar o equilíbrio macroeconômico
PODE SER:
Politica fiscal contracionista: restringindo a demanda agregada
Política fiscal expansionista: aumentando a demanda agregada
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Déficit público e Dívida pública
Déficit público = Investimentos governamentais menos poupança do governo em conta corrente
Poupança do governo em conta corrente = carga tributária liquida – consumo do governo
Carga tributária líquida = carga tributária bruta – transferências do governo
Carga tributária bruta = total de impostos arrecadados
Dívida pública: montante que o governo deve aos credores como resultado de déficits orçamentários passados.
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Financiamento do setor público
Necessidade de financiamento do Setor Público não financeiro (NFSP) – medida a partir dos anos 80 sob influência do FMI
Conceito considera setor público: governo central, governos regionais, a previdência social, as empresas estatais e agências descentralizadas. Considera gastos com consumo e rolagem da dívida pública além do investimento
Objetivo é medir a pressão do setor público não financeiro sobre os recursos financeiros (internos e externos)
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NFSP 
Conceito nominal: inclui qualquer demanda de recursos pelo setor público, englobando também as despesas financeiras como juros da dívida pública
Conceito operacional: deduz as correções monetária e cambial pagas sobre a dívida - também conhecida como Deficit operacional do setor público
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Referências
GREMAUD, A. & VASCONCELLOS, M. A. S & TONETO, R. Economia Brasileira. 7 ed. São Paulo: Atlas, 2007
LANZANA, Antonio E. T. Economia brasileira:fundamentos e atualidade. São Paulo: Atlas, 2001
MANKIW, N. G. Introdução à economia: princípios de micro e macroeconomia. Rio de Janeiro: Campus, 1999. 
Wonnacott & Wonnacott. Economia. São Paulo: Makron, 1994, cap. 9
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Política Monetária
Objetivos:
Conhecer o mercado monetário
Identificar formas de intervir sobre ele
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Moeda:
conjunto de ativos de uma economia que as pessoas usam regularmente para comprar bens e serviços de outras pessoas. A moeda inclui apenas os tipos de riqueza aceitos regularmente por vendedores em troca de bens e serviços.
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Funções da moeda:
Meio de troca: o que os compradores dão aos vendedores em troca de bens e serviços.
Unidade de conta: forma de medir e registrar valor econômico. Forma de expressar o valor de bens e serviços.
 Exemplo: 1 calça = R$ 50,00
Reserva de valor: possibilidade de transferir poder aquisitivo do presente para o futuro, ou seja, pode-se guardar a moeda hoje e utilizá-la amanhã.
 
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Liquidez dos ativos
O termo liquidez é utilizado para descrever a facilidade com que um ativo pode ser convertido em meio de troca da economia.
Exemplos: 
Moeda »»» ativo mais líquido da economia
Títulos e ações »»» ativos relativamente líquidos
Casa »»» ativo menos líquido
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Base Monetária e Meios de pagamento
Base Monetária = Conjunto de moeda em circulação no país mais os depósitos à vista junto às autoridades monetárias.
Meios de pagamento = volume de oferta de moeda em circulação na economia, excluídos os montantes mantidos em caixa pelas autoridades monetárias e pelos bancos comerciais, mais a moeda escritural (deposito a vista do público nos bancos)
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Meios de Pagamentos
M1 = papel-moeda + depósitos a vista
M2 = M1 + fundos mútuos e títulos públicos
M3 = M2 + depósitos de poupança
M4 = M3 + títulos emitidos por instituições financeiras: CDB e Letras de Câmbio
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Autoridades Monetárias (1)
Instituições normativas ou executoras que, de alguma forma, controlam e determinam o número de reservas bancárias, os meios de pagamentos e as condições de crédito na economia.
Conselho Monetário Nacional fixa as diretrizes gerais da política monetária e creditícia
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Autoridades Monetárias (2)
Banco Central executa a política monetária, regulando e fiscalizando toas as atividades de intermediação financeira. Emite papel moeda, recebe depósitos compulsórios dos bancos comerciais e os depósitos voluntários dos bancos, realiza operações com títulos públicos, controla o crédito e a taxa de juros, fiscaliza as instituições financeiras e administra as reservas cambiais do Brasil.
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Banco do Brasil
Banco do Brasil: durante muito tempo exercia atividades de banco comercial e autoridade monetárias. De 1945 a 1965, exercia funções típicas de banco central, assim como funções normativas, como a do Conselho Monetário Nacional.
Em 1986 o Banco do Brasil perde seu caráter de autoridade monetária, mas continua agente financeiro do Tesouro Nacional
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Três instrumentos de controle de oferta monetária por parte do BACEN
Depósito Compulsório
Operações de Mercado Aberto
Taxa de Redesconto
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Depósito
Compulsório
Instrumento pelo qual os bancos são obrigados a depositar no Banco Central uma porcentagem de seus depósitos. Com isso restringe-se as aplicações de depósitos em empréstimos e títulos, reduzindo a quantidade de dinheiro em circulação.
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Operações de mercado aberto
Diminuição da oferta de moeda: Banco Central vende títulos do governo.
Aumento da oferta de moeda: Banco Central compra títulos do governo em poder do público.
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Taxa de redesconto 
 
Taxa de juros sobre os empréstimos que o Banco Central faz aos bancos.
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Referência Bibliográfica
COSTA, Fernando N. da. Economia em 10 lições. São Paulo: Makron Books, 2000. p. 97-138.
GREMAUD, A. & VASCONCELLOS, M. A. S & TONETO, R. Economia Brasileira. 7 ed. São Paulo: Atlas, 2007
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SETOR EXTERNO
Objetivo
Identificar as formas pelas quais a presença do governo pode alterar (ou regular) os mercados de moedas
COMÉRCIO EXTERIOR
Pós-Segunda Guerra – 1973: processo crescente de liberalização das economias com redução das barreiras alfandegárias.
COMÉRCIO EXTERIOR MUNDIAL
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COMÉRCIO EXTERIOR
Grau de abertura da economia = média aritmética da somatória das exportações e importações dividida pelo PIB.
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Síntese das contas do balanço de pgtos
Balança comercial: Exportações, Importações
Balança de serviços: Viagens internacionais, Transportes, Seguros, Lucros e dividendos, Juros, Outros (inclui royalties, assistência técnica, reinvestimentos, etc.)
Transferências unilaterais
Transações correntes (1+2+3)
Movimento de capitais: Investimentos diretos, Empréstimos e financiamentos, Amortizações, Capitais de curto prazo, Outros capitais
Erros e omissões
 Superávit ou déficit (4+5+6)
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TAXA DE CÂMBIO 
Taxa a qual se pode trocar a moeda de um país pela moeda de outro país. É, portanto, uma medida de conversão de uma moeda em outra moeda.
A taxa de câmbio afeta o setor externo, a inflação, o crescimento da produção e outros agregados.
Há normas para o câmbio....
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SISTEMA MONETÁRIO INTERNACIONAL 
Um sistema monetário internacional deve definir regras para 3 questões:
REGIME DE TAXAS DE CÂMBIO
REGIME DE RESERVAS
REGIME DE AJUSTE (de equilíbrio)
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REGIME DE RESERVAS
De forma simplificada, implica nas regras para se estabelecer qual o “lastro” (parâmetro) de valor para moedas em transação
Na história tivemos o padrão ouro, o padrão ouro-dólar, padrão libra-ouro, padrão dólar....
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REGIME DE AJUSTES
Regras para equilibrar as economias internas frente aos movimentos da economia internacional
Regimes de ajustes foram propostos pela primeira vez em Bretton Woods, logo após o término da segunda grande guerra
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OS REGIMES PARA A TAXA DE CÂMBIO
Flutuante
Fixo
Minibandas
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Câmbio livre ou flutuante
o câmbio é determinado pela oferta e demanda de “dólares” do mercado. Uma das principais características é a sua volatilidade originando:
 condições favoráveis à especulação
 dificuldades para os importadores
 incertezas para os exportadores
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Num modelo livre, portanto
A taxa de câmbio é o “preço” da moeda estrangeira
Se uma mercadoria tem mais demandantes do que ofertantes, o preço dela tende a subir.
Se uma mercadoria tem mais ofertantes do que demandantes, o preço tende a cair.
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QUEM DEMANDA MOEDA ESTRANGEIRA?
Quem precisa da moeda para fazer pagamentos
Importadores
Turistas
Quem tem dívidas de empréstimos em moeda estrangeira
Especuladores
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QUEM OFERTA MOEDA ESTRANGEIRA?
Quem recebe pagamentos em moeda estrangeira
Exportadores
Turistas
Quem tem crédito de empréstimos em moeda estrangeira
Especuladores
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Câmbio fixo
o valor da moeda estrangeira é determinado pelo governo e não se altera. Alguns países adotam para controle inflacionário. Pode causar:
 perda de competitividade das exportações
 incentivo às importações
No Brasil esse sistema vigorou na maior parte da primeira metade do século XX, oscilando no pós-guerra e também no Plano Cruzado (1986) e Plano Verão (1989)
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Minibandas
o governo estabelece (e informa o mercado) mini-intervalos, em que o BC garante que a moeda permanecerá. 
No Brasil, esse sistema foi implantado entre 1995 e 1999
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POLÍTICA CAMBIAL
Política que atua sobre as variáveis relacionadas ao setor externo.
É afetada pela política monetária e pela política fiscal, assim como também é as afeta.
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POLÍTICA CAMBIAL
Situação inicial: US$ 1 = R$ 3,50
Se US$ 1 = R$ 3,00 (houve valorização do real).
Se US$ 1 = R$ 3,90 (houve desvalorização do real).
A desvalorização cambial estimula as exportações e outras atividades que implicam em recebimentos em moeda estrangeira. Enquanto a valorização cambial estimula a importação e outras atividades que implicam em pagamentos em moeda estrangeira.
Cuidado: alguns autores da bibiliografia falam em US$ variando para uma unidade de moeda nacional. Aí a análise se inverte....
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REFERÊNCIAS
COSTA, Fernando N. da. “Economia em 10 lições”. São Paulo: Makron Books, 2000. p. 97-138.
MANKIW, N. Gregory. “Introdução à Economia: princípios de Micro e Macroeconomia”. Rio de Janeiro: Campus, 1999. cap. 29
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				Tabela 1. Crescimento do PIB e do volume de comércio mundial
				Discriminação	1953-1973	1973-1985	1986-1990	1991-1999
				Comércio mundial (A)	7.8	4.1	5.2	6.2
				PIB mundial (B)	4.8	3.3	3.4	3.1
				A/B	1.63	1.24	1.53	2.00
				Fonte: Lanzana (2001:76) de acordo com o World Bank.
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