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[EBC1] ROTEIRO SOBRE PLANO DE METAS

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ECONOMIA BRASILEIRA CONTEMPORÂNEA I 
ROTEIRO SOBRE O PLANOS DE METAS
Uberlândia
2018
ECONOMIA BRASILEIRA CONTEMPORÂNEA I
ROTEIRO SOBRE O PLANOS DE METAS
Discentes 
Giovani Branco Meneguim
Mario Henrique Oliveira Andrade
 Docente
Vitorino Alves da Silva
Uberlândia
2018
3.2 Plano de metas
Segundo Carlos Lessa em sua obra Quinze Anos de Política Econômica, o Plano de Metas “constitui a mais sólida decisão consciente em prol da industrialização na história econômica do país”
Objetivo
O objetivo do Plano de metas é constituir a mais sólida estrutura decisória para a industrialização na história econômica do país. Os objetivos estabelecidos por Kubitschek tinham como prazo estabelecido para servir durante os próximos cinco anos para a política econômica. Em alguns pontos, seu caráter de política de desenvolvimento industrial foi se concretizando. 
Implícito: O Plano de metas tinha como principal fator a construção da estrutura industrial verticalmente integrada e do capital social básico de apoio a esta estrutura. O Plano se concretizava também em investimentos do setor de energia-transporte e outras atividades industriais básica, notadamente siderurgia e refino de petróleo. Uma análise mais projetada dos objetivos do Plano de Metas, se mostrou com elevadas participações, tanto no cenário de de investimentos no setor público como em participação do PIB. 
As metas instaladas pelo Plano se dividem em quatro grandes grupos. O primeiro, se deu pelas inversões diretas do governo no sistema de transporte geração de energia. O segundo pelo qual se ampliam ou instalavam setores produtores intermediários. Um terceiro conjunto visava à instalação das indústrias produtoras de bens de capital e por fim, o quarto conjunto que seria o da construção da nova sede administrativa do país. 
Explícito: Pode se considerar como classificados do Plano de Metas não inclui algumas metas ligadas à comercialização e armazenagem de produtos agropecuários, nem à expansão das exportações de minério de ferro, e outros objetivos ligados a atividades primárias, nem considera, igualmente, as inversões sociais. No entanto, por não apresentarem peso relevante no Plano, são apenas citados. 
Recursos
Como fatores relevantes para os recursos no Plano de Metas, se deu com devidas aplicações e investimentos, esses que posteriormente viriam a apresentar problemas a economia.  no momento da adoção do Plano, foram de extrema importância. Os investimentos estatais durante o período JK foram de grande relevância no setor Siderúrgico, com investimentos na Companhia siderúrgica Nacional, no setor de comunicações com a criação da Embratel, setor Energético com a Eletrobrás, em saúde com aumento dos leitos em hospitais, em educação com a criação da Universidade de Brasília, agricultura, e por fim, o investimento na construção de grandes rodovias, como exemplo da Belém-Brasília. Os investimentos não apresentaram dados seguros quanto o tamanho dos investimentos do Plano em relação a economia, mas o BNDE apresenta como Exposição sobre o Programa de Reaparelhamento Econômico que os investimentos foram em torno de 7,6% em 1957 do PIB. Isso representa uma média do período JK em 14,5% do PIB. 
Na característica do financiamento, a política econômica do plano dava tratamento preferencial ao capital estrangeiro. Financiava os gastos públicos e privados com expansão dos meios de pagamento e do crédito, via empréstimos do BNDE, bem como por meio de avais para a tomada de empréstimos no exterior. Aumentava a participação do Estado na formação de capital, estimulando a acumulação privada. O crédito privado, constituído de empréstimos de curto prazo, voltados para o capital de giro das empresas, foi estimulado por meio de repasses do Banco do Brasil, o que gerou pressões sobre o déficit público.
Devido ao tipo de financiamento utilizado para a execução do Plano de Metas, a inflação doméstica manteve-se em taxas elevadas durante o governo JK. Chamam a atenção para o mecanismo inflacionário como forma de financiamento das empresas.
Fatores de adoção do plano – Conceitos que orientam o plano
Quando Juscelino Kubitschek venceu as eleições presidenciais pelo PSD ele tinha como objetivo a síntese da estratégia de governo era a de colocar o Brasil no mundo desenvolvido. Construindo assim no país uma sociedade desenvolvida, democrática e soberana, assegurando-se assim a viabilidade econômica, social e política do país. A sua política foi a precursora para adoção do Plano de Metas. Juscelino acreditava que em Industrializar aceleradamente o país, fazer da indústria o centro das atividades nacionais e superar definitivamente a dependência da economia do café, assim como, gerar o incentivo ao investimento do capital estrangeiro é uma de suas estratégias. 
O Plano seria um Projeto em que a população não seria um mero espectador, mas sim o protagonista principal. O plano visaria coordenar, integrar, e catalisar os esforços de todos. E tal plano teve influência dos pensadores da época.
Os pontos de estrangulamento foram criados no ciclo do café no Brasil, quando o capital empregado pelos empresários de então era canalizado para a produção do café, a qual fornecia renda praticamente certa e com riscos bem menores do que se aventurar em segmentos novos, os quais se tornaram necessários no longo prazo. Já a indústria de fato cresceu nessa época, mas adendos se fazem necessários: primeiro, se quisermos atribuir a industrialização brasileira ao Estado, é preciso lembrar que tal política foi uma correção de um atraso criado por meio de um conluio corporativista entre os governos e o empresariado na política de valorização do café. 
Tal decisão era mais arriscada do que ganhos certos com o café economicamente falando, e mais arriscada também juridicamente, pois o nacionalismo exacerbado brasileiro do século XX poderia significar a estatização de empreendimentos privados e o fim do negócio para os empreendedores. 
Metas
O Plano de Metas surgiu a partir da intervenção de economistas da CEPAL – Comissão Econômica para a América Latina – e do BNDE, Banco Nacional do Desenvolvimento, atual BNDES. Tendo como objetivo a criação do primeiro plano global de desenvolvimento da economia brasileira, ele foi a base do nacionalismo desenvolvimentista de JK.
O Plano definia os principais objetivos a serem alcançados, priorizando cinco setores da economia que estavam os estagnados ou em baixa no âmbito nacional; energia, transporte, indústria de base, educação e alimentação. Nas duas últimas áreas muitas das metas não foram atingidas, o que passou despercebido diante do sucesso obtido nas três primeiras.
A consagração do plano foi possível, em grande parte, graças à criação de órgãos de administração ligados diretamente ao gabinete do Presidente. Tais grupos de trabalho e execução, como o GEICON (Grupo Executivo de Construção Naval), o GEIA (Grupo Executivo da Indústria automobilística) e o GEIMAPE (Grupo Executivo da Indústria da Maquinaria Pesada) foram de suma importância para a execução dos objetivos traçados n’O Plano.
Dentre as principais obras de Juscelino no seu plano de “cinquenta anos em cinco”, Lessa destaca a implantação da indústria automobilística, a expansão das usinas hidrelétricas, a criação da SUDENE – Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste e a expansão da indústria do aço.
Política Econômica 
Juscelino pretendia fazer com que o Brasil, tido como uma potência subdesenvolvida da época, chegasse ao desenvolvimento de cinquenta anos em apenas cinco de governo. Este era o famoso Plano de Metas, que consistia em investir nas áreas de maior importância para o desenvolvimento econômico, principalmente, da infraestruturae indústria local. O maior êxito de JK se fez na área do desenvolvimento industrial, pois havia aberto a economia para o capital internacional, já que ele considerava impossível o progresso econômico sem a participação dos investimentos estrangeiros, principalmente através de grandes empresas automobilísticas. 
Resultados
Segundo o que é apontado por Lessa, os objetivos alcançados pelo Plano de Metas evidenciaram um “profundo processo de transformações estruturais atravessado pelo sistema econômico”. De tal maneira, são apresentados valores que dão base à essas evidências, como por exemplo em termos de participação do PIB, variando de 7,6% em 1967 para 4,1% em 1961. A participação do setor público no investimento fixo da economia cresceu de 27,5% (1950-1956) para 37,1% entre 1951-1960.
Todavia, esses dados não demonstram qualitativamente a totalidade do papel do Estado no crescimento econômico, visto que suas empresas (estatais) foram computadas à época como presentes na área privada da economia. Assim sendo, “é preciso considerar a composição do Plano para avaliar a profundidade das transformações qualitativas a que se submeteu o país”.
Ambos Lessa e Lafer apresentam diversos exemplos de como o Plano de Metas gerou investimentos nas mais diversas áreas. Lafer especificamente aponta os setores de energia (que abrangia energia elétrica, energia nuclear, carvão mineral, produção e refino do petróleo), transportes (reaparelhamentos das ferrovias já estabelecidas e construção de novas, pavimentação e construção de rodovias, serviços portuários e de dragagens, marinha mercante e transportes aeroviários) e de indústrias de base (siderurgia, alumínio, metais não-ferrosos, cimento, álcalis, celulose e papel, borracha, exportação de minério de ferro, automobilística, construção naval, mecânica e de materiais elétricos pesados) como os que mais receberam investimentos durante o governo de JK (43,4%, 29,6% e 20,4% do total de investimentos, respectivamente).
No entanto, como o Plano possuía um amplo alcance eu sua concepção, outros dois setores tiveram investimentos relevantes, sendo eles o setor de alimentação (trigo, armazéns e silos, armazéns frigoríficos, matadouros industriais, mecanização da agricultura e setor de fertilizantes) e o de educação (formação de pessoal técnico), que representaram 3,2% e 3,4% dos investimentos totais.
Sendo assim, Lafer aponta que, observando os dados expostos pelos relatórios governamentais da época, aliado à visão moderna sobre eles, o Plano de Metas foi bem-sucedido ante seu objetivo inicial. Conclui ainda que “os problemas por ele ocasionados aos governos que se sucederam resultaram justamente do seu sucesso”. Tal afirmativa tem como base o fato de que o período de governança de Juscelino Kubitschek teve um grande foco do mercado brasileiro (ainda relativamente pequeno) em escalas de produção requeridas para a fabricação de bens de alta tecnologia.
Dessa maneira, as indústrias se dedicavam à produção de bens mais leves, deixando a produção de bens “pesados” para as importações (uma das características da nova DIT), o que implicaria numa nova dependência financeira e tecnológica em relação aos países já desenvolvidos. Essa situação se refletia em desequilíbrios na balança de pagamentos do país (surgiram déficits a partir de 1958 com o novo ciclo de deterioração das relações de troca e o crescimento das despesas com o serviço do capital estrangeiro, consequência dos investimentos e empréstimos externos acumulados na década).
Tal situação se agravou devido aos curtos prazos de vencimento dos empréstimos externos, em um contexto de conflitos entre o governo JK e tanto FMI como Banco Mundial, que culminou com o rompimento em 1959. Consequentemente, a implementação do Plano de Metas não conseguiu surtir o efeito de crescimento esperado, mesmo que muitos avanços em muitas áreas tenham sido originados a partir dele.
REFERÊNCIAS
FGV CPDOC. O brasil de jk > 50 anos em 5: o plano de metas. Disponível em: <http://cpdoc.fgv.br/producao/dossies/jk/artigos/economia/planodemetas>. Acesso em: 20 mai. 2018.
FICHAS MARRA. Faq economia – o plano de metas de jk. Disponível em: <https://fichasmarra.wordpress.com/2010/11/22/faq-economia-o-plano-de-metas-de-jk/>. Acesso em: 21 mai. 2018.
LAFER, Betty Mindlin. Planejamento no brasil: O Planejamento no Brasil – Observações sobre o Plano de Metas. 5 ed. São Paulo: Editora Perspectiva, 2003. 29-50 p.
LESSA, Carlos. 15 anos de política econômica. 2 ed. Rio de Janeiro: Editora Brasiliense, 1981. 26-91 p.
TODA MATÉRIA. Plano de metas. Disponível em: <https://www.todamateria.com.br/plano-de-metas/>. Acesso em: 21 mai. 2018.
UOL EDUCAÇÃO. Governo juscelino kubitschek (1956-1961): "anos dourados" e brasília. Disponível em: <https://educacao.uol.com.br/disciplinas/historia-brasil/governo-juscelino-kubitschek-1956-1961-anos-dourados-e-brasilia.htm>. Acesso em: 19 mai. 2018.
WIKIPEDIA. Plano de metas. Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/plano_de_metas>. Acesso em: 20 mai. 2018.

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