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CENTRO UNIVERSITÁRIO DO ESPÍRITO SANTO – UNESC 
DALVACIR CUNHA 
MARIANA DE OLIVEIRA PENNA 
MIRIÃ VICTER DE SOUSA 
 
 
 
 
 
 
CENTRAIS DE BOMBEAMENTO DE CONCRETO E ARGAMASSA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
COLATINA 
2018 
2 
 
DALVACIR CUNHA 
MARIANA DE OLIVEIRA PENNA 
MIRIÃ VICTER DE SOUSA 
 
 
 
 
 
CENTRAIS DE BOMBEAMENTO DE CONCRETO E ARGAMASSA 
 
Trabalho acadêmico apresentado ao 
Centro Universitário do Espírito Santo – 
Unesc, no curso de Engenharia Civil, sob 
orientação da professora Carla Baraqui da 
Costa Oliveira (Disciplina AEED 
Integradora: Téc. Esp. em Construção 
Civil), como requisito para obtenção de 
nota. 
 
 
 
 
 
 
COLATINA 
 2018 
3 
 
SUMÁRIO 
 
INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 4 
1 OBJETIVOS ............................................................................................................ 5 
1.1 OBJETIVO GERAL ............................................................................................... 5 
1.2 OBJETIVOS ESPECIFÍCOS ................................................................................. 5 
2 CONCRETO DOSADO EM CENTRAL .................................................................. 6 
2.1 CONTROLE TECNOLÓGICO ............................................................................... 6 
2.2 ROTINA ................................................................................................................ 7 
3 ARGAMASSA DOSADA EM CENTRAL .............................................................. 10 
4 ESTUDO DE CASO .............................................................................................. 12 
4.1 EMPRESA POLIMIX COLATINA ........................................................................ 12 
4.1.1 Controle de qualidade e tecnológico ............................................................ 12 
4.1.2 Traço do concreto ........................................................................................... 13 
CONCLUSÃO ........................................................................................................... 14 
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 15 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
INTRODUÇÃO 
 
Central de bombeamento de concreto e argamassa é um conjunto de instalações 
e equipamentos necessários para o armazenamento, manuseio, carregamento dos 
materiais, homogeneização da mistura, transporte e lançamento, que assegurem a 
qualidade exigida nas normas. 
Com o desenvolvimento tecnológico das argamassas as centrais concreteiras 
passaram a realizar testes para suprir uma necessidade que o mercado vinha 
apresentando – uma argamassa com menor desperdício de materiais e com maior 
controle de qualidade. 
A introdução de argamassas e concreto dosados em centrais nas obras 
contribuiu nos últimos anos para melhorar a qualidade, a produtividade, a 
racionalização do trabalho e a redução de resíduos na obra. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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1 OBJETIVOS 
 
1.1 OBJETIVO GERAL 
 
Conhecer o funcionamento das centrais de bombeamento de concreto e 
argamassa 
 
1.2 OBJETIVOS ESPECIFÍCOS 
 
• Demonstrar o controle tecnológico e econômico da argamassa e concreto 
dosado em central; 
• Apresentar a rotina das centrais de bombeamento; 
• Compreender os métodos de dosagem da argamassa e concreto dosado em 
central; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
2 CONCRETO DOSADO EM CENTRAL 
 
De acordo com a ABNT NBR 7212:2012, o concreto dosado em central é o 
concreto dosado, misturado em equipamento estacionário ou em caminhão betoneira, 
transportado por caminhão betoneira ou outro tipo de equipamento, dotado ou não de 
agitação para a entrega antes do início da pega do concreto, em local e tempo 
determinados, para que se processem as operações subsequentes à entrega 
necessárias à obtenção de um concreto endurecido com as propriedades precisas. 
 
2.1 CONTROLE TECNOLÓGICO 
 
Deve-se verificar se a entidade é associada à ABESC (Associação Brasileira de 
Empresas de Serviços de Concretagem no Brasil), sua configuração jurídica, o tempo 
de experiência da empresa, o grau de excelência de serviço. 
De acordo com a ABNT NBR 12654:1992, todos os materiais utilizados na 
fabricação do concreto devem passar por ensaios de qualificação, devendo ser 
elaborado em função do grau de responsabilidade da estrutura, das condições 
agressivas existentes no local da obra, do conhecimento prévio das características 
dos materiais disponíveis para a execução das obras e outras condições, 
comprovando que os materiais empregados na elaboração do concreto atendem aos 
requisitos exigidos nas normas. Os responsáveis pela realização do controle 
tecnológico e os envolvidos na sua execução, devem possuir qualificação e 
experiência comprovadas nesta atividade. Ao término da obra deve ser elaborado um 
relatório conclusivo, contendo todos os resultados obtidos, tendo um parecer da 
qualidade dos materiais constituintes do concreto, emitido pelo responsável pelo 
controle. 
De acordo com a ABNT NBR 7212:2012 o armazenamento deve ser feito em 
locais ou recipientes apropriados, não permitindo a contaminação por elementos 
indesejáveis, evitando a alteração ou mistura de componentes diferentes; os 
agregados devem ser armazenados conforme granulometria, procedência; o cimento 
7 
 
deve ser armazenado separadamente conforme a marca, tipo e classe; Os aditivos 
devem ser identificados e armazenados conforme as recomendações do fabricante. 
As balanças devem atender à portaria vigente do Inmetro para a classe 3 e os 
dosadores de água e aditivos devem ser calibrados periodicamente. 
Ao receber o concreto, o responsável pela obra deve conferir a nota fiscal e em 
seguida realizar o ensaio do abatimento do concreto - Slump Test. 
 
2.2 ROTINA 
 
O concreto pode ser pedido na central informando a resistência característica do 
concreto à compressão, o “traço” (m³), o consumo de cimento (m³). 
O armazenamento é feito em lugares apropriados, não permitindo a mistura de 
componentes diferentes. 
A precisão das dosagens depende do controle das centrais, podendo ser manual 
ou automático. No manual necessita de um operador para fazer o controle da 
pesagem dos materiais e a transferência para o caminhão, possuindo painel de 
controle para a abertura e fechamento de comportas, acionamento de transportadores 
de correia, insufladores de ar, vibradores, bombas d’água, etc. No automatizado, parte 
ou totalidade das funções do operador é realizado por equipamento eletrônico; o 
acionamento de válvulas, o controle de pesagem, detalhes operacionais, introdução 
dos materiais na betoneira e outras etapas podem ficar por conta de um computador. 
Os materiais componentes do concreto, após serem adequadamente dosados, 
são colocados em um misturador na melhor ordem até se obter homogeneização da 
mistura; logo após sendo descarregados em veículo para o transporte até a obra. 
8 
 
 
Figura 1 – Etapas do concreto dosado em central. 
Fonte: https://slideplayer.com.br/336429/1/images/21/Concreto+Dosado+em+Central.jpg. 
Acesso em: 13 Agosto 2018. 
 
O transporte deve ser feito por veículo com dispositivo de agitação ou não, com 
fundos e paredes revestidos de material não absorvente. Por regra, o transporte deve 
ser feito por caminhão betoneira. 
O consultorda ABESC alerta ainda que os caminhões betoneira precisam ter 
tecnologia embarcada para preservar a trabalhabilidade do concreto ao longo 
do percurso. Por isso, a recomendação da própria associação é que um 
veículo seja usado no máximo por dez anos, sob risco de, mesmo bem 
conservado, tornar-se obsoleto. “Atualmente, os caminhões dispõem de 
vários equipamentos voltados para medir o abatimento do concreto (slump) 
e, em função da força que a bomba hidráulica faz para movimentar 
a betoneira, é possível realizar a leitura e injetar pequenas quantidades de 
água ou aditivo para corrigir essa trabalhabilidade. Além das qualificações do 
veículo e do cumprimento das normas, os motoristas-operadores 
de betoneira desempenham função estratégica para que o concreto preserve 
suas características ao longo do transporte entre a central e o canteiro de 
obras (SANTOS, 2013). 
De acordo com a ABNT NBR 7212:2012 o tempo de transporte do concreto, no 
caso de caminhão betoneira, do início da mistura até a entrega do concreto deve ser 
inferior a 90 minutos; após a chegada do caminhão betoneira, o lançamento e 
adensamento deve ser iniciado em até 30 minutos. 
9 
 
Ao receber o concreto deve se verificar a nota fiscal do concreto, contendo as 
seguintes informações: 
• Nome e endereço da obra onde está sendo entregue o concreto. 
• Número do lacre do caminhão-betoneira. 
• Hora do início da mistura (primeira adição de agua) 
• Tipo de lançamento (bombeado ou convencional). 
• Diâmetro máximo do agregado graúdo utilizado na mistura. 
• Resistencia característica do concreto à compressão 
• Cimento utilizado, consumo, marca, tipo. 
• Aditivo utilizado. 
• Quantidade máxima de água complementar a ser adicionada na obra, retida 
pela central dosadora; 
• Traço do concreto em volume (m³). 
“Após essa verificação é realizado o ensaio de abatimento, antes do descarrego 
do concreto, a fim de se conferir se o produto está dentro das especificações da nota 
fiscal” (SILVA et al, 2009). 
O ensaio do abatimento do concreto (Slump Test), é realizado para verificar a 
trabalhabilidade do concreto em seu estado plástico, medindo sua consistência. 
Procedimentos: 
• Coletar a amostra de concreto; 
• Colocar a fôrma tronco-cônica sobre uma placa metálica bem nivelada e 
apoiar os pés sobre as abas inferiores do cone; 
• Preencher o cone com a primeira camada de concreto e aplicar 25 golpes com 
a haste de socamento, atingindo a parte inferior do cone; 
• Preencher com mais duas camadas, e aplicar 25 golpes em cada, sem 
penetrar a camada inferior; 
• Após a compactação da última camada, retirar o excesso de concreto, alisar 
a superfície com uma régua metálica e em seguida retirar o cone; 
• Colocar a haste sobre o cone invertido e medir o abatimento (a distância entre 
o topo do molde e o ponto médio da altura do tronco de concreto moldado). 
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Figura 2 – Tabela de trabalhabilidade do concreto. 
Fonte: https://encrypted-
tbn0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcTaauXj_kRQ3hnOVfPuoCDhdflaK-vC2VK4w-
U64k0J2Z2TZxaW. 
Acesso em: 13 Agosto 2018. 
 
 
3 ARGAMASSA DOSADA EM CENTRAL 
 
A argamassa estabilizada é uma argamassa úmida dosada em central que vem 
pronta para o uso, dependendo de sua composição a sua trabalhabilidade pode se 
estender em 24, 36 e até 72 horas; seu funcionamento é semelhante ao das 
argamassas comuns. 
Para as argamassas projetadas, muitas vezes se requererá uma breve 
capacitação dos profissionais responsáveis por sua produção, isto porque sua 
produção envolve equipamentos não habituais nos canteiros. 
É adotado, por imposição Normativa, para a argamassa estabilizada, os mesmos 
ensaios utilizados para o controle de qualidade das argamassas tradicionais. 
Entretanto, sendo o princípio mais importante do processo, a estabilização é um fator 
importante de controle interno e de obra. Existem controles no estado fresco e 
endurecido (na Central e no Canteiro) (POZZOBON, 2016). 
O processo de dosagem é automatizado; os aditivos inseridos em sua 
formulação, tem a função de dar maior trabalhabilidade e reter água, estabilizando a 
pega dos aglomerantes utilizados na argamassa. A distribuição da argamassa é 
realizada através de caminhões betoneira, depositando a argamassa pronta para o 
uso em caixas diretamente na obra, funcionando como recipiente de medida, de 
controle dos volumes utilizados, e para a distribuição da argamassa pela obra. Deve-
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se somente armazenar a argamassa estabilizada nas caixas fornecidas pelo 
fabricante. 
 
 
 
 
Figura 3 – Etapas da argamassa dosada em central. 
Fonte: Marco Antonio Pozzobon 
Acesso em: 13 Agosto 2018. 
 
 
Vantagens: 
 
• Facilidade de descarga na obra; 
• Elimina a central de preparo da argamassa e espaço para estocagem de 
materiais, sobrando mais 
• espaço no canteiro para outras atividades; 
• Não é necessário ter na obra instalações de água e eletricidade, pois não é 
necessária a utilização 
• de equipamentos para o preparo da argamassa; 
• Diminuição de ruídos na obra; 
• Redução de custo, pois elimina a necessidade de compra, aluguel ou 
manutenção de equipamentos 
• de mistura, e também mão de obra para operá-los; 
• Maior limpeza e organização do canteiro de obras; 
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• Material uniforme pronto para a aplicação; 
• Maior produtividade; 
• Material ensaiado antes do fornecimento; 
• A argamassa pode ser utilizada até a última hora de serviço do dia. No início 
do dia, poderá ser utilizado o restante da argamassa do dia anterior, pois a 
mesma estará em condições desde que o prazo de validade não tenha 
vencido; 
• É garantido que o volume solicitado é o mesmo volume fornecido; 
• Redução de perda de material no preparo e distribuição da argamassa; 
• Não é necessária a adição de água; 
• Dispensa utilização de sacarias. 
 
4 ESTUDO DE CASO 
 
4.1 EMPRESA POLIMIX COLATINA 
 
4.1.1 Controle de qualidade e tecnológico 
 
Todo o agregado graúdo é proveniente de apenas uma jazida em João Neiva. 
Para garantir a qualidade do agregado graúdo o mesmo é peneirado e lavado para 
eliminar a poeira sujeira que pode contaminar o concreto diminuindo a resistência do 
concreto. Quando o agregado chega na empresa o mesmo é armazenado em local 
limpo e ideal para a manipulação. 
Quanto ao agregado miúdo o procedimento é o mesmo o diferencial é que 
quando é uma obra de grande porte que exige um fck maior o miúdo não é colhido 
no Rio Doce por causa do auto teor de argila que influencia na resistência do 
concreto. 
O cimento é comprado de uma empresa de Minas Gerais, em carretas a 
granel, não do tipo convencional em sacos de 50kg como a gente conhece. Na 
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empresa são armazenados em grandes silos de alumínios que podem comportar até 
15000 kg. 
 
4.1.2 Traço do concreto 
 
O traço do concreto vai de acordo com o pedido do cliente. Todos os traços 
são exatamente como o cliente pediu, as vezes a resistência é até aumentada para 
garantir a segurança da obra. O equipamento misturador é todo automatizado não 
necessitando de quase nada de mão de obra humana. Todos os agregados graúdos 
e miúdos são colocados no reservatório do misturador onde o operador seleciona no 
painel eletrônico a resistência que o cliente precisa, a máquina por si por meio de 
algoritmos de programação pesa cada agregado para a mistura da argamassa, até 
água é pesada. O traço do concreto na empresa Polimix Colatina é certificada com a 
ISO 26000 (Norma Internacional de Responsabilidade Social Empresarial). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
14 
 
CONCLUSÃO 
 
A argamassadosada em central já vem sendo bastante utilizado em diversas 
aplicações na construção civil, tais como revestimento (chapisco, emboço e reboco 
interno e externo), regularização de pisos e assentamento de alvenaria de vedação. 
Entretanto, sua utilização em aplicações que exijam responsabilidade estrutural 
(alvenaria estrutural, por exemplo) ainda é pequena. 
A produção de concreto e argamassa feitas em central de dosagem, com rígido 
controle dos materiais, proporciona uma maior homogeneidade aos produtos, 
diminuindo o risco de patologias ligadas a erros de dosagem. 
O controle tecnológico do concreto e argamassa é fundamental para garantir a 
qualidade das obras de concreto, tendo bons profissionais especializados para 
garantir que o controle seja feito de maneira adequada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
15 
 
REFERÊNCIAS 
 
ABNT NBR 7212. Execução de concreto dosado em central – Procedimento. 
Associação Brasileira de Normas Técnicas. 2012. 
ABNT NBR 12654. Controle tecnológico de materiais componentes do concreto. 
Associação Brasileira de Normas Técnicas. 1992. 
COSTA, Ivandro da. Estudo comparativo entre as argamassas de revestimento 
externo: preparada em obra, industrializada fornecida em sacos, e estabilizada 
dosada em central. 2016. 76f. Monografia (Bacharelado em Engenharia Civil) – 
Centro Universitário UNIVATES, Lajeado. 
DALDEGAN, Eduardo. Como fazer o controle tecnológico do concreto. Engenharia 
Concreta. 2017. Disponivel em: <https://www.engenhariaconcreta.com/como-fazer-o-
controle-tecnologico-do-concreto/>. Acesso em: 13 Agosto 2018. 
NASCIMENTO, Phellipe L. Silva do. A importância do controle tecnológico do 
concreto. 2012. 53f. Monografia (Bacharelado em Engenharia Civil) – Universidade 
Federal de Juiz de Fora, Juiz de Fora. 
PINI. Recibemento do concreto e coleta de amostras no canteiro. Revista Téchne. 
n. 152, nov. 2009. Disponivel em: <http://techne17.pini.com.br/engenharia-
civil/152/recebimento-de-concreto-e-coleta-de-amostras-no-canteiro-285784-
1.aspx>. Acesso em: 12 Agosto 2018. 
POZZOBON, Marco Antonio. Sistema industrializado de argamassa úmida 
estabilizada: produção, logística, utilização. Construction Summit, 2016. 
SANTOS, Altair. Transporte do concreto requer cuidados especiais. 19 abril 2013. 
Disponível em: <http://www.cimentoitambe.com.br/transporte-do-concreto-requer-
cuidados-especiais/>. Acesso em: 11 Agosto 2018. 
SANTOS, Altair. Caracteristicas e benefícios da argamassa estabilizada. 09 jun. 2009. 
Disponível em: < http://www.cimentoitambe.com.br/caracteristicas-e-beneficios-da-
argamassa-estabilizada/>. Acesso em: 11 Agosto 2018.

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