Buscar

Aula alzheimer

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 54 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 54 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 54 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

ALZHEIMER
Definição
A Doença de Alzheimer consiste numa 
degeneração do SNC muito prevalente, sendo 
considerada a causa mais comum de demência 
entre adultos, com grande repercussão na vida 
social desses indivíduos. 
É um grande problema de saúde pública 
atualmente, uma vez que se observa o gradual 
envelhecimento da população.
→ 1906, Alemanha, neuropatologista alemão Alois
Alzheimer expôs à comunidade científica mundial uma 
enfermidade psíquica que cursava com variações no 
estado de ânimo e considerável perda de memória. 
Analisando tecidos cerebrais desses indivíduos, observou 
alterações citoarquiteturais que ele correlacionou com 
as alterações de personalidade apresentadas.
Causas
→ A causa desconhecida, e nenhuma cura está disponível.
→ O fator de risco mais importante é a idade avançada e 
histórico familiar. 
→ Alguns estudos correlacionam a doença com histórico de 
traumatismo craniano (boxeadores) e com processos 
inflamatórios,já que o uso de anti-inflamatórios reduziria o 
risco de desenvolver a doença.
→ Outros consideram um papel potencial dos Herpesvírus na 
gênese da DA como causa inflamatória.
A herança de genes conhecidos que 
predispõe à Doença de Alzheimer engloba 
apenas 5-10% de todos os casos de doença 
com apresentação clínica
A prevalência da Doença de Alzheimer 
aumenta exponencialmente com a idade, 
revelando marcado aumento após os 65 anos 
de idade. 
Entre os 60 e os 85 anos de idade há um 
aumento de sensivelmente 15 vezes na 
prevalência de demência, especialmente 
Doença de Alzheimer
Fisiopatologia
É a proteopatia cerebral mais frequente.
Macroscopicamente, é caracterizada por 
atrofia do hipocampo e do córtex cerebral, 
com envolvimento primário do córtex de 
associação fronto-temporal. Esta atrofia está 
associada à dilatação simétrica dos ventrículos 
laterais, especialmente do corno temporal
Hipocampo – função: memória
Correlação com o sistema límbico → emoções
Microscopicamente, as características são a 
presença de placas extracelulares de β-amiloide, 
os emaranhados neurofibrilares intracelulares, 
que resultam da hiperfosforilação anormal da 
proteína tau, e uma extensa perda neuronal.
Beta amiloides (Aβ) são peptídeos com 36-43 
aminoácidos
Proteínas tau estabilizam os microtúbulos. São 
abundantes nos neurônios do SNC e menos 
comuns noutros locais. 
Quando as proteínas tau possuem defeitos, não 
estabilizando bem os microtúbulos, pode levar 
ao aparecimento de estados de demência, 
como a DA.
Apesar das proteínas β-amilóide e tau
desempenharem um papel importante no 
desenvolvimento da Doença de Alzheimer, 
outros mecanismos neurodegenerativos foram 
propostos, como:
- respostas pró-inflamatórias
- disfunção mitocondrial
- dano oxidativo
- fatores genéticos e ambientais,
- apoptose e perturbações da homeostase
iônica.
A deposição de tau e a neurodegeneração
ocorrem em seis fases:
- I-II há envolvimento, clinicamente 
assintomático, do córtex transentorrinal;
- III-IV são caracterizadas por lesões nas regiões 
entorrinais/transentorrinais e correspondem à 
fase de declínio cognitivo ligeiro; 
- V-VI há destruição neocortical (lóbulos pré-
frontais) severa e desenvolvimento de 
demência 
Manifestações clínicas
A Doença de Alzheimer é um distúrbio progressivo da 
memória recente, da linguagem, da função 
visuoespacial e da função executiva. Está associado, 
durante algum momento da doença, à elevada 
frequência de alterações neurocomportamentais . 
No entanto, a apresentação e progressão clínicas da 
patologia são variáveis. 
A rejeição da doença, a anosognosia
(incapacidade do paciente estar consciente da 
sua doença) e a perda de memória, pelo 
paciente, são manifestações comuns e podem 
conduzir à elaboração de uma história clínica 
não fidedigna.
Um achado clínico comum é o paciente que olha 
constantemente para o cuidador na tentativa 
de obter respostas às perguntas, muitas vezes 
simples, sobre a sua história clínica. 
Os distúrbios da linguagem, especificamente a 
fluência verbal e a nomeação, são geralmente 
manifestações precoces da doença. Em alguns 
casos, a afasia pode manifestar-se 
inicialmente e os distúrbios cognitivos mais 
tardiamente. 
Em alguns doentes, a apraxia (dificuldade na 
execução de gestos aprendidos) apresenta-se 
como a manifestação proeminente em 
detrimento da habilidade para realizar tarefas 
familiares. 
A diminuição das capacidades visuoespaciais é 
um sintoma comum. Os deficit processuais, 
como a desorientação visual, podem ser bem 
evidentes no estágio inicial da doença. 
Os sintomas neuropsiquiátricos estão presentes, 
durante a progressão da doença, em pelo 
menos 85% dos pacientes com Doença de 
Alzheimer. Estes dividem-se em:
- Distúrbios do afeto ou do humor; 
- Psicoses; 
- Mudanças na personalidade; 
- Mudanças comportamentais; 
Nos estágios iniciais, os doentes podem 
apresentar alterações ligeiras do tônus. 
Os reflexos patológicos podem surgir nas etapas 
finais da doença e incluem: preensão, busca e 
sucção. 
Na fase final, o paciente apresenta 
deformidades na flexão dos membros e 
afetação da deglutição. Neste momento 
também é comum a perda de peso, que se 
inicia nos estágios intermédios da doença. 
Sintomas parkinsonianos, após um ano do início 
das alterações cognitivas, podem estar 
presentes. Estes sintomas usualmente são do 
tipo acinético rígido e sem tremor 
Estágios
Estágio Inicial: perda da memória recente, incapacidade 
de aprender e reter informações novas, problemas de 
linguagem, labilidade de humor e, possivelmente, 
alterações de personalidade. 
Os pacientes podem apresentar dificuldade progressiva 
para desempenhar as atividades de vida diária. 
Irritabilidade, hostilidade e agitação podem ocorrer como 
resposta à perda de controle e de memória. 
O estágio inicial, no entanto, pode não comprometer a 
sociabilidade .
Estágio Intermediário: completamente incapaz de 
aprender e lembrar de informações novas. Os 
pacientes se perdem constantemente, frequentemente 
a ponto de conseguirem encontrar o seu próprio 
quarto ou banheiro. 
Embora continuem a deambular, estão em risco 
significativo de quedas ou acidentes secundários à 
confusão. O paciente pode precisar de assistência nas 
AVDs. 
A desorganização comportamental ocorre na forma de 
perambulação, agitação, hostilidade, falta de 
cooperação ou agressividade física. Neste estágio, o 
paciente já perdeu todo o senso de tempo e lugar.
Estágio grave ou terminal: incapaz de andar, totalmente 
incontinente e incapaz de desempenhar qualquer AVD. 
Podem ser incapazes de deglutir e podem necessitar de 
alimentação por sonda nasogastrica. Estão em risco de 
pneumonia, desnutrição e necrose da pele por pressão.
A evolução da doença é gradual, e não rápida ou fulminante; 
existe um declínio constante, embora os sintomas em 
alguns pacientes pareçam se estabilizar durante algum 
tempo. Não ocorrem sinais motores ou outros sinais 
neurológicos focais ate tardiamente na doença . 
A duração típica da doença é de 8 a 10 anos, mas a evolução 
varia de 1 a 25 anos. Por motivos desconhecidos, alguns 
pacientes com Alzheimer evidenciam um declínio gradual e 
lento da função, enquanto outros têm platôs prolongados 
sem deterioração importante. 
O estágio final da doença de Alzheimer é coma e morte.
Diagnóstico
A Doença de Alzheimer pode ser diagnosticada 
por clínicos experientes com uma taxa de 
exatidão de aproximadamente 90%.
Terminologia: 
demência da Doença de Alzheimer provável,
demência da Doença de Alzheimer possível
demência da Doença de Alzheimer provável ou 
possível com evidência do processo 
patofisiológicoda Doença de Alzheimer. 
Na prática, o diagnóstico clínico da Doença de 
Alzheimer é feito quando os pacientes têm 
declínio progressivo da memória por um 
período superior a seis meses com 
consequente deterioração da saúde pessoal e 
das funções sociais ou ocupacionais. 
Tratamento
O tratamento atualmente disponível para a 
Doença de Alzheimer é sintomático. 
Melhorar, transitoriamente, alguns aspetos 
cognitivos e funcionais e reduzir alguns 
sintomas neuropsiquiátricos fazendo com que 
o paciente e os seus membros mais próximos 
sofram menos com a doença 
Os objetivos clínicos do tratamento da Doença 
de Alzheimer são: 
1. Aliviar os sintomas cognitivos; 
2. Aliviar os sintomas comportamentais e 
psicológicos da demência; 
3. Diminuir a progressão da doença; 
Fisioterapia
Designa a habilitar o indivíduo comprometido 
funcionalmente, a novamente desempenhar suas 
AVDs, da melhor maneira e pelo menor tempo 
possível, com mais autonomia. Os principais 
aspectos da assistência são preventivos, 
elaborados para manter o indivíduo mais ativo e 
independente possível. No maior grau que for 
possível, a atividade deve ser encorajada para 
manter a força, ADM e estado de alerta.
Promover somente a ajuda que é 
absolutamente necessária, com os pacientes 
continuando a realizar sozinhos máximo de 
AVDs possível; o paciente precisa ser capaz de 
lembrar o comando, identificar o objeto (ex., 
escova de dente), e realizar a ação motora.
O processo de reabilitação também inclui a 
realização de modificações ambientais 
necessárias para segurança do paciente e de 
modo que esse possa viver em um ambiente o 
mais aberto possível. 
As técnicas de fisioterapia serão as mesmas que 
usamos nas pessoas de terceira idade que não 
apresentam demência, mas a maneira de abordá-
las exige habilidade especial. 
O preparo de explicações claras e simples darão 
melhores resultados. A instrução deverá ser 
repetida da mesma forma; o emprego das 
palavras diferentes poderá confundir o paciente.
Não é aconselhável entrar em conversas 
desnecessárias, pois podem desnorteá-lo 
mais ainda.
São comuns as alterações de sensibilidade, por 
isso evitar a tração, a eletroterapia e os 
equipamentos que exigem colaboração de 
participação subjetiva. O calor somente deve 
ser usado naqueles capazes de reconhecer e 
dizer quanto é demasiado quente.
Nos estágios iniciais e médios da doença, a 
intervenção fisioterápica geralmente pode 
prolongar a habilidade de movimentar-se com 
facilidade.
A intervenção fisioterápica para assistir o 
paciente e treinar os atendentes envolve a 
facilitação dos movimentos e planejamentos 
motor e o desenvolvimento ou refinamento 
de pistas ambientais e cognitivas para ajudar a 
realizar tarefas complexas.
Objetivos da fisioterapia
– Diminuir a progressão e efeitos dos sintomas da 
doença,
– Evitar ou diminuir complicações e deformidades,
– Manter as capacidades funcionais do paciente 
(sistema cardiorrespiratório),
– Manter ou devolver a ADM funcional das 
articulações,
– Evitar contraturas e encurtamento musculares 
(imobilização no leito),
– Evitar a atrofia por desuso e fraqueza muscular,
– Incentivar e promover o funcionamento motor 
e mobilidade,
– Orientação sobre as posturas corretas,
– Treino do padrão da marcha,
– Trabalhar os padrões do funcionamento 
sistema respiratório (fala, respiração, 
expansão e mobilidade torácica),
– Manter ou recuperar a independência 
funcional nas atividades de vida diária.
A fisioterapia motora, que engloba desde exercícios 
ativos, passivos, auto-assistidos, contra-resistência, 
isométricos, metabólicos, isotônicos, ou seja, qualquer 
tipo de movimento é bem vindo no tratamento. 
Quando chega a uma segunda fase esta patologia, deve-
se estimular atividades para que o paciente não fique o 
tempo inteiro na cama, evitando assim escaras de 
decúbito.
Alongamentos e atividades de relaxamento podem ser 
realizados.
Exercícios para o condicionamento aeróbico, 
como estimular o paciente a realizar 
caminhadas, tanto por percursos diferentes, 
ou dependendo pelo mesmo percurso, 
estimulando assim concomitantemente a 
memória do paciente. 
Bicicletas estacionárias também são de grande 
valia, assim como se possíveis trabalhos de 
hidroterapia.
Exercícios para propriocepção e equilíbrio são 
fundamentais para a desenvoltura do 
paciente, como exercícios com bastões, bola, 
descarga de peso gradual, andadores, 
percursos.
Pode realizar atividades em que se estimule o 
raciocínio do paciente, como atividades de 
escrever, decorar palavras, nomear objetos, 
que levam a um estímulo da memória.
Porém a principal atitude a ser tomada é a 
companhia que este paciente precisa, nunca 
deixá-lo no abandono, por isso a conversa 
com familiares sobre o assunto é importante, 
para que assim este paciente possa conviver 
normalmente num meio familiar, eliminando o 
risco de passar o resto de sua vida num asilo.

Outros materiais