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Prof. Ma. Karina A. M. Utida DOENÇAS NEURO- DEGENERATIVAS Doença de Parkinson DISCUSSION POINTS Alzheimer Esclerose Lateral Amiotrófica Doença de Parkinson ET IOLOGIA DESCONHECIDA MUTAÇÕES GENÉT ICAS Mais provável naqueles com <40 anos e com histórico familiar Encontradas em 5 a 10% FATORES AMB IENTA IS + GENÉT ICOS? 60+ ANOS: 1 ,4% 85+ ANOS: 4 ,3% A prevalência aumenta com a idade 1 , 5 VEZ MA IOR maior incidência ANUALMENTE NA EUROPA 13,9 bilhões 2ª doença neurodegenerativa mais comum Fisiopatologia Células produtoras de dopamina na substância negra se degeneram progressivamente Planejamento motor, controle e ajustes posturais associados com movimentos voluntários e automático Fisiopatologia Coronal section at the level of the substantia nigra pars compacta (SNpc) in a control (A and B) and a PD brain (C and D) stained by hematoxylin and eosin. In both sections, the dark brown cells are the neuromelanin- containing dopaminergic (DA) neurons. Dopaminergic cell loss is evident in the SNpc of the PD brain. The squared areas in A and C are magnified in B and D, respectively, to show a closer view of the darkly pigmented DA neurons. Fisiopatologia Córtex motor Putâmen Globo pálido Tálamo motor Núcleo pedúnculo pontino Exc Ini Exc Ini Ini Exc Subst negra Núcleo subtalâmico Trato reticulo- espinhal Trato vestibulo- espinhal Ini Fisiopatologia Putâmen Núcleo pedúnculo pontino Trato reticulo- espinhal Córtex motor Globo pálido Tálamo motor Exc Ini Exc Ini Ini Exc Subst negra Núcleo subtalâmico Trato vestibulo- espinhal Ini Fisiopatologia Putâmen Núcleo pedúnculo pontino Trato reticulo- espinhal Globo pálido Córtex motor Tálamo motor Exc Ini Exc Ini Exc Subst negra Núcleo subtalâmico Trato vestibulo- espinhal Ini Fisiopatologia Putâmen Núcleo pedúnculo pontino Ini Trato reticulo- espinhal Globo pálido Córtex motor Tálamo motor Subst negra Núcleo subtalâmico Trato vestibulo- espinhal Exc Ini Exc Exc Ini Diagnóstico CL ÍN ICO Bradicinesia Redução progressiva da velocidade e amplitude de movimentos repetitivos Rigidez Tremor de repouso Instabilidade postural IMAGEM Pouca acurácia Só pode ser diagnosticada com 100% de certeza através de exame post mortem do cérebro Estadiamento Diagnóstico diferencial PARK INSON ISMO AT ÍP ICO Doenças com características semelhantes àquelas da doença de Parkinson, mas que têm uma etiologia diferente. TREMOR ESSENCIAL C IF N A D O E N Ç A D E P A R K IN S O N D E F I C I Ê N C I A S N A S F U N Ç Õ E S M O T O R A S Pescoço e tronco = postura anormal - > +deficiências Cotovelos e joelhos semiflexionados Bradicinesia: 77% a 98% Tremor: 70% no momento do diagnóstico, mas todos apresentarão em alguma fase da doença Rigidez (resistência à ADM passiva): 89% a 99%. Pode associar-se com dor (ex. ombro) Pobre reflexo postural: alterações das reações de equilíbrio D E F I C I Ê N C I A S N A S F U N Ç Õ E S N Ã O M O T O R A S Disfunção olfativa Distúrbio comportamental do sono REM Constipação/obstipação Depressão Alterações das funções cognitivas (especificamente na função executiva e memória) Tempo de reação prolongado Demência Incontinência urinária Disfunção sexual Ansiedade (até 40%) Apatia (até 50%) L I M I T A Ç Õ E S D E A T I V I D A D E E R E S T R I Ç Õ E S D E P A R T I C I P A Ç Ã O Lentificação na movimentação e na fala Tremor Rigidez Dor Instabilidade psíquica Deglutição Aumento da salivação Flutuação de resposta aos medicamentos Limitação no desempenho nas transferências, destreza, comunicação, alimentação, marcha e atividades relacionadas à marcha Doença de Alzheimer A doença de Alzheimer (DA) é uma doença neurodegenerativa progressiva que se caracteriza clinicamente por comprometimento das habilidades cognitivas e funcionais, juntamente com sintomas comportamentais. memória atenção linguagem percepção funções executivas 60 A 80% A doença de Alzheimer (AD) é a forma mais comum de demência Como está intimamente ligada ao envelhecimento, a Alzheimer's Disease International estima que a prevalência da doença de Alzheimer aumentará em 225% até 2050, afetando mais de 115 milhões de pessoas em todo o mundo. CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS EM 1984 Doença de Alzheimer como um continuum - Longa fase pré-clínica, com capacidade cognitiva preservada - Comprometimento cognitivo leve Fase sintomática (pré-demência) - Demência de Alzheimer: Comprometimento funcional e e demência evidente NOVOS CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS NOVOS CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS ALTERAÇÕES ENCEFÁLICAS NA DOENÇA DE ALZHEIMER ATROF IA ENCEFÁL ICA SECUNDÁR IA À MORTE NEURONAL D IM INU IÇÃO ANORMAL DO FLUXO SANGUÍNEO ATROFIA ENCEFÁLICA - Presença de placas senis (amiloide) - Presença de emaranhados neurofibrilares (tau) - Deposição de amiloide nos vasos Alterações metabólicas de amiloide e tau ATROFIA ENCEFÁLICA Emaranhados neurofibrilares: feixes de proteínas fibrosas intracelulares que preenchem os corpos celulares dos neurônios. São acúmulos anormais de proteínas Proteína tau: são proteínas que estabilizam os microtúbulos Hipocampo - memória Amigdala - alterações emocionais Lobo temporal ATROFIA ENCEFÁLICA Os escaneamentos de TC e RM são úteis como auxiliares do diagnóstico. Essas medidas mostram que os giros estão estreitados e os sulcos foram ampliados, assim como os giros hipocampais estão atrofiados. O ventrículo lateral e o terceiro ventrículo sofrem graus variáveis de ampliação simétrica – que, na DA avançada, chegam a ser equivalentes ao dobro do tamanho normal. São mais úteis para excluir as hipóteses de hematoma subdural, demência de infartos múltiplos, tumor cerebral e hidrocefalia como possíveis causas de deteriora-ção mental. PROGNÓSTICO Depois que o indivíduo passa a manifestar os sintomas da DA, um comprometimento profundo e a morte se tornam iminentes, e ocorrem em 5-10 anos. A S P E C T O S C L ÍN IC O S memória, função visual-espacial, alterações de personalidade, alterações de movimento e reflexos, e capacidades de sobrevivência. - Início insidioso de alterações de: *Os diversos sintomas podem não se manifestar na mesma ordem em todas as pessoas, porque o padrão de envolvimento de determinadas áreas cerebrais pode variar de um indivíduo para outro. T R A T A M E N T O informação sobre a progressão da doença e questões relacionadas à manutenção da funcionalidade e segurança do paciente Familiares e cuidadores estimulação cognitiva, manutenção da funcionalidade, equilíbrio, marcha, segurança Pacientes Figure 2. Distribution of cognitive function effect sizes from before and after the exercise intervention versus control. Baker [1], Women only; Baker [2], Men only; Bossers [1], aerobic exercise training; Bossers [2], combined aerobic and resistance exercise training; Nagamatsu [1], aerobic exercise training; Nagamatsu [2], resistance exercise training; Varela [1], aerobic exercise intensity at 40% of heart rate reserve; Varela [2], aerobic exercise intensity at 6 PANZA et al., 2018 DUBOIS, Bruno. The emergence of a new conceptual framework for Alzheimer’s disease. Journal of Alzheimer's disease, v. 62, n. 3, p. 1059-1066, 2018. McKhann G, Drachman D, Folstein M, Katzman R, Price D, Stadlan EM. Clinical diagnosis of Alzheimer’s disease: report of the NINCDS-ADRDA Work Group under the auspices of Department of Health and Human Services Task Force on Alzheimer’s Disease. Neurology. 1984; 34:939–44. PANZA, Gregory A. et al. Can exercise improve cognitive symptoms of Alzheimer's disease?. Journal of the American Geriatrics Society, v. 66, n. 3, p. 487-495, 2018. Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) DOENÇA DE LOU GEHR IG “Amiotrófico” provém da língua grega: “a” significa não ou negativo “mio” refere-se ao músculo “trófico”, meio-nutrição – “não músculo alimentação” “Lateral” identificaas áreas da medula espinhal, em que as porções de células nervosas estão localizadas. Como essa área degenera, provoca cicatriz ou endurecimento (“esclerose”) na região. ELA É um distúrbio paralítico progressivo caracterizado pela degeneração dos neurônios motores no cérebro e na medula espinhal. ELA ELA FAMILIAR - associadas a mutações genéticas (5-10%) ELA ESPORÁDICA - não é claramente associada a mutações genéticas (90-95%) 3 A 5/100.000 - Aumento da incidência com a idade - Distúrbio mais frequente na meia-idade : : ELA familiar casos esporádicos início dos sintomas aos 43-52 anos início dos sintomas aos 58-63 anos Causas INTERAÇÃO DE FATORES GENÉTICOS E AMBIENTAIS Papel para as neurotoxinas contidas nas sementes de cicadácea, incluindo β-metilamino-l-alanina? Exposição a água contendo florescências de cianobactérias? Atletas? Exposição ao fumo pode aumentar o risco de desenvolver ELA? Diabetes mellitus tipo 2, altos níveis de lipídios circulantes e exposição a hormônios contraceptivos femininos podem ser protetores? QUADRO CLÍNICO - As manifestações começam bem localizadas (em 1 membro ou, na forma bulbar, dificuldade de falar, mastigar ou engolir 1/3) - Espalha-se e afeta a maioria dos músculos (incluindo o diafragma) - Alterações nos neurônios motores superiores > espasticidade, rigidez muscular e fraqueza - Alterações nos neurônios motores inferiores > fasciculações, cãibras e atrofia severa - Os neurônios que inervam os músculos do olho e dos esfíncteres são preservados - Disfunções cognitivas podem ocorrer em 20–50% dos casos e demência pode ocorrer em 5–15% QUADRO CLÍNICO - Podem apresentar início precoce de sintomas respiratórios (55) - Podem apresentar um fenótipo motor PURO, com cognição e comportamento normais - Podem apresentar um fenótipo cognitivo ou comportamental PURO (consistente com demência frontotemporal) - Apatia DIAGNÓSTICO Exame clinico + eletromiografia (confirmar a extensão da desnervação) + testes laboratoriais (descartar outras condições) DIAGNÓSTICO PROGNÓSTICO Muito variável Grande parte dos pacientes morrem em 3 a 5 anos após o início dos sintomas por falência do sistema respiratório 5 - 10% podem sobreviver por uma década ou mais
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