ALFRED ADLER

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ALFRED ADLER
Nasceu na Áustria em 1870 e faleceu em 1937 na Escócia
Criança frágil, desajeitada e maus aluno nos primeiros anos escolares; teve doenças como raquitismo e pneumonia
1895 - Graduou-se me medicina em Viena (Especializou-se em oftalmologia e depois em psiquiatria)
Foi um dos membros fundadores da Sociedade de Psicanálise de Viena e presidente
Discordância com a teoria da sexualidade
1911 – abandonou a presidência da Sociedade de Psicanálise e a psicanálise freudiana
Foi medico do exército austríaco e depois da guerra dedicou-se à clínica de orientação infantil (educacional)
1935 – mudou-se para os Estados Unidos
Fundou sua própria escola teórica: Psicologia Individual
Para Adler a agressividade é mais importante do que a sexualidade
Introduziu o sentimento de inferioridade e compensação (capacidade de compensar deficiências) em sua teoria: estreita relação com sua vida pessoal (p.117)
Sua teoria sofreu influência da sociologia e antropologia: indivíduo como produto social: com isso rompe com visão psicanalítica (freudiana e jungiana) do homem como um sistema energético
Motivações das condutas humanas: para Freud os instintos inatos, para Jung os arquétipos inatos e para Adler o interesse social (as condutas humanas motivadas por impulsos sociais)
Consciência: centro da personalidade
Teoria de Freud: ênfase na causalidade / Jung e Adler: ênfase no finalismo (p.120)
Finalismo Ficcional
Expectativas em relação ao futuro são mais motivadoras do que as experiências passadas para o comportamento humano.
Diferença entre a mente sadia e a doente: “para onde”? 
As metas fictícias e impossíveis de serem realizadas, podem funcionar como um estímulo real e impulsionar a conduta humana.
O indivíduo normal: pode enfrentar a realidade quando necessário e abandonar essas ficções (o neurótico não).
Busca de superioridade
Teoria: impulso agressivo foi substituído pelo “desejo de poder” (poder associa-se à masculinidade e fragilidade à feminilidade)
“Protesto masculino”: supercompensação contra sentimentos de inferioridade (assemelha-se à defesa)
Substituiu a idéia de “desejo de poder” pela “busca de superioridade”
A busca de superioridade é inata e expressa a “grande pulsão ascendente” e é uma necessidade inerente o homem, que se assemelha ao self de Jung (busca da integração) (p. 121)
A busca de superioridade pode se manifestar de diferentes maneiras. O neurótico busca por metas egoístas (busca de poder, auto-estima), já o indivíduo normal por metas de natureza social e coletiva
Sentimentos de Inferioridade e compensação
Baseou-se inicialmente na idéia de inferioridade física: “inferioridade e compensação de órgão”
Local das doenças relacionado à inferioridade naquela região (motivos hereditários ou desenvolvimentais)
Pessoa com órgão defeituoso busca a sua compensação. Ex: Demóstenes (considerado o melhor orador da Grécia Antiga)
A idéia de sentimento de inferioridade foi ampliada: sentimentos de inferioridade se originam de sentimentos de incompletude ou de imperfeição em qualquer esfera da vida.
Sentimento de inferioridade não é sinal de patologia: é um sentimento que impulsiona o ser humano para o desenvolvimento.
Manifestações anormais do sentimento de inferioridade: complexo de inferioridade ou complexo de superioridade compensatório (crianças rejeitadas ou “mimadas”).
Interesse Social
O indivíduo vive no meio social desde que nasce 
É uma predisposição inata que precisa ser treinada para se realizar (educação)
A busca da superioridade se torna socializada: o ideal de uma sociedade melhor substitui as metas egoístas
O comportamento humano depende do grau do de interesse social
Mudanças teóricas de Adler:
Adler maduro: homem é impulsionado por um interesse social inato, que o faz sobrepor os interesses coletivos aos pessoais
Adler mais jovem: ser humano é impulsionado pelo desejo de poder e para compensar sentimentos de inferioridade
Estilo de Vida
É o princípio de funcionamento da personalidade da pessoa
Todos têm metas (superioridade), mas cada um busca sua meta de diferentes maneiras (intelectual, física, etc). 
Estilo de vida: maneira pela qual o adulto enfrenta 3 aspectos de sua vida: as relações sociais, o trabalho e as relações afetivas (amor e casamento).
Quatro tipos ou estilos de vida (em função do grau de interesse social e atividade):
Tipo dominante: muita atividade e pouco interesse social (tenta dominar os problemas)
Tipo obtentor: espera receber o que precisa
Tipo evitante: tenta evitar o problema (tem pouco interesse social)
Tipo socialmente útil: ativo e com interesse social (resolução de problemas de acordo com as necessidades dos outros).
Estilo de vida é desenvolvido nas relações sociais da infância (aos 4 - 5 anos) e guia os comportamentos ulteriores: pode haver novas maneiras de expressar o seu estilo, mas o estilo básico não muda
Estilo de vida determinado pelos sentimentos de inferioridade (realidade ou fantasia) e é uma compensação de uma inferioridade específica. (Napoleão: baixa estatura/estilo de vida conquistador)
Neurótico
Indivíduo que compensa rigidamente a sua inferioridade (auto-engrandecimento e predomínio do interesse pessoal em detrimento do interesse social) (P. 125)
Sintoma como defesa contra sentimentos de inferioridade
Terapia
Não há divã (frente a frente)
Observação
Portões de entrada para a vida psíquica:
 
1. Ordem de nascimento (Personalidade de acordo com a ordem de nascimento)
- mais velho: preocupação com poder e autoridade; mais inseguros (segundo Adler, os neuróticos, perversos, criminosos geralmente são primogênitos)
- filho do meio: mais competitivo e invejoso, mas é mais bem ajustado
- caçula: mimado, tende a ser uma criança-problema.
2. memórias iniciais - importante para entender estilo de vida básico (p.126)
3. Experiências da infância
a) crianças mimadas: desenvolvem pouco sentimento social, desejos autocentrados
b) crianças com inferioridades (físicas ou mentais): sentimentos de inadequação
c) crianças negligenciadas: estilo de vida dominado por necessidades de vingança
4. análise dos sonhos
Adler Valorizava o sonho para compreensão da personalidade
Sonho: sentimentos sobre um problema atual