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1 INTRODUÇÃO Géis são dispersões de um sólido (resina, polímero ou derivados de celulose) num líquido (água ou solução hidroalcoólica) formando um excipiente transparente ou translúcido. Os géis têm sido muito usados como bases dermatológicas pois possuem bom espalhamento, são não-gordurosos e podem veicular vários princípios ativos hidrossolúveis e lipossomas. São mais usados para as peles mistas ou oleosas. O gel-creme são emulsões contendo alta porcentagem de fase aquosa e baixíssimo conteúdo óleos, estabilizadas pôr colóide hidrofílico. São também chamados de cremes oil-free. Trata-se de uma preparação que tem sido largamente utilizada, pois em um gel-creme é possível veicular substancias lipossolúveis, tais como filtros solares, princípios ativos oleosos, sem que o produto final deixe na pele uma sensação gordurosa. Podem ser usados em todos os tipos de pele. Creme base Polawax é uma emulsão não-iônica com excelente estabilidade à temperatura ambiente e a alta temperatura. São tolerantes a eletrólitos, além de ser um sistema estável de liberação de muitos ativos em vários pH’s, mantendo a viscosidade do produto final. É um creme hidrofílico, facilmente removido pela água, suas aplicações são em produtos para pele e cabelos, inclusive para linhas infantis, seu pH de estabilidade varia de 3,0 a 10. Loção é a preparação líquida aquosa ou hidroalcoólica, com viscosidade variável, para aplicação na pele, incluindo o couro cabeludo. Pode ser solução, emulsão ou suspensão contendo um ou mais princípios ativos ou adjuvantes. 2 OBJETIVO Manipular 50g de Gel de Natrosol, 100g de Creme Base Polawax, 50g de Lanette N e 100 mL de loção hidratante de óleo de semente de Uva e Uréia. 3 MATERIAIS E MÉTODOS 1ª prática Gel de Natrosol Gral e pistilo Béquer Vidro de Relógio Proveta Banho-maria Hidroxeetilcelulose (Natrosol) 1,75% ------2g Álcool etílico absoluto 30%------------------30 g Água destilada q.s.p 100%--------------------18mL Pesou-se 2 g de Natrosol, e 30 g de álcool etílico absoluto, mediu-se 18 mL de água destilada. Transferiu-se todos os componentes da formulação em um béquer e levou-se ao Banho-maria até total solubilidade. Após, misturou-se constantemente até formação do gel de Natrosol. 2ª prática: Creme base Polawax Béquer Espátula Chapa aquecedora Termômetro Fase A BHT 0,15%.................................0,15g. EDTA dissódico 0,10%...............0,10g. Glicerina 5%................................5mL. Água destilada qsp 100mL..........75,75mL Fase B Polawax 15%................................15g. Vaselina líquida 4%....................4mL. Procedimento de preparo Pesou-se a fase A em um béquer, aquecendo até 70°C. Em outro béquer pesou-se a fase B, e levou-se ao aquecimento até aproximadamente 70°C. Verteu-se a fase A na B. Agitou até temperatura ambiente, sempre no mesmo sentido. 3º prática: Loção Lanette N Béquer Espátula Grau e pistilo Espátula Chapa aquecedora Medidor de pH Fase 1 (oleosa) Álcool cetoestearílico e sulfato de Lanette N...........24g. Álcool Cetílico............................................................2,5g. Glicerina.......................................................................5g. Propilparabeno (Nipazol).......................................0,15g. Oleato de Decila (Cetiol V).......................................12g. Fase 2 (Aquosa) EDTA Dissódico........................................................0,15g. Metilparabeno (Nipagin)..........................................0,2g. Água deionizada qsp................................................ Fase 3 Imidazolinidil Uréia (Germall 115)......................0,15g. Água Deionizada.........................................................qs. Fase 4 Ácido Cítrico solução à 50%................................qs. Pesou-se separadamente todos os componentes da fase 1, fase 2 e aqueceu-se separadamente em banho-maria a 75 a 80º C. Verteu-se lentamente com agitação rigorosa e constante a fase 2 sobre a 1. Diminui-se a velocidade de agitação para lenta até a mistura alcançar temperatura ambiente. Pesou-se Germall 115 (Ureia) previamente solubilizado em propilenoglicol e homogeneizou-se bem. Verificou-se o pH. 4º prática: Loção hidratante de óleo de semente de uva e ureia Gral e pistilo médio Béquer Espátula Óleo de semente de uva 5%---------5mL Ureia 5%-------------------------------5g Loção hidratante q.s.p 100mL Pesou-se 5g de ureia, triturou-se bem, solubilizou-se com propilenoglicol, adicionou-se 5mL de óleo de semente de uva, deixando-se em repouso por 30 minutos após adicionou-se loção hidratante q.s, homogeneizou-se bem. 4 RESULTADOS E DISCUSSÃO Na prática do Gel de Natrosol, obteve-se um gel com aparência dentro dos padrões estabelecidos, boa viscosidade e espalhabilidade, incolor a levemente amarelado. Na prática do creme Polawax, obteve-se um creme não gorduroso, não comedogênico, ação hidratante ligado a um toque de maciez, o que proporcionou ao produto final um toque extremamente agradável. Na prática da loção Lanette N, obtivemos um produto viscoso, brilhante, com textura agradável e boa espalhabilidade. O pH obtido foi 5.5, estando dentro dos padrões que indicam que deve estar entre 5.0 e 6.0, por esse motivo não houve necessidade da adição do acidificante Ácido Cítrico solução a 50%. Na pratica da loção hidratante de óleo de semente de uva e ureia, utilizou-se a base Lanette N adicionada a mistura já solubilizada do óleo de semente de uva e ureia. Obteve-se uma loção com boa viscosidade e espalhabilidade, com alto poder de hidratação. A ureia utilizada nesta formulação possui a característica de promover resistência e elasticidade ao tecido, hidratando de forma gradativa, natural e duradoura. Já o óleo de semente de uva é rico em Omega 6, que melhora o tônus e revigora a pele, deixando-a mais macia e hidratada, estimulando a produção de colágeno. 5 CONCLUSÃO Pode-se concluir que as formulações foram atingidas com êxito, manipulou-se produtos com aspectos bons, boa viscosidade e espalhabilidade, com alto poder de hidratação conforme proposto em cada pratica estabelecida. REFERÊNCIA BRASIL, Ministério da Saúde. Formulário nacional da farmacopéia brasileira. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. 2.ed. Brasília: Anvisa, 2012. 2 2 4 p . Disponível em: <http://www.anvisa.gov.br/hotsite/farmacopeiabrasileira/arquivos/2012/FNFB%202_Revisao_2_COFAR_setembro_2012_atual.pdf>. Acesso em: 24 Ago 2017.
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