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, O estudo das etapas e dos mecanismos do desenvolvimento humano pré-natal nos ajuda a compreender: o As relações normais das estruturas do corpo no adulto o As causas de defeitos ao nascimento (anomalias congênitas O uso correto do ácido fólico pode evitar alterações no tubo neural (feito de 3 a 4 meses antes da paciente engravidar, preferencialmente) Os rápidos avanços na biologia molecular conduziram à: o Utilização de técnicas sofisticadas em laboratórios o Investigação para explorar diversas questões Inicia na fecundação, aproximadamente 14 dias após o início do último período menstrual normal Começa quando um espermatozoide penetra um oócito (óvulo) e forma um zigoto ➔ 1ª semana Período embrionário: primeiras 8 semanas Período fetal: começa na 9ª semana 23 estágios Carnegie o Esses estágios são diferenciados por alterações na aparência externa o Essas alterações iniciam na 8ª semana do desenvolvimento Para o obstetra, se inicia no último período menstrual Para o embriologista, inicia-se na 2ª semana após a fertilização Segmentação: O óvulo fertilizado (zigoto) se divide (vira mórula) repetidamente enquanto se desloca para o local de implantação no endométrio (em geral perto do fundo uterino). No momento da implantação, o zigoto já se tornou uma camada de células ao redor de uma cavidade chamada blastocisto (a parede tem 1 célula de espessura, exceto o polo embrionário, que tem 3 ou 4 células de espessura) ➔ o polo embrionário que se tornará o embrião se implanta primeiro. Cerca de 6 dias após a fertilização, o blastocisto se implanto no revestimento uterino Gastrulação: nessa fase é definido o plano corporal do indivíduo, a partir da formação dos folhetos germinativos: ectoderma, endoderma e mesoderma. Células migradas para a região interna (endoderma e mesoderma) darão origem aos músculos e órgãos internos, e o ectoderma ao sistema nervoso e pele. Na gastrulação, há diferenciação de células e aumento da massa do zigoto Organogênese: fase em que ocorre a diferenciação dos folhetos em órgãos. Se inicia com a neurulação, que consiste na formação do tubo neural a partir da ectoderme, além da crista neural, que é responsável pela formação de células pigmentares, neurônios sensoriais do sistema nervoso periférico. A organogênese termina até a 8ª semana de gestação Mórula ➔ blastocisto ➔ implantação no endométrio Estruturas que derivam dos folhetos germinativos e que se atrofiam ou são eliminadas na ocasião do nascimento São essenciais para o crescimento e desenvolvimento do concepto: proteção, nutrição e excreção Anexos obstétricos: Placenta, cordão umbilical e membranas ovulares (âmnio e cório) Anexos para os embriologistas: membranas ovulares, alantoide e vesícula vitelina É o local de troca de nutrientes e gases entre a mae e o feto Parte fetal: se desenvolve em parte do saco coriônico Parte materna: derivada do endométrio Placenta + cordão umbilical: é um sistema de transporte entre a mãe e o feto. Permite o transporte de nutrientes e oxigênio do sangue materno para o sangue fetal, além da eliminação e resíduos e dióxido de carbono do sangue fetal para o sangue materno A placenta + membros fetais: permite a proteção, nutrição, respiração, excreção de resíduos e produção hormonal A placenta também está relacionada com a tolerância imunológica aos antígenos paternos É o endométrio modificado de uma mulher grávida ➔ camada funcional do endométrio e se separa do resto do útero após o parto Três regiões da decídua: são nomeadas de acordo com a sua relação com o local de implantação: o Decídua basal ou placa basal ou decidual: região onde o concepto (embrião e membranas) se aprofunda; é a parte materna da placenta (muito vascularizada) o Decídua capsular ou reflexa: parte superficial da decídua que recobre o concepto (mal perfundida e sem vascularização, constituindo o cório liso) o Decídua parietal ou vera: partes restantes da decídua O aumento da progesterona: permite a nidação e o desenvolvimento da gravidez. As células do tecido conjuntivo endometrial aumentam e forma células palidamente coradas, as células deciduais Sangramento dedo de luva: pesquisar Em caso de ameaça de aborto, pode- se indicar o uso de progesterona, que mantém a gestação (sabendo a idade gestacional) O desenvolvimento da placenta começa logo após a fertilização. Depois de 4 dias, o zigoto já está em fase de mórula e já está no interior da cavidade uterina. Na fase de blastocisto, inicia a produção de componentes hormonais e inflamatórios que preparam a receptividade endometrial. Ocorre então a aposição, adesão e por fim, a penetração Ocorre rápida proliferação do trofoloblasto ➔ no sexto dia após a concepção, com a implantação do blastocisto, as células trofoblásticas invadem o endométrio e iniciam a produção de gonadotrofina coriônica humana (hCG) ➔ esse mecanismo de erosão e invasão é ativamente realizado pelas células trofoblásticas Desenvolvimento do saco coriônico e das vilosidades coriônicas Final da 3ª semana: os arranjos anatômicos para as trocas fisiológicas entre a mãe e o embrião estão estabelecidos Final da 4ª semana: rede vascular desenvolve-se na placenta, permitindo troca de gases, nutrientes e produtos residuais metabólicos REAÇÃO DECIDUAL ➔ LOCAL IMUNOLOGICAMENTE ADEQUADO o Ocorre aumento do volume das células do estroma endometrial o Há acumulo de glicogênio e lipídios o Esse processo é dependente de estrógenos, progesterona e fatores secretados pelo blastocisto implantado As vilosidades coriônicas cobrem todo o saco coriônico até o inicio da 8ª semana O saco coriônico cresce, as vilosidades associadas à decídua capsular são comprimidas, reduzindo o fornecimento de sangue Essas vilosidades degeneram, produzindo uma área avascular → o cório liso As vilosidades associadas à decídua basal aumentam em número e se ramificam Essa parte espessa do saco coriônico é o cório viloso, ou cório frondoso A parte fetal da placenta (cório viloso) está fixada à parte materna da placenta (decídua basal) pela capa citotrofoblástica ➔ é uma camada externa de células trofoblásticas na face materna da placenta As vilosidade coriônicas aderem firmemente à decídua basal através da capa citotrofoblástica ancorando saco coriônico As artérias e veias endometriais passam livremente através de aberturas na capa citotrofoblástica e se abrem no espaço interviloso As vilosidades coriônicas invadem a decídua basal e corrói o tecido decidual. Essa erosão produz os septos placentários- que se projetam em direção à placa coriônica Septos da placenta dividem a parte fetal em áreas irregulares: os cotilédones O crescimento do concepto faz com que a decídua capsular fique em contato e se fusione com a decídua parietal e ocorre então o desaparecimento da cavidade uterina Dequitação placentária: ocorre após a expulsão do concepto. Deve-se avaliar os cotilédones, para verificar se a placenta foi expulsa de forma completa e correta Contém sangue materno, derivado das lacunas que se desenvolveram no sinciciotrofoblasto durante a 2ª semana Está dividido em compartimentos pelos septos da placenta O sangue materno entra no espaço interviloso a partir das artérias espiraladas da decídua basal e descarrega o sangue O sangue nesse espaço transporta oxigênio e nutrientes que são necessários para o crescimento e desenvolvimento fetal O sangue materno também contémresíduos fetais, como dióxido de carbono, sais e produtos do metabolismo proteico Constituída por duas circulações independentes: Circulação materna ou circulação uteroplacentária Circulação fetal ou circulação fetoplacentária São separadas pela superfície placentária de trocas ou barreira placentária, que é constituída exclusivamente por tecidos ovulares A barreira placentária não garante a separação absoluta entre as circulações fetal e materna O desenvolvimento ocorre a partir de 2 ondas de invasão das artérias espiraladas maternas pelo trofoblasto 1ª onda: ocorre antes de 12 semana pós fertilização ➔ ocorre invasão e modificação das artérias espiraladas até a transição entre a decídua e o miométrio 2ª onda: entre 12 a 16 semanas ➔ envolve a invasão da porção intramiometrial das arteríolas, convertendo-as em arteríolas dilatadas, vasos de baixa resistência da circulação uteroplacentária Trofoblasto intravascular: destrói o endotélio das artérias espiraladas o Transformam em vasos uteroplacentário mais amplos e de baixa resistência o Permitem a acomodação vascular ao aumento maciço da perfusão uterino Doença hipertensiva: ocorre devido a não atuação da 2ª onda ➔ deficiência da circulação uteroplacentária que originará problemas maternas e fetais ➔ uso de AAS, prescrever a partir de 12 semanas de gestação, para prevenir a doença gestacional hipertensiva ➔ essa doença pode causar restrição do crescimento intrauterino, devido aos vasos estarem mais estreitos e mais resistentes ➔ O cordão umbilical de uma paciente com doença hipertensiva é menor; ao contrário, em pacientes diabéticas, o cordão umbilical do feto é mais calibroso Sangue do espaço interviloso está fora do sistema circulatório materno ➔ o sangue entra no espaço interviloso nas artérias espirais endometriais impelido em jatos pela pressão sanguínea materna ➔ flui em torno das vilosidades coriônicas O sangue pouco oxigenado proveniente do feto chega à placenta através das duas artérias umbilicais que começam a se dividir após atravessar o âmnio A formação de um sistema arteíolo- capilar-venoso no interior das vilosidades permite as trocas entre os sangues fetal e materno O fluxo sanguíneo fetal que chega a placenta é dependente: o Do débito cardíaco do concepto o Da resistência vascular exercida pelas arteríolas do sistema viloso terminal O retorno ao feto do sangue com alto teor de oxigênio corre através da veia umbilical única Circular de cordão: não é indicação absoluta de cesárea ➔ A cada hora, deve-se avaliar o batimento cardíaco fetal ➔ Pode haver passagem também de vírus, bactérias, que podem causar malformações fetais Metabolismo: síntese de glicogênio Transporte: de gases, nutrientes, medicamentos e agentes infecciosos Proteção: por meio de anticorpos maternos Excreção: de resíduos Síntese e secreção endócrina: BHCG (lembrar que o HCG é secretado inicialmente pelo sinciciotrofoblasto) Tem forma discoidal e achatada, é deciduada Hemicorial: contato entre a superfície trofoblástica e o sangue materno FACE FETAL: o Placa coriônica: encontra-se em contato com a cavidade amniótica → tem aspecto brilhante o Aspecto liso e brilhante, devido ao revestimento pelo âmnio FACE MATERNA: o Placa basal tem coloração vinhosa É o local de fixação do cordão na placenta e ocorre geralmente próximo ao centro da superfície fetal da placenta Tem 1 a 2 cm de diâmetro e 30 a 90cm de comprimento Geralmente tem 2 artérias e 1 veia envolvidas em tecido conjuntivo mucosa Invaginação do saco vitelino e do âmnio O crescimento do saco amniótico é mais rápido que o do saco coriônico O âmnio e o cório liso logo se fusionam para formar a membrana amniocoriônica Essa membrana se rompe no parto O âmnio forma o saco amniótico membranoso cheio de fluido Líquido amniótico ➔ papel no crescimento e desenvolvimento fetal Crescimento externo uniforme do embrião Barreira à infecção Desenvolvimento do pulmão fetal Impede a aderência do âmnio ao embrião Amortece o embrião contra lesões Controla a temperatura do embrião Movimentação livre (desenvolvimento muscular) Manutenção da homeostase de fluidos e eletrólitos Durante a gestação, a avaliação do líquido amniótico oferece informações sobre a vitalidade e maturidade do produto conceptual O balanço entre a produção e a reabsorção do líquido é refletido pela regulação do seu volume Nas primeiras semanas, sua produção se dá principalmente pela passagem passiva de líquidos por meio da membrana amniótica, de acordo com o gradiente osmótico ➔ formado por um ultrafiltrado do plasma materno Na segunda parte da gestação, diversos fatores controlam e regulam sua produção Seu volume aumenta gradativamente durante a gestação, chegando a valores máximos por volta de 34 semanas e diminuindo gradativamente até o termo É a partir de células epiteliais amniogênicas presentes perto do trofoblasto que a cavidade amniótica evolui, entre o 7º e o 8º dia de desenvolvimento, no estágio de blastocisto ➔ pequenos espaços entre o citotrofoblasto e o ectoderma originam a cavidade amniótica Até a 14ª semana o líquido é praticamente acelular Células da membrana amniótica produzem o líquido amniótico Fluido tecido materno por difusão ➔ membrana amniocorionico Pele: antes da queratinização: passagem de agua e solutos do fluido tecidual do feto para a cavidade amniótica ➔ entre 17 e 20 semanas de gestação, inicia-se a queratinização da pele fetal, que passa a ser impermeável, o que reduz sua participação na regulação do volume de líquido amniótico Secretado pelas vias respiratórios e gastrointestinais do feto 11ª semana o feto expele urina na cavidade amniótica ➔ a partir da 20ª semana A diurese e a deglutição fetal tem maior atuação na regulação do volume de líquido amniótico no terceiro trimestre Membrana amniocriônica para o fluido tecidual materno e capilares uterinos Cordão umbilical Superfície fetal da placenta Oligoâminio: diminuição da quantidade de líquido amniótico Ocorre insuficiência útero-placentária, podendo ser decorrente de doença hipertensiva (pré-eclampsia), dpp (DESCOLAMENTO PLACENTÁRIO), doença trombótica, fármacos (inibidores daa ECA, AINES) Além disso, o oligoâminio pode ser por: o Gestação pós-termo o Malformações fetais, que diminuem a produção da urina o Restrição intrauterina do crescimento o Anomalias cromossômicas fetais, como aneuploidia o Ruptura prematura das membranas o Idiopática Pode ocorrer por malformações fetais, com obstrução do TGI ou trato urinário, cérebro e defeitos da coluna Ocorre também em casos de gestação múltipla, diabetes materno, anemia fetal (anemia hemolítica por incompatibilidade RH), infecções fetais, anormalidades genéticas e fetais, e também pode ser de causa idiopática Também é chamada de vesícula umbilical Promove a transferência de nutrientes durante a 2ª e 3ª semanas antes que circulação uteroplacentária seja estabelecida Promove atividade hematopoiética da 3ª a 6ª semana Na 4ª semana sua parte dorsal é incorporada ao embrião como o intestino primitivo. O endoderma dá origem ao epitélio da traqueia, brônquios, pulmões e canal alimentar As células germinativas primordiais aparecem na parede dessa vesícula antes de migrarem para as gônadas Se o saco vitelino não for visto na USG, prediz uma gestão anembrionada (acontece quando o óvulo fertilizado se implanta noútero mas não desenvolve um embrião) Não é funcional em embriões humanos Hematopoiese ocorre na sua parede entre a 3ª e a 5ª semana Seus vasos sanguíneos formam a veia e as artérias umbilicais A porção intraembrionária está situada entre o cordão umbilical e a bexiga Sofre involução e forma um tubo, o úraco Sua principal função é armazenar excreções dos embriões até o nascimento O alantóide é um anexo embrionário que surge por volta do 16° dia na parede caudal do saco vitelino. Durante a maior parte do desenvolvimento, o alantóide persiste como uma linha que se estende da bexiga urinária até a região umbilical, chamada de úraco, a qual nos adultos corresponderá ao ligamento umbilical mediano Acontece quando a bolsa amniótica, que protege o bebê durante a gravidez, não se rompe durante o trabalho de parto O bebê nasce dentro da bolsa amniótica Possui duas artérias e uma veia Curtos: <30cm o Podem ter predisposição à separação da placenta no parto, à rotura e à anoxia no momento da descido do feto no parto, em decorrência da tração excessiva Longos: >100cm o Predisposição à torção e às circulares de cordão Circular de cordão: Quando o cordão umbi- Lical se enrola no pesco- Do bebê No começo da gravidez, as vesículas vitelínica e alantoidiana são proeminentes Com o desenvolvimento do disco embrionário, o embrião encurva-se ventralmente e a parte dorsal da vesícula vitelínica incorpora-se ao embrião para a formação da vesícula biliar O cordão umbilical é formado a partir do saco amniótico (forma o epitélio do cordão), do alantoide (forma a veia e as artérias umbilicais) e da vesícula vitelínica
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