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Débora Vasconcelos de P. M. Souza – Medicina 003 - Uniredentor 16 de outubro de 2017 1 Placenta e Membranas Fetais A Placenta e as membranas fetais separam o feto do endométrio – a camada mais interna da parede uterina. Placenta e o cordão umbilical formam um sistema de transporte de substâncias que transitam entre mãe e feto. Os nutrientes e oxigênio passam do sangue através da placenta e chegam ao sangue fetal, e os materiais residuais e dióxido de carbono passam do sangue do feto para o sangue da mãe também através da placenta. Resumindo, a placenta e as membranas fetais exercem função de PROTEÇÃO, NUTRIÇÃO, RESPIRAÇÃO, EXCREÇÃO E PRODUÇÃO HORMONAL. Placenta A placenta tem formato discoidal e é formada por duas partes: Parte Materna: derivada do endométrio, que corresponde à camada mais interna da parede uterina, é composta por córion, âmnio, vesícula umbilical, alantóide - separam o feto do endométrio; Parte Fetal: desenvolvida a partir do saco coriônico, a camada fetal mais externa; Nesse contexto, a placenta é extremamente importante para o desenvolvimento fetal e corresponde a 1/6 do peso do feto, além disso, o feto necessita de nutrientes e gases para poder se desenvolver e essas substâncias são provenientes do meio externo, nesse caso o meio externo do feto é a mãe, o que faz com que a placenta se constitua como principal local de trocas de nutrientes e gases entre a mãe e o feto. Decídua: Em resposta aos níveis de progesterona no sangue materno, células de tecido conjuntivo são depositadas nas células endoteliais o que leva à formação das células deciduais. Assim, a Decídua corresponde à camada funcional do endométrio que se separa do restante do útero após o parto. Além disso, a parte materna da placenta será derivada de uma região decidual (decídua basal). Nesse contexto, de acordo com o local de implantação, a decídua irá apresentar três regiões: Decídua Basal: é a parte da decídua profunda ao concepto (embrião e membranas) que forma a parte materna da placenta; Decídua Capsular: é a parte superficial da decídua que recobre o concepto; Embriologia I Débora Vasconcelos de P. M. Souza – Medicina 003 - Uniredentor 16 de outubro de 2017 2 Decídua Parietal: compreende todas as outras partes restantes da decídua. Etapas do Desenvolvimento Placentário 1ª Etapa - Pré-lacunar (7°-8° dia): Nessa etapa, o embrião chega ao útero na fase de blastocisto e começa o processo de diferenciação das células trofoblásticas em células do sinciciotrofoblasto e citotrofoblasto, que originam todas as estruturas placentárias. OBS: além das células trofoblásticas, o blastocisto apresenta as células embrioblásticas – as células embrioblásticas podem se diferenciar em folhetos embrionários, enquanto as células trofoblásticas se diferenciam em anexos embrionários. As células do sinciciotrofoblasto perdem suas membranas, proliferam e formam uma massa multinucleada que libera enzimas que digerem o endométrio e assim promovem a inserção do embrião no endométrio. Citotrofoblasto são as células trofoblásticas que permanecem na periferia do embrião. 2ª Etapa – Lacunar (9°-12°dia): Nessa etapa, as células do sinciciotrofoblasto começam a invadir o endométrio para a fixação do embrião na camada mais interna da parede uterina. Á medida que as células do sinciciotrofoblasto invadem o endométrio, pequenos espaços surgem entre elas, esses espaços são denominados lacunas. O sinciciotrofoblasto avança tanto na superfície endometrial que atinge capilares sanguíneos maternos, de forma que sangue materno passa a desembocar nas lacunas do sinciciotrofoblasto. No embrião de 12 dias, as lacunas do sinciciotrofoblasto fundem-se e formam as redes lacunares que recebem sangue materno e constituem os primórdios dos espaços intervilosos da placenta. No final da segunda etapa, todo o embrião estará envolto por uma camada de sangue materno, como se fosse uma bolha de sangue. Débora Vasconcelos de P. M. Souza – Medicina 003 - Uniredentor 16 de outubro de 2017 3 3ª Etapa – Vilosa (13° dia ao final do 4° mês): Quando a etapa vilosa tem início, as células do citotrofoblasto, localizadas em toda a superfície do embrião, começam a proliferar em direção a pontos específicos do sinciciotrofoblasto, formando as vilosidades primárias. Dessa forma, as vilosidades coriônicas são formadas pelas células do citotrofoblasto. As vilosidades coriônicas primárias continuam se desenvolvendo e se projetam cada vez mais em direção ao sinciciotrofoblasto. Essas vilosidades se ramificam e tornam-se cavitárias, dando origem as vilosidades coriônicas secundárias – já não existe mais uma massa celular compondo as vilosidades coriônicas e sim uma estrutura cavitária. Em toda a superfície do embrião, as vilosidades continuam seu desenvolvimento, atingindo cada vez mais as células do sinciotrofoblasto e do endométrio (decídua). Com o dobramento e crescimento do embrião, a vesícula umbilical começa a produzir células sanguíneas, e assim estruturas de circulação sanguínea embrionária começam a surgir, formando vasos sanguíneos que terão a participação tanto de vesícula umbilical como de alantóide, o contato da região ventral do embrião com a vesícula umbilical é limitado, de forma que essa comunicação passará a existir somente através do cordão umbilical. As vilosidades coriônicas secundárias continuam a crescer sempre em direção ao sinciciotrofoblasto, cobrindo-o inteiramente e ultrapassando-o completamente. As vilosidades coriônicas (células citotrofoblásticas) cobrem o embrião completamente, enquanto as células do sinciciotrofoblasto estarão localizadas na parede das lacunas do sinciciotrofoblasto. Essas lacunas, mais adiante, darão origem aos espaços intervilosos da placenta. As vilosidades continuam seu desenvolvimento até ultrapassem as lacunas e ficarem totalmente imersas no sangue materno, a partir desse momento teremos vilosidades terciárias. Dentro das vilosidades terciárias há vasos sanguíneos provenientes do cordão umbilical. O cordão umbilical sai do embrião se ramifica e vai para as vilosidades coriônicas terciárias, de forma que as artérias umbilicais saem do embrião e nas vilosidades formam arteríolas e capilares que no espaço intervilosos promoverão a difusão de gases. OBS: As células do citotrofoblasto envolvem as lacunas (a parede da lacuna é formada por células do sinciciotrofoblasto). Já as vilosidades coriônicas, que são formadas por células do citotrofoblasto cobrem toda a superfície do córion; Quando há uma proliferação de células do citotrofoblasto sobrepondo às células do sinciciotrofoblasto, há formação dos espaços intervilosos entre uma vilosidade e outra, que é nada mais do que a lacuna, que possui em seu interior sangue materno; Débora Vasconcelos de P. M. Souza – Medicina 003 - Uniredentor 16 de outubro de 2017 4 Até a oitava semana de desenvolvimento embrionário toda a superfície coriônica (área de citotrofoblasto) será coberta por vilosidades; Com o crescimento do córion e do alantoide, o saco coriônico irá comprimir as vilosidades coriônicas na direção da decídua capsular, o que diminui o suporte sanguíneo para as vilosidades coriônicas, causando a degeneração dessas vilosidades. Essa degeneração dá origem a uma área avascular, o Córion Liso, em que não há contato materno-fetal, pois não há presença de vilosidades. Com a degeneração das lacunas, o córion liso será composto apenas por células do citotrofoblasto; Em contrapartida, o córion prolifera e as vilosidades ramificam e crescemde tamanho na direção da decídua basal, o que forma uma estrutura denominada de Córion Viloso, que está em contato direto com a decídua basal e constitui comunicação materno-fetal. As células do córion liso serão formadas por células citotrofoblásticas nas vilosidades e células do sinciciotrofoblasto que formam a parede das lacunas; As vilosidades se localizam em áreas delimitadas por septos, chamadas de Cotilédones (são nada mais do que áreas onde a decídua basal projeta em direção as vilosidades delimitando-as). As vilosidades estão imersas em sangue materno nos espaços intervilosos. Débora Vasconcelos de P. M. Souza – Medicina 003 - Uniredentor 16 de outubro de 2017 5 Circulação Placentária As ramificações das vilosidades coriônicas da placenta resultam em uma maior área onde substâncias podem ser trocadas através de uma fina membrana placentária. É através das numerosas ramificações vilosas que as principais trocas de substâncias entre feto e mãe ocorrem. Circulação Placentária Fetal O sangue pouco oxigenado deixa o feto por duas artérias umbilicais e chega à placenta. Os vasos sanguíneos formam um sistema nas vilosidades coriônicas que permitem que o sangue materno chegue bem próximo ao sangue materno, sem se misturar. Além disso, esse sistema vascular fornece uma área de superfície bastante ampla para a troca de produtos metabólicos e gases entre a circulação sanguínea materna e fetal. Depois de oxigenado, o sangue fetal nos capilares sanguíneos passa por veias de paredes finas que seguem as artérias coriônicas ao local de adesão do cordão umbilical. Estas convergem no local para a formação da veia umbilical, que transporta sangue rico em oxigênio para o feto. Circulação Placentária Materna O sangue materno chega ao espaço intervilosos através de lacunas na capa citotrofoblásticas. Esse sangue que chega apresenta uma pressão consideravelmente maior do que aquela encontrada no espaço interviloso. O sangue perde pressão e flui lentamente ao longo do ramo das vilosidades, possibilitando troca Débora Vasconcelos de P. M. Souza – Medicina 003 - Uniredentor 16 de outubro de 2017 6 de produtos metabólicos e gases com o sangue fetal. O sangue rico em gás carbônico retorna através das veias endometriais à circulação materna. OBS: Normalmente não ocorre contato entre o sangue materno e o fetal, porém pequenas quantidades de sangue fetal podem entrar na circulação materna quando pequenos defeitos se desenvolvem na membrana placentária. Uma das causas da infecção de filhos de mães HIV positivo, são esses pequenos defeitos de membrana placentária, uma vez que a membrana não é permeável ao vírus; Se o feto for Rh-positivo e mãe Rh-negativo, a passagem de células sanguíneas por esses defeitos de membrana placentária pode estimular a formação de anticorpos anti-Rh que atuarão destruindo as hemácias fetais, além de provocar icterícia e anemia fetal. Funções da Placenta A placenta tem três funções principais que são essenciais para a manutenção da gravidez e para a promoção do desenvolvimento do feto. Metabolismo (p. ex., síntese de glicogênio). Transporte de gases e nutrientes. Secreção endócrina (p. ex., gonadotrofina coriônica humana [HCG]). Metabolismo Placentário A placenta, particularmente durante a fase inicial da gravidez, sintetiza glicogênio, colesterol e ácidos graxos, que servem de fonte de nutrientes e energia para o embrião/ feto. Muitas de suas atividades metabólicas são, indubitavelmente, críticas para as duas outras atividades principais da placenta (transporte e secreção endócrina). Transferência Placentária Transporte de gases: Oxigênio, dióxido de carbono e monóxido de carbono cruzam a membrana placentária por difusão simples. Em relação às trocas de gases, a membrana placentária aproxima-se em eficiência aos pulmões. Substâncias Nutritivas Os nutrientes constituem o grosso das substâncias transferidas da mãe para o embrião/feto. A água é rapidamente trocada por difusão simples, e em quantidades crescentes com o avanço da gravidez. A glicose produzida pela mãe e pela placenta é rapidamente transferida por difusão para o embrião/feto. Os aminoácidos são ativamente transportados pela membrana placentária e são essenciais para o crescimento do feto. As concentrações plasmáticas da maioria dos aminoácidos são mais altas no feto do que na mãe. Débora Vasconcelos de P. M. Souza – Medicina 003 - Uniredentor 16 de outubro de 2017 7 As vitaminas cruzam a membrana placentária e são essenciais para o desenvolvimento normal. Produtos de Excreção A ureia e o ácido úrico passam pela membrana placentária por difusão simples. A bilirrubina conjugada (que é solúvel em gordura) é facilmente transportada pela placenta para uma rápida depuração. Drogas e seus metabólitos A maioria das drogas e seus metabólitos cruzam a placenta por difusão simples. O uso materno de drogas como a heroína pode levar à dependência fetal a drogas, no entanto, como a dependência psíquica a essas drogas não se desenvolve durante o período fetal, não há risco de vício subsequente a narcóticos para essas crianças depois que termina a crise de abstinência. A maioria dos agentes usados durante o trabalho de parto cruza prontamente a membrana placentária. Dependendo da dose e do momento em que forem administradas no decorrer do parto, essas drogas podem causar depressão respiratória na criança recém-nascida. Síntese e Secreção Endócrina da Placenta Usando precursores provenientes do feto e/ou da mãe, o sinciciotrofoblasto da placenta sintetiza hormônios proteicos e esteroides. A glicoproteína HCG, semelhante ao hormônio luteinizante, começa a ser secretada pelo sinciciotrofoblasto durante a segunda semana. O HCG mantém o corpo lúteo, impedindo o início dos ciclos menstruais. A concentração de HCG no sangue materno e na urina chega ao máximo na oitava semana, declinando a seguir. Os hormônios esteroides sintetizados pela placenta são a progesterona e os estrogênios. A progesterona pode ser extraída da placenta em todos os estágios da gestação, indicando ser ela essencial para a manutenção da gravidez. A placenta forma progesterona a partir do colesterol ou da pregnenolona maternos. Estrogênios também são produzidos em grande quantidade pelo sinciciotrofoblasto. Cordão Umbilical Geralmente, o cordão umbilical está preso à superfície fetal da placenta e seu epitélio é contínuo com o âmnio aderido à superfície fetal; A ligação do cordão umbilical à placenta normalmente ocorre no centro da superfície fetal desse órgão, mas ele pode aderir em qualquer ponto, por exemplo, nas margens da placenta; Usualmente, o cordão umbilical apresenta tem de 1 a 2 cm de diâmetro, e, em média, 55 cm de comprimento. É importante que o cordão umbilical não seja muito longo nem muito curto. Cordões umbilicais longos têm a tendência a sofrer prolapso e/ou enrolar-se em torno do feto. Dependendo do ponto onde ocorre o prolapso do cordão, este pode ficar comprimido entre a parte do corpo do feto e a pelve da mãe, causando hipóxia fetal ou anóxia. Cordões muito curtos, no entanto, podem causar a separação prematura da placenta da parede do útero durante o parto; Usualmente, o cordão umbilical tem duas artérias e uma veia, ambos os vasos envolvidos por tecido conjuntivo produtorde muco (geleia de Wharton); Débora Vasconcelos de P. M. Souza – Medicina 003 - Uniredentor 16 de outubro de 2017 8 Os vasos sanguíneos umbilicais são mais longos que o cordão, assim, é comum sua torção ou flexão. Frequentemente eles formam alças produzindo falsos nós, destituídos de significado clínico. Âmnio O âmnio forma o saco amniótico membranoso cheio de fluido, que envolve o embrião e o feto. Como o âmnio está preso às bordas do disco embrionário, após o dobramento do embrião, sua junção com o disco embrionário passa a ser localizar na superfície ventral. Com o aumento do âmnio, ele oblitera gradualmente a cavidade coriônica e forma o revestimento epitelial do cordão umbilical. Líquido Amniótico O líquido amniótico é uma solução na qual material não dissolvido como, células epiteliais fetais descamadas e partes de produtos orgânicos e inorgânicos estão suspensos. Com o avanço da gravidez, a composição do líquido amniótico muda pelo acréscimo de excretas fetais. O feto, suspenso pelo cordão umbilical, flutua livremente no líquido amniótico. Esse líquido desempenha papel importante no desenvolvimento e crescimento do embrião. A maior parte desse líquido provém do fluido tecidual materno e amniótico por difusão através da membrana amniocoriônica a partir da decídua parietal. Mais tarde, há difusão de líquido através da placa coriônica a partir do sangue presente nos espaços intervilosos da placenta. Além disso, antes da pele tornar-se queratinizada, a principal via para passagem de água e solutos do fluido tissular do feto para a cavidade amniótica é a pele, assim o líquido amniótico é semelhante ao fluido tecidual. No início da 11ª semana, o feto contribui para o líquido amniótico expelindo urina na cavidade amniótica. O líquido amniótico é deglutido pelo feto e é absorvido pelos tratos respiratório e digestivo. O fluido passa para o sangue fetal, e os produtos de excreção nele contidos atravessam a membrana placentária e vão para o sangue materno presente no espaço interviloso. O excesso de água do sangue fetal é excretado pelos rins do feto e retorna para o saco amniótico através do trato urinário fetal. Entre outras funções do líquido amniótico pode-se citar: Permite o crescimento externo simétrico do embrião e do feto; Age como uma barreira contra infecções; Permite o desenvolvimento normal dos pulmões fetais; Impede a aderência do âmnio ao embrião e ao feto; Protege o feto contra choques mecânicos; Ajuda a controlar a temperatura corporal do embrião, mantendo uma temperatura constante, além de participar da manutenção da homeostasia dos fluidos e eletrólitos; Capacita o feto a mover-se livremente, o que influência no desenvolvimento dos membros; Através do estudo das células do líquido amniótico, é possível diagnosticar anormalidades cromossômicas, como na Trissomia do 21 (síndrome de Down). Saco Vitelínico (Vesícula Umbilical) Débora Vasconcelos de P. M. Souza – Medicina 003 - Uniredentor 16 de outubro de 2017 9 O saco vitelínico pode ser observado no ultrassom a partir da quinta semana de desenvolvimento embrionário. Essa estrutura não é funcional no que diz respeito ao armazenamento de vitelo, mas sua presença é essencial por várias razões: A presença do saco vitelínico, assim como do líquido amniótico, permitem o reconhecimento precoce e a medida do embrião; Desempenha papel essencial na transferência de nutrientes para o embrião durante a segunda e a terceira semana de desenvolvimento, quando a circulação uteroplacentária ainda está sendo formada; A formação de sangue ocorre primeiramente no mesoderma extraembrionário, que cobre a parede do saco vitelínico; Durante a quarta semana de desenvolvimento, o endoderma do saco vitelínico é incorporado pelo embrião, formando o intestino primitivo. Seu endoderma, derivado do epiblasto, dá origem ao epitélio da traqueia, brônquios, pulmões, e trato digestivo; Células germinativas sexuais aparecem no revestimento endodérmico da parede do saco vitelínico e na terceira semana migram para as glândulas sexuais em desenvolvimento. Alantóide Aparece durante a terceira semana, como um divertículo, semelhante a uma salsicha, da parede caudal do saco vitelínico e se projeta para dentro do pedículo do embrião. Durante o segundo mês, parte extraembrionária do alantóide degenera. Nos embriões humanos o alantóide não é funcional, mas a sua presença é importante pelos seguintes motivos: Da terceira à quinta semana, a formação do sangue ocorre em sua parede; Seus vasos sanguíneos persistem e dão origem a veia umbilical e as artérias umbilicais; Com o crescimento da bexiga, o alantóide evolui, tornando-se um tubo espesso, o úraco. Depois do nascimento, o úraco transforma-se em um cordão fibroso, o ligamento umbilical mediano, que se estende do ápice da bexiga até o umbigo. Débora Vasconcelos de P. M. Souza – Medicina 003 - Uniredentor 16 de outubro de 2017 10 Gestações Múltiplas As gestações múltiplas trazem riscos maiores de anomalias cromossômicas e morbidade fetal do que as gestações simples. Os riscos são progressivamente maiores com o aumento do número de fetos. Gêmeos dizigóticos. Também são chamados de gêmeos fraternos, e são originados de DOIS zigotos. Por resultarem da fecundação de dois ovócitos, os gêmeos dizigóticos podem ser de mesmo sexo ou de sexos diferentes. Além disso, eles não são geneticamente iguais e o grau de semelhança entre esses irmãos equivale a irmãs ou irmãos que nasceram em épocas diferentes, pois a única coisa que eles têm em comum é o fato de terem estado no útero da mãe ao mesmo tempo. Nos gêmeos dizigóticos, o que determinará o tipo de placenta será o local de implantação dos embriões. Embriões implantados distantemente serão Diamnióticos e Dicoriônicos, ou seja, dois âmnios e dois sacos coriônicos. Já os embriões dizigóticos que forem implantados mais proximamente serão Diamnióticos e Monocoriônicos, ou seja, dois âmnios e apenas um saco coriônico. Gêmeos monozigóticos: Os gêmeos monozigóticos foram originados de apenas UM zigoto que se dividiu e deu origem a dois embriões, por isso, os gêmeos monozigóticos são geneticamente iguais. O que determinará ao tipo de placenta dos gêmeos monozigóticos será o estágio de desenvolvimento em que ocorreu a divisão dos embriões. Se a divisão ocorrer em estágio de Mórula, ainda na tuba uterina, o que determinará o tipo de placenta desses embriões será o local de implantação, assim como ocorre nos gêmeos dizigóticos. Se a divisão ocorrer na fase de blastocisto, os embriões se implantarão em local bem próximo e, dessa forma, a placenta será Diamniótica e Monocoriônica. No entanto, se a divisão ocorrer na fase de disco embrionário, teremos placenta Monoamniótica e Monocoriônica. Dependendo de onde e como ocorreu a divisão do disco embrionário, pode-se gerar gêmeos normais, perfeitamente divididos, gêmeos siameses e gêmeos parasitários.
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