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Atos Administrativos

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DIREITO ADMINISTRATIVO
ATOS ADMINISTRATIVOS
Relacionado Diretamente com o Princípio da Legalidade, um critério de Subordinação à Lei.
É uma manifestação de vontade expedida no exercício da função administrativa e com caráter infralegal.
É toda declaração jurídica realizada pelo Estado no exercício de prerrogativa pública, visando o atendimento do interesse público e controlada pelo poder judiciário.
PERFEIÇÃO, VALIDADE E EFICÁCIA DO ATO ADMINISTRATIVO
O ato administrativo é um ato jurídico como outro qualquer, ou seja, é uma manifestação de vontade voltada para produzir efeitos de direito. Esses efeitos podem ser a criação, modificação ou extinção de relações jurídicas.
No Direito Administrativo não é diferente, o ato jurídico do deste ramo do direito é o Ato Administrativo.
O ato administrativo se submente a três planos, de existência (perfeição), validade e eficácia.
Plano da Existência – analisa o ciclo de formação do ato administrativo, ou seja, analisa se aquela manifestação de vontade reúne os elementos básicos para sofrer a incidência da norma jurídica. Um ato passa a ser um ato jurídico, um ato relevante para o direito, a partir do momento em que ele sofre a incidência de uma norma.
No que tange ao ato administrativo existem dois elementos de existência do ato e um pressuposto de existência.
Os elementos de existência do ato são conteúdo, o ato precisa ter algum conteúdo e exteriorização do conteúdo, de alguma forma, este conteúdo tem de ser exteriorizado.
O pressuposto de existência é que o ato tem de ser praticado no exercício da função administrativa.
O plano da Existência se resolve na análise dos dois elementos e deste pressuposto.
Plano da Validade - Requisitos de Validade do Ato:
Forma do Ato – é a forma como o ato administrativo tem que ser praticado. É a maneira pela qual um ato se exterioriza. Predomina ainda a forma escrita.
Prescrita em lei – forma específica para que o ato se aperfeiçoe. Caso não observe o que a lei estabelece, poderá ser constituído um vício do ato. E dependendo vício do ato e de forma poderá resultar numa anulação do ato caso este vício seja insanável. Ou ainda tratar de uma forma que tenha um vício sanável, que dá para corrigir, neste caso, fala-se em convalidação do ato. Pode ainda, o vício consistir numa mera irregularidade, que nesta situação o ato permanece no ordenamento jurídico, pois aquela mera irregularidade não compromete a essência do ato.
Finalidade do Ato – todo e qualquer ato administrativo tem de ter o objetivo, a finalidade de atingir o interesse público, o bem comum. Se o ato não buscar o interesse público, será caracterizado o desvio de finalidade (defeito do ato). Todo ato administrativo tem que praticado visando o interesse público.
Competência do Ato - fixada por lei. Analisa se o agente público reúne todas as condições, estar habilitado para a prática do ato específico. Em razão do lugar, da matéria da hierarquia. A própria lei determina qual o agente competente para a prática do Ato. “Não é compete quem quer, mas quem pode segundo a regra do Direito.” (Caio Tácito). Esse requisito, se também não for observado, será caracterizado viciado, sendo passível de anulação.
Objeto do Ato – precisa ser lícito, possível e determinado.
Motivo do Ato – é o fundamento de fato e de direito que justifica a prática do ato. Para ser configurado o motivo do ato, há de observar os pressupostos de fato mais os pressupostos de direito. Ou seja, por exemplo, um determinado servidor será punido se cometer uma determinada conduta. Pressuposto de Fato: “cometer determinada conduta”; Pressuposto de Direito, “Estatuto dos Servidores” que diz que se cometer aquela determinada conduta, será punido. Supondo que a punição seja a demissão do servidor, sendo assim, o motivo (do ato) para a demissão do servidor é a conduta (Pressuposto de Fato) proibida pela norma (Pressuposto de Direito).
Teoria dos Motivos Determinantes (Defeito do ato) – estabelece que a Administração Pública se vincula aos motivos que a elegeu para a prática do ato. Significa que os motivos escolhidos pela Administração precisam ser verdadeiros e existentes, pois se for falso, o ato poderá ser invalidado.
Plano da Eficácia – irá analisar se o ato reuniu todas as condições para a válida produção de seus efeitos. Pode ocorrer condição suspensiva ou resolutiva, se vinculado a ele existir algum acontecimento futuro e incerto ou certo.
Efeitos típicos do Ato – quando a eficácia é própria daquela determinada categoria. Ex.: O efeito típico de uma licença é liberar o exercício de uma atividade.
Efeitos atípicos do Ato – quando temos uma efeitos impróprios de determinados atos. Ex.: Desapropriação de um imóvel. Efeito típico é tornar o imóvel em um bem público, mas esse ato produz alguns efeitos indiretos, atípicos, como rescisão de um eventual contrato de locação que esteja vigorando no tempo da desapropriação.
Efeitos Prodrômicos do Ato – são efeitos iniciais do ato administrativo. É uma espécie de efeitos indiretos porque não são os efeitos típicos. Existem em algumas situações específicas. Ex.: quando um ato é praticado um dos efeitos prodrômicos mais frequentes é a autorizar a autoridade superior a realizar o controle sobre este ato. Esse controle é imediatamente autorizado após a prática do ato. Esta autorização não é o efeito típico do ato, e sim um atípico inicial.
OBS: uma das características fundamentais do ato administrativo é a chamada SINDICABILIDADE, que a ideia de que todos os atos estão sujeitos a controle judicial. Tudo o que a administração faz é passível de revisão do Poder Judiciário. Todos os atos administrativos são judicialmente revisíveis.
- Atributos do Ato Administrativo:
Presunção de Legitimidade - tudo que o Administrador disser ou fazer pressupõe que está de acordo com a Lei, com a moral e de que é legítimo.
Autoexecutoriedade - para a prática do ato não é necessário recorrer ao Judiciário.
a) executoriedade - se a situação for urgente e prevista em Lei, o ato pode de imediato ser executado. Ex.: Ocorrendo uma passeata tumultuosa, a Administração, valendo dos poderes a ela conferidos, irá conter tal passeata sem necessidade de autorização do Judiciário. Ou a multa por infração de trânsito para o motorista que estiver acima da velocidade regulamentada. (Apenas a emissão da multa. A cobrança, caso haja um inadimplemento, deve ser cobrada no Judiciário, não tendo haver com executoriedade.)
b) exigibilidade - 
Imperatividade – tudo que o Administrador praticar terá força imperativa, força coercitiva.
Tipicidade – todo ato administrativo que for realizado tem que ter sua previsão estabelecida em lei.
ANULAÇÃO DO ATO ADMINISTRATIVO
Decorre da infração ao Principio da Legalidade, ou seja, o ato, uma vez praticado em desacordo com o Princípio da Legalidade, sendo, portanto, ilegal, será passível de anulação. Não tendo relação com o mérito do ato.
(Para a OAB) É possível a Administração anular o ato administrativo ilegal ou consertar o ato por meio da convalidação que é a prática de um segundo ato pelo qual se restaura a legalidade do ato anterior, v.g., ao final de uma licitação pública, consagrasse como vencedor X, assinando o contrato com o poder público, que com base na Lei 8.666, este, após assinado, precisa ser publicado e a Administração simplesmente deixa de publicar, descumprindo a lei, logo, ferindo o princípio da legalidade. Porém, é possível observar que o esse é um vício que não afeta o conteúdo do ato, apenas a parte externa do ato, por isso, neste caso, pode a administração mesmo que intempestivamente publicar este ato, consertando o ato pois o seu conteúdo continuava íntegro.
Portanto, pode concluir que aquele ato administrativo ilegal que não tiver conserto, não será cabível a convalidação. 
O prazo decadencial que a Administração Pública tem para exercer sua Autotutela e anular o ato que tenha praticado em desacordo com o Princípio da Legalidade, com base na Lei 9.784/99,em seu Art. 54, é de 5 anos, contados a partir da prática do ato, salvo comprovada má-fé.
Esta permissão para anulação dos próprios atos está em conformidade com a Súmula 346 e 473, ambas do STF.
- Efeitos da Anulação do Ato – em regra, quando um ato é anulado, ele produz efeitos retroativos, portanto, efeitos ex tunc.	Ou seja, uma vez anulado o ato, este será desconstituído do dia em que houve a sua anulação para trás, até a prática do ato. E, obviamente, do dia da sua anulação em diante, o ato não será mais aplicado.
Tanto a própria Administração Pública (Autotutela) quanto o Judiciário tem competência para ANULAÇÃO do ato administrativo. Porém, no caso da REVOGAÇÃO do ato administrativo APENAS a própria Administração possui competência para tal. O judiciário não possui legitimidade para revogar atos administrativos porque estaria violando o Princípio da Independência dos Poderes.
ANTEÇÃO: Para os casos de Atos Administrativos totalmente inoportunos, inconvenientes, desarrazoados, desproporcionais, existe uma Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF). O STF diz que nesse tipo de ato o Judiciário entrará em ação, mas para fazer um controle de Legalidade (SINDICABILIDADE), pautado nos princípios da Razoabilidade e da Proporcionalidade, que tem previsão legal no Art. 2º da Lei 9.784/99, que de forma indireta irá afetar o mérito do ato. NÃO SE TRATA DE CONTROLE DE MÉRITO OU REVOGAÇÃO DE ATO ADMINISTRATIVO POR MEIO DO JUDICIÁRIO. É controle de legalidade com base nos princípios da razoabilidade e da proporcionalidade que indiretamente atinge o mérito do ato.
Os atos discricionários podem ser submetidos a controle judicial. O judiciário não irá analisar o mérito, apenas se está consoante com a legalidade. Não estando, poderá ser anulado.
REVOGAÇÃO DO ATO ADMINISTRATIVO
É um ato que extingue o ato anterior. Que se presta para acabar com o ato anteriormente utilizado.
É a retirada do Ato porque deixou de ser conveniente e oportuno (mérito administrativo) ao interesse público, não porque era ilegal.
A REVOGAÇÃO do ato administrativo APENAS a própria Administração possui competência para tal.
NÃO podem ser revogados os atos:
Vinculados - aqueles que a lei não concede ao agente público qualquer margem de liberdade para escolher o melhor ato para a administração pública, tem que cumprir estritamente o que a lei determina. 
Que concedem ao cidadão direitos adquiridos. A forma que a Administração Pública expropria os direitos do cidadão se dá pela Desapropriação.
Exauridos - aqueles que o efeitos do ato acabou, extinguiu naturalmente. 
Ex.: Na demolição de uma casa. Quando a casa estiver completamente demolida, não terá como revogar ato.
Assim como os complexos, de certificação e os atestados. 
Diferente dos atos discricionários (contrário sensu do ato vinculado), que assim que o ato deixar de ser conveniente e oportuno para a ordem pública poderá ser revogado de ofício, apenas pela própria administração pública (autotutela). E este ato precisa ser motivado.
A própria lei pode estabelecer limites de revogar.
Efeitos da Revogação do Ato - em regra, quando um ato é revogado, ele produz efeitos a partir de sua revogação, portanto, efeitos ex nunc.

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