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Pressupostos Recursais Penais

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DIREITO PROCESSUAL PENAL
PRESSUPOSTOS RECURSAIS PENAIS
Recurso é o mecanismo destinado ao reexame das decisões judiciais.
No Processo Penal há duas formas de Recurso: 
- Recurso de ofício (ou Reexame Necessário) – ocorre em algumas hipóteses previstas em lei em que o Legislador determina que aquela determinada decisão seja obrigatoriamente seja submetida a superior instância. 
São decisões que concedem HC, a Reabilitação, também as contra a Absolvição Sumária no Rito do Júri e, por fim, nos crimes contra economia popular, as decisões do Juiz que arquiva Inquérito Policial ou que Absolve Réu. 
- Recurso Voluntário – aqueles que são propostos por uma das partes e neles é que há de ser observados os Pressupostos Recursais.
Pressupostos Recursais – são aquelas matérias que precisam ser julgadas antes do mérito daquele Recurso. Ex.: o TJ vai julgar se o Recurso é tempestivo, se está dentro do prazo para a interposição.
Se estiverem presentes os pressupostos recursais, o tribunal irá reconhecer aquele recurso e posteriormente julgar o mérito deste.
Por outro lado, se os pressupostos não estiverem presentes, o Tribunal simplesmente irá desconhecer o recurso e, consequentemente, não irá julgar o mérito.
Diante do exposto, pode-se concluir que os Pressupostos são necessários, essenciais à análise do mérito do recurso.
Os Pressupostos Recursais: 
Cabimento – é a existência legal do Recurso. Terá cabimento se o recurso existir nos termos da lei. Ex.: Supondo que um advogado que atue na esfera civil, abra uma exceção para um familiar e trabalha num processo criminal. Daí, diante da primeira decisão interlocutória desfaroável ao seu cliente, este advogado interpõe um Agravo Retido. Ocorre que, no processo penal não existe agravo retido, portanto este recurso não existe de forma legal, logo, não tem cabimento e, portanto, o tribunal seque irá reconhecê-lo e, consequentemente nem irá julgar o mérito.
Adequação – não basta a existência legal do recurso, há a necessidade de ser adequado, ou seja, o recurso precisa ser adequado para atacar aquele decisão. Pra cada decisão, existe um recurso adequado. E existem nesse pressuposto, dois princípios, o da Unirrecorribilidade das Decisões, que significa que, via de regra, para cada decisão existe um recurso específico. Mesmo que seja caso de haver na Sentença condenatória, mais de uma decisão em seu teor, não será admitida uma modalidade de recurso para cada decisão. Existe a exceção do cabimento, ao mesmo tempo de um Recurso Especial e um Extraordinário, v. g., uma decisão que ao mesmo tempo fere uma Lei Federal e a Constituição. E o outro princípio é o da Fungibilidade Recursal, que significa que se não existir má-fé, é possível que o TJ aceite um recurso errado como se fosse o certo (único requisito reconhecido pelo CPP. Há autores que trazem outros tipos de requisitos, como a interposição do recurso errado no prazo correto ou a inexistência de erro grosseiro. Para o Exame da OAB, que tem um grande apelo o texto legal, exige apenas o requisito da inexistência da má-fé).
Tempestividade – o recurso precisa ser interposto no prazo legal, no prazo correto. O prazo irá depender de cada recurso. Ex.: Na apelação, o prazo é de 5 dias. O prazo começa a contar, no Processo Penal, começa a contar a partir da INTIMAÇÃO. Diferente do Processo Civil, que conta a partir da juntada da intimação. Se a parte Autora e Ré forem intimadas, o prazo começa a contar da ultima intimação.
Regularidade – significa que o recurso deve obedecer aos seus requisitos legais. Ex.: No processo penal, há um recurso chamado Carta Testemunhável, neste recurso, a parte recorrente tem que juntar algumas cópias de decisões ou atos. Se esta regra não for respeitada, não irá haver a regularidade.
Inexistência de fato impeditivo ou extintivo – fato impeditivo é aquele que acontece antes da interposição do recurso, como por exemplo, a renúncia de uma das partes de recorrer. Quem renuncia ao recurso, não pode recorrer posteriormente, é a chamada preclusão lógica. Fato extintivo é aquele que acontece depois da interposição do recurso, maior exemplo é a desistência da defesa ou do querelante (lembrando que o MP não pode desistir da Ação Penal nem na fase recursal, pois está adstrito ao Princípio da Indisponibilidade). Havendo divergência entre o advogado e o seu cliente quanto a vontade ou não de recorrer da decisão, prevalece a daquele que quer recorrer. Outro exemplo é a Deserção, que pode ser o não recolhimento das custas devidas.
Interesse de Recorrer – aquele que tiver sucumbência, que significa perda. Ex.: se o Promotor queria a condenação pela pena máxima e o Juiz acabou condenando na pena mínima, houve uma sucumbência parcial. Ou o Promotor queria a condenação e o Juiz absolveu o Réu.
Legitimidade – a pessoa que recorre tem que ter legitimidade para recorrer. Na ação penal pública quem tem legitimidade para recorrer é o MP e o Réu, e, ainda, o assistente da acusação, que é quando a vítima contra um advogado para ser assistente do Promotor. Este assistente também terá Legitimidade para Recorrer. Na ação penal privada, além do querelante e do querelado, pode acontecer do MP recorrer da decisão atuando como fiscal da lei em nome do Réu.

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