Buscar

Incompetência Absoluta e Relativa

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

DIREITO PROCESSUAL PENAL
INCOMPETÊNCIA ABSOLUTA E RELATIVA
É sempre do juízo e não do juiz. É determinado pelo juízo.
INCOMPETÊNCIA ABSOLUTA:
Não pode ser flexibilizada. Não há prorrogação da competência. É causa de nulidade. Não há perpetuatio juridicionis.
Diz respeito a interesse público. (?)
DEVE ser declarada de ofício pelo juiz a qualquer tempo. Mas pode, também, ser provocada pelas partes.
Diz respeito aos casos de matéria (racione materiae) e de pessoa (racione personae)
INCOMPETÊNCIA RELATIVA:
Pode ser flexibilizada.
Diz respeito ao interesse privado. (?) Ocorre que, o processo é público, não se falando de interesse da parte. Então essa distinção de público e privado é questionável.
Pode ser declarada de ofício - Art. 109, CPP (Diferente do processo civil).
Posição majoritária – entende que pode ser a qualquer tempo.
Posição minoritaríssima – entende que só pode ser declarada até o tempo de resposta (contestação).
Diz respeito aos casos de território (racione loci).
O STF reconhece essa distinção (Teoria Clássica e Majoritária) entre Incompetência Absoluta e Relativa. 
Mas existe a teoria minoritária, como a Ada Pellegrini (embasada no art. 109, CPP), assim como Afrânio (embasado no art. 70, CPP), que não existe incompetência relativa no processo penal, sendo tudo incompetência absoluta.
Declarada a incompetência, remetem-se os autos ao juízo competente, este ratifica os atos e os aproveita, prosseguindo a ação penal. 
CAUSAS QUE MODIFICAM A COMPETÊNCIA:
A modificação pode ser parcial ou total. Mas sempre decorre da lei.
1ª) Art. 109, § 5º, CF:
Chamada erradamente de federalização dos crimes contra os direitos humanos. 
Mas na verdade, é uma deslocação da competência.
O que seria grave violação?
Por que o PGR tem essa prerrogativa e não o PGJ no âmbito estadual?
Por isso o artigo padece de inconstitucionalidade. Mas não foi declarada e quase não é usado. É uma forma de mostrar que a lei não é aplicada em alguns estados.
2ª) Desaforamento: é característica do Tribunal do Júri – Art. 427, CPP.
Ex.: Sabe-se que o réu comprou todos os jurados, é desaforado o julgamento para outra comarca.
3ª) Delegação: 
Carta Precatória
Carta Rogatória
Carta de Ordem – quando um julgador de instância superior envia uma espécie de carta precatória para julgador de instância inferior.
Todas as três opções são modificações parciais da competência.
4ª) Art. 74, § 2º, CPP: havendo desclassificação, o processo será remetido para o juízo competente.
5ª) Art. 85, CPP: modificação parcial e temporária da competência.
6ª) Conexão e continência: existem entre infrações penais e NÃO entre ações penais.
Dão origem ao simultaneos processus.
Conexão – pode existir entre dois ou mais fatos penalmente relevantes, um liame objetivo ou subjetivo.
Ex.: Duas pessoas que saqueiam um caminhão de cerveja, mas sem liame subjetivo, apenas objetivo, o que já dá margem a conexão entre infrações.
Art. 76, I, CPP – conexão intersubjetiva, pluralidade de sujeitos.
Por simultaneidade – exemplo do caminhão.
Por concurso – crimes de concursos de pessoas.
Por reciprocidade – crime de rixa.
Art. 76, II, CPP – material ou teleológica. Pode haver ou não pluralidade de sujeitos, ou seja, não é obrigatório.
Ocorre em razão da finalidade ou motivação da pratica de um crime, tendo em vista a existência de um crime anterior.
Ex.: ocultação de cadáver. Vai ser julgado no mesmo Tribunal do Júri que julgar o homicídio.
Art. 76, III, CPP – conexão instrumental ou probatória. Não exige pluralidade de sujeitos. Ocorre em virtude da influência da prova de algum crime na apuração de outro.
Continência – o liame é mais forte, por isso, NÃO pode haver separação, porque é identidade da causa de pedir, que são os fatos e fundamentos que embasam o pedido do autor, chamado no processo penal de imputação penal.
Art. 77, I, CPP – cumulação subjetiva.
Art. 77, II, CPP – continência objetiva.
Crimes de concurso formal
Aberratio ictus (Art. 73, CP)
Aberratio criminis
Há um limite temporal para a junção do processo, sendo a prolação da sentença (Art. 82, CPP). Trata-se de competência relativa.
Art. 78, CPP – trata do local, das regras, onde serão reunidos os processos.
A separação de processos pode ser obrigatória (Art. 70, CPP) ou facultativa (Art. 80, CPP).

Outros materiais