Buscar

Prova de Processo do Trabalho II

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 19 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 19 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 19 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO II
Aluna: Larissa Oliveira Alves
Questões do primeiro estágio
● Organização da Justiça do Trabalho na CRFB e
1. Como se dá a organização da Justiça do Trabalho da CRFB? O STF
faz parte da organização da Justiça do Trabalho?
O Judiciário trabalhista é um dos três ramos da Justiça Federal da União
especializada, com os artigos da Constituição Federal presentes no Capítulo III, Seção
V. A ela compete julgar conflitos individuais e coletivos entre trabalhadores e patrões,
incluindo aqueles que envolvam entes de direito público externo e a administração
pública direta e indireta da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios.
É dividida em três graus de jurisdição, quais são: TST (terceiro grau de
jurisdição), TRTs (segundo grau de jurisdição) e os juízes do trabalho (primeiro grau de
jurisdição, que exercem a jurisdição nas Varas do Trabalho).
O TST surgiu em 1946 e é o órgão de cúpula da Justiça do Trabalho, com sede
em Brasília e jurisdição em todo o território nacional. É composto por 27 ministros,
escolhidos dentre brasileiros com mais de 35 e menos de 65 anos, nomeados pelo
Presidente da República, após aprovação da maioria absoluta do Senado Federal e se
utiliza do quinto constitucional.
Os Tribunais Regionais do Trabalho são compostos de sete juízes, recrutados e
nomeados pelo Presidente da República dentre brasileiros com mais de trinta e menos
de sessenta e cinco anos, sendo que um quinto (quinto constitucional) dentre advogados
com mais de dez anos de efetiva atividade profissional e membros do Ministério Público
do Trabalho com mais de dez anos de efetivo exercício, os demais, são mediante uma
promoção de juízes do trabalho por antiguidade e merecimento.
Já Varas do Trabalho, a jurisdição será exercida por um juiz singular.
O STF não faz parte da organização da Justiça do Trabalho e como é a corte
suprema, está acima hierarquicamente das demais justiças.
Rito sumaríssimo trabalhista
2. Quais são as características do rito sumaríssimo trabalhista?
Apresente pelo menos três distinções em relação ao rito ordinário.
O rito sumaríssimo tem como característica a necessidade de uma única
audiência, cuja ata registra, resumidamente, os atos mais importantes. Vale ressaltar que
nesse rito, as ações coletivas não são abrangidas; a sentença é proferida na própria
audiência e não há necessidade da emissão de relatório
No procedimento sumaríssimo se admite a interposição de embargos
declaratórios. Como também, todas as provas são expostas na própria audiência mesmo
que não ocorra um prévio requerimento delas.
No rito sumaríssimo não há a possibilidade de haver a citação por edital, diferente
do que ocorre no rito ordinário; possui, também, o máximo de duas testemunhas por
parte, enquanto no ordinário, a quantidade é de três por parte.
O tempo de apreciação no sumaríssimo é de 15 dias, enquanto no ordinário não
há prazo;
No sumaríssimo, o valor da causa a ser julgada é de até 40 salários, enquanto no
ordinário é de mais de 40 salários.
Procedimentos especiais trabalhistas
3. Qual é a finalidade do dissídio coletivo trabalhista? Quais são as
espécies de dissídio coletivo?
O dissídio tem a finalidade de solucionar os conflitos coletivos de trabalho. É
por meio dele, que o Poder Judiciário resolve os conflitos entre os empregadores e os
representantes de grupo dos trabalhadores. Dessa forma, ele existe para conceder à
Justiça do Trabalho a responsabilidade de resolver um conflito ao criar normas e
condições de trabalho que regularão a relação trabalhista entre as partes.
Os dissídios coletivos podem ter natureza jurídica ou econômica. Os que
possuem natureza jurídica, tem como objetivo a interpretação de uma norma legal já
existente, seja ela legal ou proveniente de acordo ou sentença normativa. Já os dissídios
de natureza econômica são aqueles que criam regras que irão regulamentar os contratos
de trabalho. Ao contrário do dissídio jurídico, o dissídio econômico cria, altera ou
extingue uma situação.
Tem outro tipo de dissídio coletivo: que ocorre em uma situação de greve, e que
foi ajuizado pelo Ministério Público do Trabalho, que está previsto no artigo 114, §3º da
Constituição Federal: “Em caso de greve em atividade essencial, com possibilidade de
lesão do interesse público, o Ministério Público do Trabalho poderá ajuizar dissídio
coletivo, competindo à Justiça do Trabalho decidir o conflito”.
4. Ainda é cabível o inquérito judicial de apuração de falta grave? Quais
são as características desse procedimento? Exemplifique.
Sim, ainda é cabível e será utilizado sempre que o empregador quiser dispensar
um trabalhador que possui estabilidade garantida na forma da lei. O inquérito que ser
feito em até 30 dias contados da data da suspensão.
Ações constitucionais na Justiça do Trabalho
5. A Justiça do Trabalho julga habeas corpus? Exemplifique, caso a
resposta seja positiva.
Sim, com a promulgação da EC n. 45/2004, que inseriu o inciso IV ao art. 114 da
CF, é de competência da Justiça do Trabalho para processar e julgar habeas corpus
“quando o ato questionado envolver matéria sujeita à sua jurisdição”,
independentemente do ato em questão ser do Juiz do Trabalho de primeiro ou segundo
grau, ou até mesmo de ministro do TST. O TST admite o habeas corpus nas hipóteses
em que o paciente não assina o termo de depósito ou do depositário de penhora sobre
coisa futura, como é o caso de penhora sobre faturamento da empresa
6. Cite exemplos de cabimento do mandado de segurança na Justiça do
Trabalho, diferenciando, em sua resposta, casos de primeira instância
de casos dos TRTs.
Os exemplos da Justiça do Trabalho são: contra auditor fiscal do trabalho ou de
delegado do trabalho em decorrência de aplicação da multa em fiscalizações das
relações de trabalho; ou contra casos de interdição de estabelecimento ou setor, de
máquina ou equipamento no embargo da obra. Vale citar, também, os casos contra
procuradores do trabalho em inquéritos civis públicos ou em outros procedimentos
administrativos.
Já no caso dos TRTs, poderiam ser atos de juízes do Trabalho ou juízes
substitutos da Vara do Trabalho, bem como juízes de direito acometido na jurisdição
trabalhista, em discordância com o próprio tribunal ou outros órgãos colegiados.
Ações civis cabíveis na Justiça do Trabalho
7. A ação de consignação em pagamento é cabível no processo do
trabalho? Exemplifique.
Sim, o artigo 114, IX da CF/88 dispõe que é de competência da justiça do
trabalho processar outras controvérsias decorrentes da relação de trabalho, na forma da
lei. Por exemplo, quando o credor falece e o devedor não tem conhecimento a quem
pagar ou quando um empregado pratica alguma falta grave e acaba sendo dispensado
por justa causa, porém não reconhece a autoria do delito contratual e receber a quantia
que a empresa entende devida.
8. A Justiça do Trabalho pode julgar ações possessórias? Justifique.
Sim, a Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar ações
possessórias que tenham origem na relação de emprego. É o que ocorre quando o
empregador reivindica a posse do imóvel oferecido ao empregado como
salário-utilidade (CLT, art. 458, §§ 3º e 4º). O empregado também pode ajuizar na
Justiça do Trabalho ação possessória em face do empregador na hipótese em que este
vier a reter a posse de instrumentos ou equipamentos de propriedade daquele.
De acordo com a súmula 23 do STF “a Justiça do Trabalho é competente para
processar e julgar ação possessória ajuizada em decorrência do exercício do direito de
greve pelos trabalhadores da iniciativa privada.”
9. Cabe embargos de terceiros na Justiça do Trabalho? Exemplifique.
Tendo em vista a omissão da CLT acerca dos embargos de terceiro, impõe-se a
aplicação subsidiária das normas do CPC com as devidas adaptações no que concerne
ao iter procedimentalis. Assim, por força do art. 674 do CPC, é legitimado ativo aquele
que, não sendo parte no processo, sofrer constriçãoou ameaça de constrição sobre bens
que possua ou sobre os quais tenha direito incompatível com o ato constritivo, podendo
requerer seu desfazimento ou sua inibição por meio de embargos de terceiro.
10. Exemplifique casos de ação de exigir contas na cabível na Justiça do
Trabalho.
A ação de exigir contas é cabível nos casos em que o autor exige uma prestação
de contas por parte do réu. Decorre de uma controvérsia entre o empregador e o
empregado em decorrência de alguma prestação. O autor José Alberto Maciel Dantas
dispõe um exemplo da ação de contas “A empresa que exige a prestação de contas do
empregado viajante ou do empregado comissionista, de modo a verificar se a comissão
recebida pelo empregado corresponde ao montante de vendas efetuadas no período (isso
só será necessário, evidentemente, se a empresa não tiver um controle detalhado e se o
empregado se recusar a prestar as contas espontaneamente); e também na hipótese do
vendedor comissionista não recebeu as comissões das vendas, e a empresa se recusa a
fornecer as copias dos pedidos de vendas, para que o
vendedor possa ter controle do que vendeu, e assim calcular corretamente suas
comissões. Em tal situação, também seria cabível a ação de exigir contas, o que não
impede, no entanto, de o empregado ajuizar diretamente uma reclamação trabalhista,
requerendo, dentre outras coisas, que o empregador exija os pedidos de vendas e pague
a diferença das comissões recebidas.”
11. Existe procedimento de jurisdição voluntária na Justiça do Trabalho?
Exemplifique.
Sim, existe esse procedimento, logo é possível a celebração de um acordo
extrajudicial entre as partes, permitindo que estas possam transacionar direitos e valores,
precisando pedir apenas a homologação na justiça do trabalho, não precisando mais que
o acordo seja firmado em juízo para gerar segurança jurídica entre as partes.
Arbitragem trabalhista
12. Há alguma limitação para o cabimento da arbitragem em litígios
trabalhistas? E nos litígios individuais? O art. 507-A confundiu
“convenção de arbitragem” com “compromisso arbitral”? É possível
estabelecer, para fins de anulação do pacto arbitral, uma presunção de
consentimento viciado pelo empregado, quando firmada no momento
da contratação (posição de vulnerabilidade no momento da
contratação)? É possível anular uma decisão arbitral pelo fato de o
árbitro não seguir um precedente do TST? Justifique. Quando inicia o
prazo da eventual ação anulatória de arbitragem perante a Justiça do
Trabalho?
Não há vedação legal para o cabimento da arbitragem na seara dos litígios
trabalhistas, pois a arbitragem é autorizada de forma infraconstitucional.
Quanto a litígios individuais, a legislação impõe dois requisitos cumulativos: a)
a remuneração do empregado tem que ser duas vezes superior que o limite máximo que
é estabelecido nos benefícios do RGPS, isso varia em
torno de onze mil reais; b) a arbitragem deve ser por iniciativa do empregado ou se ele
concordar expressamente.
O art. 507-A deixou de definir o procedimento, logo usa-se os termos gerais da
Lei de Arbitragem que no art. 5º dispõe que há uma possibilidade das partes
estabelecerem as suas próprias regras.
No contrato de trabalho deve ter ou sugerir a cláusula arbitral ou se o empregado
concordar expressamente com ela.
Sim, é possível anular a decisão arbitral, pois se o árbitro julgar contrariamente
ao precedente, ele estaria julgando por equidade, ou seja, contrariando a vontade das
partes que escolheram a arbitragem de direito. Caso o arbitro for chamado a se
manifestar sobre o precedente e não fazer nada, a sentença será passível de anulação por
falta de fundamentação, segundo o artigo 32, II C/C 26, II da LArb.
Honorários advocatícios na Justiça do Trabalho e assistência
judiciária gratuita
13. Considerando o § 4° do art. 791-A da CLT, o que você entende por
“outro processo”? Qual é o momento de aferir a existência desses
créditos em outro processo? Incumbe ao juiz pesquisar de ofício a
existência desses possíveis outros créditos existentes em outro
processo?
Esse “outro processo” é qualquer outro processo que esteja em andamento. O
momento de aferir a existência desses créditos é no momento da propositura da ação.
Não incube ao juiz a pesquisa e sim ao administrador judicial. Esse irá verificar
com base nos livros de contabilidade e nos documentos fiscais do devedor.
14. Ainda considerando o § 4° do art. 791-A da CLT, qual seria o
momento de aferir a existência desses créditos em outro processo?
Imagine-se a seguinte situação hipotética: a) o reclamante — apesar
de beneficiário da justiça gratuita — restou condenado no pagamento
de honorários advocatícios
sucumbenciais na Justiça do Trabalho, com decisão transitada em
julgado; b) ele, reclamante, logo após o trânsito em julgado desse seu
processo trabalhista, sagrou-se vencedor em sentença condenatória
proferida contra a União na Justiça Federal, ainda em vias de
apelação perante o TRF. Nesse caso, o seu processo trabalhista já
pode ser enviado ao arquivo? Aguardar-se-á, por quanto tempo, o
trâmite desse hipotético processo perante a Justiça Federal?
Segundo o §4, vencido o beneficiário da justiça gratuita, desde que não tenha
obtido em juízo, ainda que em outro processo, créditos capazes de suportar a despesa, as
obrigações ficarão sob condição suspensiva de exigibilidade e só poderão ser executadas
se, nos dois anos subsequentes ao trânsito em julgado, o credor mostrar que a situação
de insuficiência de recursos que justificou a concessão de gratuidade, deixou de existir.
Então, os honorários advocatícios passaram a ser devidos pela sucumbência por
qualquer uma das partes do processo trabalhista. Ou seja, o trabalhador que teve pedidos
negados na ação, dever arcar com honorários do advogado da empresa, relativos aos
pedidos não aceitos. A exigibilidade de pagamento fica suspensa mesmo se o
reclamante tiver obtido créditos capazes de suportar a despesa, levando em consideração
é inconstitucional o trecho citado do parágrafo 4º do artigo 791-A da CLT. Segundo o
artigo, já mencionado, o prazo será de 2 anos.
15. Se o reclamante for vencedor em um capítulo de sentença que verse
sobre “crédito alimentar”, mas perder no objeto da perícia, ainda
assim é possível o “abatimento” do seu crédito alimentar para pagar
os honorários periciais?
Segundo o Artigo 790-B da CLT, a responsabilidade é da parte sucumbente na
pretensão objeto da perícia. Nesse sentido, o entendimento da 4ª turma do TST, mesmo
em se tratando de crédito alimentar, ainda vai ter a possibilidade de abater o valor para
que o Reclamante possa arcar com os honorários periciais.
16. Na questão do custeio de verbas sucumbenciais pelo reclamante
beneficiário da assistência judiciária gratuita, colocou-se no texto
complementar a esse curso o seguinte: “[...]
Ministro Luís Roberto Barroso, relator da ADI n.º 5.766 —, que tem
um voto do Ministro Edson Fachin pela total inconstitucionalidade
dos textos normativos questionados —, mediante interpretação
sistemática com a tese do “mínimo existencial”, estabeleceu a
seguinte distinção: (1) O direito à gratuidade de Justiça pode ser
regulado de forma a desincentivar a litigância abusiva, inclusive
por meio da cobrança de custas e honorários a seus beneficiários; (2)
A cobrança de honorários sucumbenciais poderá incidir (2.1) sobre
verbas não alimentares, a exemplos de indenizações por danos
morais, em sua integralidade, (2.2) sobre o percentual de até 30% do
valor que exceder o teto do regime geral de previdência social,
quando pertinentes a verbas remuneratórias.” Indaga-se: esse
posicionamento do Min. Luís Roberto Barroso caracteriza-se como
“ativismo judicial”?
Sim, essa interpretação traz consigo diversas mudanças para o acesso a
gratuidade da justiça, dessa maneira, os dispositivos que foram questionados mitigaram
em certas situações. dessa forma, ao tentar negar impedir ou dificultar o acesso do
cidadão ao judiciáriopor meio de revogação de direitos tidos como fundamentais é agir
ao contrário da legalidade, e acabada praticando o ativismo judicial.
17. Em matéria de honorários advocatícios sucumbenciais, o art. 85 do
CPC deve ser aplicado à Justiça do Trabalho, ou o art. 791- A da CLT
esgota a matéria na Justiça do Trabalho?
O art. 85 do CPC pode ser aplicado sim na Justiça do Trabalho no que for
omisso no art. 791-A, conforme exposto o art. 769 da CLT por exemplo, o § 1º do CPC,
que dispõe “são devidos honorários advocatícios na reconvenção, no cumprimento de
sentença, provisório ou definitivo, na execução, resistida ou não, e nos recursos
interpostos, cumulativamente”.
18. E a tabela estabelecida no art. 85, § 3°, do CPC, relativa à condenação
da Fazenda Pública em honorários advocatícios, não seria aplicável
ao processo do trabalho, por haver lacuna legislativa?
Falso, pois o artigo 15 do CPC e o artigo 769 da CLT preveem que em
caso que tenha omissão de uma norma processual trabalhista este procurará uma
adaptação na lei processual civil. Contudo, não se encontram lacuna tendo em
conta que o §1º do artigo 791 prevê que os honorários também são devidos nas
ações que ocorram contra a Fazenda Pública, seguindo os valores a que indica o
caput do artigo aludido.
19. Nas condenações trabalhistas envolvendo o pagamento de pensão
alimentícia decorrente de acidente de trabalho ou outra obrigação de
trato sucessivo, o critério de condenação em honorários
sucumbenciais não seria o do art. 85, § 9°, do CPC? Preconiza esse
dispositivo o seguinte: “Na ação de indenização por ato ilícito contra
pessoa, o percentual de honorários incidirá sobre a soma das
prestações vencidas acrescida de 12 (doze) prestações vincendas”.
Pode sim, ser aplicado. Considerando que a CLT é omissa em relação as
condenações trabalhistas que envolvam o pagamento de pensão alimentícia decorrente
de acidente de trabalho ou outra obrigação de trato sucessivo, não faz referência aos
efeitos sucumbências. Dessa maneira, será aplicado ao processo aquilo que está disposto
no art. 769 da CLT de que quando houver omissão, o direito processual comum será
fonte subsidiária do direito processual do trabalho, exceto naquilo em que for
incompatível com as normas deste Título.
20. E os honorários recursais previstos no art. 85, § 11, do CPC, são
cabíveis no processo do trabalho?
Sim, no artigo 769 da CLT diz que em casos omissos, o processo comum irá ser
utilizado como uma fonte subsidiária. Segundo o Enunciado Administrativo n. 7 do
STJ, esses honorários são arbitrados somente nos recursos interpostos contra decisão
publicada a partir de 18 de março de 2016.
21. Como fica a questão dos honorários sucumbenciais diante das regras
processuais previstas na legislação esparsa, a exemplo da Lei do
Mandado de Segurança e da Lei da Ação Civil Pública?
De acordo com a súmula 512 do STF “Não cabe condenação em honorários
advocatícios nas ações de mandado de segurança”. Logo na Lei do Mandado de
Segurança e da Lei da Ação Civil, não terá honorários sucumbenciais seguindo o artigo
18 da Lei 7.347/85.
22. A sistemática da Súmula n° 326 do STJ — “Na ação de indenização
por dano moral, a condenação em montante inferior ao postulado na
inicial não implica sucumbência recíproca” — deve ser aplicada aos
pedidos formulados na petição inicial trabalhista? Essa súmula não
seria incompatível com o CPC/2015? Para fins de pagamento de
honorários advocatícios, ressalvada a situação prevista no parágrafo
único do art. 86 do CPC, o simples deferimento parcial do pedido já é
suficiente para a caracterização da sucumbência recíproca?
Não, pois a súmula 326 do STJ surgiu porque os julgadores verificavam a
injustiça que ocorria do fato do réu ser condenado por indenização por dano moral; a
jurisprudência mantém o entendimento da súmula que acabaria gerando sucumbências
recíprocas.
Se um pedido for procedente parcialmente, não se pode punir o empregado que
não tinha condição de fazer, logo seria incompatível com o ordenamento jurídico. A
procedência parcial do pedido que tem como resultado é maior que o montante e que o
valor estimado não pode causar o ônus sucumbencial.
23.Qual é a base de cálculo dos honorários advocatícios sucumbenciais?
Os valores relativos às contribuições previdenciárias entram no
cálculo? E do imposto de renda? E das custas? E os valores relativos
aos recolhimentos fundiários liberados por conta da reclamatória
trabalhista? E o valor da multa coercitiva (astreintes)?
A base de cálculo será o valor resultado da liquidação da sentença, do proveito
econômico obtido ou do valor atualizado da causa. Segundo a OJ 348 da SDI-1 do TST,
tantos as contribuições previdenciárias quanto o imposto de
renda não entram na base de cálculos por não serem “valore líquidos”. De acordo com a
3ª Turma do STJ, as astreintes não entram nos honorários advocatícios.
24. Nas demandas ajuizadas pelo sindicato, se vencedor, a condenação
dos honorários advocatícios deve necessariamente ser de 15%?
Não, segundo o artigo 791- A, os honorários sucumbenciais deverão ser fixados
entre 5% e 15%, variando assim de acordo com o valor da causa ou, quando possível,
do valor da liquidação da sentença.
25. Com a instituição dos honorários sucumbenciais na Justiça do
Trabalho, será cabível a indenização por gastos com advogado (arts.
389, 395 e 404 do CC)? Se a resposta for positiva, há impedimento
para a aplicação desse pedido nas hipóteses de sucumbência
recíproca?
Há uma divergência sobre esse caso, há quem defenda o ressarcimento pela parte
vencida dos gastos que a parte vencedora teve com o seu advogado. Entretanto, esse
pensamento é minoritário em decorrência do ius postulandi que dispõe que a parte não é
obrigada a contratar um advogado para que corra a exigência do ressarcimento. Esse
entendimento está previsto na Súmula 425 do TST e no artigo 791 da CLT.
Petição inicial trabalhista
26. Considerando o § 1° do art. 840 da CLT, o valor de cada pedido
condenatório da petição inicial, com exceção de atualização
monetária e juros, será o teto da liquidação pré-executiva de cada
capítulo de mérito? Se ultrapassado, pode-se falar em “excesso de
execução”?
O pedido deve ser líquido e certo, não tendo impedimento ou circunstância para
a sua execução. A liquidação depende da juntada dos autos de documentos que se
encontram com a parte adversa ou quando os próprios limites de liquidação devam vir a
surgir a partir da intepretação da norma que foi aplicada ao caso.
A 5ª Turma do STF decidiu sobre o excesso da liquidação, que os valores que
forem ser apurados na liquidação de sentença irão se limitar nas quantias que forem
indicadas na petição inicial.
27. Como liquidar, com precisão, determinado pedido fixado em ação
coletiva em que não se sabe, com antecedência, quem serão os
beneficiados pela decisão?
A parte reclamante não tem obrigação de liquidar os pedidos, ainda mais se for
em ação coletiva. Já que o artigo 840 da CLT dispõe apenas indicação do valor do
pedido, e não da sua liquidação. O valor do pedido em ações trabalhistas deve ser
indicado como mera estimativa de valores.
28. Dispõe o § 1° do art. 324 do CPC: “I - nas ações universais, se o autor
não puder individuar os bens demandados; II - quando não for
possível determinar, desde logo, as consequências do ato ou do fato;
III - quando a determinação do objeto ou do valor da condenação
depender de ato que deva ser praticado pelo réu”. Esse dispositivo
pode ser utilizado, na Justiça do Trabalho, como causas de exceção à
quantificação dos pedidos na petição inicial? Você consegue
vislumbrar algum exemplo prático?
Sim, pode ser utilizado como causas de exceção à qualificação dos pedidos. Pois
segundo o artigo 769, em casos omissos, o direito processo comum é quem servirá de
fonte subsidiária do processo do trabalho, com exceção aos casos em que for
incompatível.
Logo, é inevitável a utilização das regras contidas no CPC. Nesse sentido,serve
de exemplo, os casos em que o cálculo de diferenças da participação nos lucros for
complexo.
Audiências trabalhistas e ausência da parte
29. Por força do art. 844, §§ 2° e 3°, da CLT, na hipótese de ausência do
reclamante, este será condenado ao pagamento das custas, ainda que
beneficiário da justiça gratuita, salvo se comprovar, no prazo de
quinze dias, que a ausência ocorreu por
motivo legalmente justificável, e o pagamento dessas custas é
condição para a propositura de nova demanda. O Ministro Luís
Roberto Barroso, relator da ADI n.º 5.766 — que tem um voto do
Ministro Edson Fachin pela total inconstitucionalidade dos textos
normativos questionados —, no sentido de que “é legítima a cobrança
de custas judiciais em razão da ausência do reclamante à audiência
mediante sua prévia intimação pessoal para que tenha a oportunidade
de justificar o não comparecimento”. Como vocês estão aplicando
essa regra?
A ADIn ainda está em conclusão desde 2018. Conforme entendimento do TST
que gerou a Resolução 221, no artigo 844 §§ 2º e 3º vai ser aplicado nas ações que
forem ajuizadas a partir de 2017, entretanto, nada se diz sobre a sua constitucionalidade.
30. Quais são os efeitos da ausência do reclamante à audiência? E da
parte reclamada? Há diferença se a ausência for em audiência de
instrução?
O não-comparecimento do reclamante para com a audiência gera o
arquivamento da reclamação e se o reclamado não aparecer, será declarado com revelia.
Segundo a súmula 74, I do TST “Aplica-se a confissão à parte que, expressamente
intimada com aquela cominação, não comparecer à audiência em prosseguimento, na
qual deveria depor”. Caso seja audiência de instrução, será a mesma coisa.
Resposta do réu na Justiça do Trabalho
31.Por força do art. 841, § 3°, da CLT, oferecida a contestação, ainda
que eletronicamente, o reclamante não poderá, sem o consentimento
do reclamado, desistir da ação. É possível excepcionar essa regra?
Sim, os dispositivos da CLT não podem ser interpretados de forma individual,
pois há uma pena de ter a procedência a um contrassenso jurídico. De acordo com o
artigo 847 “não havendo acordo, o reclamado terá vinte minutos para aduzir sua defesa,
após a leitura da reclamação, quando esta não for dispensada por ambas as partes”.
Considerando que o magistrado só irá tomar
conhecimento do procedimento na audiência, o autor pode vir a desistir da ação sem o
consentimento do reclamado, conforme artigo 841, §3º “Recebida e protocolada a
reclamação, o escrivão ou secretário, dentro de 48 (quarenta e oito) horas, remeterá a
segunda via da petição, ou do termo, ao reclamado, notificando-o ao mesmo tempo, para
comparecer à audiência do julgamento, que será a primeira desimpedida, depois de 5
(cinco) dias. §3º. Oferecida a contestação, ainda que eletronicamente, o reclamante não
poderá, sem o consentimento do reclamado, desistir da ação”.
32. Observe-se que, na forma do § 5° do art. 844 da CLT, “ainda que
ausente o reclamado, presente o advogado na audiência, serão aceitos
a contestação e os documentos eventualmente apresentados”. A
pergunta que se impõe, todavia, é a seguinte: esse advogado da
reclamada revel tem direito à dilação probatória, ou seja, tem direito à
oitiva de testemunhas, por exemplo?
Sim, de acordo com a doutrina e Vólia Bonfim. O reclamado terá o direito,
previsto no artigo 844, §5º da CLT, de juntar defesa nos autos do processo, mesmo que
seja revel. Fazendo com que exista dois tipos de revel: um que é ausente, mas tem o
direito de juntar a defesa e outro que é ausente e que não tem essa possibilidade.
Judicialmente, entende-se que nos dois casos, a confissão pode ser aplicada e seu direito
será decidido pelo Juízo.
33. Quais são os requisitos para o cabimento da reconvenção no processo
do trabalho? Exemplifique.
Os requisitos são:
-na qual o juiz da causa principal não seja absolutamente incompetente para
julgar a reconvenção: a reconvenção deve tratar de demandas originárias da relação de
emprego ou da relação de trabalho, ou de outras hipóteses destacadas no art. 114 da CF;
- existir uma compatibilidade entre os ritos procedimentais da ação
reconvencional e da ação principal;
- ter um processo inacabado: de acordo com o artigo 847, a reconvenção
caberá quando a ação principal ainda estiver em curso, no qual o momento certo para a
reconvenção trabalhista ser apresentada é na audiência dita inaugural;
- ocorrer uma conexão entre a reconvenção, a ação principal ou algum dos
fundamentos da defesa: É inaceitável a reconvenção no cumprimento da sentença ou no
processo de execução, pois nestes casos há constrição judicial e não sentença.
Provas no Processo do Trabalho
34. A iniciativa probatória do juiz do trabalho necessariamente
compromete a sua imparcialidade? Justifique.
Não, na apreciação da prova, a lei assegura maior ou menor liberdade ao juiz,
logo os dois sistemas jurídicos da prova: o sistema da livre apreciação e o sistema da
prova formal. De acordo com esse último sistema, são produzidas e apreciadas as
provas segundo as expressas determinações em lei. Já o sistema da livre apreciação da
prova é aquele em que a avaliação da prova é por meio do magistrado, seguindo sua
própria convicção.
35. A teoria da “distribuição dinâmica do ônus da prova” deve ser
aplicada à Justiça do Trabalho? Exemplifique.
Sim, pode ser aplicada pois no processo do trabalho, ocorre que há um grande
espaço para a adoção da teoria da distribuição dinâmica do ônus da prova, em particular
pelo fato de que nas demandas judiciais é o empregador que possui mais facilidade para
a produção de provas, razão essa que o acolhimento da teoria da distribuição estática do
ônus da prova pode dificultar a prestação da tutela jurisdicional justa, adequada e
efetiva.
36.Diante de uma prova testemunhal “dividida”, e não existindo prova
documental em favor de alguma das partes, é possível decidir com
base na máxima in dubio pro operário? Justifique.
Não há um consenso entre a doutrina e a jurisprudência. Para Evaristo de Moraes
Filho, a máxima pode ser usada já que no artigo 300 tem a disposição de que em dúvida,
o magistrado decidirá em favor do empregado. A Jurisprudência, por sua vez, diz que os
princípios que norteiam o direito
processual do Trabalho não têm condão de causa influência no ônus da prova. Desse
modo, dispõe O TRT DA 3ª Região “PRINCÍPIO IN DUBIO PRO MISERO
– APLICABILIDADE NA INTERPRETAÇÃO DE NORMAS –
INAPLICABILIDADE QUANTO ÀS PROVAS – DISTRIBUIÇÃO DO ÔNUS DA
PROVA – O princípio in dubio pro misero se aplica na interpretação das normas
trabalhistas, mas não em matéria probatória, cabendo às partes o ônus de se desincumbir
do encargo que lhe compete. A prova constitui o meio, o instrumento, pelo qual o juízo
pode aferir as alegações de cada parte, formando seu convencimento a respeito de
matérias controvertidas no processo, pelo sistema da persuasão racional ou livre
convencimento motivado, adotado em nosso ordenamento jurídico e preconizado no art.
131 do CPC (TRT – 3ª Região, RO 562-58.2011.5.03.0052, rel. Juiz convocado João
Bosco Pinto Lara, DJe 21- 12-2011, p. 165)”.
37. Dispõe o art. 793-D da CLT: “aplica-se a multa prevista no art. 793-C
desta Consolidação à testemunha que intencionalmente alterar a
verdade dos fatos ou omitir fatos essenciais ao julgamento da causa”.
Na sua opinião esse dispositivo é constitucional?
Sim, pois a Justiça do Trabalho já vem aplicando multa para com a testemunha
que não fala a verdade ou que fala uma informação falsa. Essa multa, recai sobre as
regras penas como consequência do falso testemunho. Vale ressaltar que a sanção
pecuniária tende a ser mais eficiente que a sanção penal.
38. O que você entende por contradita de testemunhas? E por acareação?
Apresente exemplos envolvendo a possibilidade de acolhimento de
contradita de testemunhas nas três hipóteses: suspeição, impedimento
e incapacidade. A testemunha que tem processo individual contra a
empresaé suspeita para testemunhar pela parte reclamante? E o
diretor da empresa, aquele sujeito que pode contratar, punir e
dispensar funcionários, pode testemunhar em favor da empresa?
Justifique.
A contradita de testemunhas é quando há o questionamento a respeito da
parcialidade da testemunha da parte contrária. Já a acareação é quando se busca apurar a
veracidade do depoimento das testemunhas e das partes, de forma que ocorre o
confrontamento frente a frente, buscando chegar às alegações verdadeiras.
Na hipótese de suspeição: pode ocorrer, por exemplo, quando a testemunha é
inimiga das partes ou seu amigo íntimo;
Na hipótese de impedimento: se for parte da causa ou que seja tutor ou
representante legal da pessoa jurídica ou tenha assistido as partes;
Na hipótese de incapacidade: quando for menor de 16 anos, ou tiver um
bloqueio por alguma enfermidade.
De acordo com o TST, a testemunha que tenha ação contra a mesma empresa
não pode ser considerada suspeita sem uma prova. O fato de a testemunha exercer um
direito de ação e tenha uma demanda contra a empresa, não significa que não trabalhará
com a verdade quando estiver em juízo.
Em relação ao diretor, não tem uma impossibilidade na lei para que não faça o
depoimento, já que o rol de suspeição e de impedimento é taxativo.
39. É possível a utilização de provas obtidas por meios ilícitos no
processo do trabalho? Justifique.
Em regra, não. Esse princípio da licitude da prova se encontra no art. 5º, LVI, da
CF que dispõe que “são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios
ilícitos”. Entretanto, se admite a prova ilícita de acordo com o princípio da
proporcionalidade que declara que não se deve chegar ao extremo de negar validade de
provas obtida por meios ilícitos, como por exemplo, uma gravação utilizada por
empregada que deseja fazer prova de que foi vítima de assédio sexual pelo seu
empregador, sem o conhecimento deste.
Princípios do Direito Processual do Trabalho
40. O princípio da proteção ao trabalhador deve ser considerado um
princípio norteador do Direito Processual do Trabalho? Justifique.
Sim, pois o princípio da proteção ao trabalhador está relacionado a interpretar as
normas do direito do trabalho de forma mais favorável ao trabalhador. Nesse princípio, é
aplicado o in dubio pro operario, que possui a finalidade de proteger o empregado que é
a parte mais frágil da relação. Vale ressaltar que esse princípio pode ser usado quando
uma das partes estiver ausentes da audiência.

Continue navegando