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05/08/2018 Preposto não empregado: entenda os riscos dessa representação
https://giarllarielli.jusbrasil.com.br/artigos/593388067/preposto-nao-empregado-entenda-os-riscos-dessa-representacao?utm_campaign=newsletter-daily… 1/4
jusbrasil.com.br
5 de Agosto de 2018
Preposto não empregado: entenda os riscos dessa
representação
 
1. Antes da Reforma Trabalhista – Lei nº 13.467/ 2017[1].
A possibilidade de utilização de preposto, pelo empregador, para se fazer
representar em audiências trabalhistas, sempre foi um tema polêmico.
Antes da reforma, interpretando o art. 843, § 1º, da CLT, o TST editou o
verbete 377[2]da súmula de sua jurisprudência nestes termos:
05/08/2018 Preposto não empregado: entenda os riscos dessa representação
https://giarllarielli.jusbrasil.com.br/artigos/593388067/preposto-nao-empregado-entenda-os-riscos-dessa-representacao?utm_campaign=newsletter-daily… 2/4
“Exceto quanto à reclamação de empregado doméstico, ou contra micro
ou pequeno empresário, o preposto deve ser necessariamente empregado
do reclamado.Inteligência do art. 843, § 1º, da CLT e do art. 54 da Lei
Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006”.
2. Depois da Reforma
Com a inclusão do § 3º no art. 843 da CLT, não se exige mais a condição de
empregado para que alguém possa figurar como preposto do empregador
em causas trabalhistas, a saber:
“§ 3o O preposto a que se refere o § 1o deste artigo não precisa ser
empregado da parte reclamada.” (grifo nosso)
No entanto, apesar de o preposto não precisar mais ser empregado do
reclamado, o § 1º do mesmo artigo estipula uma condição para que a pessoa
possa ser representante do empregador, qual seja: o mandatário precisa
ter conhecimento dos fatos no caso concreto.
3. Um caso prático
No processo nº 0000708-02. 2017.5.21.0016, que tramita na Vara do
Trabalho de Assu-RN,a Juíza entendeu que houve a confissão ficta, haja
vista que o preposto não conhecia os fatos, conforme se apura do seguinte
excerto da decisão:
“Ora, o permissivo legal não autoriza que "qualquer pessoa" possa atuar
como preposto, pois há necessidade de que esta possua posição de fala
em Juízo acerca das atividades desempenhadas pela ré, o que
não é o caso da preposta trazida à audiência deste processo judicial.”
(grifos nossos)
Portanto, a decisão em destaque segue a interpretação legal de que não é
qualquer pessoa que pode figurar como preposto, ou seja, exige-se o
requisito previsto no § 1º do art. 843, devendo o mandatário conhecer os
fatos do caso concreto e apresentá-los em juízo quando solicitado.
4. Conclusão
05/08/2018 Preposto não empregado: entenda os riscos dessa representação
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Os legisladores imaginaram que, com a inclusão do § 3º no art. 843 da CLT,
a questão da representação por meio de preposto no âmbito do processo
trabalhista restaria pacificada. Todavia, mesmo com a clareza do § 3º,
gerou-se novo debate interpretativo prático ante o disposto no § 1º, qual
seja: pode-se aplicar a sanção processual da confissão ficta quando o
preposto, não sendo empregado do reclamado, não tiver conhecimento dos
fatos do processo?
Entendemos que o art. 843,§ 1º, da CLT prevê um requisito para que o
empregador possa se substituir pela figura do preposto: o mandatário
deve conhecer os fatos que envolvem o processo em que prestará
o seu depoimento; sempre, claro, com uso de bom senso – ex: não há
como o preposto (ou mesmo o próprio empregador) saber exatamente o
horário de trabalho de um empregado que prestava serviços externos.
Destarte, recomendamos aos empregadores que quiserem se utilizar desse
instrumento de representatividade que pensem bem antes de fazê-lo, pois
correm o risco de revelia (confissão da matéria fática) caso o Magistrado
entenda que o preposto não tem conhecimentos suficientes para
representar o empregador – além da possibilidade de o mandatário, de
alguma forma, mesmo que sem intenção, responder ou atuar em juízo de
forma desfavorável ao preponente.
Por último, caso queiram se aprofundar mais a respeito das alterações da
CLT, convido todos a lerem este outro artigo: Reflexões sobre a Reforma
Trabalhista. Fiquem à vontade para deixarem seus comentários sobre as
experiências nessa seara. Caso queiram conhecer um pouco mais sobre o
nosso escritório, acessem o nosso site institucional: www.giarllarielli.adv.br
no qual posto também artigos jurídicos.
Fontes:
[1]http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-
2018/2017/lei/l13467.htm
[2]http://www3.tst.jus.br/jurisprudencia/Sumulas_com_indice/Sumulas_
Ind_351_400.html#SUM-377
05/08/2018 Preposto não empregado: entenda os riscos dessa representação
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Disponível em: http://giarllarielli.jusbrasil.com.br/artigos/593388067/preposto-nao-empregado-
entenda-os-riscos-dessa-representacao

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