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MV. Esp. MSc. Caio Augusto Leles Costa 
Erliquiose Monocitotrópica Canina 
Conhecendo... 
 A erliquiose é uma hemoparasitose de característica 
endêmica em várias regiões do Brasil (MACEDO E LEAL, 2005). 
 
 Doença infecto-contagiosa que tem como agente etiológico 
bactérias gram negativas de várias espécies do gênero 
Ehrlichia , família das Rickettsiaceae, ordem das Rickettsiales 
BREITSCHWERDT, 1997; 
Conhecendo... 
 Acomete cães de todas as raças e idades e está associada a um 
carrapato de grande distribuição geográfica, o Rhipicephalus 
sanguineus , vetor biológico da bactéria que a transmite 
através da saliva no ato do repasto sangüíneo no animal 
(BREITSCHWERDT, 1997). 
Números!!!! 
 A erliquiose monocítica canina (EMC) vem ocorrendo em, 
aproximadamente, 50% dos cães atendidos em hospitais e 
clínicas veterinárias em vários estados do Sudeste, Sul, 
Centro-Oeste e Nordeste do Brasil (Labarthe et al., 2003). 
 
 ALTA FREQUÊNCIA NA CLÍNICA DE PEQUENOS! 
Histórico e Epidemiologia 
 Primeira vez por Donatien e Lestoquard, em 1935, em um 
cão Pastor Alemão, na Argélia. 
 
 O parasita foi classificado como Ehrlichia canis, em 1945, por 
Mashkovsky 
 
 No Brasil, o primeiro relato de erliquiose canina ocorreu em 
Belo Horizonte – MG, por Costa et al., em 1973, 
Outras Denominações 
 Enfermidade do cão rastreador; 
 
 Pancitopenia canina tropical; 
 
 Febre canina hemorrágica. 
Histórico e Epidemiologia 
 É mais comum nos meses mais quentes onde há um maior 
desenvolvimento do carrapato. 
 
 Endemia onde abundam o R. sanguineus. (ADRIANZÉN et al, 2003; 
BULLA et al., 2004b; MORAES, 2006; SHERDING, 2008). 
 
Sobre a Etiologia: 
 Os organismos que estão associados à erliquiose 
monocitotrópica em cães naturalmente infectados incluem 
Erlichia canis, E. cheffeensis e Neorickettsia risticii 
 
Transmissão: 
 O carrapato se infecta durante a alimentação de um 
hospedeiro infectado ( ingestão de leucócitos infectados na 
fase aguda ). 
 
 O carrapato transmite o patógeno de forma mecânica 
(saliva), durante o repasto sanguíneo. 
A picada do carrapato vetor 
carrapato necessita 
de 24 a 48 horas de 
fixação para poder 
transmitir o agente 
INFECÇÃO 
 repasto em cães parasitados 
 transfusões sanguíneas (cão) 
 PI: 6 a 21 dias (natural) 
 3 a 15 dias (experimental) 
INFECÇÃO 
 Fixação de 4 a 8 horas 
 (Green, 2012) 
 
Início da Replicação no Canino 
 Primeira replicação ocorre em células mononucleares e 
linfócitos. 
 
 Penetra na parede celular por fagocitose. 
 
 Inibe a formação de fagolisossoma por anormalidades de 
codificações proteicas ( Aguiar, 2015). 
Ainda na replicação... 
 Divisão binária ( modo de multiplicação) 
 
 Formam inclusão que recebe o nome de MÓRULA. 
 
 Após amadurecimento se dissociam e forma novos 
corpúsculos elementares. 
 
 Saem da célula por exocitose e parasitam outra célula. 
Fases!!! 
 Aguda 
 
 Subclínica 
 
 Crônica 
 
Fase Aguda 
 Células infectadas margeiam-se em pequenos vasos ou migram para 
tecidos endoteliais... 
 
 
 
 
 
 
 
 VASCULITE SEVERA (com 
liberação de pirógenos endógenos como IL 1 e IL6) 
 
Fase Aguda 
 Inicia-se 1 a 3 semanas pós-infecção 
 
 Dura de 2 a 4 semanas na maioria dos cães. 
 
 
A maior parte dos cães IMUNO-
COMPETENTES sobrevive! 
Fase subclínica e Crônica 
 Fases “ complicadas” . 
 
 Em alguns animais ocorre persistência do organismo 
intracelular e a infecção torna-se crônica. (Michael R. 
Lappin). 
Infecção subclínica é de difícil diagnóstico 
. 
Aspectos Clínicos 
 Estudos tem sugerido que a patogenia da doença seja 
atribuída a resposta imune do organismo mais que ao efeito 
direto da riquétsia ( 
CODNER;ROBERTS;AINSWORTH,1985;MATUS;LEIFER;1987). 
Aspectos Clínicos 
 E. canis induz a produção de anticorpos NÃO específicos, 
devido a redução significativa da expressão de ´moléculas do 
complexo de histocompatibilidade classe II (MHC II – 
apresentador de antígenos) e diminuição da maturação de 
linfócitos t. (Aguiar, 2015) 
 
 Este fenômeno ocorre em outras doenças com prolongada 
estimulação antigênica e sugere exagerada resposta imune 
com efetividade inadequada (REARDON;PIERCE, 1981; HARRUS et 
al., 1996). 
 
Aspectos Clínicos 
 Os anticorpos séricos anti-E. canis não são protetores, já 
que cães tratados e curados são susceptíveis a reinfecção em 
meio a altos níveis de anticorpos (DAVIDSON et al., 1978). 
 
 
AUSÊNCIA DE ANTICORPOS DE 
MEMÓRIA, O QUE PROPICIA 
NOVAS REINFECÇÕES!! 
Sinais Clínicos 
 Sinais Gerais: depressão, anorexia, letargia, perda de peso, 
febre 39,5 - 41,5°C), presença de carrapatos, secreção nasal 
e ocular, petéquias,equimoses , epistaxe, hematúria, edema 
de membros, vômitos, tosse, dispnéia,insuficiência hepática e 
renal, linfadenopatia, palidez de mucosas, uveíte, 
hifema,hemorragia sub-retinal, deslocamento de retina e 
cegueira. 
 
 Sinais neurológicos: Convulsões, ataxia, vestibulopatias 
(decorrentes da meningite ou hemorragia 
meningiana) 
 
Isolamento de Erlichia canis em fluido 
cerebroespinhal em uma cadela que apresentava 
sinais de paresia de posteriores 
Fonte: neafa.org.br 
Fonte: neafa.org.br 
Fonte: neafa.org.br 
Fonte: portaldodog.com.br 
Sinais Clínicos 
 Em alguns casos pode-se observar glomerulonefrite, devido à 
deposição de imonocomplexos (NELSON; COUTO, 2001; OLICHESKI, 2003; 
MENDONÇA et al., 2005; CHAVES; LEITE; NAVECA, 2007). 
Insuficiência Renal 
Aguda GRAVE! 
Fonte: coursejournal_medicina.com 
Trombocitopenia 
 Petéquias ou outras evidências de sangramento verificadas 
durante a fase aguda geralmente são causadas por uma 
trombocitopenia (devido a consumo ou destruição 
imunomediada) e vasculite e anormalidades da função 
plaquetária ( Brandão e cols.;2006). 
MECANISMO DAS CITOPENIAS 
plaquetas 
51Cr 
duração 
9 dias 
cão normal 
4 dias 
cão infectado 
 
 
Smith (1975)) 
MECANISMO DAS CITOPENIAS 
Trombocitopenia 
imunomediada (Ac anti-plaquetários) 
sequestro periférico 
destruição 
duração reduzida 
 
MECANISMO DAS CITOPENIAS 
Anemias 
- Indução de fatores esplênicos 
supressores da eritropoiese 
- Sequestro periférico 
- Destruição 
- Duração reduzida 
Sinais clínicos 
 Usualmente as mucosas pálidas ocorrem somente na fase 
crônica . 
Outros achados 
 Hepatomegalia; 
 Esplenomegalia; 
 Linfoadenomegalia; 
 Tosse ( devido a edema intesticial causado pela vasculite ); 
Diagnóstico 
 
 A clínica direciona um bom diagnóstico!!! 
 
 Avaliação laboratorial CONFIRMA E QUALIFICA O 
QUADRO! 
Diagnóstico 
 A anemia regenerativa é proveniente da perda de sangue 
e redução na eritropoiese ( fase aguda e fase crônica ); 
 
 A neutropenia é a mais comum durante a vasculite na fase 
aguda e após a supressão da medula óssea na fase crônica. 
 
 A trombocitopenia pode ocorrer tanto na fase aguda 
quanto na fase crônica da erliquiose, mas geralmente é mais 
grave na fase crônica da doença. 
Diagnóstico 
 A hipoalbuneminemia na fase aguda é provavelmente 
causada pelo sequestro de albumina nos tecidos devido á 
vasculite. 
 
 Pode ocorrer azotemia pré-renal nas fases aguda ou crônica 
da doença. 
Diagnóstico 
 Identificação de mórulas; 
 
 Esfregaço sanguíneo realizado comsangue periférico 
provenientes dos vasos auriculares; 
 
 Aspirado de medula óssea, na fase crônica (revela 
hipocelularidade). 
Diagnóstico 
 Testes sorológicos constituem métodos mais úteis e 
confiáveis para o diagnóstico (BARR, 2002). Anticorpos contra 
Ehrlichia canis podem ser detectados por imunofluorescência 
ou dot-Elisa; 
Dot-Elisa 
 É um teste rápido que pode ser realizado na clínica; 
 
 É prático e de baixo custo; 
 
 Sua sensibilidade varia de 80 a 100% enquanto sua 
especificidade varia de 61 a 100% (MORAIS et al., 2004). 
Diagnóstico 
 
 
 Atualmente ensaios de PCR estão disponíveis 
comercialmente e podem ser utilizados para detectar o DNA 
específico do organismo a partir de sangue periférico. 
 
 
Diferenciais 
 Babesiose 
 
 
 LEISHMANIOSE ( REAÇÃO CRUZADA) 
 Tratamento 
 
 Tratamento de apoio deve ser administrado conforme a 
indicação. Muitos fármacos antimicrobianos diferentes como 
a tetraciclina,doxiciclina,clorafenicol e dipripionato de 
imidocarb são utilizados. 
Liga-se a subunidades 30 S e 50 S da 
parede lipoproteica da Erlichia e 
estimula o fagolisossoma.... 
O Grupo de Estudos de Doenças 
Infecciosas Americano ( ACVIM ) 
 
 Atualmente recomenda o uso de doxiciclina 5 -10 mg/kg 
VO a cada 12-24 horas, durante 28 dias . 
 
 Em estudo realizado com cães infectados experimentalmente, 
os carrapatos conseguiam adquirir a E. canis ao parasitarem 
animais previamente tratados com 14 dias de doxiciclina ( 
Shaefer e cols.,2007). 
 
O Grupo de Estudos de Doenças 
Infecciosas Americano ( ACVIM ) 
 
 DOXICILINA 
 Inibe a síntese protéica dos 
procariontes, dessa forma, reestabelece o 
mecanismo de fusão entre o fagossomo e o 
lisossomo no interior das células, possibilitando a 
destruição da E. canis. 
 Tratamento 
 Resultados com dipripionato de imidocarb (5 mg/kg IM ou 
SC repetidos em 14 dias) foram variáveis no tratamento de 
cães com erliquiose ( Eddlestone e cols.,2006 ). 
 
 Persistência da trombocitopenia e a infecção não foi 
depurada. 
 
 
Suporte 
 Uma fase importante do tratamento também é instalar uma 
terapia de suporte, principalmente nas fases crônicas da 
doença, o que inclui, dependendo da gravidade de cada caso: 
fluidoterapia, transfusão sanguínea e suplementos 
vitamínicos. 
Antiinflamatórios 
 Em alguns casos pode ser necessário administrar 
antiinflamatórios ou imunossupressores, como a 
prednisolona, na dose sugerida de 2,2mg/kg via oral BID 
(duas vezes ao dia) por 3 a 4 dias. (NELSON; COUTO, 2001; ALMOSNY; 
MASSARD, 2002; OLICHESKI, 2003; SHERDING, 2008). 
 
Esteróides 
 Também é indicado o uso de esteróides androgênicos, como 
oximetolona (2m/kg SID, VO), decanoato de nandrolona 
(1,5mg/kg IM, semanalmente), ou outros estimulantes da 
medula óssea, para estimular a liberação de plaquetas em cães 
gravemente trombocitopênicos. 
 
ERITROPOETINA rhumana (série vermelha) 
 Eprex 100 U/kg 3xs/semana 
TRATAMENTO – quadros crônicos graves 
Timomodulina (serie branca) 
 Leucogen 5,0 g/kg/d 
Prognóstico 
 
 
 O prognóstico é bom para cães com erliquiose aguda e 
variável a reservado para erliquiose crônica. 
Prevenção e Aspectos Zoonóticos 
 
 A prevenção da transmissão através do uso profilático de 
carrapaticidas interrompe o ciclo de vida do carrapato e a 
profilaxia talvez seja o mais importante passo para o controle 
da erliquiose canina, já que não existe vacina contra 
erliquiose. 
MUITO OBRIGADO! 
 
Caio Augusto Leles Costa 
 
 
- Médico Veterinário, CRMV/MG 12.596 
- Mestre em Ciência Animal – Nefrologia e Urologia 
- Especialista em Clínica Médica e Cirúrgica de Pequenos 
Animais pela Universidade Castelo Branco/RJ 
- drcaio@clinicacentervet.com

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