Buscar

ENSINO DE ONDULATÓRIA PARA CEGOS PROPOSTA DE MATERIAL DIDÁTICO, Jéssica Páscoa, Adriana Dickman, Amauri Ferreira

Prévia do material em texto

XX Simpósio Nacional de Ensino de Física – SNEF 2013 – São Paulo, SP 1 
____________________________________________________________________________________________________ 
 20 a 25 de janeiro de 2013 
ENSINO DE FÍSICA ONDULATÓRIA PARA ALUNOS COM 
DEFICIÊNCIA VISUAL: PROPOSTA DE MATERIAL DIDÁTICO1 
Jéssica Caroline Santos da Páscoa1, Adriana Gomes Dickman2, Amauri Carlos 
Ferreira2 
1 Curso de Licenciatura em Física, 2 Mestrado em Ensino de Ciências e Matemática Pontifícia 
Universidade Católica de Minas Gerais / jessica.pascoa@sga.pucminas.br /adickman@pucminas.br 
/mitolog@pucminas.br 
Resumo 
A presença de alunos com necessidades educativas especiais nos bancos 
escolares brasileiros é crescente nos últimos dez anos. É compreensível que 
estudantes com deficiência visual apresentem dificuldades com a sistemática do 
ensino de Física, visto que o mesmo fundamenta-se, em boa parte, em referenciais 
funcionais visuais. Para toda e qualquer atividade que se realiza no ambiente 
escolar, o sentido da visão é de grande importância para as anotações no caderno, 
anotações feitas em lousa, utilização do livro didático, utilização de gráficos, 
desenhos e figuras, entre outras atividades. Diante disso, faz-se necessário o 
desenvolvimento de novas metodologias para a inclusão de alunos com deficiência 
visual nas aulas de Física. O enfoque deste trabalho é a proposição de um material 
didático que auxilie na compreensão dos conteúdos de física ondulatória, mais 
especificamente as propriedades das ondas na superfície de um líquido e o 
experimento de Young. A proposta consiste em um trabalho em conjunto, entre o 
professor e o aluno com deficiência visual, utilizando como ferramenta didática a 
massinha de modelar. Trata-se de um material simples, de baixo custo e de fácil 
aquisição, além de suas qualidades táteis, de fácil manipulação e modelagem, 
oferecendo uma estimulação tátil-sensorial que potencializa o aprendizado dos 
alunos cegos. 
Palavras-chave: Ensino de física, deficiência visual, material didático, física 
ondulatória, massinha de modelar. 
Introdução 
A presença de alunos com necessidades educativas especiais nos bancos 
escolares brasileiros é crescente nos últimos dez anos, fato que reflete os efeitos da 
definição de legislações, parâmetros e diretrizes para a educação especial nacional 
(BRASIL, 1996, 1998, 2001), bem como, dos movimentos e manifestos de 
organizações internacionais de pessoas com deficiências (UNESCO, 1994). 
Embora a referida presença não garanta a inclusão desses alunos, sem ela, 
consolidam-se padrões e normas de uma sociedade excludente. A crise que se 
estabelece devido ao fato de alunos com deficiências frequentarem a escola regular, 
é muito bem vinda, pois, questiona e movimenta práticas educacionais consolidadas 
e converge o interesse investigativo para as dificuldades oriundas da nova realidade 
social da escola. (CAMARGO; NARDI, 2008) Nos dias atuais, o atendimento das 
 
1 Trabalho financiado pela FAPEMIG (Fundação de Amparo à Pesquisa do estado de Minas 
Gerais) e pelo CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico). 
XX Simpósio Nacional de Ensino de Física – SNEF 2013 – São Paulo, SP 2 
____________________________________________________________________________________________________ 
 20 a 25 de janeiro de 2013 
diferentes necessidades educacionais dos alunos apresenta-se como o desafio mais 
importante que o professor deve enfrentar (RODRIGUES, 2003). 
Por isto, a constatação da crise não é suficiente, na medida em que o 
contexto escolar necessita de modificações em suas estruturas física, metodológica, 
atitudinal, e os professores necessitam de formação inicial e continuada a fim de 
tornarem-se aptos ao exercício da docência em ambientes inclusivos. (CAMARGO; 
NARDI, 2008). Como indica Moreira (2003), faz-se necessário que o professor utilize 
novos procedimentos didáticos, que reflitam de forma crítica sobre sua ação, 
superando os perigos da concepção baseada na deficiência como algo que limita ou 
impossibilita. 
É compreensível que estudantes com deficiência visual apresentem 
dificuldades com a sistemática do ensino de Física, visto que o mesmo fundamenta-
se, em boa parte, em referenciais funcionais visuais (CAMARGO; SILVA, 2003). 
Apesar de os outros sentidos serem importantes para todos os indivíduos, o sentido 
da visão parece ser pré-requisito para toda e qualquer atividade que se realiza no 
ambiente escolar (CAMARGO; SCALVI, BRAGA, 2001). Anotações no caderno, 
utilização da lousa por parte do professor para realização de tarefas como 
transcrição de textos ou explicações de exercícios, provas escritas, medições, entre 
outras, sentenciam o aluno com deficiência visual ao fracasso escolar e a não 
socialização (MANTOAN, 2002). 
Alguns conteúdos exigem um acompanhamento especial com o uso de 
experimentos e maquetes. Existem trabalhos publicados com sugestões de 
materiais didáticos que auxiliam no processo de aprendizagem, como Medeiros et al. 
(2007) que sugerem a confecção de uma maquete tátil para mostrar associações de 
resistores em série e paralelo aos alunos cegos. Outros autores também sugerem a 
experimentação através de materiais táteis (BARROS; MARTELLI; SANTOS, 2003; 
CAMARGO; SILVA, 2003; 2004; COSTA-PINTO et al, 2005; CAMARGO; NARDI, 
2007). Em relação ao conteúdo de Física, o aprendizado das pessoas cegas está 
aquém ao que é exigido. A ausência de material didático para um bom 
desenvolvimento do processo de aprendizagem tem sido a reivindicação maior. 
(DICKMAN; FERREIRA, 2008) 
É essencial que os professores, entendendo os diversos graus de deficiência 
visual, se conscientizem da importância da elaboração de materiais e práticas 
educativas que contemplem e incluam os alunos com deficiência visual nas aulas. 
Considerando o papel central dos recursos didáticos na educação, é inevitável que a 
carência de material adequado reduza a aprendizagem da criança deficiente visual a 
um mero verbalismo, desvinculado da sua realidade. 
Nesse sentido esse trabalho busca a otimização das aulas de física 
ondulatória para alunos com deficiência visual utilizando como ferramenta didática a 
experimentação por meio de materiais táteis. Trata-se de uma proposta que consiste 
em um plano de ensino-aprendizagem acerca da propagação, reflexão, difração e 
interferência das ondas em uma superfície líquida e da experiência de Young. 
Fundamentação Teórica 
Os Parâmetros Curriculares Nacionais (BRASIL, 1998) discutem sobre a 
necessidade de novas práticas que proporcionem uma educação para todos. Nesse 
aspecto é discutida a importância de adotar-se um currículo aberto e propostas 
XX Simpósio Nacional de Ensino de Física – SNEF 2013 – São Paulo, SP 3 
____________________________________________________________________________________________________ 
 20 a 25 de janeiro de 2013 
curriculares diversificadas, em lugar de uma única concepção. Diante disso, a 
diversidade didática do professor se faz necessária para que alunos com 
necessidades especiais de aprendizado possam, conforme estabelece a Lei de 
Diretrizes e Bases, estar, preferencialmente, na rede pública de Ensino. (BRASIL, 
1996) 
Para alunos com deficiência visual, os Parâmetros Curriculares Nacionais 
(BRASIL, 1998) informam que adaptações curriculares e didáticas devem ser feitas 
segundo as necessidades dos alunos com deficiência, sugerindo que os textos 
sejam transcritos para o Braille e que, quando possível, haja ilustrações táteis para 
melhorar a compreensão dos alunos. 
Para garantir, não apenas a permanência, mas também o aprendizado, 
muitos autores têm pesquisado sobre o Ensino de Ciências para alunos com 
deficiência visual, questionando o papel do professor e as metodologias utilizadas, a 
fim deestabelecerem alternativas para que o aluno aprenda os conceitos 
ministrados em sala de aula. 
Camargo e Silva (2003), Dickman e Ferreira (2008) concordam que a maior 
dificuldade encontrada por alunos com deficiência visual para o aprendizado de 
Ciências, como Química e Física, está na utilização de referenciais funcionais 
visuais adotados constantemente pelos docentes. Além disso, Dickman e Ferreira 
(2008) também discutem a formação dos professores nos cursos de licenciaturas, 
que em muitos casos, preparam os futuros docentes apenas para ensinar a alunos 
que não possuem necessidades educativas especiais. 
Camargo, Nardi e Veraszto (2008) analisam as dificuldades que futuros 
professores encontram no contexto da comunicação, discorrendo sobre possíveis 
alternativas para que os alunos com deficiência visual sejam incluídos em aulas de 
Ciências. 
 Muitos autores, como Camargo e Silva (2003), Camargo, Nardi e Veraszto 
(2008), Silva, Dickman e Ferreira (2011), defendem como alternativa para o ensino 
de Ciências, a experimentação dos fenômenos e a materialização das figuras, o que 
proporcionaria benefícios aos alunos com deficiência visual, que, através do tato e 
de estímulos sensoriais, poderiam compreender melhor os conteúdos ministrados. 
Como discutido nos Parâmetros Curriculares Nacionais (BRASIL, 1998), ao pensar a 
implementação da educação inclusiva há que se contemplar que saber deve possuir 
o docente (CARVALHO; GIL-PEREZ, 1994). Teoricamente, este professor deveria 
estar preparado para planejar e conduzir atividades de ensino que atendam às 
especificidades educacionais dos alunos com e sem deficiências, o que implica dizer 
que sua prática deve dar conta de atender as múltiplas formas de interação entre os 
participantes das atividades e os fenômenos estudados. (CAMARGO, 2010) 
Na lógica da inclusão, as diferenças individuais são reconhecidas e aceitas e 
constituem a base para a construção de uma inovadora abordagem pedagógica. 
Nessa nova abordagem, não há mais lugar para exclusões ou segregações, e todos 
os alunos, com e sem deficiências, participam efetivamente (RODRIGUES, 2003). A 
participação efetiva é entendida em razão da constituição de uma dada atividade 
escolar que dá ao aluno com deficiência, plenas condições de atuação. A 
participação efetiva pode, portanto, servir como parâmetro sobre a ocorrência ou 
não de inclusão, além de explicitar as reais necessidades educacionais do aluno 
com deficiência. Busca-se, então, contribuir com a construção de uma prática de 
ensino de Física que contemple as especificidades sensoriais e educacionais de 
XX Simpósio Nacional de Ensino de Física – SNEF 2013 – São Paulo, SP 4 
____________________________________________________________________________________________________ 
 20 a 25 de janeiro de 2013 
alunos com deficiência visual. (CAMARGO, 2010) 
Segundo Camargo (2005) para que uma aula para alunos com deficiência 
visual possa ser considerada inclusiva, algumas condições devem ser observadas: 
Desmistificar a ideia de que o conhecer depende do ver; Consequentemente, 
valorizar a ideia do “conhecer sem ver”: neste sentido torna-se necessária a 
contribuição dos outros sentidos; Considerar as experiências prévias dos alunos, 
para que ocorra a aprendizagem significativa; Oferecer ao aluno condições de 
observar o fenômeno e de aprender fazendo. 
Metodologia 
Ensinar Ciências para um aluno cego exige dos professores uma busca 
constante por atividades que explorem o tato, pois em muitos casos, a dificuldade de 
aprendizagem está relacionada à falta de estímulo sensorial. Portanto, nossa 
proposta consiste em materializar as figuras relacionadas ao tópico Ondas na 
superfície de um líquido do livro: Curso de Física (ALVARENGA; MÁXIMO, 2000), 
aprovado pelo Programa Nacional do Livro Didático para o Ensino Médio (PNLEM 
2012) e utilizado na rede estadual de ensino de Minas Gerais. 
O enfoque deste trabalho é a proposição de um material didático que auxilie 
na compreensão dos conteúdos de física ondulatória, mais especificamente as 
propriedades das ondas na superfície de um líquido e o experimento de Young. A 
proposta consiste em um trabalho em conjunto, entre o professor e o aluno com 
deficiência visual, utilizando como ferramenta didática a massinha de modelar. Neste 
curso específico, a massinha para modelar será utilizada como ferramenta de 
substituição da imagem e ou figura do livro didático. 
A escolha da massinha de modelar se baseou nas suas qualidades táteis, 
por ser de fácil manipulação e modelagem. Já que, ao desenvolver um experimento, 
maquete ou recursos didáticos diversos para estudantes cegos é importante que 
estes possuam estímulos táteis. Portanto, o material deve apresentar texturas e 
tamanhos adequados, e ser agradável ao tato. As dimensões e o tamanho devem 
ser observados, considerando que objetos pequenos demais se perdem com 
facilidade e que grandes demais prejudicam a compreensão do todo. O relevo deve 
ser facilmente percebido pelo tato e com variadas texturas para melhor destacar as 
partes componentes do todo. Contrastes do tipo liso/áspero, fino/espesso 
contribuem para o aprendizado do aluno e são excelentes estimuladores táteis. O 
material não deve provocar rejeição ao manuseio e ser resistente à exploração tátil. 
É de grande importância, a mobilização do professor em construir o material 
tátil, em conjunto aos alunos. Consideramos também, que a formação de conceitos 
se dá através da interação entre o sujeito e o objeto, que no caso de alunos com 
deficiência visual ocorre pelo contato com o material tátil. Através dessa interação 
com o objeto, o aluno com deficiência visual desenvolverá ainda mais a percepção 
tátil, facilitando a discriminação de detalhes e suscitando a realização de 
movimentos delicados com os dedos. 
Para a implementação da proposta são necessários massa de modelar e 
filetes de madeira de tamanhos diversos. Na figura 1 são mostradas as 
representações da propagação de uma onda na superfície de um líquido. O 
professor, ao montar junto com os alunos a representação das ondas em duas 
dimensões pode trabalhar os conceitos de comprimento de onda, frequência e 
XX Simpósio Nacional de Ensino de Física – SNEF 2013 – São Paulo, SP 5 
____________________________________________________________________________________________________ 
 20 a 25 de janeiro de 2013 
introduzir a ideia de raios da onda, ou seja, retas indicando as direções de 
propagação. 
 
Figura 1. Representações de pulsos retos e circulares. Fonte: Fotos do autor. 
A representação da reflexão de uma onda em uma barreira é mostrada na 
figura 2. Nesta situação, o professor pode explorar a relação entre materiais 
refletores e não refletores, e em quais condições ocorre a reflexão de uma onda, 
caracterizada pelo ângulo de incidência igual ao de reflexão. Com este material, 
vários ângulos podem ser representados. A mesma representação pode ser utilizada 
para discutir a refração de uma onda quando uma onda passa a se propagar em 
uma região com velocidade diferente da anterior. Novamente, vários ângulos podem 
ser utilizados para trabalhar a lei de refração (Lei de Snell). 
 
Figura 2. Reflexão de uma onda. Fonte: Fotos do autor. 
 A representação da difração de uma onda na superfície de um líquido, figura 
3, pode auxiliar na compreensão de características do fenômeno, como a mudança 
dos pulsos retos em circulares, após a barreira. Pode-se também variar o tamanho 
do orifício ou do comprimento de onda, e discutir as suas consequências. 
 
Figura 3. Esquema de difração de uma onda ao atravessar um orifício. Quando uma 
onda encontra um obstáculo, ela o contorna, isto é, sua propagação deixa de ser 
retilínea. Fonte: Fotos do autor. 
Na sequência discute-se a interferência de duas ondas na superfície de um 
líquido. Baseadona representação da figura de interferência, figura 4, pode-se 
mostrar as condições para que as duas ondas estejam em fase, e as superposições 
XX Simpósio Nacional de Ensino de Física – SNEF 2013 – São Paulo, SP 6 
____________________________________________________________________________________________________ 
 20 a 25 de janeiro de 2013 
construtiva e destrutiva por meio da soma de cristas com vales, cristas com cristas 
ou vales com vales. 
 
Figura 4. Interferência produzida pela superposição de duas ondas em fase se 
propagando na superfície de um líquido. Fonte: Fotos do autor. 
A partir dos conceitos trabalhados anteriormente é possível discutir a 
experiência de Young, cuja representação é mostrada na figura 5. O professor pode 
explorar o contexto de ondas na superfície de um líquido e interligar com o 
fenômeno da interferência da luz. 
 
Figura 5. Esquema da montagem com a qual Young obteve a interferência com a luz. 
Fonte: Fotos do autor. 
A montagem das representações da propagação, reflexão, difração e 
interferência das ondas em uma superfície líquida e da experiência de Young, foram 
realizadas com a modelagem permitida pela massinha de modelar. Por meio dos 
modelos materializados é possível explicar os conceitos de física ondulatória, tais 
como: comprimento de onda, pulso, crista, vale, entre outros, além dos conceitos da 
reflexão, difração, etc. 
Considerações Finais 
O Ensino de Ciências para alunos com deficiência visual enfrenta grandes 
dificuldades devidas principalmente à falta de recursos didáticos adequados; 
ausência de experiências que possuam estímulos tátil-sensoriais para alunos cegos 
e muitas vezes, o despreparo dos professores que, por não conhecerem as 
limitações e possibilidades que a deficiência acarreta ao aluno, não modificam suas 
aulas, baseando-as em referencias visuais. 
De acordo com a literatura percebe-se que o desenvolvimento de aparatos 
táteis e novas metodologias que auxiliem no ensino de diversos conteúdos da física 
são indispensáveis para aprendizagem dos alunos com deficiências visuais. 
Este trabalho é uma pequena contribuição para que as aulas de física 
ondulatória possam incluir alunos com deficiência visual, potencializando, através da 
estimulação tátil, a compreensão de termos científicos necessários para 
aprendizagem. O próximo passo da pesquisa é preparar uma aula sobre física 
XX Simpósio Nacional de Ensino de Física – SNEF 2013 – São Paulo, SP 7 
____________________________________________________________________________________________________ 
 20 a 25 de janeiro de 2013 
ondulatória utilizando o material desenvolvido com alunos cegos e elaborar 
instrumentos para verificar a assimilação do conteúdo pelos alunos. 
Referências 
ALVARENGA, B., MÁXIMO, A. Curso de Física. Vol.II. São Paulo: Scipione, 2000. 
BARROS, S.S., MARTELLI, V., SANTOS, W.S. Uma proposta para a inclusão de 
alunos deficientes visuais nas aulas de Física do ensino médio. In: SIMPÓSIO 
NACIONAL DE ENSINO DE FÍSICA, 15., 2003, Curitiba. Atas... São Paulo: SBF, 
2003. 
BRASIL, Congresso Nacional. Lei n°. 9.394, de 20/12/1996. Leis de diretrizes e 
bases da educação nacional. Diário Oficial da República Federativa do Brasil. 
Brasília, n°. 248, de 23/12/1996. 
BRASIL, MEC. Parâmetros Curriculares Nacionais, Adaptações Curriculares, 1998. 
Disponível em: http://www.educacaoonline.pro.br/adaptaçoes_curriculares.asp. 
Acessado em 10/09/2009. 
BRASIL. Ministério da educação. (2001). Diretrizes nacionais para a educação 
especial na educação básica (pp. 79). Secretaria de Educação Especial – MEC: 
SEESP. 
CAMARGO, E.P. A formação de professores de física no contexto das 
necessidades educacionais especiais de alunos com deficiência visual: A 
condução de Atividades de Ensino de Física. 2010. 462f. Relatório trienal final 
(2006-2009). Faculdade de Engenharia, Departamento de Física e Química, 
Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" (UNESP), Ilha Solteira, São 
Paulo. 2010 
CAMARGO, E. P. Ensino de Ciências, Parâmetros Curriculares Nacionais e 
Necessidades Educacionais Especiais: Discussão, reflexão e diretrizes. In: 
ENCONTRO NACIONAL DE PESQUISA EM EDUCAÇÃO EM CIÊNCIA, 5., 2005, 
Bauru. Atas... Belo Horizonte: ABRAPEC, 2005. 
CAMARGO E. P., SCALVI, L. V. A., BRAGA, T.M. S. O Ensino de Física e os 
Portadores de Deficiência Visual: Aspectos Observacionais Não-Visuais de 
Questões Ligadas ao Repouso e ao Movimento dos Objetos. In: NARDI, R. (Org.), 
Educação em Ciências da Pesquisa à Prática docente, Ed. Escrituras, v. 3, p. 117 - 
133, 2001. 
CAMARGO, E. P.; NARDI, R.; VERASZTO, E. V.. A comunicação como barreira à 
inclusão de alunos com deficiência visual em aulas de óptica. Revista Brasileira de 
Ensino de Física, v.30, p.1-13, 2008. 
CAMARGO, E. P.; SILVA, D. Ensino de Física para alunos com deficiência visual: 
atividade que aborda a posição de encontro de dois móveis por meio de um 
problema aberto. In: ENCONTRO DE PESQUISA EM ENSINO DE FÍSICA, 9., p.1-
13. Jaboticatubas. Atas... São Paulo, SBF, 2004. 
CAMARGO, E. P.; NARDI, R. O emprego de linguagens acessíveis para alunos com 
deficiência visual em aulas de óptica. Revista Brasileira de Educação Especial, 
v.14, n.3, 2008. 
XX Simpósio Nacional de Ensino de Física – SNEF 2013 – São Paulo, SP 8 
____________________________________________________________________________________________________ 
 20 a 25 de janeiro de 2013 
CAMARGO, E.P. e NARDI, R. Planejamento de Atividades de ensino de Física para 
alunos com deficiência visual: dificuldades e alternativas. Revista Eletrônica de las 
Ciências, v.6, n.2, p.378-401, 2007. 
CAMARGO, E.P.; SILVA, D. Ensino de Física para alunos com deficiência visual: um 
estudo de caso. In: SIMPÓSIO NACIONAL DE ENSINO DE FÍSICA, 15., 2003, 
Curitiba. Atas... São Paulo: SBF, 2003. 
CARVALHO, A. M. P.; GIL-PEREZ, D. Formação de professores de ciências. São 
Paulo: Cortez, 1994. 
COSTA, L.G., NEVES, M.C.D, BARONE, D.A.C. O ensino de Física para deficientes 
visuais a partir de uma perspectiva fenomenológica. Ciência e Educação, v.12, n.2, 
p.143-153, 2006. 
COSTA-PINTO, D.; SOUZA, G.A., SILVA, D. M., FARIAS, T. P. D., MEIRELLES, R. 
M. S., ARAÚJO-JORGE, T. C. A construção de mini-museus de Ciências auxiliando 
deficientes visuais no ensino fundamental, médio e superior do Estado do Rio de 
Janeiro, Brasil. In: ENCONTRO NACIONAL DE PESQUISA EM EDUCAÇÃO EM 
CIÊNCIA, 5., 2005, Bauru. Atas... Belo Horizonte: ABRAPEC, 2005. 
DICKMAN, A. G.; FERREIRA, A. C. Ensino e aprendizagem de Física a estudantes 
com deficiência visual: Desafios e Perspectivas. Revista Brasileira de Pesquisa 
em Educação em Ciências, v.8, n.2, 2008. 
MANTOAN, M. T. E. Ensinando a turma toda: as diferenças na escola. Pátio – 
Revista Pedagógica, ano V, n. 20, fev/abr, p. 18-23, 2002. 
MEDEIROS, A.; JUNIOR, M.J.N.; OLIVEIRA, W.C. e OLIVEIRA, N.S.M. Uma 
estratégia para o ensino de associações de resistores em serie/paralelo acessível a 
alunos com deficiência visual. In: SIMPÓSIO NACIONAL DE ENSINO DE FÍSICA, 
17., 2007, São Luís. Atas... São Paulo: SBF, 2007. 
MOREIRA, L.C. A universidade e o aluno com necessidades educativas especiais: 
reflexões e proposições. Em M.L.S. Ribeiro e R.C.R. Baumel (Org), Educação 
Especial - Do querer ao fazer (pp. 81-93). São Paulo: Avercamp, 2003. 
RODRIGUES, A. J. Contextos de aprendizagem e integração/inclusão de alunos 
com necessidades educativas especiais. In: RIBEIRO, M.L.S.; BAUMEL, R.C.R. 
(Org.). Educação Especial - Do querer ao fazer. São Paulo: Avercamp, 2003. p. 13-
26. 
SILVA, K.C., DICKMAN, A.G., FERREIRA, A.C. Ensino de física a alunos com 
deficiência visual: descrição de figuras dos livros didáticos. In: SIMPÓSIO 
NACIONAL DE ENSINO DE FÍSICA, 19., 2011, Manaus. Atas... São Paulo: SBF, 
2011. 
UNESCO. (1994). The Salamanca statement andframework for action on special 
needs education. [Adotada pela Conferência Mundial sobre Educação para 
Necessidades Especiais: Acesso e Qualidade, realizada em Salamanca, Espanha, 
em junho de 1994]. Genebra: UNESCO, 1994.

Continue navegando