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(19) 3251-1012 O ELITE RESOLVE ITA 2011 - MATEMÁTICA 1 MATEMÁTICA NOTAÇÕES ` : conjunto dos números naturais ] : conjunto dos números inteiros _ : conjunto dos números racionais \ : conjunto dos números reais ^ : conjunto dos números complexos i : unidade imaginária: 2 1i = − z : conjugado do número z∈^ z : módulo do número z∈^ { }\ : e A B x x A x B= ∈ ∉ [ [ { }, :a b x a x b= ∈ ≤ <\ [ ] { }, :a b x a x b= ∈ ≤ ≤\ ] [ { }, :a b x a x b= ∈ < <\ ( )m n× \M : conjunto das matrizes reais m n× det M: determinante da matriz M P(A): conjunto de todos os subconjuntos do conjunto A n(A): número de elementos do conjunto finito A AB : segmento de reta unindo os pontos A e B lABC : ângulo formado pelos segmentos AB e BC , com vértice no ponto B 2 0 1 0 k n k n k n a x a a x a x = = + + +∑ " , k ∈` Observação: Os sistemas de coordenadas considerados são cartesianos retangulares. QUESTÃO 01 Dado 1( 1 3 ) 2 z i= − + , então 89 1 n n z = ∑ é igual a a) 89 3 . 2 i− b) -1. c) 0. d) 1. e) 89 3 . 6 i Resolução Alternativa B Por hipótese, 1 2( 1 3 ) cis 2 3 z i π= − + = . Como a soma pedida é n n z z z z z = = + + + +∑89 2 3 89 1 ... , a partir do valor de z, temos: 2 3 2 1 3cis 3 2 2 4 1 3cis 3 2 2 cis2 1 z i z i z π= = − + π= = − − = π = Podemos ver que 2 3 0z z z+ + = , e que a soma das subsequentes potências de z, três a três, é zero. Além disso, como 3 31 1kz z= ⇒ = , k ∈` . Logo, N 89 87 88 89 87 87 2 2 1 1 0 0 1n n n n z z z z z z z z z z = = = = + + = + ⋅ + ⋅ = + = −∑ ∑ . QUESTÃO 02 Das afirmações abaixo sobre números complexos 1z e 2z : I − 1 2 1 2 .z z z z− ≤ − II − 1 2 2 2z z z z⋅ = ⋅ . III − Se ( )1 1 cos sen 0z z i= θ + θ ≠ , então ( )111 1 cos senz z i−− = θ − θ . é(são) sempre verdadeira(s) a) apenas I. b) apenas II. c) apenas III. d) apenas II e III. e) todas. Resolução Alternativa C (I) Falsa. Tomando 1 1z = e 2 1z = − , obtemos: 1 2 1 2 1 ( 1) 2 1 1 1 1 0 z z z z ⎧ − = − − =⎪⎨ − = − − = − =⎪⎩ Portanto, temos um contra-exemplo em que 1 2 1 2 .z z z z− > − Na verdade, pode-se mostrar que a desigualdade sempre válida para quaisquer dois números complexos 1z e 2z é 1 2 1 2 .z z z z− ≥ − , isto é, com o sinal da inequação invertido. (II) Falsa. Tomando 1 0z = e 2 1z = , e sendo ambos números reais, temos que 1 0z = e 2 1z = . Assim: 1 2 2 2 0 1 0 1 1 1 z z z z ⎧ ⋅ = ⋅ =⎪⎨ ⋅ = ⋅ =⎪⎩ Portanto, temos um contra-exemplo em que 1 2 2 2z z z z⋅ ≠ ⋅ . Obs.: Consideramos que talvez tenha ocorrido um erro de digitação nessa afirmação, pois a identidade que faria mais sentido apresentar seria 1 2 1 2z z z z⋅ = ⋅ , a qual seria, inclusive, uma identidade verdadeira. (III) Verdadeira. De fato, para ( )1 1 cos sen 0z z i= θ + θ ≠ , temos que: ( ) ( ) 1 11 1 1 1 1 1 cos sen cos sen cos sen cos sen z iz z z i i i − − θ − ⋅ θ⎡ ⎤= ⇔ = ⋅ ⇔⎢ ⎥⋅ θ + ⋅ θ θ + ⋅ θ θ − ⋅ θ⎣ ⎦ ( ) ( ) ( )1 1 1 11 1 2 22 2 2 cos sen cos sen cos sencos sen z i z i z i − − − ⋅ θ − ⋅ θ ⋅ θ − ⋅ θ= = ⇔θ + θθ − ⋅ θ ( )11 1 1 cos senz z i −− = ⋅ θ − ⋅ θ QUESTÃO 03 A soma de todas as soluções da equação em ^ : 22 1 0z z iz+ + − = é igual a a) 2. b) 2 i . c) 0. d) 1 2 − . e) 2 .i− Resolução Alternativa E Sendo z x i y= + ⋅ , com x∈\ e y ∈\ , temos: ( ) ( ) ( )222 2 21 0 1 0z z iz x i y x y i x i y+ + − = ⇔ + ⋅ + + + ⋅ + ⋅ − = ⇔ ( ) ( )2 2 2 22 1 0x x y i y x y i x y+ ⋅ ⋅ ⋅ − + + + ⋅ − − = ⇔ ( ) ( )22 1 2 0x y i x y x− − + ⋅ ⋅ ⋅ + = ⇔ 22 1 0 2 0 x y x y x ⎧ − − =⎪⎨ ⋅ ⋅ + =⎪⎩ Da segunda equação, vem que: ( )2 1 0 0x y x⋅ + = ⇔ = ou 1 2 y = − Para x = 0, da primeira equação temos que: 22 0 1 0 1y y⋅ − − = ⇔ = − Para - 1y = 2 , da primeira equação temos que: 2 21 1 12 1 0 2 4 2 x x x⎛ ⎞− − − = ⇔ = ⇔ = ±⎜ ⎟⎝ ⎠ Assim, as raízes z x i y= + ⋅ da equação apresentada são: i− , 1 1 2 2 i− e 1 1 2 2 i− − . A soma S dessas raízes é dada por: ( ) 1 1 1 1 2 2 2 2 S i i i⎛ ⎞ ⎛ ⎞= − + − + − − ⇔⎜ ⎟ ⎜ ⎟⎝ ⎠ ⎝ ⎠ 2S i= − (19) 3251-1012 O ELITE RESOLVE ITA 2011 - MATEMÁTICA 2 QUESTÃO 04 Numa caixa com 40 moedas, 5 apresentam duas caras, 10 são normais (cara e coroa) e as demais apresentam duas coroas. Uma moeda é retirada ao acaso e a face observada mostra uma coroa. A probabilidade de a outra face desta moeda também apresentar uma coroa é a) 7 8 . b) 5 7 . c) 5 8 . d) 3 5 . e) 3 7 . Resolução Sem Resposta Primeiramente definimos os eventos: A={ A moeda selecionada tem 2 caras } B={ A moeda selecionada é normal (cara e coroa) } C={ A moeda selecionada tem 2 coroas } D={ A face observada é uma coroa } Agora, computemos ( )p D através do Teorema da Probabilidade Total (já que A, B e C são disjuntos e A B C∪ ∪ = Ω , onde Ω é o espaço amostral): ( ) ( | ) ( ) ( | ) ( ) ( | ) ( )p D p D A p A p D B p B p D C p C= ⋅ + ⋅ + ⋅ 5 1 10 25 3( ) 0 1 40 2 40 40 4 p D = ⋅ + ⋅ + ⋅ = Agora computemos nossa probabilidade desejada ( | )p C D através do Teorema de Bayes: 25 1( ) ( ) ( | ) 540( | ) 3( ) ( ) 6 4 p C D p C p D Cp C D p D p D ⋅∩ ⋅= = = = Desta forma, nenhuma alternativa está correta. Observação: Uma confusão que poderia ocorrer é pensar que ao saber que uma coroa foi retirada, teríamos que sobram 35 moedas no espaço amostral, onde 10 são normais e 25 são de duas coroas, o que daria 25 5( | ) 35 7 p C D = = . Esse pensamento, no entanto, está errado, pois a partir do momento que sabemos que uma face é coroa, isto faz nosso espaço amostral deixar de ser equiprovável, não valendo mais a razão anterior, pois cada moeda com 2 coroas tem o dobro de chance de ter sido a escolhida. Se ponderarmos os casos por suas probabilidades chegamos na probabilidade correta: 2 (Duas Coroas) 2 25 50 5( | ) (Normais) 2 (Duas Coroas) 10 2 25 60 6 np C D n n ⋅ ⋅= = = =+ ⋅ + ⋅ . QUESTÃO 05 Sejam A e B conjuntos finitos e não vazios tais que A B⊂ e }{ )( : \ 128⊂ =n C C B A . Então, das afirmações abaixo: I – ( ) ( )n B n A− é único; II – ( ) ( ) 128n B n A+ ≤ ; III – a dupla ordenada ( )( ( )),n A n B é única: é(são) verdadeira(s) a) apenas I. b) apenas II. c) apenas III. d) apenas I e II. e) nenhuma. Resolução Alternativa A O número }{ )( : \ 128⊂ =n C C B A representa justamente o total de subconjuntos que o conjunto B\A admite, ou seja, é o total de partes que esse conjunto tem. Sabe-se de Teoria dos Conjuntos que se um conjunto apresenta um número k de elementos (k inteiro, positivo e finito), o total de subconjuntos é dado então por k2 . Assim, seja k o total de elementos de B\A. A partir da fórmula anterior: k k 72 128 2 2 k 7= ⇔ = ⇔ = Como B\A tem 7 elementos e A B⊂ , temos que n(B) – n(A) = 7, o que torna a afirmação I verdadeira. As afirmações II e III são falsas. De fato, o exercício só permite concluir que a diferença entre o número de elementos de B e A é 7. Pode-se ter n(B) = 1000 e n(A) = 993, por exemplo. Assim, não é correto afirmar que n(B) n(A) 128+ ≤ . Como os valores de n(B) e n(A) não são determináveis com as informações dadas, não podemos afirmar que a dupla ordenada (n(A);n(B)) é única. QUESTÃO 06 O sistema 2 3 2 3 5 0 x y z a y z b x y cz + + =⎧⎪ + =⎨⎪ − − =⎩ a) é possível, , , .a b c∀ ∈\ b) é possível quando 7 3 ba = ou 1.c ≠ c) é impossível quando 1c = , ,a b∀ ∈\ . d) é impossível quando 7 3 ba ≠ , c∀ ∈\ . e) é possível 1c = e 7 . 3 ba ≠ Resolução Alternativa B Escrevendo o sistemano formato matricial, temos: 1 2 3 0 1 2 3 1 5 0 x a y b c z ⎡ ⎤ ⎡ ⎤ ⎡ ⎤⎢ ⎥ ⎢ ⎥ ⎢ ⎥⋅ =⎢ ⎥ ⎢ ⎥ ⎢ ⎥⎢ ⎥ ⎢ ⎥ ⎢ ⎥− −⎣ ⎦ ⎣ ⎦ ⎣ ⎦ Seja Li a i-ésima linha da matriz. Fazendo '3 1 33L L L= − ⋅ + , vem: 1 2 3 0 1 2 0 7 5 9 3 a b c a ⎡ ⎤⎢ ⎥⎢ ⎥⎢ ⎥− − − −⎣ ⎦ Fazendo '3 2 37L L L= ⋅ + , temos: 1 2 3 0 1 2 0 0 5 5 7 3 a b c b a ⎡ ⎤⎢ ⎥⎢ ⎥⎢ ⎥− −⎣ ⎦ Da última equação, temos: ( )5 1 7 3c z b a⋅ − ⋅ = − Nesse caso, temos as seguintes considerações: (I) Se 1c ≠ , o sistema é do tipo possível e determinado (SPD); (II) Se 1 7 3 c ba =⎧⎪⎨ =⎪⎩ , o sistema é do tipo possível e indeterminado (SPI); (III) Se 1 7 3 c ba =⎧⎪⎨ ≠⎪⎩ , o sistema é do tipo impossível (SI). QUESTÃO 07 Considere as afirmações abaixo: I – Se M é uma matriz quadrada de ordem 1n > , não-nula e não- inversível, então existe matriz não-nula N, de mesma ordem, tal que MN é matriz nula. II – Se M é uma matriz quadrada inversível de ordem n tal que ( )2det 0M M− = , então existe matriz não-nula X, de ordem 1n × , tal que MX X= . III – A matriz 2 cos sen tg 1 2sen sec 2 θ − θ⎡ ⎤⎢ ⎥θ θ⎢ ⎥−⎢ ⎥θ⎣ ⎦ é inversível, 2 kπ∀θ ≠ + π , k ∈] . Destas, é(são) verdadeira(s) a) apenas II. b) apenas I eII. c) apenas I e III. d) apenas II e III. e) todas. Resolução Alternativa E (I) Verdadeira. Sejam 11 1 1 n n nn m m M m m ⎛ ⎞⎜ ⎟= ⎜ ⎟⎜ ⎟⎝ ⎠ … # % # " e 11 1 1 n n nn x x N x x ⎛ ⎞⎜ ⎟= ⎜ ⎟⎜ ⎟⎝ ⎠ … # % # " . Então (matriz nula de ordem )nM N O n n⋅ = × ⇔ 11 1 11 1 1 1 0 0 . 0 0 n n n nn n nn m m x x m m x x ⎛ ⎞ ⎛ ⎞ ⎛ ⎞⎜ ⎟ ⎜ ⎟ ⎜ ⎟=⎜ ⎟ ⎜ ⎟ ⎜ ⎟⎜ ⎟ ⎜ ⎟ ⎜ ⎟⎝ ⎠ ⎝ ⎠ ⎝ ⎠ … … … # % # # % # # % # " " " , o que é equivalente a n sistemas lineares homogêneos da forma: (19) 3251-1012 O ELITE RESOLVE ITA 2011 - MATEMÁTICA 3 111 1 1 0 . 0 in n nn ni xm m M m m x ⎛ ⎞ ⎛ ⎞⎛ ⎞ ⎜ ⎟ ⎜ ⎟⎜ ⎟= =⎜ ⎟ ⎜ ⎟⎜ ⎟⎜ ⎟ ⎜ ⎟⎜ ⎟⎝ ⎠ ⎝ ⎠⎝ ⎠ … # % # # # " , onde { }1,2,3...i n∈ indica a i-ésima coluna de N. Mas como M é singular, tem-se que det 0M = , o que faz com que cada sistema homogêneo apresente uma solução não trivial. Portanto, conseguimos montar uma matriz N não nula (tomando ao menos uma solução não trivial de cada um dos n sistemas), tal que seja válida o produto nM N O⋅ = . (II) Verdadeira. Temos: 2det( ) 0 det( ( )) 0 det( ) det( ) 0n nM M M M I M M I− = ⇔ ⋅ − = ⇔ ⋅ − = Mas sabemos que det( ) 0M ≠ , pois M é inversível, de modo que det( ) 0nM I− = . Agora, dizer que existe matriz coluna não-nula X tal que M X X⋅ = é equivalente a dizer que existe uma solução não- trivial para ( ) 0n nM X X O M I X⋅ − = ⇔ − ⋅ = . E de fato, sabemos que isso é satisfeito, pois temos que det( ) 0nM I− = , o que torna nosso sistema homogêneo possível e indeterminado. (III) Verdadeira. Primeiramente, temos: (1) tg 1tg tg cos sen sec sec θ = θ ⋅ = θ ⋅ θ = θθ θ (2) 21 2sen cos 2 cos 2 2 θ θ⎛ ⎞− = ⋅ = θ⎜ ⎟⎝ ⎠ Assim, reescrevemos a matriz dada como: 2 cos sen cos sen tg sen cos1 2sen sec 2 θ − θ⎡ ⎤ θ − θ⎡ ⎤⎢ ⎥ =θ θ ⎢ ⎥⎢ ⎥ θ θ− ⎣ ⎦⎢ ⎥θ⎣ ⎦ Calculando então o determinante dessa matriz, encontramos: 2 2cos sen cos sen 1 sen cos θ − θ = θ + θ =θ θ Como o determinante é sempre não nulo, para todo valor de θ em que existam a tangente e a secante ( 2 kπθ ≠ + π , k ∈] ), tal matriz é sempre inversível para esses valores. QUESTÃO 08 Se 1 é uma raiz de multiplicidade 2 da equação x x ax b+ + + =4 2 0, com ,a b∈\ , então 2 3a b− é igual a a) -64. b) -36. c) -28. d) 18. e) 27. Resolução Alternativa C Por hipótese, se 1x = é raiz com multiplicidade 2 de p x x x ax b= + + +4 2( ) , então, pelo teste da derivada, 1x = é raiz simples da derivada de ( )p x . Então: p x x x a= + +3'( ) 4 2 . Desta forma temos: '(1) 0 4 2 0 6p a a= ⇔ + + = ⇔ = − . Como 1x = é raiz de ( )p x , para 6a = − , temos: (1) 0 1 1 6 0 4p b b= ⇔ + − + = ⇔ = . Portanto, 2 3 2 3 2 3( 6) (4) 36 64 28 a b a b− = − − ⇒ − = − = − ⇒ 2 3 28a b− = − . QUESTÃO 09 O produto das raízes reais da equação 2 3 2 2 3x x x− + = − é igual a a) −5. b) −1. c) 1. d) 2. e) 5. Resolução Alternativa A Como há módulo em ambos os lados da equação, não é necessário analisar separadamente o sinal das funções dentro destes. Assim, temos que: ( )2 23 2 2 3 3 2 2 3x x x x x x− + = − ⇔ − + = ± − ⇔ 2 5 5 0x x− + = ou 2 1 0x x− − = ⇔ 5 5 2 x ±= ou 1 5 2 x ±= Sendo todas as raízes reais, seu produto é dado por: 5 5 5 5 1 5 1 5 2 2 2 2 P ⎛ ⎞ ⎛ ⎞ ⎛ ⎞ ⎛ ⎞+ − + −= ⋅ ⋅ ⋅ ⇔⎜ ⎟ ⎜ ⎟ ⎜ ⎟ ⎜ ⎟⎝ ⎠ ⎝ ⎠ ⎝ ⎠ ⎝ ⎠ 5P = − QUESTÃO 10 Considere a equação algébrica ( )3 4 1 0kk k x a − = − =∑ . Sabendo que 0x = é uma das raízes e que 1 2 3( , , )a a a é uma progressão geométrica com 1 2a = e soma 6, pode-se afirmar que a) a soma de todas as raízes é 5. b) o produto de todas as raízes é 21. c) a única raiz real é maior que zero. d) a soma das raízes não reais é 10. e) todas as raízes são reais. Resolução Alternativa A Podemos reescrever o somatório da seguinte maneira: ( )3 4 3 21 2 3 1 ( ) 0 ( ) ( ) ( ) 0kk k p x x a x a x a x a− = = − = ⇔ − + − + − =∑ Desenvolvendo cada binômio e agrupando os termos com o mesmo expoente, temos: 3 2 1 2 3 3 2 2 3 2 1 1 2 1 2 3 ( ) ( ) ( ) 0 (1 3 ) (3 2 1) ( ) 0 x a x a x a x x a x a a a a a − + − + − = ⇔ + − + − + + − + − = Sabendo que 1 2a = , temos que: 3 2 3 2 1 2 3 1 3 2 2 1 2 3 0 é raiz 0 (I) 6 2 2 2 6 (II) x a a a a a a a a a q q ⎧ = ⇒ − + − = ⇔ + =⎪⎨ + + = ⇔ + + =⎪⎩ Resolvendo a equação (II), temos 1q = ou 2q = . Se 1q = , a equação (I) fica 8 2 4+ = , que é falso. Se 2q = − , a equação (I) fica 8 8 16+ = , que é verdadeiro. Logo, 1 2a = , 2 4a = − , 3 8a = e p x x x x= − +3 2( ) 5 21 . Fatorando p(x), temos 3 2 2( ) 5 21 ( 5 21)p x x x x x x x= − + = ⋅ − + . Assim, as raízes de p(x) são 0x = e 5 59 2 ix ±= . Portanto, a soma das raízes é 5. QUESTÃO 11 A expressão 2 24 9 16 54 61 0x y x ye e e e+ − − + = , com x e y reais, representa a) o conjunto vazio. b) um conjunto unitário. c) um conjunto não-unitário com um número finito de pontos. d) um conjunto com um número infinito de pontos. e) o conjunto ( ){ ( ) ( ) }2 22, 2 2 3 3 1y yx y e e∈ − + − =\ . Resolução Alternativa D Reescrevendo a expressão x y x ye e e e+ − − + =2 24 9 16 54 61 0, temos: ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 4 9 16 54 61 0 4 16 16 9 54 81 61 97 36 2 4 3 9 36 2 3 4 2 9 3 36 1. 9 4 x y x y x x y y x y x y x y e e e e e e e e e e e e e e + − − + = ⇔ − + + − + = − + = ⇔ − + − = ⇔ − −− + − = ⇔ + = Note que, com uma mudança de variáveis, por exemplo, fazendo ex = u e ey = v, temos a formação parcial de uma elipse no plano (u,v): Assim, podemos observar que há um conjunto infinito de pontos que satisfazem a equação. (19) 3251-1012 O ELITE RESOLVE ITA 2011 - MATEMÁTICA 4 QUESTÃO 12 Com respeito à equação polinomial 4 3 22 3 3 6 2 0x x x x− − + − = é correto afirmar que a) todas as raízes estão em _ . b) uma única raiz está em ] e as demais estão em _ \ ] . c) duas raízes estão em _ e as demais têm parte imaginária não-nula. d) não é divisível por 2 1x − . e) uma única raiz está em _ \ ] e pelo menos uma das demais está em \ \_ . Resolução Alternativa E Pelo teorema das raízes racionais, sabemos que as possíveis raízes racionais, da forma p/q, são tais que p é um divisor do termo independente (que no caso é 2) e q é um divisor do coeficiente líder (que no caso é 2 também). Sendo o conjuntodos divisores inteiros de 2 igual a { }(2) 1, 1,2, 2D = − − , as possíveis raízes racionais são: 1± , 2± , 1 2 ± Por inspeção, obtemos que 1+ é raiz (notando-se que a soma dos coeficientes é zero, chega-se rapidamente a esta conclusão) e 1 2 + é também de fato raiz. Reduzindo-se o grau do polinômio, através do dispositivo de Briot-Ruffini para x = +1: 1 2 -3 -3 +6 -2 2 -1 -4 +2 0 Logo, 4 3 2 3 2 ( ) 2 3 3 6 2 ( 1) (2 4 2) Q x x x x x x x x x− − + − = − ⋅ − − +���� ��� Repetindo-se a redução de grau para o polinômio Q(x) acima e 1 2 x = + : 1 2 2 -1 -4 +2 2 0 -4 0 Assim, temos a fatoração do polinômio dado: ( ) ( ) ( )4 3 2 22 3 3 6 2 1 1/2 2 4x x x x x x x− − + − = − ⋅ − ⋅ − ⇒ ( ) ( ) ( )4 3 2 22 3 3 6 2 1 2 1 2x x x x x x x− − + − = − ⋅ − ⋅ − De modo que as raízes desse polinômio são: 1 , 1 2 , 2 e 2− . Julgando agora cada alternativa. a) Incorreta. Temos apenas duas raízes racionais, 1 e 1 2 , já que 2∉_ e 2− ∉_ . b) Incorreta. De fato há uma única raiz inteira ( 1x = ), porém somente a raiz 1 \ 2 ∈_ ] , enquanto 2 \∉_ ] e 2 \− ∉_ ] , já que nenhuma dessas raízes são números racionais. c) Incorreta. De fato, duas raízes são racionais (1 e 1 2 ), porém as outras duas raízes ( 2 e 2− ) ainda são reais, isto é, têm parte imaginária nula. d) Incorreta. Sendo 1 2 x = uma raiz, segue que 2 1x − é um dos fatores da equação, conforme apresentado acima. e) Correta. De fato, uma única raiz é racional não inteira ( 1 \ 2 ∈_ ] ) e pelo menos uma das raízes outras raízes é real não racional (tanto 2 \∈\ _ como 2 \− ∈\ _ ). QUESTÃO 13 Sejam m e n inteiros tais que 2 3 m n = − e a equação 2 236 36 23 0x y mx ny+ + + − = representa uma circunferência de raio 1 cmr = e o centro C localizado no segundo quadrante. Se A e B são os pontos onde a circunferência cruza o eixo Oy, a área do triângulo ABC, em cm2, é igual a a) 8 2 3 . b) 4 2 3 . c) 2 2 3 . d) 2 2 9 . e) 2 9 . Resolução Alternativa D Temos que: 2 2 2 2 2336 36 23 0 0 36 36 36 mx nyx y mx ny x y+ + + − = ⇔ + + + − = ⇔ 2 2 2 2 2 2 23 72 72 36 72 72 m n m nx y⎛ ⎞ ⎛ ⎞+ + + = + +⎜ ⎟ ⎜ ⎟⎝ ⎠ ⎝ ⎠ Assim, o centro da circunferência C é , 72 72 m nC ⎛ ⎞− −⎜ ⎟⎝ ⎠ , e como o raio vale 1 cm: 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 23 13 4 4 131 36 72 72 72 36 72 9 m n m n m n+ ++ + = ⇔ = ⇒ = Mas temos que 2 22 3 2 9 4 3 m m n m n n = − ⇒ = − ⇒ = e nossa equação fica: 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 4 4 4 9 13 13 24 72 72 72 9 m n m m m m+ += = = => = Como C deve pertencer ao segundo quadrante, temos que 0 072 00 72 m m n n ⎧− <⎪ >⎧⎪ ⇒⎨ ⎨ <⎩⎪− >⎪⎩ Logo 24m = e 3 36 2 n m= − ⋅ = − , e a intersecção da circunferência com o eixo y será então: 2 2 2 0 1 8 1 2 2 1 2 2( )1 1 2 9 2 3 2 3( ) ( ) 1 3 2 x y y y x y =⎧⎪ ⇒ − = ⇒ − = ± ⇒ = ±⎨ + + − =⎪⎩ E os pontos são: 1 2 2 1 1(0, ) 1 2 3 3 2 1 2 2 1 1 2 2 1 2 2 1 4 22 3(0, ) 2 0 1 2 3 2 3 3 91 2 2 11 1 1 2 2 2 3( , ) 0 13 2 2 3 A B A C ⎧ = + −⎪⎪ +⎪⎪ = − ⇒ ⋅ = + = ⋅ =⎨⎪ −⎪ = − −⎪⎪⎩ + Finalmente: 2 2 9 A =+ QUESTÃO 14 Entre duas superposições consecutivas dos ponteiros das horas e dos minutos de um relógio, o ponteiro dos minutos varre um ângulo cuja medida, em radianos, é igual a a) 23 . 11 π b) 13 . 6 π c) 24 . 11 π d) 25 . 11 π e) 7 . 3 π Resolução Alternativa C Inicialmente, note que o ponteiro dos minutos percorre 360° em 60 minutos, ou seja, tem velocidade angular de 6°/min. O ponteiro das horas percorre 360° em 12 h (720 minutos), ou seja, tem velocidade angular de 0,5°/min. Como as velocidades angulares são constantes, então o ângulo varrido pelo ponteiro de minutos entre duas superposições é fixo. Admita, sem perda de generalidade, que o primeiro “encontro” entre os ponteiros do relógio ocorre às 12h00min. Assim, o segundo “encontro” acontece entre 1h00min e 2h00min. Observe, na figura abaixo que, quando o relógio marca exatamente 1h00min o ponteiro dos minutos está sobre o número 12, enquanto o das horas está sobre o número 1, ou seja, 30° à frente do ponteiro dos minutos. 30º 360º (19) 3251-1012 O ELITE RESOLVE ITA 2011 - MATEMÁTICA 5 Seja t o instante do segundo encontro, medido em minutos. Nesse instante, temos: 1) ponteiro dos minutos: percorreu uma distância angular de 6t (medida em graus). 2) ponteiro das horas: percorreu uma distância angular de 0,5t (também medida em graus). 0,5t6t Como o ponteiro das horas, no instante inicial (1h00min), estava 30° à frente do ponteiro dos minutos e ambos se encontram no instante t, segue que: 30 6030 0,5t 6t 5,5t 30 t t min 5,5 11 ° + = ⇔ = ⇔ = ⇔ = Desse modo, o segundo encontro ocorre a 601h min 11 , ou seja, o tempo necessário para ocorrerem duas superposições consecutivas entre os ponteiros das horas e dos minutos é 60 72060 min 11 11 + = . Sabemos que o ângulo varrido pelo ponteiro dos minutos, em graus, é dado por 6t. Em radianos esse ângulo seria dado por .t 30 π . Desse modo, o ângulo, em radianos, varrido pelo ponteiro dos minutos é dado por 720 24. rad 30 11 11 π π= . QUESTÃO 15 Seja ABC um triângulo retângulo cujos catetos AB e BC medem 8 cm e 6 cm respectivamente. Se D é um ponto sobre AB e o triângulo ADC é isósceles, a medida do segmento AD , em cm, é igual a a) 3 4 . b) 15 6 . c) 15 4 . d) 25 4 . e) 25 2 . Resolução Alternativa D Abaixo esta um desenho ilustrando a situação: x C B Ax D 8 − x 6 8 Aplicando Pitágoras no triangulo CBD, temos: 2 2 2 2 2 2 2 26 (8 ) 36 64 16CB BD CD x x x x x+ = ⇔ + − = ⇔ + − + = ⇔ 2516 100 4 x x= ⇔ = ⇔ 25 4 AD = QUESTÃO 16 Sejam ABCD em quadrado e E um ponto sobre AB . Considere as áreas do quadrado ABCD, do trapézio BEDC e do triângulo ADE. Sabendo que estas áreas definem, na ordem em que estão apresentadas, uma progressão aritmética cuja soma é 200 cm2, a medida do segmento AE , em cm, é igual a a) 10 3 . b) 5 . c) 20 3 . d) 25 3 . e) 10. Resolução Alternativa C Sejam x a medida do segmento AE e a a medida do lado do quadrado. Assim: (1) área do quadrado: 2a (2) área do trapézio: 2( ) 2 2 2 a a x a a a x+ − ⋅ − ⋅= (3) área do triângulo: 2 a x⋅ Pelo enunciado, a sequência 2 2 2; ; 2 2 a a x a xa ⎛ ⎞− ⋅ ⋅⎜ ⎟⎝ ⎠ é uma progressão aritmética. Nesse caso, segue que o termo médio é a média aritmética dos extremos, ou seja: 2 2 22 2 2 3 0 2 2 a xaa a x a ax ⋅+− ⋅ = ⇔ − = ⇔ (2 3 ) 0 0a a x a⋅ − = ⇔ = ou 2 3 ax = Como a representa a medida do lado do quadrado, segue que 0a > , de modo que 2 3 ax = . Desse modo, a progressão aritmética fica 2 2 2 2; ; 3 3 a aa ⎛ ⎞⎜ ⎟⎝ ⎠ . A soma desses termos é justamente o triplo do termo médio, ou seja, a soma é 2 2 223. 2 200 100 10 3 a a a a ⎛ ⎞ = = ⇔ = ⇔ =⎜ ⎟⎝ ⎠ . Assim, temos que a medida de AE é igual a: 2 2 10 3 3 aAE ⋅= = ⇔ 20 3 AE = QUESTÃO 17 Num triângulo ABC o lado AB mede 2 cm, a altura relativa ao lado AB mede 1 cm, o ângulo ˆABC mede 135° e M é o ponto médio de AB . Então a medida de ˆ ˆBAC BMC+ , em radianos, é igual a a) 1 5 π . b) 1 4 π . c) 1 3 π . d) 3 8 π . e) 2 5 π . Resolução Alternativa B Um desenho representando o problema se encontra abaixo: 1 α β 135° 45° 45° AM B D C 1 1 1 A B D C E a a a a − x x (19) 3251-1012 O ELITE RESOLVEITA 2011 - MATEMÁTICA 6 Como CB é hipotenusa de um triangulo retângulo, por pitágoras temos que sua medida é 2 , e analogamente descobrimos que 5CM = e 10CA = , então: ˆ ˆcos( ) cos( ) cos cos sen senBAC BMC+ = α + β = α ⋅ β − α ⋅ β = 3 2 1 1 6 1 1. . 10 5 10 5 5 2 5 2 2 AD MD DC DC AC MC AC MC = − = − = − = Como 0 180 45 4 π< α + β < °⇒ α + β = ° = radianos. QUESTÃO 18 Um triângulo ABC está inscrito numa circunferência de raio 5 cm. Sabe-se ainda que AB é o diâmetro, BC mede 6 cm e a bissetriz do ângulo lABC intercepta a circunferência no ponto D. Se α é a soma das áreas dos triângulos ABC e ABD e β é a área comum aos dois, o valor de 2α − β , em cm2, é igual a a) 14. b) 15. c) 16. d) 17. e) 18. Resolução Alternativa A A partir do enunciado, podemos montar a seguinte figura: x x x A C D 90°-x 90°-x 90°-2x P P B B Na figura P representa o ponto de intersecção entre a bissetriz BD e o lado AC do triângulo ABC. Note que se α é a soma das áreas dos triângulos ABC e ABD e β é a área comum aos dois, o valor de 2α − β corresponde justamente à soma das áreas dos triângulos APD e PBC. Observe também que os triângulos ABC e ABD são retângulos, uma vez que possuem um lado igual ao diâmetro da circunferência. Para simplificar a notação, utilizaremos 2ABC x=( . Os triângulos PBC e ADP são semelhantes, uma vez que possuem os mesmos ângulos internos. Como AB = 10 cm e BC = 6 cm, aplicando o teorema de Pitágoras no triângulo ABC temos: 2 2 2 2 2 2 210 6 64 8 cmAB BC AC AC AC AC= + ⇔ = + ⇔ = ⇔ = Note que, usando o triângulo ABC, temos 3cos2 5 x = e 4sen2 5 x = . A partir da identidade trigonométrica 2cos2 2cos 1x x= − , temos: 2 2 2 3 1cos2 1 4 2 55s cos cos cos 2 2 5 5 xco x x x x ++= ⇔ = ⇔ = ⇔ = Como 2 2sen cos 1x x+ = , segue que, para 0 2 x π< < : 2 2 2 24 1 5sen 1 cos sen 1 sen sen 5 5 5 x x x x x= − ⇔ = − ⇔ = ⇔ = Ainda, sen 1tg cos 2 xx x = = . Considere agora o triângulo PBC: x P C B 6 Aplicando tg x: 1tg 3 cm 6 2 PC PCx PC BC = ⇔ = ⇔ = Assim, a área do triângulo PBC é dada por 23 6 9 cm 2 2 PC CB⋅ ⋅= = . Considere agora o triângulo ADP: P A D x 5 Aplicando sen x e cos x: 5sen 5 cm 5 5 PD PDx PD AP = ⇔ = ⇔ = 2 5cos 2 5 cm 5 5 AD ADx AD AP = ⇔ = ⇔ = Assim, a área do triângulo APD é dada por: 25 2 5 5 cm 2 2 AD PD⋅ ⋅= = . Desse modo, encontramos 2 9 5α − β = + ⇔ 22 14 cmα − β = . QUESTÃO 19 Uma esfera está inscrita em uma pirâmide regular hexagonal cuja altura mede 12 cm e aresta da base mede 10 3 3 cm. Então o raio da esfera, em cm, é igual a a) 10 3 3 . b) 13 3 . c) 15 4 . d) 2 3 . e) 10 3 . Resolução Alternativa E Analisando a figura a seguir, onde O é o centro do hexágono, temos: M A F O N T r r r H V Como a base é um hexágono regular de lado igual a 10 3 cm 3 , temos que o segmento OM é a altura de um dos seis triângulos equiláteros na qual é dividido o hexágono regular. Assim, 10 33 5 cm 3 2 OM = ⋅ = . (19) 3251-1012 O ELITE RESOLVE ITA 2011 - MATEMÁTICA 7 Do fato de que a altura da pirâmide é 12 cm, considerando o triângulo retângulo VOM, temos que: 2 2 2VM OM OV= + ⇔ 2 2 25 12 13 cmVM VM= + ⇔ = Como os triângulos VTH e VOM são semelhantes (pois são ambos retângulos e têm o ângulo no vértice V em comum), temos a seguinte proporção: 12 13 60 5 5 13 r r r r−= ⇔ = − ⇔ 10 cm 3 r = QUESTÃO 20 Considere as afirmações: I - Existe um triedro cujas 3 faces têm a mesma medida 120οα = . II - Existe um ângulo poliédrico convexo cujas faces medem, respectivamente, 30°, 45°, 50°, 50° e 170°. III - Um poliedro convexo que tem 3 faces trIangulares, 1 face quadrangular, 1 face pentagonal e 2 faces hexagonais tem 9 vértices. IV - A soma das medidas de todas as faces de um poliedro convexo com 10 vértices é 2880°. Destas, é(são) correta(s) apenas. a) II. b) IV. c) II e IV. d) I, II e IV. e) II, III e IV. Resolução Alternativa C I – Falsa. A soma das medidas das faces deve ser maior do que 180° e menor do que 360°. Como as três faces têm medida 120°, a soma das três é exatamente 360°. II – Verdadeira. Somando as medidas das faces, temos 30 45 50 50 170 345° + ° + ° + ° + ° = ° , ou seja, um valor maior do que 180° e menor do que 360°. III – Falsa. Observe que o total de faces é 3 1 1 2 7F = + + + = . Além disso, o total de arestas é 3 3 1 4 1 5 2 6A 15 2 ⋅ + ⋅ + ⋅ + ⋅= = . A partir da relação de Euler, se V representa o número de vértices temos V A F 2− + = , donde segue que V 15 7 2 V 10− + = ⇔ = . Assim, a figura tem 10 vértices. IV – Verdadeira. A soma das medidas dos ângulos de todas as faces de um poliedro convexo é dada por ( )2 360V °− ⋅ . Assim, se ele possui 10 vértices, a soma será ( )10 2 360 2880° °− ⋅ = . QUESTÃO 21 Analise a existência de conjuntos A e B, ambos não-vazios, tais que ( ) ( )\ \A B B A A∪ = . Resolução Tomando dois conjuntos A e B quaisquer, temos a representação de ( ) ( )\ \A B B A∪ esquematizada a seguir. Vamos supor que existam dois conjuntos A e B tais que: ( ) ( ) ( ) ( )( ) ( ) \ \ \ \ \ \ A B B A A A B B A A A B B A A ⎧ ∪ ⊂⎪∪ = ⇔ ⎨ ∪ ⊃⎪⎩ Em particular, ( ) ( ) ( )( ) \ \ \ \ A B A A B B A A B A A ⎧ ⊂⎪∪ ⊂ ⇔ ⎨ ⊂⎪⎩ . A primeira sentença, ( )\A B A⊂ , é sempre verdadeira, mas para que se tenha ( )\B A A⊂ , necessariamente \B A = ∅ , pois caso contrário, existira elemento em B que não seria elemento de A, o que naturalmente impediria a inclusão de \B A em A. Assim, teríamos \B A B A= ∅ ⇔ ⊂ . Se B A B ⊂⎧⎨ ≠ ∅⎩ , temos que \A B A≠ , já que A e B têm pelo menos um elemento em comum. Logo: ( ) ( ) ( )\ \ \ \ \ \ A B A A B B A A B A B A B A ≠⎧ ⇒ ∪ = ∪∅ = ≠⎨ = ∅⎩ . QUESTÃO 22 Sejam 3n ≥ ímpar, { }\ 0z∈^ e z1, z2, ..., zn as raízes de zn = 1. Calcule o número de valores i jz z− , i, j =1,2, ..., n, com i ≠ j, distintos entre si. Resolução Por hipótese, a equação dada equivale ao polinômio de grau n dado por: 1 0nz − = . De acordo com o Teorema Fundamental da Álgebra, esse polinômio tem n raízes complexas: z1, z2, ... , zn. Representando tais raízes no plano complexo de Argand-Gauss abaixo, temos que os afixos dessas raízes formam um polígono regular convexo de n lados inscrito em uma circunferência de raio unitário. 1 2 nz + 1z 2z 3z e\ 3 2 nz + 2nz − Im O 4z Assim, i jz z− é a distância entre dois afixos distintos. Portanto, o que está sendo pedido é o número total de distâncias distintas entre dois vértices do polígono formado. Como o polígono é regular, podemos escolher qualquer um de seus vértices como referência, uma vez que o polígono pode ser rotacionado em torno da origem e para cada rotação obteríamos os mesmos resultados. Por simplicidade, tomaremos 1 1z = como vértice de referência. Sabendo do enunciado que o número de vértices é ímpar (pois n é ímpar), cada uma das 1n − raízes restantes possui uma raiz simétrica em relação ao eixo real. Portanto, se zi é a simétrica de zk, então 1 1i kz z z z− = − . Assim, o número de distâncias distintas que podemos obter é 1. 2 n − Portanto, o número de valores i jz z− distintos entre si é 12 n − . M O V 12 cm 5 cm H T r r (19) 3251-1012 O ELITE RESOLVE ITA 2011 - MATEMÁTICA 8 QUESTÃO 23 Sobre uma mesa estão dispostos 5 livros de história, 4 de biologia e 2 de espanhol. Determinea probabilidade de os livros serem empilhados sobre a mesa de tal forma que aqueles que tratam do mesmo assunto estejam juntos. Resolução Vamos calcular o número de possibilidades de empilhar os livros da maneira como pede o exercício (juntar os do mesmo assunto). Podemos ver que: • Devemos permutar os livros de mesmo assunto dentro de cada bloco. • Devemos permutar os blocos entre si. Podemos ver na figura abaixo os três “blocos” de livros de mesmo assunto: Desta forma, o número de possíveis empilhamentos desejados é ( )5! 2! 4! 3!e = ⋅ ⋅ ⋅ . Como temos um total de 11 livros, o número de total empilhamentos possíveis é 11!. Assim, a probabilidade de empilhar os livros juntando aqueles de mesmo assunto é ( )5! 2! 4! 3! 11! p ⋅ ⋅ ⋅= ⇔ 1 1155 p = . QUESTÃO 24 Resolva a inequação em \ : ( )21 5 log 19116 4 x x− +⎛ ⎞< ⎜ ⎟⎝ ⎠ . Resolução Vamos antes encontrar as condições de existência do logaritmo, tomando o logaritmando como positivo: 2 19 0x x− + > Para essa inequação de segundo grau, calculamos o discriminante ( )21 4 1 19 75 0Δ = − − ⋅ ⋅ = − < . Sendo assim, o logaritmando 2 19x x− + é sempre positivo, x∀ ∈\ . Reescrevendo então a inequação para igualar as bases das potências em ambos os lados, temos: ( )215log 1924 4 x x−− − +< Como as bases são maiores que 1, podemos comparar os expoentes mantendo o sinal da inequação: ( )1 252 log 19x x−< − − + ( )25log 19 2x x− + > ( )25 5log 19 log 25x x− + > Sendo aqui a base também maior que 1, comparamos os logaritmandos novamente mantendo o sinal da inequação: 2 219 25 6 0x x x x− + > ⇔ − − > Resolvendo a partir do gráfico da função do segundo grau esboçado acima, temos que: 2x < − ou 3x > QUESTÃO 25 Determine todas as matrizes ( )2 2xM ∈Μ \ tais que MN NM= , ( )2 2N x∀ ∈ Μ \ . Resolução Consideremos x y M z w ⎛ ⎞= ⎜ ⎟⎝ ⎠ e a b N c d ⎛ ⎞= ⎜ ⎟⎝ ⎠ , devemos encontrar as relações em x,y,z e w tal que , , ,a b c d∀ ∈\ tenhamos MN NM= , então isso é equivalente a: . . x y a b a b x y z w c d c d z w ax cy bx dy ax bz ay bw az cw bz dw cx dz cy dw ⎛ ⎞ ⎛ ⎞ ⎛ ⎞ ⎛ ⎞= ⇒⎜ ⎟ ⎜ ⎟ ⎜ ⎟ ⎜ ⎟⎝ ⎠ ⎝ ⎠ ⎝ ⎠ ⎝ ⎠ + + + +⎛ ⎞ ⎛ ⎞⇒ =⎜ ⎟ ⎜ ⎟+ + + +⎝ ⎠ ⎝ ⎠ Igualando o primeiro elemento de cada matriz obtemos: ax cy ax bz cy bz+ = + ⇔ = , , 0b c y z∀ ∈ ⇔ = =\ Então nossa igualdade se reduz a: ax bx ax bw cw dw cx dw ⎛ ⎞ ⎛ ⎞=⎜ ⎟ ⎜ ⎟⎝ ⎠ ⎝ ⎠ , , , ,a b c d x w∀ ∈ ⇔ =\ Então nossa solução são todas as matrizes da forma 0 0 M ⎛ ⎞= ⎜ ⎟⎝ ⎠ λ λ , ∈\λ . Ou seja 2M I= ⋅λ , λ ∈\ , onde 2 1 00 1I ⎛ ⎞= ⎜ ⎟⎝ ⎠ é a matriz identidade de ordem 2. QUESTÃO 26 Determine todos os valores de m∈\ tais que a equação ( ) 22 2 2 0m x mx m− + + + = tenha duas raízes reais distintas e maiores que zero. Resolução Por hipótese, se a equação do segundo grau admite duas raízes reais, distintas e maiores do que zero, as seguintes condições devem ser satisfeitas: 0 0 (*) 0 bS a cP a ⎧⎪ Δ >⎪⎪ = − >⎨⎪⎪ = >⎪⎩ Admitiremos que m m− ≠ ⇔ ≠2 0 2 para que a equação seja efetivamente uma equação do segundo grau. Da equação ( ) 22 2 2 0m x mx m− + + + = temos: m mS m mP m ⎧⎪Δ = −⎪⎪ =⎨ −⎪⎪ +=⎪⎩ − 28 16 2 2 2 2 . Aplicando as condições de (*), temos: m m ou m mS m ou m m mP m m ⎧⎪Δ = − > ⇔ > < −⎪⎪ = > ⇔ < >⎨ −⎪⎪ += > ⇔ − < <⎪⎩ − 28 16 0 2 2 2 0 0 2 2 2 0 2 2 2 Fazendo a intersecção das três possibilidades, temos que 2 2m− < < − . x −2 3 + + − História (5 livros) Biologia (4 livros) Espanhol (2 livros) 5! 4! 2! 3! (3 blocos de livros de mesmo assunto) (19) 3251-1012 O ELITE RESOLVE ITA 2011 - MATEMÁTICA 9 QUESTÃO 27 Considere uma esfera Ω com centro em C e raio 6r cm= e um plano Σ que dista 2 cm de C. Determine a área da intersecção do plano Σ com uma cunha esférica de 30° em Ω que tenha aresta ortogonal a Σ . Resolução Fazendo a intersecção entre a esfera Ω e o plano Σ , temos: Observe que essa intersecção é uma circunferência. Seja R a medida de seu raio. Aplicando o teorema de Pitágoras: 2 2 2 2R 2 6 R 32 R 4 2 cm+ = ⇔ = ⇔ = Considere agora a intersecção entre a cunha esférica e o plano: Note que essa intersecção é um setor circular de raio 4 2 cm e ângulo de 30°: Assim, a área dessa interseção corresponde a 1 12 da área de um círculo de raio 4 2 cm . Desse modo: 21 32Area (4 2) Area 12 12 π= ⋅ π ⋅ ⇔ = ⇔ 28Area cm 3 π= QUESTÃO 28 a) Calcule 2 2cos sen cos 2 sen cos sen 5 5 10 5 5 10 π π π π π π⎛ ⎞− ⋅ − ⋅ ⋅ ⋅⎜ ⎟⎝ ⎠ . b) Usando o resultado do item anterior, calcule sen cos 10 5 π π⋅ . Resolução a) Seja 2 2 22 sencos 55 cos sen cos 2 sen cos sen 5 5 10 5 5 10 E ππ π π π π π π⎛ ⎞= − ⋅ − ⋅ ⋅ ⋅ ⇔⎜ ⎟⎝ ⎠ ��� �� ���� ��� 2 2 2cos cos sen sen cos cos 0 5 10 5 10 5 10 2 E π π π π π π π⎛ ⎞ ⎛ ⎞= ⋅ − ⋅ = + = =⎜ ⎟⎜ ⎟ ⎝ ⎠⎝ ⎠ Logo: 2 2cos sen cos 2 sen cos sen 0 5 5 10 5 5 10 π π π π π π⎛ ⎞− ⋅ − ⋅ ⋅ ⋅ =⎜ ⎟⎝ ⎠ . b) Seja sen cos 10 5 x π π= ⋅ Pelo desenvolvimento do item (a), notamos que os ângulos 2e 10 5 π π são complementares, isto é, 2 5 10 2 π π π+ = . Logo: 2 22sen cos sen cos sen (I) 10 5 10 5 5 π π π π π= ⇔ = − Também do item (a), temos que: 2 2 sen (eq. I) 10 2 sen cos sen cos sen cos 5 5 10 5 5 10 x π π π π π π π⎛ ⎞⋅ ⋅ ⋅ = − ⋅ ⇔⎜ ⎟⎝ ⎠��� �� ���� ��� 2 sen sen cos 2 2 sen cos sen cos 5 10 10 10 10 10 10 x xπ π π π π π π⎛ ⎞⋅ ⋅ = ⋅ ⇔ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ = ⋅⎜ ⎟⎝ ⎠ 14 1 4 x x⇔ ⋅ = ⇔ = Logo: 1sen cos 10 5 4 π π⋅ = . QUESTÃO 29 Num triângulo AOB o ângulo AÔB mede 135° e oas lados AB e OB medem 2 cm e 2 3− cm, respectivamente. A circunferência de centro em O e raio igual à medida de OB intercepta AB no ponto C ( )B≠ . a) Mostre que OÂB mede 15°. b) Calcule o comprimento AC . Resolução a) Um desenho que representa a situação é mostrado a seguir: 135° 2 3 cm− O B C 2 cm A Prolongando a reta AO e fechando o triângulo retângulo OFB, temos: E 45° 135° A B OÂB O D C 2 cm F 2 3 cm− Aplicando o seno do angulo 45FÔB °= : ( ) 2 2 3sen 2 22 3 FBFÔB FB −= = ⇔ = − Agora para o triângulo FAB: ( ) 2 3sen 2 FBOÂB AB −= = 6 2 R C 30° 30° 4 24 2 (19) 3251-1012 O ELITE RESOLVE ITA 2011 - MATEMÁTICA 10 Agora, usando o fato de que ( )2 1 cos 2sen 2 − θθ = , mostraremos que ( )sen sen15OÂB = ° : 2 311 cos30 2 32sen 15 2 2 4 −− ° −° = = = ⇒ 2 3sen15 sen( ) 2 OÂB−° = = Como sen( ) sen15OÂB = ° e 0 90OÂB< < ° , então 15OÂB = ° . b) Analisemos a figura a seguir: O B C A 45° D E 15° Como OÂB é ângulo excêntrico externo à circunferência, temos a relação: p p p p4515 15 2 2 BE CD CDOÂB CD− ° −= ⇔ ° = ⇒ = ° Como CÔD é ângulo central correspondente a pCD , 15CÔD = ° . Temos que o triângulo COA é isósceles, pois 15CÂO CÔA= = ° . Então AC CO= = raio da circunferência⇒ 2 3 cmAC = − . QUESTÃO 30 Considere um triângulo equilátero cujo lado mede 2 3 cm. No interior deste triângulo existem 4 círculos de mesmo raio r. O centro de um dos círculos coincide com o baricentro do triângulo. Este círculo tangencia externamente os demais e estes, por sua vez, tangenciam 2 lados do triângulo. a) Determine o valor de r. b) Calcule a área do triângulo não preenchida pelos círculos. c) Para cada círculo que tangencia o triângulo, determine a distância do centro ao vértice mais próximo. Resolução Porhipótese, podemos montar a seguinte figura: AO r r r r r r r r r 30° 30° 2 3 3 T B A C CO BO r G H Assim: a) No triângulo CGH, temos: 2 1 2tg30 3 3 3 o r r⋅ ⋅= ⇔ = ⇔ 1 2 r cm= b) A área A pedida é a área do triângulo equilátero de lado 2 3 cm menos 4 áreas de um círculo de 1 2 r = . Logo, ( )2 22 3 3 14 4 2 A ⎛ ⎞= − ⋅ π ⇒⎜ ⎟⎝ ⎠ ( ) 23 3 cmA = − π c) No triângulo COCT, temos que a distância d é o segmento OCC, que é a hipotenusa do triângulo considerado. Assim, temos: 1 1sen30 2 2 o r d d = ⇔ = ⇔ 1d cm= Equipe desta resolução Matemática Darcy Gabriel Augusto de Camargo Cunha Rafael da Gama Cavallari Rodrigo do Carmo Silva Revisão Eliel Barbosa da Silva Fabiano Gonçalves Lopes Marcelo Duarte Rodrigues Cecchino Zabani Vagner Figueira de Faria Digitação, Diagramação e Publicação Carolina Marcondes Garcia Ferreira Hannay Nishimaru Molar IME 2011: 2 aprovados em 7 alunos
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