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10/10/2014 1 CIÊNCIAS MORFOFUNCIONAIS I - Medicina Professor : Nestor Aguiar Histologia /Tecido Muscular CARACTERIZAÇÃO GERAL a) O tecido muscular é responsável pelos diversos tipos de movimentos do corpo. b) É um tecido especializado para realizar as funções de contratilidade. c) As células são alongadas e se caracterizam pela presença de abundantes miofibrilas. d) As células musculares têm origem do folheto mesodérmico, a partir de células chamadas mioblastos. e) A presença de tecido conjuntivo junto ao muscular é constante. 10/10/2014 2 f) As células musculares são tão diferenciadas e têm características tão particulares que seus componentes receberam nomes especiais: - SARCOLEMA (membrana plasmática). - SARCOPLASMA (citoplasma). - RETÍCULO SARCOPLASMÁTICO (retículo endoplasmático liso). - SARCOSSOMAS (mitocôndrias). CLASSIFICAÇÃO De acordo com a estrutura microscópica, função e distribuição, há três tipos de tecido muscular: 1) ESTRIADO ESQUELÉTICO 2) ESTRIADO CARDÍACO 3) LISO MÚSCULO ESTRIADO ESQUELÉTICO 10/10/2014 3 FIBRAS MUSCULARES ESQUELÉTICAS - Células (fibras) longas, cilíndricas. Diâmetro varia de 10 a 100 µm e comprimento até 30 cm. - Possuem estriações transversais, vistas ao M/O pela alternância de faixas claras e escuras. - Multinucleadas, com núcleos periféricos. - Citoplasma repleto de miofibrilas (1 a 2 µm diâmetro). - Miofibrilas : as miofibrilas (ao M/E) apresentam filamentos finos de Actina e filamentos grossos de Miosina. FIBRA ESTRIADA ESQUELÉTICA MÚSCULO ESQUELÉTICO Corte longitudinal Corte transversal 10/10/2014 4 MÚSCULO ESQUELÉTICO Corte longitudinal. Notar bandas A (coradas em escuro) e bandas I (claras e atravessadas por linhas Z - finas e escuras). ORGANIZAÇÃO DO MÚSCULO ESQUELÉTICO Epimísio. Perimísio. Endomísio. CONSTITUIÇÃO DO MÚSCULO ESQUELÉTICO 10/10/2014 5 Os filamentos finos deslizam sobre os grossos na presença de Ca2+. O SARCÔMERO É A UNIDADE CONTRÁTIL DA FIBRA MUSCULAR SARCÔMERO: unidade contrátil da fibra muscular. - Banda A: formada por filamentos grossos e finos. - Banda I: formada somente por filamentos finos. - LINHA Z: arranjo em zigue-zague de filamentos Z aos quais os filamentos delgados se prendem. Z = Zwischenscheibe - Banda H = Hell: formada somente por filamentos grossos (parte em bastão das moléculas). - Linha M: está no centro do sarcômero e é o local onde os filamentos grossos estão unidos uns aos outros. MIOFIBRILAS - Cada fibra muscular contém muitos feixes cilíndricos de miofibrilas, paralelas ao eixo maior da fibra muscular. - O Microscópio eletrônico revela que as miofibrilas são mantidas unidas umas às outras por diversas proteínas, como por ex: filamentos intermediários de desmina. - O conjunto de miofibrilas (actina-miosina) é, por sua vez, preso ao sarcolema através de diversas proteínas, sendo uma delas a distrofina (ligando os filamentos de actina a proteínas do sarcolema). 10/10/2014 6 UNIDADE MOTORA: é o conjunto de fibras musculares inervadas por um único neurônio motor. Estes neurônios são grandes e se originam a partir do tronco cerebral ou da medula espinhal. JUNÇÃO NEUROMUSCULAR Cada fibra muscular recebe um único terminal axônico proveniente de um neurônio motor somático. Cada neurônio motor pode inervar poucas ou muitas fibras musculares. A região especializada do sarcolema da fibra muscular, localizada na junção neuromotora, é conhecida como placa motora ou junção neuromuscular. 10/10/2014 7 MÚSCULO ESTRIADO CARDÍACO • Miócitos estriados com um ou dois núcleos centrais; • Células alongadas, irregularmente ramificadas, que se unem por estruturas especiais: discos intercalares; • Contração involuntária, vigorosa e rítmica MÚSCULO ESTRIADO CARDÍACO - Fibras alongadas e ramificadas. Diâmetro (15 µm) e de Comprimento (85 a 100 µm). - Fibras com um ou dois núcleos centrais. - As fibras apresentam estrias transversais. - Possuem discos intercalares, união entre as fibras através de três especializações: zônula de adesão, desmossomo e junção comunicante. 10/10/2014 8 MÚSCULO CARDÍACO FIBRA ESTRIADA CARDÍACA MÚSCULO CARDÍACO 10/10/2014 9 MÚSCULO CARDÍACO INERVAÇÃO DO CORAÇÃO - O coração possui um sistema próprio para gerar um estímulo rítmico que é espalhado por todo o miocárdio: Nodo sinoatrial, nodo atrioventricular e Feixe atrioventricular. - Tanto os ramos do simpático quanto do parassimpático (divisões do sistema nervoso autônomo) contribuem para inervação do coração e formam um plexo extenso na base deste. Embora esses nervos não afetem a geração do batimento cardíaco, processo atribuído ao nodo sinoatrial, eles afetam o ritmo do coração em várias situações (exercícios fisiológicos, emoções). - Fisiologicamente o simpático acelera e o parassimpático retarda os batimentos cardíacos. MÚSCULO LISO 10/10/2014 10 •Miócitos(fibras musculares) alongados, mononucleados; • Sem estrias transversais; • Contração involuntária e lenta. Pergunta-se: Onde este tipo de músculo está presente no corpo humano? MÚSCULO LISO -Células (fibras) fusiformes, Diâmetro (5 a 10 µm). Comprimento (80 a 200 µm). -Adaptadas para a contração lenta de certas vísceras (tubo digestório, respiratório, vasos sanguíneos, útero, tuba uterina, bexiga, ureteres). -O núcleo é único e central na célula. -As células não apresentam estrias transversais. -Os feixes de miofilamentos se cruzam em várias direções, formando trama. Há os filamentos intermediários, unidos uns aos outros e à membrana pelos corpos densos. Célula lisa – o sarcolema apresenta depressões denominadas cavéolas (contém íons cálcio). 10/10/2014 11 Músculo liso REGENERAÇÃO DO TECIDO MUSCULAR No adulto, os músculos apresentam diferenças na capacidade regenerativa, após uma lesão com destruição parcial. • Músculo Esquelético – tem uma pequena capacidade de reconstituição, supõe-se que as células satélites (paralelas às células musculares) sejam responsáveis pela regeneração. • Músculo Cardíaco – não se regenera, nas áreas lesadas forma-se uma cicatriz de tecido conjuntivo. • Músculo Liso – é capaz de uma resposta regenerativa mais eficiente, as células musculares que permanecem viáveis entram em mitose e reparam o tecido destruído. Referências Bibliográficas
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