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Centro Universitário Estácio do Ceará – Notas de Aula – Prof. Rogério Silva – Direito Constitucional Avançado CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO DO CEARÁ Notas de Aula – Prof. Rogério Silva Direito Constitucional Avançado ADI GENÉRICA - ASPECTOS GERAIS SUPREMACIA FORMAL DA CONSTITUIÇÃO SUPREMACIA MATERIAL DA CONSTITUIÇÃO CLASSIFICAÇÃO DO CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE Quanto às espécies controles A) Controle horizontal de constitucionalidade B) controle vertical de constitucionalidade A CONSTITUIÇÃO DE 1988 Trata do controle preventivo e do repressivo, adotando dois sistemas (misto): o difuso e o concentrado, este é dividido em cinco ações: Ação Direta de Inconstitucionalide (ADI ) (controle concentrado abstrato); Ação Direta de Inconstitucionalide por Omissão (controle concentrado abstrato) Ação Direta de Inconstitucionalidade Interventiva (controle concentrado concreto); Ação Declaratória de Constitucionalidade; (controle concentrado abstrato); ADPF – Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (controle concentrado abstrato). Sugestão de leitura: SOUZA, Rogério Silva. Um Tribunal Constitucional no pensamento brasileiro. Disponível em: http://www.publicadireito.com.br/artigos/?cod=b29eed44276144e4. Acesso em: 12/09/2017. DENOMINAÇÕES DO CONTROLE CONCENTRADO O modelo concentrado é denominado de austríaco, europeu-continental, em tese, direto, por via da ação, erga omnes. Característica do sistema concentrado Dá-se de acordo com o tipo de ação em controle concentrado de constitucionalidade. AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE GENÉRICA - ADI CARACTERÍSTICAS a) Legitimidade Rol taxativo do art. 103 da CF. A lei 9.868/1999 regulamenta o ajuizamento da ADIN. A jurisprudência restritiva do STF faz a distinção dos legitimados para a ADI Genérica em duas espécies de legitimados, a saber: a) legitimados universais ou neutros (art. 103, I, II, III, VI, VII, VIII); b) autores interessados ou autores especiais (art. 103, IV, V e IX). Centro Universitário Estácio do Ceará – Notas de Aula – Prof. Rogério Silva – Direito Constitucional Avançado b) Competência Trata-se de sistema concentrado, que significa em um só centro que é, pois do STF, TJ (art. 102, I, “a”). Atenção: Não há reserva de Plenário (art. 97 da Constituição) à aplicação de jurisprudência firmada pelo Pleno ou por ambas as Turmas desta Corte. Ademais, não é necessária identidade absoluta para aplicação dos precedentes dos quais resultem a declaração de inconstitucionalidade ou de constitucionalidade. Requer-se, sim, que as matérias examinadas sejam equivalentes. Assim, cabe à parte que se entende prejudicada discutir a simetria entre as questões fáticas e jurídicas que lhe são peculiares e a orientação firmada por esta Corte. De forma semelhante, não se aplica a reserva de Plenário à constante rejeição, por ambas as Turmas desta Corte, de pedido para aplicação de efeitos meramente prospectivos à decisão. [AI 607.616 AgR, rel. min. Joaquim Barbosa, j. 31-8-2010, 2ª T, DJE de 1º-10-2010.] = RE 578.582 AgR, rel. min. Dias Toffoli, j. 27-11-2012, 1ª T, DJE de 19-12-2012 . Vide RE 361.829 ED, rel. min. Ellen Gracie, j. 2-3-2010, 2ª T, DJE de 19-3-2010 c) Objeto de controle Trata-se da incidência do controle de constitucionalidade sob a norma em questão, vale dizer, a lei em sentido genérico. d) Parâmetro ou paradigma de controle É o modelo pela qual se (in) compatibiliza a lei em face da Constituição. Só pode ser parâmetro de controle: normas constitucionais (regras e princípios – inclusive os constitucionais não expressos). ADIN FEDERAL ADIN ESTADUAL Fundamento: Art. 102, I, “a” CF Fundamento: Art. 125, §2º. CF Competência: STF Competência: TJ Objeto: Lei ou ato normativo federal ou estadual. Objeto: Lei ou ato normativo estadual ou municipal. Parâmetro de controle: Constituição Federal Parâmetro de controle: Constituição Estadual e) Efeitos da decisão em controle de constitucionalidade de ADIn Em regra ex tunc, erga omnes e vinculante. Ex tunc: a decisão que reconhece a inconstitucionalidade declara a lei nula (e não inexistente, nem anulável), por isso a sua natureza é declaratória e não constitutiva; retroage à data de promulgação da lei. Vinculante: é o mais amplo efeito, para tanto, obriga os demais órgãos do Poder Judiciário e do Poder Executivo, inclusive nos fundamentos da decisão, é, pois o caráter transcendente da decisão. Centro Universitário Estácio do Ceará – Notas de Aula – Prof. Rogério Silva – Direito Constitucional Avançado Erga omnes: é a parte dispositiva que referente aos limites subjetivos da coisa julgada. PROCEDIMENTO DA ADI (está na Lei 9868/99) - O PGR obrigatoriamente deve se manifestar na ADI; - o AGU obrigatoriamente deve fazer a defesa da presunção de constitucionalidade da Lei (objeto da ação), que defenderá o ato ou texto impugnado. Isto está na CF, art. 103, §3. da CF. Hoje o STF permite, excepcionalmente, que o AGU não faça a defesa do ato impugnado, deixe de fazê-la em situações excepcionais; - Não existe prazo decadencial ou prescricional para ajuizar ADI; - Não é possível desistência da ação, pois o seu pedido é indisponível art. 5º. da Lei 9868/99; - Não é possível intervenção de terceiros em ADI. Apesar do art. 7º. vedar a intervenção de terceiros, a assistência litisconsorcial, o §2º. do art. 7º. permite o amicus curiae. A decisão que declara a constitucionalidade ou inconstitucionalidade é irrecorrível, só cabe embargos de declaração. Não cabe ação rescisória em ADI art. 26º. da Lei 9.868/99. Petição inicial – art. 4º. da Lei 9.868/99, decisão que indeferir a petição inicial cabe agravo para o STF. AÇÃO DECLARATÓRIA DE CONSTITUCIONALIDADE Esta ação não existia originariamente na CF de 1988, foi introduzida na ordem constitucional pela EC 03/94. Tem o objetivo de transformar da presunção relativa de constitucionalidade em presunção absoluta de constitucionalidade. Legitimidade: Em 2004 a EC/45 deu os mesmos legitimados do art. 103 da CF. Competência: STF concentrada, art. 102, I, “a” Objeto de controle: Lei ou ato normativo federal. Efeitos da decisão: ex-tunc; erga omnes e vinculante. É possível a concessão do provimento cautelar que suspenda por 180 dias de todas as ações de mandado de segurança (liminares) em todo o Brasil. (art. 21, caput, da Lei nº 9.868/99, parágrafo único, da Lei 9.868/99. Centro Universitário Estácio do Ceará – Notas de Aula – Prof. Rogério Silva – Direito Constitucional Avançado Procedimento: previsto na Lei 9.868/99; A petição inicial de ADC deve demonstrar para o STF a existência de controvérsia jurídica relevante (art. 14, III, da Lei nº 9.868/99); - O PGR obrigatoriamente deve ser ouvido; o AGU não precisa ser citado, porque não há defesa; - Não existe intervenção de terceiro, a decisão é irrecorrível, não cabe ação rescisória. Não se esqueça que a ADIn e a ADC são ações com sinal trocado, são ações ambivalentes, decisões dúplices, está no art. 24 da Lei 9868/99. Questões: (FGV – SEFAZ/RJ – Auditor Fiscal da Receita Estadual): Suponha que o STF, em ação direta de inconstitucionalidade (ADI), tenha julgado a lei X inconstitucional. Nesse caso, seria correto afirmar que a lei X a) é federal e deverá ser encaminhada ao Senado para que seja suspensa. b) pode ser federal ou estadual e deverá ser encaminhada ao Senado para que seja suspensa.c) pode ser federal, estadual ou municipal e deverá ser encaminhada ao Senado para que seja suspensa. d) pode ser federal, estadual ou municipal e não precisa ser encaminhada ao Senado para ser suspensa. e) pode ser federal ou estadual e não precisa ser encaminhada ao Senado para ser suspensa. (UEPA – SEAD/PA – Fiscal de Receitas Estaduais): A respeito da Ação Direta de Inconstitucionalidade – ADI, é correto afirmar que: a) seu objeto é lei, ato normativo ou preceito fundamental, inclusive resultante de leis ou atos normativos estaduais em ofensa à Constituição Federal. b) as súmulas vinculantes incluem-se no conceito de “atos normativos” e a ADI é mecanismo regular para seu cancelamento e revisão. c) as emendas constitucionais não podem ser objeto de ADI, em razão de incorporaremse ao texto constitucional, não sendo admitida no Brasil a tese das normas constitucionais e inconstitucionais. d) as medidas provisórias podem ser objeto de controle de constitucionalidade abstrato pela ADI, enquanto estiverem em vigor, entretanto apenas em condições excepcionais poderá o STF apreciar os requisitos de “relevância” e “urgência”. e) são características da ADI a generalidade, a pessoalidade e a abstração, sendo que destina-se a discutir a constitucionalidade em tese da lei ou ato normativo.
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