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Aula 1 A ORIGEM DA VIDA • Terra: 4,8 bi. Ambiente inóspito, temperatura e radiações elevadas e presença de gases tóxicos: CH4, CO, NH3, H2S. • Vida: 3,5 bi. Bactérias nos oceanos (resfriamento e 1ª molec.) • Teoria da “Sopa Primordial”: altas temp. e descargas elétricas teriam formado primeiras moléculas pré-abióticas (bases nitrogenadas, benzenos etc). • Comprovada com Urey-Miller: vapor + gases e descargas elétricas geraram formaldeídos, bases nitrogenadas etc. • Teriam armazenado informações e catalisado reações. Capacidade de codificar sua própria replicação auxiliou na origem da vida. Evoluiu para catalisadores mais eficientes (proteínas) e se tornou intermediário como material genético. • Teoria do Impacto: moléculas orgânicas trazidas por meteoros com aminoácidos e bases. • Teoria das fendas submarinas (organismos termofílicos): local com atividade biológica independente da luz, redução de CO2 por FeS geraria moléculas orgânicas complexas. • Teoria da argila: reações catalisadas por silicatos. Membranas: Lipídios teriam se acumulado, formando vesículas, que se tornaram células. Vantagens: não difusão dos produtos das reações. A QUÍMICA DOS ORGANISMOS VIVOS • Crosta terrestre: O > Si > Al > Fe; e no corpo humano: H > O > C > N. • Grupos funcionais mais comuns: etil, metil, fenil , carbonil, hidroxil, amino, amido, sulfudril. ÁGUA • 70% do peso dor organismos, atividade apenas em células com 65% de água. • Propriedades essenciais: ponte de hidrogênio formada pelo dipolo (H-O), tendência de se auto-ionizar. PONTE DE HIDROGÊNIO • Torna água liquida em temperatura ambiente e confere arranjo de cristais de gelo. • Água pode atuar como aceptor ou doador de H nas pontes. • Faz com que o ponto de fusão seja bem alto. • São mais fortes quando interação eletrostática é máxima (H-O em linha reta). • Água como solvente: solubilidade depende da interação, dissolve substancias polares hidrofílicas. • Lei de Coulomb: (F = força de interação entre as cargas, Q= cargas, r= distancia entre as cargas e ɛ= cte dielétrica do meio). • Quanto maior a cte, menor é a força que une as cargas. • A água tem a segunda maior cte e favorece a separação por solvatação. • Biomoléculas apolares: lipídios, polares: açúcares, aminoácidos, glicocerol e anfipáficos: proteínas, pigmentos, esteróis, fosfolipídios. • Gases apolares são insolúveis em água. O2 é transportado por proteínas e CO2 na forma de HCO - 3 (bem solúvel em água). • Interação hidrofóbica: mantém unidas regiões apolares de moléculas diferentes. Estabilizam membranas e proteínas. • Interações fracas: Van Der Waals, hidrofóbica, iônica e ponte de hidrogênio. Em conjunto se tornam fortes (para separar enzimas, é preciso quebrar todas as ligações juntas). Aula 2 SISTEMAS TAMPÃO • Ionização da água: medida pela condutividade elétrica de H3O +. • Migração dos íons H+ é maior que dos monovalentes Na+ e K+, devido ao salto de prótons entre séries de H2O fazendo com que reações ácido-base sejam bem rápidas. • pH = pKa + log [A-]/[HA] sendo o pKa do ácido fraco. Mudanças no pH alteram grupos carregados em aminoácidos e, portanto, podem alterar estruturas e atividades de enzimas. O pH também é utilizado como diagnóstico (sangue e urina). • Curvas de titulação: calcular o pH de um ácido pelo volume e concentração da base utilizada para a neutralização do ácido. • Tampão: soluções aquosas que resistem à mudança de pH, formadas por ácidos fracos com suas bases conjugadas. • Tampões Biológicos: 1] Fosfato: abundantes nas células, pKa= 6,86 - H2PO4 - H+ + HPO4 2- 2] proteínas: AA histidina pKa = 6,04 para hist. livre, mas 7 em peptídeos e proteínas. • SANGUE: o tampão bicarbonato regula pH sanguíneo a 7,4. • Sistema aberto em que o CO2 tampona perdas de acido carbônico. O CO2 gasoso mantém o CO2 dissolvido, que restitui o H2CO3. [ CO2 (g) CO2 (d) CO2 (d) + H2O H2CO3 H2CO3 H + + HCO3 - ] AMINOÁCIDOS E LIGAÇÃO PEPTÍDICA • Proteínas: abundantes, de diferentes tamanhos, formas e funções. Instrumento para expressão da informação genética. Conjunto de 20 aminoácidos. • Fórmula geral: , Forma Zwitteriônica (em pH fisiológico) • Identificação de carbonos: . • Aminoácidos são classificados de acordo com a polaridade das cadeias laterais e a presença de grupo acídico ou básico nessas cadeias. Todos os aminoácidos em proteínas são estereoisômeros L (D em peptídeos pequenos e antibióticos). • Grupos R não polares alifáticos: glicina, alanina, prolina, valina, leucina, isoleucina e metiolina. • Grupos R polares não carregados: serina, treonina (cadeia lateral polar é O-H), cisteína, asparadina, glutamina, ácido glutâmico e aspártico (com grupo carboxila que pode perder um próton). • Cisteína: pode formar pontes dissulfeto (estabilização) através da oxidação de grupos SH (cadeia lateral polar); • Grupos R aromáticos: fenilalanina, tirosina, triptopano. • Grupos R carregados positivamente: lisina, arginina, histidina. • Grupos R negativamente carregados: aspartato e glutamato. • Aminoácidos incomuns: modificações pós-tradução nas proteínas em que foram inseridos como hidroxiprolina e hidroxilisina (colágeno), metillisina (miosina), carboxiglutamato (protrombina), desmosina (elastina). • Não encontrados em proteínas: ornitina e citrulina (intermediários na biossíntese de arginina e no ciclo da uréia). • Substância anfotérica: Aminoácidos que podem atuar como ácidos e bases. • Aminoácidos não carregados tem carga variada de -1 a 1 . • Ponto isoelétrico (pI): média aritmética dos pks, valor do AA de carga nula. Para AA com carga, vale o pK do grupo carregado. LIGAÇÃO PEPTÍDICA • Formação de peptídeo: Ligação entre grupos -carboxila de um aminoácido e -amina do próximo com a liberação de água. Ressonância híbrida de duas estruturas, em que muda a posição da dupla ligação (entre C-O ou entre C-N). • Nomenclatura: começa com a extremidade do amino terminal. AULA 3 ESTRUTURA E FUNÇÕES DAS PROTEÍNAS • Níveis de estrutura das proteínas: [1]Estrutura primária: ordem de ligação dos aminoácidos (escrita linearmente). [2]Estrutura secundaria: arranjos dos átomos em α-hélice e folhas β- pregueadas, mantidos por pontes de hidrogênio. Cadeias laterais não fazem parte dessa estrutura. • Ângulos de rotação: ψ (C α-C) e φ (N-C α) têm valores que restringem o número de conformações possíveis. • α-Hélice: cadeia principal fixa, enquanto a cadeia peptídica enrola- se sobre si própria e as laterais são projetadas para fora. A conformação helicoidal permite arranjo linear, o que confere força máxima às pontes (entre os grupos C=O e N-H) e torna a conformação muito estável. • Desestruturação da α-Hélice: Estrutura cíclica: como na prolina, em que a rotação entre N e C é limitada, e não são possíveis as ligações ponte de hidrogênio intercadeias. Repulsão eletrostática pela proximidade de grupos carregados de mesmo sinal, como lisina e arginina (+) e glutamato e aspartato (-). Repulsão estérica pela proximidade de cadeias laterais volumosas como na serina, teorina e cisteína. Estabilizam proteínas: leucina, alanina, tirosina, histidina etc. Quebram a alfa-hélice: hidroxiprolina e prolina. • Folhas β pregueadas: esqueleto quase todo que estendido com pontes de hidrogênio intra e intercadeias. • Folha pregueada paralela: cadeias na mesma direção. • Folha pregueada anti-paralela: cadeias em direções opostas. Observar que as pontes de hidrogênio são perpendiculares às direções das cadeias. • Estruturas supersecundárias: combinação entre alfa hélice e beta pregueada a)Βαβ; b)αα (helice-volta-helice); c)meandro β;d) chave grega Observações: meandro beta pode gerar conformação terciária barril beta. • Domínios protéicos: unidades de cadeia que se dobram independentemente, são mantidas mesmo após retirada de outros. Funções são comuns a conformações similares, como os domínios de ligação do DNA. • Estrutura terciária: arranjos tridimensionais, incluindo cadeias laterais e grupos prostéticos. Estabilizada por interações entre os radicais dos aminoácidos. • Estrutura quaternária: arranjo das subunidades (cadeias polipeptídicas) mediado por interações como pontes de hidrogênio e interações hidrofóbicas. • Ligações entre as conformações: Iônicas: entre grupos eletricamente carregados com cargas opostas. Hidrofóbicas: entre radicais de aminoácidos apolares. Repelem a água. Pontes de hidrogênio: atração do H com outro elemento mais eletronegativo, geralmente O ou N (intercadeias). Ligações covalentes: compartilhamento de elétrons, moléculas duráveis e resistentes (C-C). Ex.: pontes dissulfeto entre dois resíduos de cisteína (grupos terminais SH e SH após oxidante formam ponte S-S). Forças de Van der Waals: atração inespecíficas entre moléculas de baixa polaridade. • Desnaturação: Alteração na estrutura sem rompimento das ligações peptídicas. Agentes desnaturantes: Físicos: temperatura, raio X, ultra som. Químicos: ácidos e bases fortes, detergentes, uréia, mercaptoetanol. Alterações: redução da solubilidade, aumento da digestabilidade por proteases e agentes quimicos, e perda de atividade biológica. Obs: a maioria pode ser renaturada. Classificações: • FIBROSAS: Repetição de estruturas secundárias, insolúveis em água devido a presença de muitos aminoácidos hidrofóbicos, papel estrutural (suporte, força e forma). • α-queratina: forma cabelo e unhas, são duas alfa-hélices enroladas, aumentando a resistência da estrutura (organizada em protofilamentos, protofibrilas e filamentos intermediários). Pontos de contato entre aminoácidos hidrofóbicos e rigidez são aumentados por pontes S-S. • Colágeno: forma pele, tecido conectivo, parede de vasos, cartilagem, osso. Rico em prolina que facilita a torção da cadeia, e glicina, que por ser pequena adapta-se ao espaço entre as 3 hélices. Tem alta resistência a tensão. Composição média de 35% gli, 11 ala e 21 pro e 4- hip. • Elastina: forma tecidos conectivos. Fibra elástica com propriedades semelhantes à borracha. Capaz de se distender em duas dimensões. • Fibroína: folha beta rica em alanina e glicina, não extensível (beta já estendida), mas flexível devido as interações fracas. Ex.: proteína da seda produzida por insetos e aranhas. GLOBULARES: • Diferentes segmentos de cadeia polipeptídica dobrada, uns sobre os outros, solúveis em água, função transportadora, reguladora, motora, e de catálise enzimática. Resíduos hidrofóbicos ficam no interior e hidrofílicos na superfície. • Mioglobina: função de armazenamento e difusão de O2. Cadeia única e um grupo heme, abundante em músculos que mergulham em grande profundidade. Oito segmentos alfa separados por betas. Alto grau de empacotamento torna interações de van der waals mais importante. Obs.: Em proteínas pequenas é difícil manter aminoácidos hidrofóbicos no interior, portanto “S-S” passa a ser importante. • Hemoglobina: duas cadeias alfa, duas beta e 4 hemes. Função de transporte de O2. PROTEINAS MEMBRANARES: • Pelo menos uma parte insolúvel (inserida na membrana), importante para comunicação das células. Constitui canais que permitem a passagem de átomos ou pequenas moléculas para o interior da célula. Exemplo: porina. • FOLDING – dobramento de proteínas recém sintetizadas. Formação de estruturas secundárias são guiadas pelas sequências de aminoácidos, após isto são estabelecidas interações de curta distancia para estruturas super-secundárias. FUNÇÕES DAS PROTEÍNAS • Estrutural: filamentos de suporte para proteção e resistência de estruturas. Colágeno, Actina e Miosina (contração muscular), Queratina (impermeabilizante. Evita dessecação), Albumina (abundante no sangue como porção líquida, regulação osmótica), Resilina (ligamentos em dobradiças das asas de insetos) e Fibroína (propriedades elásticas). • Enzimática: grupo mais variado, que age em quase todas as reações químicas em sistemas biológicos. Exemplo, lípases, DNA polimerases. • Contráctil e de movimento: Actina e miosina no sistema muscular esquelético, deslizamento da miosina sobre actina. Tubulina constitui os microtúbulos, os quais formam cílios e flagelos. Na contração muscular também agem a tropomiosina que bloqueia as cabeças de miosina, e a troponina que liga cálcio e interage com a tropomiosina. Com impulsos nervosos o cálcio é liberado, expondo as cabeças de miosinas. • Função hormonal: sintetizados por glândulas endócrinas e liberados no sangue ativando ou inibindo o funcionamento de órgãos. • Função nutritiva: proteínas como fonte de aminoácidos que também podem ser oxidados como fonte de energia. Em ovos de animais, o vitelo (nutrição) é praticamente só proteína. • Função de defesa: anticorpos produzidos (por linfócitos, glóbulos brancos) na presença de antígenos, eles se recombinam quimicamente e o anticorpo neutraliza o efeito do antígeno (corpo estranho ao organismo). • Coagulação sanguínea: fibrinogênio, protrombina, globulina anti- hemofílica. • Transporte: hemoglobina que transporta oxigênio, e ferritina, o ferro. HEMOGLOBINA • Ligação cooperativa: ligação de uma molécula de oxigênio facilita a ligação da próxima molécula (ligação da 4ª molécula é 300x mais eficiente que da 1ª), e por isso a curva de ligação do oxigênio na hemoglobina é sigmoidal, e não hiberbólica como da mioglobina. Ocorre que e deslocamento do ferro causado pela ligação do oxigênio ao grupo heme, muda a estrutura quaternária da hemoglobina, alternando uma sequência de eventos que induzem alterações conformacionais em outra subunidades. • Atividade biológica: a mioglobina tem alta afinidade com o O2 em pressões muito baixas, sendo ideal para o armazenamento. A hemoglobina tem alta afinidade em altas pressões (alvéolos pulmonares) e baixa em pressões reduzidas (capilares dos tecidos), sendo adaptada para transportar O2 de lugares + concentrados para - concentrados. • Efeito de Bohr: a capacidade da mioglobina de se ligar ao oxigênio não é afetada pela presença de H+ ou CO2. O CO2 produzido pelo metabolismo se difunde nos capilares e não sendo solúvel é transformado em bicarbonato (HCO3 -) liberando um H+ que é captado pela hemoglobina, ao mesmo tempo em que esta libera o O2 para as necessidades dos tecidos. A reação inversa ocorre nos alvéolos. Conseqüentemente a hemoglobina abaixa o pH dos tecidos metabolicamente ativos, exercendo papel na manutenção do pH plasmático, juntamente com o tampão bicarbonato sanguíneo. • Anemia Falciforme: substituição de um Glu por uma Val na cadeia beta da hemoglobina leva a formação da hemoglobina S anormal (ocorre só em homozigotos para essa mutação). Provoca formação de agregados fibrosos devido à diferença de polaridade do glutamato (polar) e da vanila (apolar). Isso torna a hemoglobina numa forma de foice. Devido ao baixo nº (metade do normal) de glóbulos vermelhos, as crises são desencadeadas por exercício físico, e se apresentam como fraqueza, tontura, falta de fôlego e aumento de pulsação. Os capilares ainda podem ser obstruídos por células alongadas, causando dores e mal-funcionamento de órgãos. • Proteínas conjugadas: heteroproteínas constituídas por aminoácidos mais outro grupo não-protético (prostético). AULA 4 CARBOIDRATOS • Composição química das células: 70%agua, 1% íos inorgânicos e 80-90% de moléculas inorgânicas. • Unidade básica: monossacarídeos, pelo menos 3 átomos de carbono, sendo um deles carbonila (aldeído ou cetona), e o restante com hidroxilas. São polihidroxi-aldeídos ou cetonas. • Oligossacarídeos: cadeias curtas de monossacarídeos unidos por ligações glicosídicas. Exemplo: sacarose (dissacarídeo de glicose e frutose), lactose, maltose. • Polissacarídeos: maioria, média ou alta massa molecular podendo ser ramificados. [1] Homopolissacarídeo: único tipo de unidade básica como o amido, glicogênio e celulose. [2] Heteropolissacarídeo: dois ou mais tipos de unidades monoméricas. • Proteoglicanos e peptideoglicanos: • Configuração: sendo ”n“ o nº de C assimétricos, 2n é o nº de estereoisômeros de uma molécula. • Numeração de carbonos a partir do topo: quando há mais de um carbono assimétrico, tem-se a configuração D e L (isomeria ótica, são imagens especulares um do outro) para o carbono assimétrico mais distante do grupamento carbonila. D para OH na direita e L na esquerda. Estereoisômeros: C6H12O6 • Epímeros: diferem na configuração ao redor de um único carbono. D-glicose e D-manose (C 2) e D-glicose e D-galactose (C 4). • Estruturas cíclicas: reação entre os carbonos distantes (1 e 5) formando um HEMIACETAL cíclico nas aldohexoses, ou entre os C2 e C5 para formar um HEMICETALN cíclico nas cetohexoses. O carbono carbonílico se torna assimétrico, chamado de carbono anomérico, e a estrutura cíclica pode assumir a forma α ou β, denominadas anômeros um do outro. Podem ser interconvertidos de uma forma à outra, através das espécies de cabonilas livres. As formas α e β sao enantiômeros (isômeros ópticos), e se na ciclização o OH do novo carbono assimétrico (C1) estiver voltado para a direita, tem-se o isômero α. Caso contrário, o isômero β. A transformação de um isômero em outro é chamada mutarrotação. • Projeção de Haworth: forma piranosídica [1] Isomeria D/L : D- grupo externo ao anel (C6) para cima e L –grupo para baixo [2] Isomeria α/β: β- OH de C1 no mesmo plano em relação a C6 e α- OH de C1 no plano oposto a C6 . [3] Carbonos assimétricos: direita (Fischer)-para baixo (Haworth) e esquerda (F) – para cima (H). • Derivados da D-glicose: união do OH do carbono anomérico de um monossacaríd eo com um OH alcoólico de outro. • Ligação glicosídica: ligação entre o carbono anomérico de um monossacarídeo a qualquer OH de outro, liberando uma água. O amido e a celulose diferem apenas da ligação glicosídica. Polissacarídeos de reserva: AMIDO: reserva em células vegetais como grânulos de amido no citosol. Contém dois polímeros glicose, a amilose (cadeias longas de D-glicose α14) e amilop ectina (ramificada, α1-4 nas ligações e α1-6 nas ramificações) • GLICOGÊNIO: reservado em células animais, também em glândulos. Ligações α1-4 e ramificações α 1-6, é diferente da amilopectina, pois apresenta mais ramificações (uma a cada 8 a 12 subunidades). Cada ramificação termina em uma unidade de açucar não-redutor (OH do C1 não está livre). É abundante no fígado, e também está presente no músculo esquelético. Polissacarídeos estruturais: • CELULOSE: parede celular dos vegetais, homopolissacarídeo linear (de 10000 a 15000 subunidades) β1-4. • QUITINA: homopolissacarídeo linear de resíduos N- acetilglicosamina β1-4. Diferencia da celulose pela substituição de um OH em C2 por um amino acetilado. Compõe o exoesqueleto duro de artrópodes. AULA 5 • GLICOPROTEÍNAS: Resíduos de carboidrato (pode ter mais de uma cadeia oligossacarídea, constituindo de 1 a 70% da massa glicoproteína) ligados a cadeia polipeptídica, são encontrados na matriz extracelular, no sangue e em organelas como o complexo de Golgi, grânulos secretores e lisossomos. Estão unidos ao grupo hidroxila de resíduos de serina ou treonina (O ligados) através do carbono anomérico, ou do nitrogênio (da função amida de resíduo de asparagina) por ligação glicosídica. • PROTEOGLICANOS: Glicoproteínas com grande quantidade (85 a 95%) de carboidratos. • GLICOSAMINOGLICANOS: Heparina, heparam sulfato, quaratum sulfato, ácido hialurônico. Diferem quanto à hexosamina, (D- glucosamina ou D-galactosamina) açúcar nitrogenado, presença e posição de agrupamentos sulfato e tipo de ligação glicosídica. Localização: determina a classificação • SUPERFÍCIE CELULAR: Sindecam, de heparam sulfato. • Funções: receptoras para fatores anti-coagulantes, crescimento do fibroblasto e adesão de moléculas. • MATRIZ CELULAR: Integrinas- glicoproteínas de duas subunidades α e β. Responsáveis pela sinalização celular. Na membrana basal encontram-se as perlecam (de heparam sulfato) e na matriz intersticial as agregam (alto peso molecular- cartilagem) e a decorim (baixo peso). • Componentes macromoleculares: formam fibras - Colágeno, elastina e fibrilina; não formam fibras - fibronectina, laminina, vitronectina, entactina e as proteoglicanas. • GRÂNULOS CITOPLASMÁTICOS: Serglicim. Auxílio no empacotamento de poliaminas como histaminas. • PEPTÍDEOGLICANOS : Heteropolímero de ácido alternantes de N- acetilglicosamina e N-acetilmurâmico unidos por β 1-4. Polímeros lado a lado na parede celular, e são interligados por peptídeos pequenos. Estes peptídeos unem cadeias de polissacarídeos, formando revestimento forte que envolve a célula e protege do inchamento e lise devido à entrada d’água por osmose.
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