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Aula 05 Administração Financeira e Orçamentária p/ STJ - Analista Judiciário - Área Administrativa Professor: Sérgio Mendes Administração Financeira e Orçamentária p/ STJ Analista Judiciário - Área Administrativa Teoria e Questões Comentadas Prof. Sérgio Mendes ʹ Aula 05 Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 1 de 71 AULA 5: Receita Pública APRESENTAÇÃO DO TEMA SUMÁRIO APRESENTAÇÃO DO TEMA ........................................................................ 1 1. CLASSIFICAÇÃO QUANTO À FORMA DE INGRESSO .................................. 3 2. CLASSIFICAÇÃO POR NATUREZA DA RECEITA (POR CATEGORIAS) ............ 5 3. CLASSIFICAÇÃO POR FONTES (OU POR DESTINAÇÃO DE RECURSOS) ...... 17 4. CLASSIFICAÇÃO POR IDENTIFICADOR DE RESULTADO PRIMÁRIO ............ 20 5. CLASSIFICAÇÕES DOUTRINÁRIAS ........................................................ 21 6. DÍVIDA ATIVA .................................................................................... 24 MAIS QUESTÕES DE CONCURSOS ANTERIORES - CESPE ............................ 33 MEMENTO V .......................................................................................... 55 LISTA DE QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA ...................................... 60 GABARITO ............................................................................................. 71 Olá amigos! Como é bom estar aqui! Motivação é quando se tem uma razão para agir. Ter motivação significa ter um desejo por trás de suas ações. Ela é responsável pela persistência de uma pessoa para atingir uma meta. Há casos em que a motivação existe de forma fácil e natural no aluno. Ela pode surgir pela própria curiosidade ou pela vontade de se progredir na vida. Entretanto, para muitos, manter-se motivado é um desafio. Uma excelente forma de motivação é através da visualização. Visualizar seu objetivo e sentir as sensações do sucesso ² como se ele já tivesse acontecido ² faz com que você se torne mais confiante. Se o seu objetivo é passar em um grande concurso, imagine você sendo aprovado, depois de tanto esforço e dedicação. Sinta a emoção como se você tivesse acabado de ver o seu nome na lista de aprovados. Outra maneira de obter motivação é mantendo contato com pessoas com os mesmos sonhos e ideais que o seu. Criar grupos de estudo com pessoas otimistas e animadas ² um incentivando e ajudando o outro ² faz com que todos se mantenham ativos e estudando de forma eficiente. (extraído de texto da Simplus, com adaptações). Vamos lá! Mantenha a motivação! Vamos estudar nesta aula a Receita Pública. Administração Financeira e Orçamentária p/ STJ Analista Judiciário - Área Administrativa Teoria e Questões Comentadas Prof. Sérgio Mendes ʹ Aula 05 Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 2 de 71 A palavra receita é utilizada em todo o mundo pela contabilidade para evidenciar a variação positiva da situação líquida patrimonial resultante do aumento de ativos ou da redução de passivos de uma entidade. A receita pública pode ser definida em sentido amplo (lato) e em sentido restrito (stricto). Receita pública em sentido amplo (lato sensu) ou ingresso público: são todas as entradas ou ingressos de bens ou direitos a qualquer título, em certo período de tempo, que o Estado utiliza para financiar seus gastos, podendo ou não se incorporar ao seu patrimônio e independente de haver contrapartida no passivo. Exemplos: receitas tributárias, operações de crédito, operações de crédito por antecipação de receita, cauções etc. Receita pública em sentido estrito (stricto sensu): são todas as entradas ou ingressos de bens ou direitos, em certo período de tempo, que se incorporam ao patrimônio público sem compromisso de devolução posterior. Exemplos: alienação de bens, receita de contribuições, receitas industriais etc. No processo orçamentário, é notável a relevância da receita pública, cuja previsão dimensiona a capacidade governamental em fixar a despesa pública e, no momento da sua arrecadação, torna-se instrumento condicionante da execução orçamentária da despesa. A receita está envolvida em situações singulares na Administração Pública, como a sua distribuição e destinação entre as esferas governamentais e o estabelecimento de limites legais impostos pela lei de responsabilidade fiscal. Dessa forma, assume fundamental importância ao permitir estudos e análises acerca da carga tributária suportada pelos diversos segmentos da sociedade. O conhecimento dos conceitos e da classificação da receita possibilita a cidadania no processo de fiscalização da arrecadação, bem como o efetivo controle social sobre as contas dos Governos Federal, Estadual, Distrital e Municipal. Da mesma forma, do lado dos servidores públicos, o conhecimento das receitas públicas, principalmente em face da LRF, contribui para a transparência das contas públicas e para o fornecimento de informações de melhor qualidade aos diversos usuários. As classificações orçamentárias de receitas e despesas são de fundamental importância para a transparência das operações constantes de um orçamento. Toda a informação orçamentária é organizada e veiculada segundo um tipo de classificação. Ademais, é por meio das várias classificações, ainda, que se implementam planos, que se explicitam os objetivos e prioridades da ação pública, orçamento e gestão das organizações do setor público, ilustrando, desse modo, o direcionamento político da ação governamental. Nesta aula abordaremos as classificações da Receita Pública. Na seguinte, trataremos das classificações da Despesa Pública. Em ambos falaremos bastante do que está previsto no atual Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público - MCASP, no atual Manual Técnico de Orçamento - MTO e nas Portarias que regem as classificações. Administração Financeira e Orçamentária p/ STJ Analista Judiciário - Área Administrativa Teoria e Questões Comentadas Prof. Sérgio Mendes ʹ Aula 05 Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 3 de 71 1. CLASSIFICAÇÃO QUANTO À FORMA DE INGRESSO Quanto à forma de ingresso, as receitas podem ser: x Orçamentárias: são entradas de recursos que o Estado utiliza para financiar seus gastos, transitando pelo patrimônio do Poder Público. Segundo o art. 57 da Lei 4.320/1964, serão classificadas como receita orçamentária, sob as rubricas próprias, todas as receitas arrecadadas, inclusive as provenientes de operações de crédito, ainda que não previstas no orçamento. Receita orçamentária A receita pública pode ser considerada orçamentária mesmo se não estiver incluída na lei orçamentária anual. São chamadas também de ingressos orçamentários. x Extraorçamentárias: tais receitas não integram o orçamento público e constituem passivos exigíveis do ente, de tal forma que o seu pagamento não está sujeito à autorização legislativa. Isso ocorre porque possuem caráter temporário, não se incorporando ao patrimônio público. São chamadas de ingressos extraorçamentários. São exemplos de receitas extraorçamentárias: depósito em caução, antecipação de receitas orçamentárias ± ARO, consignações diversas, cancelamento de restos a pagar, emissão de moeda e outras entradas compensatórias no ativo e passivo financeiros. operações de crédito �operações de crédito por ARO As operações de crédito são receitas orçamentárias e as operações de crédito por antecipação de receita são receitas extraorçamentárias. Observação: uma receita extraorçamentária pode se tornar orçamentária. Por exemplo, pode ser exigido de um licitante um depósito em caução para a participação em uma licitação.O depósito em caução é uma receita extraorçamentária do órgão, sujeita à devolução. Se o licitante der um lance vencedor e não honrá-lo no prazo previsto, perderá a caução em favor do Erário, que a incorporará como receita orçamentária. Administração Financeira e Orçamentária p/ STJ Analista Judiciário - Área Administrativa Teoria e Questões Comentadas Prof. Sérgio Mendes ʹ Aula 05 Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 4 de 71 9iULRV�DXWRUHV�XWLOL]DP�R�WHUPR�³QDWXUH]D´�QHVVD�FODVVLILFDomR��$WHQWH�SDUD�QmR� confundir com a classificação por natureza da receita. Entendo que o termo ³IRUPD�GH�LQJUHVVR´�p�R�PDLV�DSURSULDGR�QHVWH�FDVR� Segundo o MTO, a classificação da receita orçamentária, a exemplo do que ocorre na despesa, é de utilização obrigatória por todos os entes da Federação, sendo facultado o seu desdobramento para atendimento das respectivas necessidades. Sobre o assunto, as receitas orçamentárias são classificadas segundo os seguintes critérios: 1. natureza de receita; 2. indicador de resultado primário; 3. fonte/destinação de recursos; e 4. esfera orçamentária1. 1) (CESPE ± Analista Judiciário ± Administrativo - TRE/GO ± 2015) Os ingressos extraorçamentários, que integram o fluxo financeiro das receitas públicas, não têm impacto no patrimônio líquido nem são objeto de programação orçamentária. As receitas extraorçamentárias não integram o orçamento público e constituem passivos exigíveis do ente, de tal forma que o seu pagamento não está sujeito à autorização legislativa. Isso ocorre porque possuem caráter temporário, não se incorporando ao patrimônio público. São chamadas de ingressos extraorçamentários. Resposta: Certa 2) (CESPE ± Agente Administrativo ± Polícia Federal ± 2014) Recursos provenientes de caução não devem ser considerados receita orçamentária, pois representam apenas movimentação de fundos. Cauções são receitas extraorçamentárias, pois não integram o orçamento público e constituem passivos exigíveis do ente. Resposta: Certa 1 A classificação por esfera é uma classificação tanto da receita como da despesa. Será estudada em uma das aulas sobre classificação da despesa pública. Administração Financeira e Orçamentária p/ STJ Analista Judiciário - Área Administrativa Teoria e Questões Comentadas Prof. Sérgio Mendes ʹ Aula 05 Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 5 de 71 2. CLASSIFICAÇÃO POR NATUREZA DA RECEITA (POR CATEGORIAS) As naturezas de receitas orçamentárias procuram refletir o fato gerador que ocasionou o ingresso dos recursos aos cofres públicos. É a menor célula de informação no contexto orçamentário para as receitas públicas, devendo, portanto, conter todas as informações necessárias para as devidas vinculações. Em face da necessidade de constante atualização e melhor identificação dos ingressos aos cofres públicos, o esquema inicial de classificação foi desdobrado em níveis, que formam o código identificador da natureza de receita: x 1.º Nível: Categoria Econômica x 2.º Nível: Origem x 3.º Nível: Espécie x 4.º Nível: Rubrica x 5.º Nível: Alínea x 6.º Nível: Subalínea X Y Z W TT KK Categoria Econômica Origem Espécie Rubrica Alínea Subalínea 1.º nível - Categoria econômica da receita X Y Z W TT KK Categoria Econômica Origem Espécie Rubrica Alínea Subalínea Este nível da classificação por natureza obedece ao critério econômico. É utilizado para mensurar o impacto das decisões do Governo na economia nacional (formação de capital, custeio, investimentos etc.). É codificado e subdividido da seguinte forma: x 1. Receitas correntes. x 2. Receitas de capital. x 7. Receitas correntes intraorçamentárias. x 8. Receitas de capital intraorçamentárias. Vamos a elas: Receitas correntes: classificam-se nessa categoria aquelas receitas oriundas do poder impositivo do Estado ± tributária e de contribuições; da exploração de Administração Financeira e Orçamentária p/ STJ Analista Judiciário - Área Administrativa Teoria e Questões Comentadas Prof. Sérgio Mendes ʹ Aula 05 Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 6 de 71 seu patrimônio ± patrimonial; da exploração de atividades econômicas ± agropecuária, industrial e de serviços; as provenientes de recursos financeiros recebidos de outras pessoas de direito público ou privado, quando destinadas a atender despesas classificáveis em despesas correntes ± transferências correntes; e as demais receitas que não se enquadram nos itens anteriores ± outras receitas correntes. Receitas de capital: são as provenientes da realização de recursos financeiros oriundos de constituição de dívidas; da conversão, em espécie, de bens e direitos; os recursos recebidos de outras pessoas de direito público ou privado, destinados a atender despesas classificáveis em despesas de capital e, ainda, o superávit do orçamento corrente. Em geral, as receitas de capital são representadas por mutações patrimoniais que nada acrescentam ao patrimônio público, só ocorrendo uma troca de elementos patrimoniais, isto é, um aumento no sistema financeiro (entrada de recursos financeiros) e uma baixa no sistema patrimonial (saída do patrimônio em troca de recursos financeiros). Na Lei 4320/1964: Art. 11 - A receita classificar-se-á nas seguintes categorias econômicas: Receitas Correntes e Receitas de Capital. § 1º - São Receitas Correntes as receitas tributária, de contribuições, patrimonial, agropecuária, industrial, de serviços e outras e, ainda, as provenientes de recursos financeiros recebidos de outras pessoas de direito público ou privado, quando destinadas a atender despesas classificáveis em Despesas Correntes. § 2º - São Receitas de Capital as provenientes da realização de recursos financeiros oriundos de constituição de dívidas; da conversão, em espécie, de bens e direitos; os recursos recebidos de outras pessoas de direito público ou privado, destinados a atender despesas classificáveis em Despesas de Capital e, ainda, o superávit do Orçamento Corrente. Segundo a Lei 4.320/1964, o superávit do orçamento corrente resulta do balanceamento dos totais das receitas e despesas correntes, porém não constituirá item de receita orçamentária. Isso ocorre para evitar a dupla contagem, porque ela já foi considerada no orçamento corrente. Por exemplo, ao final de 2011, em determinado ente, a diferença entre as receitas correntes arrecadadas, no valor de R$ 10 bilhões, e as despesas correntes realizadas, de R$ 8 bilhões, é considerada superávit do orçamento corrente e receita de capital. O superávit do orçamento corrente é receita de capital, porém não é receita orçamentária. Administração Financeira e Orçamentária p/ STJ Analista Judiciário - Área Administrativa Teoria e Questões Comentadas Prof. Sérgio Mendes ʹ Aula 05 Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 7 de 71 Receitas intraorçamentárias: são receitas oriundas de operações realizadas entre órgãos e demais entidades da Administração Pública integrantes do orçamento fiscal e da seguridade social de uma mesma esfera de governo. São chamadas também de ingressos intraorçamentários. Têm a finalidade de discriminar as receitas referentes às operações entre órgãos, fundos, autarquias, fundações públicas, empresas estatais dependentes e outras entidades integrantes do orçamento fiscal e da seguridade social. O elemento motivador da criação dessas receitas foi a inclusão, na Portaria Interministerial STN/SOF 163, de 4 de maio de 2001, da modalidade de DSOLFDomR�³���±Aplicação Direta Decorrente de Operação entre Órgãos, Fundos e Entidades IntegrantHV�GRV�2UoDPHQWRV�)LVFDO�H�GD�6HJXULGDGH�6RFLDO´� Receitas Intraorçamentárias As receitas intraorçamentárias são receitas oriundas de operações realizadas entre órgãos e demais entidades da Administração Pública integrantes do Orçamento Fiscal e da Seguridade Social de uma mesma esfera de governo. Não inclui o Orçamento de Investimento das Estatais. As novas naturezas de receitas intraorçamentárias são constituídas substituindo-VH�R�SULPHLUR�QtYHO��FDWHJRULD�HFRQ{PLFD�³�´�RX�³�´��SHOos dígitos ³�´�� VH� UHFHLWD� FRUUHQWH� LQWUDRUoDPHQWiULD�� H� ³�´�� VH� UHFHLWD� GH� FDSLWDO� intraorçamentária, mantendo-se o restante da codificação. As classificações incluídas não constituem novas categorias econômicas de receita, mas sim meras especificações das categorias corrente e de capital, a fim de possibilitar a identificação das respectivas operações intraorçamentárias e, dessa forma, evitar a dupla contagem de tais receitas. 3) (CESPE ± Agente Administrativo ± Polícia Federal ± 2014) A classificação da receita quanto à natureza visa identificar a origem do recurso que ingressa nos cofres públicos segundo o fato gerador, servindo para análise do impacto dos investimentos governamentais na economia. As naturezas de receitas orçamentárias procuram refletir o fato gerador que ocasionou o ingresso dos recursos aos cofres públicos. Administração Financeira e Orçamentária p/ STJ Analista Judiciário - Área Administrativa Teoria e Questões Comentadas Prof. Sérgio Mendes ʹ Aula 05 Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 8 de 71 O primeiro nível da classificação por natureza obedece ao critério econômico. É utilizado para mensurar o impacto das decisões do Governo na economia nacional (formação de capital, custeio, investimentos etc.). Resposta: Certa 2.º nível - Origem X Y Z W TT KK Categoria Econômica Origem Espécie Rubrica Alínea Subalínea É a subdivisão das categorias econômicas que tem por objetivo identificar a origem das receitas no momento em que estas ingressam no patrimônio público. Identifica a procedência dos recursos públicos, em relação ao fato gerador dos ingressos das receitas (derivada, originária, transferências e outras). No caso das receitas correntes, tal classificação serve para identificar se as receitas são compulsórias (tributos e contribuições), provenientes das atividades em que o Estado atua diretamente na produção (agropecuárias, industriais ou de prestação de serviços), da exploração do seu próprio patrimônio (patrimoniais), se provenientes de transferências destinadas ao atendimento de despesas correntes, ou, ainda, de outros ingressos. No caso das receitas de capital, distinguem-se as provenientes de operações de crédito, da alienação de bens, da amortização dos empréstimos, das transferências destinadas ao atendimento de despesas de capital, ou, ainda, de outros ingressos de capital. Os códigos da origem para as receitas correntes e de capital são: ORIGENS DAS RECEITAS RECEITAS CORRENTES RECEITAS DE CAPITAL 1. Receita Tributária 2. Receita de Contribuições 3. Receita Patrimonial 4. Receita Agropecuária 5. Receita Industrial 6. Receita de Serviços 7. Transferências Correntes 9. Outras Receitas Correntes 1. Operações de Crédito 2. Alienação de Bens 3. Amortização de Empréstimos 4. Transferências de Capital 5. Outras Receitas de Capital Administração Financeira e Orçamentária p/ STJ Analista Judiciário - Área Administrativa Teoria e Questões Comentadas Prof. Sérgio Mendes ʹ Aula 05 Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 9 de 71 2.1 Origens das receitas correntes 2.1.1 Receitas tributárias Para que o Estado possa custear suas atividades, são necessários recursos financeiros. Uma de suas fontes é o tributo, o qual é definido pelo art. 3º do Código Tributário Nacional ± CTN: ³$UW����7ULEXWR�p� WRGD�SUHVWDomR�SHFXQLiULD� FRPSXOVyULD�� HP�PRHGD�RX�FXMR� valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e FREUDGD�PHGLDQWH�DWLYLGDGH�DGPLQLVWUDWLYD�SOHQDPHQWH�YLQFXODGD�´ Apresento também o conceito da Lei 4320/1964, pois pode aparecer em prova cobrando a literalidade do dispositivo: Tributo é a receita derivada instituída pelas entidades de direito publico, compreendendo os impostos, as taxas e contribuições nos termos da constituição e das leis vigentes em matéria financeira, destinando-se o seu produto ao custeio de atividades gerais ou especificas exercidas por essas entidades (art. 9º da Lei 4320/1964). Independentemente do nome ou da destinação, o que vai caracterizar o tributo é o seu fato gerador, o qual é a situação definida em lei como necessária e suficiente à sua ocorrência. Assim, são irrelevantes sua denominação e a destinação legal do produto de sua arrecadação. O art. 5º do CTN define que as espécies de tributos são impostos, taxas e contribuições de melhorias: x Imposto: FRQIRUPH�R�DUW������ ³LPSRVWR�p�R� WULEXWR�FXMD�REULJDomR�WHP� por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade HVWDWDO� HVSHFtILFD�� UHODWLYD� DR� FRQWULEXLQWH´�� 6HPSUH� TXH� SRVVtYHO�� RV� impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte, facultado à Administração Tributária, especialmente para conferir efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte. x Taxa: GH� DFRUGR� FRP� R� DUW�� ���� ³DV� WD[DV� FREUDGDV� SHOD� 8QLmR�� SHORV� Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, têm como fato gerador o exercício regular do poder de polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição´�� $V� WD[DV� QmR� SRGHUmR� WHU� EDVH� GH� FiOFXOR� SUySULD� GH� impostos. x Contribuição de melhoria: VHJXQGR� R� DUW�� ���� ³D� FRQWULEXLomR� GH� melhoria cobrada pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, é instituída para fazer face ao custo de obras públicas de que decorra Administração Financeira e Orçamentária p/ STJ Analista Judiciário - Área Administrativa Teoria e Questões Comentadas Prof. Sérgio Mendes ʹ Aula 05 Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 10 de 71 valorização imobiliária, tendo como limite total a despesa realizada e como limite individual o acréscimo de valor que da obra resultar para FDGD�LPyYHO�EHQHILFLDGR´� Nas classificações orçamentárias, os impostos, taxas e contribuições de melhorias são receitas tributárias. As demais contribuições são receitas de contribuições. Contribuição de melhoria 2.1.2 Receitas de contribuições As receitas de contribuições correspondem ao ingresso proveniente de contribuições sociais, de intervenção no domínio econômico e para o custeio de serviço de iluminação pública, como instrumento de intervenção nas respectivas áreas. Exemplos: contribuição para o salário-educação, contribuições sobre a receita de concursos de prognósticos (loterias), contribuição para o fundo de saúde das Forças Armadas etc. Apesar da controvérsia doutrinária sobre o tema, suas espécies podem ser definidas da seguinte forma: x Contribuições sociais (1210.00.00): destinadas ao custeio da seguridade social, que compreende a previdência social, a saúde e a assistência social. x Contribuiçõesde Intervenção no Domínio Econômico (1220.00.00): a CIDE é classificada no orçamento público como uma espécie de contribuição que atinge um determinado setor da economia, com finalidade qualificada em sede constitucional, instituída mediante um motivo específico. Essa intervenção se dá pela fiscalização e por atividades de fomento, como, por exemplo, desenvolvimento de pesquisas para crescimento do setor e oferecimento de linhas de crédito para expansão da produção. Um exemplo de CIDE é o Adicional sobre Tarifas de Passagens Aéreas Domésticas, voltado à suplementação tarifária de linhas aéreas regionais de passageiros, de baixo e médio potencial de tráfego. x Contribuição para o Custeio de Serviço de Iluminação Pública (1230.00.00): sob a ótica da classificação orçamentária, também é espécie da origem Contribuições, que integra a categoria econômica Receitas Correntes. Foi instituída pela Emenda Constitucional nº 39, de 19 de dezembro de 2002, que acrescentou o art. 149-A à CF/1988, e possui a finalidade de custear o serviço de iluminação pública. A competência para instituição é dos Municípios e do Distrito Federal. As Contribuições de Interesse das Categorias Profissionais ou Econômicas se caracterizam por atender a determinadas categorias Administração Financeira e Orçamentária p/ STJ Analista Judiciário - Área Administrativa Teoria e Questões Comentadas Prof. Sérgio Mendes ʹ Aula 05 Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 11 de 71 profissionais ou econômicas, vinculando sua arrecadação às entidades que as instituíram. Não transitam pelo orçamento da União. Essas contribuições são destinadas ao custeio das organizações de interesse de grupos profissionais, como, por exemplo, Ordem dos Advogados do Brasil ± OAB, Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura ± CREA, Conselho Regional de Medicina ± CRM, entre outros. 2.1.3 Demais origens x Receita patrimonial: é o ingresso proveniente de rendimentos sobre investimentos do ativo permanente, de aplicações de disponibilidades em operações de mercado e outros rendimentos oriundos de renda de ativos permanentes. Por exemplo, temos as receitas de arrendamentos, como o que acontece quando se arrenda os terrenos da União, em que o Poder Público concede à outra parte o gozo temporário de um terreno mediante retribuição. Tal retribuição se torna receita patrimonial. Outros exemplos: aluguéis, foros e laudêmios, taxas de ocupação de imóveis, juros de títulos de renda, dividendos, participações, bônus de assinatura de contrato de concessão, remuneração de depósitos bancários, remuneração de depósitos especiais e remuneração de saldos de recursos não desembolsados. x Receita agropecuária: é o ingresso proveniente da atividade ou da exploração agropecuária de origem vegetal ou animal. Incluem-se nessa classificação as receitas advindas da exploração da agricultura (cultivo do solo), da pecuária (criação, recriação ou engorda de gado e de animais de pequeno porte) e das atividades de beneficiamento ou transformação de produtos agropecuários em instalações existentes nos próprios estabelecimentos. x Receita industrial: é o ingresso proveniente da atividade industrial de extração mineral, de transformação, de construção e outras, provenientes das atividades industriais definidas como tal pela Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística ± IBGE. x Receita de serviços: é o ingresso proveniente da prestação de serviços de transporte, saúde, comunicação, portuário, armazenagem, de inspeção e fiscalização, processamento de dados, vendas de mercadorias e produtos inerentes à atividade da entidade e outros serviços. x Transferência corrente: é o ingresso proveniente de outros entes ou entidades, referente a recursos pertencentes ao ente ou entidade recebedora ou ao ente ou entidade transferidora, efetivado mediante condições preestabelecidas ou mesmo sem qualquer exigência, desde que o objetivo seja a aplicação em despesas correntes. x Outras receitas correntes: são os ingressos correntes provenientes de outras origens não classificáveis nas anteriores. Exemplos: recebimento de dívida ativa, multas em geral, restituições etc. Administração Financeira e Orçamentária p/ STJ Analista Judiciário - Área Administrativa Teoria e Questões Comentadas Prof. Sérgio Mendes ʹ Aula 05 Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 12 de 71 'DV�³GHPDLV�RULJHQV´��D�PDLV�FREUDGD�HP�SURYDV�p�D�receita patrimonial! Mas afinal, o que é laudêmio? Para responder a pergunta tema desta página é necessário fazermos um breve esclarecimento sobre o instituto da enfiteuse, também conhecido pelo nome de aforamento, pois o laudêmio advém desse instituto que é o mais amplo dos direitos reais sobre coisa alheia. Para que todos possam entender a enfiteuse, quando dizemos "todos" incluímos os que não são operadores do direito, citemos um simples contrato de locação de imóvel como exemplo para uma analogia. No contrato de locação de imóvel temos o "locador", proprietário, e o "locatário", pessoa que alugou o imóvel para fins residenciais ou comerciais, obrigando-se a pagar um aluguel àquele. No contrato de enfiteuse temos o "senhorio direto", proprietário, e o "enfiteuta" (ou "foreiro"), este pessoa que adquiriu o domínio útil do imóvel e se obrigou a pagar uma pensão anual (foro) àquele. Fazendo uma analogia entre os dois contratos, no de locação o prazo é determinado, no de enfiteuse é perpétuo, no de locação o locatário não pode alienar (vender) os direitos que exerce sobre a propriedade, já no de enfiteuse o enfiteuta pode alienar o domínio útil do imóvel. À vista da analogia acima feita entre os dois contratos, observamos que o enfiteuta pode alienar os seus direitos porque adquire uma parte do domínio do imóvel chamada de útil, que significa, de forma simplória, o direito de usufruir o imóvel do modo mais completo. O senhorio direto conserva uma outra parte para si do imóvel denominada domínio direto. Pois bem, unindo-se o domínio direto com o útil temos o domínio pleno, que é exatamente o tipo de domínio que permanece com o locador no contrato de locação. A partir deste ponto, deixemos de lado o contrato de locação. Pois bem, para o enfiteuta alienar o seu domínio útil deverá primeiramente consultar o senhorio direto, pois este tem preferência na compra. Uma vez que o senhorio declina no seu direito de preferência e deixa de consolidar o domínio pleno do imóvel em suas mãos, surge a obrigação do enfiteuta de pagar o LAUDÊMIO. O mesmo é devido somente nas transações onerosas, portanto, nas transações não onerosas inexiste a obrigação do pagamento de laudêmio. Os foreiros ou ocupantes de imóvel da União com renda familiar inferior ou igual a cinco salários mínimos, podem requerer a isenção do pagamento. O laudêmio não é tributo, portanto, não é imposto. Trata-se de uma contraprestação pecuniária em que se obrigou o particular (foreiro) quando Administração Financeira e Orçamentária p/ STJ Analista Judiciário - Área Administrativa Teoria e Questões Comentadas Prof. Sérgio Mendes ʹ Aula 05 Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 13 de 71 firmou o contrato de enfiteuse com o proprietário (senhorio direto) do imóvel. A obrigação não nasce diretamente da lei como no caso do tributo, tem origem numa relação contratual. O mesmo diga-se do ocupante de terra que foi autorizado a ocupar. Fonte: ENTENDA O QUE É LAUDÊMIO. Desenvolvido por Rodrigo Marcos Antonio Rodrigues. Esclarecimentos sobre a cobrança de laudêmio. Disponível em: http://www.laudemio.com.br. Acesso em: 09/11/2012. 4) (CESPE± Agente Administrativo ± Polícia Federal ± 2014) Considere que uma universidade pública seja proprietária de uma fazenda de criação de gado e realize a venda de animais para abate, auferindo, na operação, receita tipicamente classificada como de atividade agropecuária. Nessa situação, tal receita, do ponto de vista orçamentário, deverá ser classificada como receita corrente. São Receitas Correntes as receitas tributária, de contribuições, patrimonial, agropecuária, industrial, de serviços e outras e, ainda, as provenientes de recursos financeiros recebidos de outras pessoas de direito público ou privado, quando destinadas a atender despesas classificáveis em Despesas Correntes (art. 11, § 1º, da Lei 4320/1964). Resposta: Certa 5) (CESPE ± Analista Técnico-Administrativo - CADE ± 2014) Se determinado órgão público tiver recebido rendimentos sobre aplicações de disponibilidades em operações de mercado, então a receita correspondente a esses rendimentos será classificada como receita patrimonial. A receita patrimonial corresponde ao ingresso proveniente de rendimentos sobre investimentos do ativo permanente, de aplicações de disponibilidades em operações de mercado e outros rendimentos oriundos de renda de ativos permanentes. Resposta: Certa 2.2 Origens das receitas de capital x Operações de crédito: são os ingressos provenientes da colocação de títulos públicos ou da contratação de empréstimos e financiamentos internos ou externos obtidos junto a entidades estatais ou privadas. Para efeitos de classificação orçamentária, os empréstimos compulsórios também são classificados como operações de crédito. Administração Financeira e Orçamentária p/ STJ Analista Judiciário - Área Administrativa Teoria e Questões Comentadas Prof. Sérgio Mendes ʹ Aula 05 Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 14 de 71 x Alienação de bens: é o ingresso proveniente da alienação de bens móveis ou imóveis de propriedade do ente. Exemplos: privatizações, venda de um prédio público etc. x Amortização de empréstimos: é o ingresso referente ao recebimento de parcelas de empréstimos ou financiamentos concedidos em títulos ou contratos, ou seja, representam o retorno dos recursos anteriormente emprestados pelo poder público. x Transferências de capital: é o ingresso proveniente de outros entes ou entidades, referente a recursos pertencentes ao ente ou entidade recebedora ou ao ente ou entidade transferidora, efetivado mediante condições preestabelecidas ou mesmo sem qualquer exigência, desde que o objetivo seja a aplicação em despesas de capital. x Outras receitas de capital: são os ingressos de capital provenientes de outras origens não classificáveis nas anteriores. Exemplos: integralização de capital de empresas estatais, resultado positivo do Banco Central e remuneração das disponibilidades do tesouro. Transferência corrente �7ransferência de capital. O que interessa para diferenciar as transferências é a aplicação da receita e não a sua procedência. Se for aplicada em despesas de capital, será transferência de capital; se for aplicada em despesas correntes, será transferência corrente. 6) (CESPE ± Técnico Administrativo ± ANTT ± 2013) As receitas advindas de operações de crédito são oriundas da venda de títulos públicos ou da contratação de empréstimos e financiamentos internos ou externos, auferidos junto a entidades estatais ou privadas, e devem ser classificadas como receitas de capital. As operações de crédito correspondem aos ingressos provenientes da colocação de títulos públicos ou da contratação de empréstimos e financiamentos internos ou externos obtidos junto a entidades estatais ou privadas. São receitas de capital. Resposta: Certa Administração Financeira e Orçamentária p/ STJ Analista Judiciário - Área Administrativa Teoria e Questões Comentadas Prof. Sérgio Mendes ʹ Aula 05 Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 15 de 71 3.º nível - Espécie X Y Z W TT KK Categoria Econômica Origem Espécie Rubrica Alínea Subalínea É o nível de classificação vinculado à origem, composto por títulos que permitem qualificar com maior detalhe o fato gerador dos ingressos de tais receitas. Por exemplo, dentro da origem receita tributária (receita proveniente de tributos) podemos identificar as suas espécies, tais como impostos, taxas e contribuições de melhoria (conforme definido na CF/1988 e no CTN), sendo cada uma dessas receitas uma espécie de tributo diferente das demais. 4.º nível ± Rubrica X Y Z W TT KK Categoria Econômica Origem Espécie Rubrica Alínea Subalínea É o detalhamento das espécies de receita. A rubrica busca identificar dentro de cada espécie de receita uma qualificação mais específica. Agrega determinadas receitas com características próprias e semelhantes entre si. 5.º nível ± Alínea X Y Z W TT KK Categoria Econômica Origem Espécie Rubrica Alínea Subalínea Funciona como uma qualificação da rubrica. A alínea é o nível que apresenta o nome da receita propriamente dita e que recebe o registro pela entrada de recursos financeiros. 6.º nível ± Subalínea X Y Z W TT KK Categoria Econômica Origem Espécie Rubrica Alínea Subalínea Administração Financeira e Orçamentária p/ STJ Analista Judiciário - Área Administrativa Teoria e Questões Comentadas Prof. Sérgio Mendes ʹ Aula 05 Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 16 de 71 Constitui o nível mais analítico da receita, o qual recebe o registro de valor, pela entrada do recurso financeiro, quando houver necessidade de maior detalhamento da alínea. Detalhamento de código Para atender às necessidades internas, a União, os estados, o Distrito Federal e os municípios poderão detalhar as classificações orçamentárias a partir do nível ainda não detalhado, sendo que, se o detalhamento ocorrer no nível de alínea (quinto e sexto dígitos) ou subalínea (sétimo e oitavo dígitos), deverá ser a partir do 51. A administração dos níveis já detalhados cabe à União. Poderá haver um sétimo nível (nono e décimo dígitos), denominado de detalhamento facultativo, a ser criado, opcionalmente, pelo ente. Exemplo de uma estrutura completa da natureza da receita: 1112.04.10 Fonte MCASP 7) (CESPE ± Analista Técnico-Administrativo ± MDIC ± 2014) Os códigos correspondentes às rubricas devem ser utilizados quando se fizer necessário discriminar os tipos de receita agrupados em determinada espécie. A rubrica é o detalhamento das espécies de receita. A rubrica busca identificar dentro de cada espécie de receita uma qualificação mais específica. Agrega determinadas receitas com características próprias e semelhantes entre si. Resposta: Certa 1 ± Categoria Econômica: Receitas Correntes 1 ± Origem: Receitas Tributárias 1 ± Espécie: Impostos 2 ± Rubrica: Impostos sobre o Patrimônio e a Renda 04 ± Alínea: Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza 10 ± Subalínea: Pessoas Físicas Detalhamento de código: não há. Administração Financeira e Orçamentária p/ STJ Analista Judiciário - Área Administrativa Teoria e Questões Comentadas Prof. Sérgio Mendes ʹ Aula 05 Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 17 de 71 3. CLASSIFICAÇÃO POR FONTES (OU POR DESTINAÇÃO DE RECURSOS) É uma classificação tanto da receita como da despesa. Vimos que a classificação por natureza da receita busca a melhor identificação da origem do recurso segundo seu fato gerador. No entanto, existea necessidade de classificar a receita conforme a destinação legal dos recursos arrecadados. As fontes de recursos constituem-se de determinados agrupamentos de naturezas de receitas, atendendo a uma determinada regra de destinação legal, e servem para indicar como são financiadas as despesas orçamentárias. É a individualização dos recursos de modo a evidenciar sua aplicação segundo a determinação legal, sendo, ao mesmo tempo, uma classificação da receita e da despesa. Por meio da classificação por fontes, possibilita-se o atendimento dos seguintes dispositivos da Lei de Responsabilidade Fiscal: x Os recursos legalmente vinculados a finalidade específica serão utilizados exclusivamente para atender ao objeto de sua vinculação, ainda que em exercício diverso daquele em que ocorrer o ingresso (art. 8º, parágrafo único, da LRF); x A disponibilidade de caixa constará de registro próprio, de modo que os recursos vinculados a órgão, fundo ou despesa obrigatória fiquem identificados e escriturados de forma individualizada (art. 50, I, da LRF). A classificação por fontes de recursos consiste em um código de três dígitos, sendo que o primeiro indica o grupo de fontes de recursos, e o segundo e terceiro, a especificação das fontes de recursos. O grupo de fontes de recursos identifica se o recurso é ou não originário do Tesouro Nacional e se pertence ao exercício corrente ou a exercícios anteriores. 1.º DÍGITO: GRUPO DE FONTES DE RECURSOS 1 ± Recursos do Tesouro ± Exercício Corrente 2 ± Recursos de Outras Fontes ± Exercício Corrente 3 ± Recursos do Tesouro ± Exercícios Anteriores 6 ± Recursos de Outras Fontes ± Exercícios Anteriores 9 ± Recursos Condicionados Definições: x Recursos do Tesouro: são aqueles geridos de forma centralizada pelo Poder Executivo, que detém a responsabilidade e o controle sobre as disponibilidades financeiras. Essa gestão centralizada se dá, normalmente, por meio do Órgão Central de Programação Financeira, a Administração Financeira e Orçamentária p/ STJ Analista Judiciário - Área Administrativa Teoria e Questões Comentadas Prof. Sérgio Mendes ʹ Aula 05 Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 18 de 71 STN, que administra o fluxo de caixa, fazendo liberações aos órgãos e entidades, de acordo com a programação financeira e com base nas disponibilidades e nos objetivos estratégicos do Governo. x Recursos de outras fontes: são aqueles arrecadados e controlados de forma descentralizada e cuja disponibilidade está sob a responsabilidade desses órgãos e entidades, mesmo nos casos em que dependam de autorização do Órgão Central de Programação Financeira para dispor desses valores. De forma geral, esses recursos têm origem no esforço próprio das entidades, seja pelo fornecimento de bens, prestação de serviços ou exploração econômica do patrimônio próprio. x Exercício corrente e exercícios anteriores: corresponde à segregação entre recursos arrecadados no exercício corrente daqueles arrecadados em exercícios anteriores, informação importante, uma vez que os recursos vinculados deverão ser aplicados no objeto para o qual foram reservados, ainda que em exercício subsequente ao ingresso (art. 8º da LRF). Ressalta-se que os códigos 3 e 6 deverão ser utilizados para registro do superávit financeiro do exercício anterior, que servirá de base para a abertura de créditos adicionais, respeitando as especificações das destinações de recursos. x Recursos condicionados: são aqueles incluídos na previsão da receita orçamentária, mas que dependem da aprovação de alterações na legislação para a integralização dos recursos. Quando confirmadas tais proposições, os recursos são remanejados para as destinações adequadas e definitivas. Os dígitos seguintes são bastante variados. O estudante deve saber que a fonte de recursos é composta por 3 dígitos e quais são os grupos do 1.° dígito. Exemplos de fontes: x Fonte 100: Recursos do Tesouro ± Exercício Corrente (1); Recursos Ordinários (00); x Fonte 152: Recursos do Tesouro ± Exercício Corrente (1); Resultado do Banco Central (52); x Fonte 150: Recursos do Tesouro ± Exercício Corrente (1); Recursos Próprios Não Financeiros (50); x Fonte 250: Recursos de Outras Fontes ± Exercício Corrente (2); Recursos Próprios Não Financeiros (50); x Fonte 300: Recursos do Tesouro ± Exercícios Anteriores (3); e Recursos Ordinários (00). O MCASP traz algumas observações importantes: x Como mecanismo integrador entre a receita e a despesa, o código de destinação/fonte de recursos exerce um duplo papel na execução orçamentária. Para a receita orçamentária, esse código tem a finalidade de indicar a destinação de recursos para a realização de determinadas Administração Financeira e Orçamentária p/ STJ Analista Judiciário - Área Administrativa Teoria e Questões Comentadas Prof. Sérgio Mendes ʹ Aula 05 Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 19 de 71 despesas orçamentárias. Para a despesa orçamentária, identifica a origem dos recursos que estão sendo utilizados. Assim, o mesmo código utilizado para controle das destinações da receita orçamentária também é utilizado na despesa, para controle das fontes financiadoras da despesa orçamentária. x A destinação de recursos é o processo no qual os recursos públicos são correlacionados a uma aplicação, desde a previsão da receita até a efetiva utilização dos recursos. A destinação pode ser classificada em destinação vinculada e destinação ordinária. A destinação vinculada é o processo de vinculação entre a origem e a aplicação de recursos, em atendimento às finalidades específicas estabelecidas pela norma. Já a destinação ordinária é o processo de alocação livre entre a origem e a aplicação de recursos, para atender a quaisquer finalidades. x O argumento utilizado na criação de vinculações para as receitas é o de garantir a despesa correspondente, seja para funções essenciais, seja para entes, órgãos, entidades e fundos. Deve ser pautado em mandamentos legais que regulamentam a aplicação de recursos. Outro tipo de vinculação é aquela derivada de convênios e contratos de empréstimos e financiamentos, cujos recursos são obtidos com finalidade específica. x Na execução orçamentária, a codificação da destinação da receita indica a vinculação, evidenciando, a partir do ingresso, as destinações dos valores. Quando da realização da despesa, deve estar demonstrada qual sua fonte de financiamento (fonte de recursos), estabelecendo-se a interligação entre a receita e a despesa. x Assim, no momento do recolhimento/recebimento dos valores, é feita classificação por natureza de receita e destinação de recursos, sendo possível determinar a disponibilidade para alocação discricionária pelo gestor público, e aquela reservada para finalidades específicas, conforme vinculações estabelecidas. x Portanto, o controle das disponibilidades financeiras por fonte de recursos deve ser feito desde a elaboração do orçamento até a sua execução, incluindo o ingresso, o comprometimento e a saída dos recursos orçamentários. 8) (CESPE ± Auditor de Controle Externo ± TCDF ± 2014) A classificação da receita por fonte de recurso atende à necessidade de vinculação de receitas e despesas estabelecida pela Lei de Responsabilidade Fiscal. Por meio da classificação por fontes, possibilita-se o atendimento dos seguintes dispositivos da Lei de Responsabilidade Fiscal: Administração Financeira e Orçamentária p/ STJ Analista Judiciário - Área Administrativa Teoria e Questões Comentadas Prof. Sérgio Mendes ʹ Aula 05 Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br20 de 71 _ Os recursos legalmente vinculados a finalidade específica serão utilizados exclusivamente para atender ao objeto de sua vinculação, ainda que em exercício diverso daquele em que ocorrer o ingresso (art. 8º, parágrafo único, da LRF); _ A disponibilidade de caixa constará de registro próprio, de modo que os recursos vinculados a órgão, fundo ou despesa obrigatória fiquem identificados e escriturados de forma individualizada (art. 50, I, da LRF). Resposta: Certa 4. CLASSIFICAÇÃO DA RECEITA POR IDENTIFICADOR DE RESULTADO PRIMÁRIO A receita é classificada, ainda, como primária (P), quando seu valor é incluído na apuração do resultado primário e não primária ou financeira (F), quando não é incluída nesse cálculo. As receitas financeiras surgiram com a adoção, pelo Brasil, da metodologia de apuração do resultado primário, oriundo de acordos com o Fundo Monetário Internacional ± FMI. Desse modo, passou-se a denominar como receitas financeiras aquelas receitas que não são consideradas na apuração do resultado primário, como as derivadas de aplicações no mercado financeiro ou da rolagem e emissão de títulos públicos, assim como as provenientes de privatizações, entre outras. Outro bom exemplo são as receitas oriundas de operações de crédito. As demais receitas, provenientes dos tributos, contribuições, patrimoniais, agropecuárias, industriais e de serviços, são classificadas como primárias. 9) (CESPE ±Analista Técnico-Administrativo - CADE ± 2014) A classificação da receita por identificador de resultado divide as receitas públicas entre aquelas relacionadas com o resultado fiscal e as relacionadas com o resultado operacional. A classificação da receita por identificador de resultado divide as receitas públicas entre primárias e financeiras. Resposta: Errada Administração Financeira e Orçamentária p/ STJ Analista Judiciário - Área Administrativa Teoria e Questões Comentadas Prof. Sérgio Mendes ʹ Aula 05 Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 21 de 71 5. CLASSIFICAÇÕES DOUTRINÁRIAS Segundo a doutrina, ou seja, consoante os estudiosos do direito financeiro, a receita pública pode ainda ser classificada nos seguintes aspectos: coercitividade ou procedência, poder de tributar, afetação patrimonial e regularidade: Coercitividade ou Procedência: x Originárias: denominadas também de receitas de economia privada ou de direito privado. Correspondem àquelas que provêm do próprio patrimônio do Estado. São resultantes da venda de produtos ou serviços colocados à disposição dos usuários ou da cessão remunerada de bens e valores. x Derivadas: denominadas também de receitas de economia pública ou de direito público. Correspondem àquelas obtidas pelo Estado mediante sua autoridade coercitiva. No nosso ordenamento jurídico se caracterizam pela exigência do Estado para que o particular entregue de forma compulsória uma determinada quantia na forma de tributos, de contribuições ou de multas. Poder de tributar: classifica as receitas de acordo com o poder de tributar que compete a cada ente da Federação, considerando e distribuindo as receitas obtidas como pertencentes aos respectivos entes, quais sejam: Governo Federal, Estadual, do Distrito Federal e Municipal. Afetação patrimonial: x Efetivas: contribuem para o aumento do patrimônio líquido, sem correspondência no passivo. São efetivas todas as receitas correntes, com exceção do recebimento de dívida ativa, que representa fato permutativo e, assim, é não efetiva. x Não efetivas ou por mutação patrimonial: nada acrescentam ao patrimônio público, pois se referem às entradas ou alterações compensatórias nos elementos que o compõem. São não efetivas todas as receitas de capital, com exceção do recebimento de transferências de capital, que causa acréscimo patrimonial e, assim, é efetiva. Regularidade ou periodicidade: x Ordinárias: compostas por ingressos permanentes e estáveis, com arrecadação regular em cada exercício financeiro. Assim, são perenes e possuem característica de continuidade, como a maioria dos tributos: IR, ICMS, IPVA, IPTU etc. Administração Financeira e Orçamentária p/ STJ Analista Judiciário - Área Administrativa Teoria e Questões Comentadas Prof. Sérgio Mendes ʹ Aula 05 Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 22 de 71 x Extraordinárias: não integram sempre o orçamento. São ingressos de caráter não continuado, eventual, inconstante, imprevisível, como as provenientes de guerras, doações, indenizações em favor do Estado etc. 10) (CESPE ± Contador - MTE ± 2014) Para fins contábeis, a receita orçamentária efetiva aumenta a situação líquida patrimonial da entidade. Quanto à afetação patrimonial, as receitas efetivas contribuem para o aumento do patrimônio líquido, sem correspondência no passivo Resposta: Certa Administração Financeira e Orçamentária p/ STJ Analista Judiciário - Área Administrativa Teoria e Questões Comentadas Prof. Sérgio Mendes ʹ Aula 05 Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 23 de 71 Distinção entre Taxas e Tarifas (Preços Públicos) Súmula 545 do Supremo Tribunal Federal: Preços de serviços públicos e taxas não se confundem, porque estas, diferentemente daqueles, são compulsórias e têm sua cobrança condicionada à prévia autorização orçamentária, em relação à lei que a instituiu. O preço público ou tarifa é uma receita originária empresarial, pois é proveniente da intervenção do Estado na atividade econômica. Por meio de empresas associadas concessionárias ou permissionárias de serviços públicos federais, estaduais e municipais, as tarifas são cobradas para permitir o melhoramento e a expansão dos serviços, a justa remuneração do capital e assegurar o equilíbrio econômico e financeiro do contrato. É uma contraprestação de serviços de natureza comercial ou industrial, cujo pagamento deve ocorrer somente se existir a utilização do serviço. Por essa ótica, o pagamento é considerado voluntário e facultativo. O preço público geralmente visa ao lucro. São competências do Poder Executivo a fixação e a alteração de tarifas, as quais podem ser efetivadas a qualquer data com cobrança no mesmo exercício financeiro. No entanto, tal ato está vinculado às leis e regulamentos que disciplinam o serviço. Ainda, a isenção de tarifa só pode ser estabelecida em lei da entidade estatal que realiza ou delega o serviço. 'H�DFRUGR�FRP�R�DUW�����GR�&71��³DV�WD[DV�FREUDGDV�SHOD�8QLmR��SHORV�(VWDGRV�� pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, têm como fato gerador o exercício regular do poder de polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível, SUHVWDGR� DR� FRQWULEXLQWH� RX� SRVWR� j� VXD� GLVSRVLomR´�� A taxa é uma receita pública derivada, pois se integra em definitivo ao patrimônio do Estado após ser retirada de forma coercitiva do patrimônio dos particulares. A taxa visa ao ressarcimento e está submetida tanto ao princípio tributário da anterioridade quanto ao da legalidade, previstos na Constituição Federal. Administração Financeira e Orçamentária p/ STJ Analista Judiciário - Área Administrativa Teoria e Questões Comentadas Prof. Sérgio Mendes ʹ Aula 05 Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 24 de 71 6. DÍVIDA ATIVA Neste tópico, selecionei os principais pontos do tema abordado no MCASP e na legislação que o rege. São várias páginas no Manual, mas a maior parte se refere aos lançamentos contábeis. Logo, serão abordadas as partesrelacionadas à AFO/Direito Financeiro e que foram ou podem ser cobradas nas provas de nossa matéria. No art. 39 da Lei 4.320/1964: Art. 39. Os créditos da Fazenda Pública, de natureza tributária ou não tributária, serão escriturados como receita do exercício em que forem arrecadados, nas respectivas rubricas orçamentárias. § 1º Os créditos de que trata este artigo, exigíveis pelo transcurso do prazo para pagamento, serão inscritos, na forma da legislação própria, como Dívida Ativa, em registro próprio, após apurada a sua liquidez e certeza, e a respectiva receita será escriturada a esse título. § 2º Dívida Ativa Tributária é o crédito da Fazenda Pública dessa natureza, proveniente de obrigação legal relativa a tributos e respectivos adicionais e multas, e Dívida Ativa não Tributária são os demais créditos da Fazenda Pública, tais como os provenientes de empréstimos compulsórios, contribuições estabelecidas em lei, multa de qualquer origem ou natureza, exceto as tributárias, foros, laudêmios, aluguéis ou taxas de ocupação, custas processuais, preços de serviços prestados por estabelecimentos públicos, indenizações, reposições, restituições, alcances dos responsáveis definitivamente julgados, bem assim os créditos decorrentes de obrigações em moeda estrangeira, de sub-rogação de hipoteca, fiança, aval ou outra garantia, de contratos em geral ou de outras obrigações legais. § 3º O valor do crédito da Fazenda Nacional em moeda estrangeira será convertido ao correspondente valor na moeda nacional à taxa cambial oficial, para compra, na data da notificação ou intimação do devedor, pela autoridade administrativa, ou, à sua falta, na data da inscrição da Dívida Ativa, incidindo, a partir da conversão, a atualização monetária e os juros de mora, de acordo com preceitos legais pertinentes aos débitos tributários. § 4º A receita da Dívida Ativa abrange os créditos mencionados nos parágrafos anteriores, bem como os valores correspondentes à respectiva atualização monetária, à multa e juros de mora e ao encargo de que tratam o art. 1º do Decreto-lei nº 1.025, de 21 de outubro de 1969, e o art. 3º do Decreto-lei nº 1.645, de 11 de dezembro de 1978. Administração Financeira e Orçamentária p/ STJ Analista Judiciário - Área Administrativa Teoria e Questões Comentadas Prof. Sérgio Mendes ʹ Aula 05 Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 25 de 71 § 5º A Dívida Ativa da União será apurada e inscrita na Procuradoria da Fazenda Nacional. Assim o crédito da dívida ativa é cobrado por meio da emissão da certidão da dívida ativa da Fazenda Pública da União inscrita na forma da lei, valendo como título de execução, o que lhe garante liquidez. São os créditos da Fazenda Pública de natureza tributária (proveniente da obrigação legal relativa a tributos e respectivos adicionais, atualizações monetárias, encargos e multas tributárias) ou não tributária (demais créditos da Fazenda Pública) exigíveis em virtude do transcurso do prazo para pagamento. Como regra geral, as receitas decorrentes de dívida ativa tributária ou não tributária GHYHP�VHU�FODVVLILFDGDV�FRPR�³outras receitas correntes´2. Como regra geral, as receitas decorrentes de dívida ativa tributária ou não tributária devem ser classificadas como ³outras receitas correntes´� A dívida ativa é uma espécie de crédito público, cuja matéria é definida desde a Lei 4.320/1964, sendo sua gestão econômica, orçamentária e financeira resultante de uma conjugação de critérios estabelecidos em diversos outros textos legais. O conjunto de procedimentos de registro e acompanhamento dos créditos da dívida ativa buscou, a partir da tradição patrimonialista, tratar contabilmente os créditos desde a efetivação até o momento da inscrição propriamente dita em dívida ativa, atribuindo ao órgão ou unidade do ente público responsável pelo crédito a iniciativa dos lançamentos contábeis. O envio dos valores para o órgão ou unidade competente para inscrição é tratado como uma transferência de gestão de créditos, ainda no âmbito de um mesmo ente federativo. A dívida ativa abrange os créditos a favor da Fazenda Pública, cuja certeza e liquidez foram apuradas, por não terem sido efetivamente recebidos nas datas aprazadas. É, portanto, uma fonte potencial de fluxos de caixa, com impacto positivo pela recuperação de valores, espelhando créditos a receber, sendo contabilmente alocada no ativo. 2 Somente em dois casos o recebimento de dívida ativa é classificado como receita de capital: _ Receita da Dívida Ativa Proveniente de Amortização de Empréstimos e Financiamentos (2550.00.00); _ Receita da Dívida Ativa da Alienação de Estoques de Café ± FUNCAFÉ (2560.00.00). Administração Financeira e Orçamentária p/ STJ Analista Judiciário - Área Administrativa Teoria e Questões Comentadas Prof. Sérgio Mendes ʹ Aula 05 Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 26 de 71 A Dívida Ativa não se confunde com a Dívida Pública (Passiva), que representa as obrigações do Ente Público para com terceiros. A Dívida Ativa abrange os créditos a favor da Fazenda Pública, cuja certeza e liquidez foram apuradas, por não terem sido efetivamente recebidos nas datas aprazadas. A inscrição em dívida ativa é ato jurídico que visa legitimar a origem do crédito em favor da Fazenda Pública, revestindo o procedimento dos necessários requisitos jurídicos para as ações de cobrança. No âmbito federal, os créditos inscritos em dívida ativa compõem o Cadastro de Dívida Ativa da União. A competência para a gestão administrativa e judicial da dívida ativa da União é da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional ± PGFN. As autarquias e fundações públicas federais devem manter cadastro e controle próprio dos créditos inerentes às suas atividades. A competência para a apuração de certeza e liquidez, inscrição em dívida ativa e gestão administrativa e judicial desses créditos é da Procuradoria-Geral Federal ± PGF. Assim, como regra geral, as competências são distribuídas do seguinte modo: x Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional ± PGFN: é responsável pela apuração da liquidez e da certeza dos créditos da União, tributários ou não, a serem inscritos em dívida ativa, e pela representação legal da União. x Procuradoria-Geral Federal ± PGF: é competente para apurar a certeza e a liquidez dos créditos das autarquias e fundações públicas federais, inscrevê-los em dívida ativa e proceder à cobrança amigável e judicial, bem como pela representação judicial e extrajudicial dessas entidades. Excetuam-se a essa regra as contribuições sociais previdenciárias e a representação do Banco Central do Brasil. As demais esferas governamentais, estados, Distrito Federal e municípios, disporão sobre competências de órgãos e entidades para gestão administrativa e judicial da dívida ativa pertinente. A execução judicial para cobrança da dívida ativa da União, dos estados, do Distrito Federal, dos municípios e respectivas autarquias será regida pela Lei 6.830, de 22 de setembro de 1980, conhecida como Lei de Execuções Fiscais ± LEF, e, subsidiariamente, pelo Código de Processo Civil. O art. 2º da referida lei dispõe que cabe ao órgão competente apurar a liquidez e certeza dos créditos, qualificando a inscrição como ato de controle administrativo da legalidade. Depreende-se, portanto, que os entes públicos deverão outorgar a um órgão a competência para este procedimento, Administração Financeira e Orçamentária p/ STJ Analista Judiciário - Área Administrativa Teoria e Questões Comentadas Prof. Sérgio Mendes ʹ Aula 05 Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br27 de 71 dissociando, obrigatoriamente, a inscrição do crédito em dívida ativa e a origem desse crédito. A inscrição, que se constitui no ato de controle administrativo da legalidade, será feita pelo órgão competente para apurar a liquidez e certeza do crédito e suspenderá a prescrição, para todos os efeitos de direito, por 180 dias, ou até a distribuição da execução fiscal, se esta ocorrer antes de findo aquele prazo. A dívida ativa inscrita goza da presunção de certeza e liquidez, e tem equivalência de prova pré-constituída contra o devedor. O ato da inscrição confere legalidade ao crédito como dívida passível de cobrança, facultando ao ente público, representado pelos respectivos órgãos competentes, a iniciativa do processo judicial de execução. A presunção de certeza e liquidez da dívida ativa, no entanto, é relativa, pois pode ser derrogada por prova inequívoca, cuja apresentação cabe ao sujeito passivo. Presunção de certeza e liquidez A dívida ativa compreende, além do valor principal, atualização monetária, juros, multa e demais encargos previstos. Portanto, a incidência desses acréscimos, previstos desde a Lei 4.320/1964, é legal e de ocorrência natural, cabendo o registro contábil oportuno. Já o pagamento de custas e emolumentos foi dispensado para os atos judiciais da Fazenda Pública, de acordo com o art. 39 da LEF. A dívida ativa compreende, além do valor principal, atualização monetária, juros, multa e demais encargos previstos. Os créditos de natureza tributária, regularmente inscritos em dívida ativa, não estão submetidos a sigilo fiscal. Segundo o § 3º do art. 198 do CTN, não é vedada a divulgação de informações relativas a: I ± representações fiscais para fins penais. II ± inscrições na dívida ativa da Fazenda Pública. III ± parcelamento ou moratória. As baixas da dívida ativa podem ocorrer pelo recebimento, pelos abatimentos ou anistias previstos legalmente, e pelo cancelamento administrativo ou judicial da inscrição. Administração Financeira e Orçamentária p/ STJ Analista Judiciário - Área Administrativa Teoria e Questões Comentadas Prof. Sérgio Mendes ʹ Aula 05 Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 28 de 71 As formas de recebimento da dívida ativa são definidas em lei, destacando-se duas: em espécie ou na forma de bens, tanto pela adjudicação quanto pela dação em pagamento. A receita relativa à dívida ativa tem caráter orçamentário, e pertence ao exercício em que for realizada (arrecadada), no enfoque orçamentário. No caso de recebimento de dívida ativa na forma de bens, caso haja previsão de receita orçamentária específica para esta transação, haverá registro de receita orçamentária mesmo que não tenha havido o ingresso de recursos financeiros, bem como a incorporação do bem ou direito correspondente com reconhecimento de despesa orçamentária. Alternativamente ao recebimento, existe ainda a possibilidade de compensação de créditos inscritos em dívida ativa com créditos contra a Fazenda Pública. A compensação de créditos inscritos em dívida ativa com créditos contra a Fazenda Pública também é orientada na forma da lei específica, porém não resulta em ingresso de valores ou bens, configurando fato permutativo dentro do patrimônio do ente público. O abatimento ou anistia de quaisquer créditos a favor do Erário depende de autorização por intermédio de lei, servindo como instrumento de incentivo em programas de recuperação de créditos, observando o art. 14 da LRF, que trata da renúncia de receitas. O eventual cancelamento, por qualquer motivo, do crédito inscrito em dívida ativa representa a sua extinção e provoca diminuição na situação líquida patrimonial, relativamente à baixa do direito que é classificado como variação patrimonial diminutiva independente da execução orçamentária ou simplesmente variação passiva extraorçamentária. Da mesma forma são classificados os registros de abatimentos, anistia ou quaisquer outros valores que representem diminuição dos valores originalmente inscritos em dívida ativa, mas não decorram do efetivo recebimento. Na ótica contábil, todos os valores inscritos em dívida ativa são créditos vencidos a favor da Fazenda Pública. Nessa condição, a dívida ativa encontra abrigo nas Normas Internacionais de Contabilidade e nos Princípios Fundamentais de Contabilidade como integrante do ativo do ente público. No Brasil, por força do texto legal, ainda atende a requisitos jurídicos de legalidade e transparência. 11) (CESPE ± Analista Técnico-Administrativo - CADE ± 2014) A dívida ativa, por ser uma fonte potencial de fluxos de caixa com impacto positivo gerado pela recuperação de valores, espelha créditos a receber, portanto deve ser contabilmente reconhecida no ativo. Administração Financeira e Orçamentária p/ STJ Analista Judiciário - Área Administrativa Teoria e Questões Comentadas Prof. Sérgio Mendes ʹ Aula 05 Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 29 de 71 A dívida ativa abrange os créditos a favor da Fazenda Pública, cuja certeza e liquidez foram apuradas, por não terem sido efetivamente recebidos nas datas aprazadas. É, portanto, uma fonte potencial de fluxos de caixa, com impacto positivo pela recuperação de valores, espelhando créditos a receber, sendo contabilmente alocada no ativo. Resposta: Certa 12) (CESPE ± Administrador ± Ministério da Integração - 2013) O órgão público que disponha de crédito, em moeda estrangeira, que não tenha sido pago depois de transcorrido o prazo contratual deve inscrevê-lo na dívida ativa, convertendo o seu valor em moeda nacional à taxa de câmbio oficial para compra na data da notificação ou da intimação do devedor ou, à sua falta, na data da inscrição na dívida ativa. O valor do crédito da Fazenda Nacional em moeda estrangeira será convertido ao correspondente valor na moeda nacional à taxa cambial oficial, para compra, na data da notificação ou intimação do devedor, pela autoridade administrativa, ou, à sua falta, na data da inscrição da Dívida Ativa, incidindo, a partir da conversão, a atualização monetária e os juros de mora, de acordo com preceitos legais pertinentes aos débitos tributários (art. 39, § 3º, da Lei 4320/1964). Resposta: Certa 13) (CESPE ± Técnico Judiciário ± Administrativa ± CNJ - 2013) A dívida ativa é composta por créditos a favor da fazenda pública, os quais não foram efetivamente recebidos nas datas aprazadas e cuja certeza e liquidez foram apuradas. Constitui, portanto, fonte certa de recursos. A dívida ativa é composta por créditos a favor da fazenda pública, os quais não foram efetivamente recebidos nas datas aprazadas e cuja certeza e liquidez foram apuradas. Entretanto, não constitui fonte certa de recursos, pois a presunção de certeza e liquidez da dívida ativa é relativa, já que pode ser derrogada por prova inequívoca, cuja apresentação cabe ao sujeito passivo. Resposta: Errada 14) (CESPE ± Analista Técnico-Administrativo ± Ministério da Integração - 2013) Os créditos da fazenda pública, de natureza tributária ou não tributária, serão reconhecidos como receita do exercício em que forem arrecadados, nas respectivas rubricas orçamentárias. Administração Financeira e Orçamentária p/ STJ Analista Judiciário - Área Administrativa Teoria e Questões Comentadas Prof. Sérgio Mendes ʹ Aula 05 Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 30 de 71 Os créditos da Fazenda Pública, de natureza tributária ou não tributária, serão escriturados como receita do exercício em que forem arrecadados, nas respectivas rubricas orçamentárias (art. 39, caput, da Lei4320/1964). Resposta: Certa 15) (CESPE ± Consultor de Orçamentos ± Câmara dos Deputados ± 2014) A dívida ativa é um crédito da fazenda pública, de natureza tributária ou não, exigível em virtude do transcurso do prazo de pagamento. O crédito da dívida ativa é cobrado por meio da emissão da certidão da dívida ativa da Fazenda Pública da União inscrita na forma da lei, valendo como título de execução, o que lhe garante liquidez. São os créditos da Fazenda Pública de natureza tributária (proveniente da obrigação legal relativa a tributos e respectivos adicionais, atualizações monetárias, encargos e multas tributárias) ou não tributária (demais créditos da Fazenda Pública) exigíveis em virtude do transcurso do prazo para pagamento. Resposta: Certa 16) (CESPE ± Técnico Administrativo ± ANTAQ ± 2014) O valor de um imposto vencido e não pago no prazo legal, apuradas a sua liquidez e certeza, poderá ser inscrito na dívida ativa. O mesmo não ocorrerá com um aluguel devido a determinada entidade pública, vencido e não pago no prazo legal. Dívida Ativa Tributária é o crédito da Fazenda Pública dessa natureza, proveniente de obrigação legal relativa a tributos e respectivos adicionais e multas, e Dívida Ativa não Tributária são os demais créditos da Fazenda Pública, tais como os provenientes de empréstimos compulsórios, contribuições estabelecidas em lei, multa de qualquer origem ou natureza, exceto as tributárias, foros, laudêmios, aluguéis ou taxas de ocupação, custas processuais, preços de serviços prestados por estabelecimentos públicos, indenizações, reposições, restituições, alcances dos responsáveis definitivamente julgados, bem assim os créditos decorrentes de obrigações em moeda estrangeira, de sub-rogação de hipoteca, fiança, aval ou outra garantia, de contratos em geral ou de outras obrigações legais (art. 39, § 2º, da Lei 4320/1964). Logo, deve ser inscrito em dívida ativa o aluguel devido a determinada entidade pública, vencido e não pago no prazo legal. Resposta: Errada 17) (CESPE - Escrivão - Polícia Federal ± 2013) De acordo com o Manual Técnico de Orçamento, dívida ativa corresponde a um crédito da fazenda pública, de natureza tributária ou não tributária, que é Administração Financeira e Orçamentária p/ STJ Analista Judiciário - Área Administrativa Teoria e Questões Comentadas Prof. Sérgio Mendes ʹ Aula 05 Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 31 de 71 cobrado por meio da emissão de certidão de dívida ativa da fazenda pública da União, e equivale a um título executivo. Está no MTO e também na legislação. O crédito da dívida ativa é cobrado por meio da emissão da certidão da dívida ativa da Fazenda Pública da União inscrita na forma da lei, valendo como título de execução, o que lhe garante liquidez. São os créditos da Fazenda Pública de natureza tributária (proveniente da obrigação legal relativa a tributos e respectivos adicionais, atualizações monetárias, encargos e multas tributárias) ou não tributária (demais créditos da Fazenda Pública) exigíveis em virtude do transcurso do prazo para pagamento. Resposta: Certa 18) (CESPE ± Analista Judiciário ± Contabilidade ± CNJ - 2013) A dívida ativa constitui os créditos da fazenda pública que independem de autorização orçamentária, tendo sido contraída mediante emissão de títulos para atender a desequilíbrio orçamentário. A dívida ativa não se confunde com a Dívida Pública (Passiva), a qual representa as obrigações do Ente Público para com terceiros, como seria o caso de dívida contraída mediante emissão de títulos. A Dívida Ativa abrange os créditos a favor da Fazenda Pública, cuja certeza e liquidez foram apuradas, por não terem sido efetivamente recebidos nas datas aprazadas. Resposta: Errada 19) (CESPE ± Analista Administrativo ± Direito - ANTT ± 2013) As multas aplicadas pela ANTT como sanção por descumprimento das normas de conduta dispostas e não pagas devem ser inscritas na dívida ativa de natureza não tributária. Dívida Ativa Tributária é o crédito da Fazenda Pública dessa natureza, proveniente de obrigação legal relativa a tributos e respectivos adicionais e multas, e Dívida Ativa não Tributária são os demais créditos da Fazenda Pública, tais como os provenientes de empréstimos compulsórios, contribuições estabelecidas em lei, multa de qualquer origem ou natureza, exceto as tributárias, foros, laudêmios, aluguéis ou taxas de ocupação, custas processuais, preços de serviços prestados por estabelecimentos públicos, indenizações, reposições, restituições, alcances dos responsáveis definitivamente julgados, bem assim os créditos decorrentes de obrigações em moeda estrangeira, de sub-rogação de hipoteca, fiança, aval ou outra garantia, de contratos em geral ou de outras obrigações legais (art. 39, § 2º, da Lei 4320/1964). Resposta: Certa Administração Financeira e Orçamentária p/ STJ Analista Judiciário - Área Administrativa Teoria e Questões Comentadas Prof. Sérgio Mendes ʹ Aula 05 Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 32 de 71 20) (CESPE ± Analista Administrativo ± Administrativa - ANTT ± 2013) A inclusão do contribuinte na dívida ativa tem como requisito a apuração da certeza e liquidez da dívida. A dívida ativa abrange os créditos a favor da Fazenda Pública, cuja certeza e liquidez foram apuradas, por não terem sido efetivamente recebidos nas datas aprazadas. Resposta: Certa Administração Financeira e Orçamentária p/ STJ Analista Judiciário - Área Administrativa Teoria e Questões Comentadas Prof. Sérgio Mendes ʹ Aula 05 Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 33 de 71 MAIS QUESTÕES DE CONCURSOS ANTERIORES - CESPE Classificação por Natureza da Receita, por Fontes e Demais Classificações 21) (CESPE - Analista de Planejamento, Gestão e Infraestrutura em Propriedade Industrial ± Gestão Financeira - INPI ± 2013) A receita pública deve ser classificada nas categorias econômicas receitas correntes e receitas de capital. A receita classificar-se-á nas seguintes categorias econômicas: Receitas Correntes e Receitas de Capital (art. 11, caput, da Lei 4320/1964). Resposta: Certa 22) (CESPE - Analista de Planejamento, Gestão e Infraestrutura em Propriedade Industrial ± Gestão Financeira - INPI ± 2013) A receita patrimonial auferida de locação do patrimônio público à iniciativa privada é classificada como receita de capital. A receita patrimonial auferida de locação do patrimônio público à iniciativa privada é classificada como receita corrente. Resposta: Errada 23) (CESPE - Analista de Planejamento, Gestão e Infraestrutura em Propriedade Industrial ± Gestão Financeira - INPI ± 2013) A receita orçamentária é definida como o ingresso de recursos financeiros durante determinado exercício orçamentário, sendo um novo elemento para o patrimônio público. As receitas orçamentárias são entradas de recursos que o Estado utiliza para financiar seus gastos, transitando pelo patrimônio do Poder Público. Segundo o art. 57 da Lei 4.320/1964, serão classificadas como receita orçamentária, sob as rubricas próprias, todas as receitas arrecadadas, inclusive as provenientes de operações de crédito, ainda que não previstas no orçamento. Resposta: Certa 24) (CESPE ± Analista Judiciário ± Contabilidade ± TRT/10 ± Prova cancelada - 2013) Os impostos se caracterizam por serem tributos cujos fatos geradores não correspondem a uma prestação do Estado especifica em benefício do contribuinte. Administração Financeira e Orçamentária p/ STJ Analista Judiciário - Área Administrativa Teoria e Questões Comentadas Prof.
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