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AA2 seminario tematico II

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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE – POLO UNIVERSITÁRIO DE VOLTA REDONDA
INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS – ICHS
PROGRAMA NACIONAL DE FORMAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA – PNAP/UAB
BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Fundação Centro de Ciências e Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro
Atividade Avaliativa II—Seminário Temático II 
Prof. Coord. Marina Cordeiro
Disciplina: Seminário Temático II
Nome da atividade: Atividade Avaliativa II
Nome do aluno: Jessé Mendonça de Oliveira
Polo: Campo Grande Matrícula: 17113110220
1. Tema
Castelo de cartas marcadas? Os movimentos sociais como agentes colaboradores no combate a
corrupção pública. 
Três eixos centrais em debate
a) Utilizando-se de autores contemporâneos1, o texto traz a definição de corrupção e apresenta
as redes pessoais como um dos principais elementos facilitadores.
b) Usando como base alguns municípios da região sul do Estado do Rio de Janeiro, o texto
classifica os casos mais comuns de corrupção encontrados nos municípios brasileiros tais
como: “notas frias” e superfaturamento e aponta também alguns indícios que podem facilitar
a detecção de casos de corrupção.
c) A seguir o texto mostra a importância das organizações sociais para a diminuição da
corrupção. É usado nesse estudo o MEP.
Conclusões
A conclusão ressalta a importância da ação popular no combate a corrupção utilizando a ferramenta
das Organizações Sociais a exemplo do MEP.
2. A crise de representação
No Brasil, o nosso modelo de governo é a democracia representativa onde a sociedade, através do
voto, escolhe seus representantes. Contudo, aqueles que foram eleitos para defender o interesse
público, ao chegarem no poder, se tornam representantes dos interesses privados. 
1 PALOCCI FILHO, 2002, P.9-10. 
ZANCANARO, 1994, apud ZAID, 1986. 
TREVISAN, 2003. 
Se aqueles que foram escolhidos para nos representar, não nos representam, surge a dúvida no seio
da sociedade: Vale apena votar naqueles que se apresentam como candidatos? O nosso modelo
democrático representativo tem sido realmente democrático? Sua representação tem sido eficaz sob
o ponto de vista da sociedade?
Com isso chegamos a conclusão que Estamos vivendo no Brasil uma Crise de Representação. 
3. Definições de corrupção
a) PALOCCI FILHO: degradação de práticas e valores republicanos, implica sempre a
subordinação do interesse público ao interesse particular.
b) ZANCARNARO: ato de apoderar-se de um poder cedido e utilizá-lo como se fora
propriedade privada.
c) TREVISAN: Corrói a dignidade do cidadão, contamina os indivíduos, deteriora o convívio
social, arruína os serviços públicos e compromete a vida das gerações atuais e futuras.
O texto defini corrupção como uma atitude tanto individual como social em que os interesses
privados se sobrepõem aos interesses públicos degenerando o tecido social.
4. Colonialismo, patrimonialismo e cultura 
Colonialismo foi um modelo político-econômico adotado quando Portugal era a metrópole e o
Brasil sua colônia. A exploração era feita através de ações predatórias com a finalidade de
enriquecimento da coroa portuguesa. Nesse período o Brasil era considerado parte do patrimônio
real. 
Com o passar dos anos a coroa foi substituída por uma elite dominante que manteve o
patrimonialismo, tratando o estado como parte do seu patrimônio, direcionando seus interesses
econômicos para a busca de privilégios do Estado.
Essa cultura exploratória que vem desde a colônia, apesar dos avanços históricos, impregnou-se na
mentalidade nacional e, de certa forma perdura até os dias de hoje sendo percebida tanto no
Legislativo (clientelismo e fisiologismo), quanto no Executivo e no Judiciário (nepotismo).
5. Pessoa e indivíduo
DAMATTA, 1983 especifica o indivíduo como alguém sujeito as leis comuns a todos, trás a ideia de
impessoalidade, já a conceituação de pessoa, para DAMATTA, 1983, trás a ideia de singularidade,
denotando alguém que pode ser destacado diante dos outros; alguém que deve ser tratado de uma
maneira especial.
Quando relacionamos esses conceitos com o de corrupção, encontramos o que BEZERRA, 1994
chama de relações pessoais; são vínculos de amizade ou conhecimento que são utilizados para
obtenção de favores, bens, serviços ou informações criando uma rede de favorecimentos pessoais
dentro das instituições públicas.
6. Práticas comuns de corrupção na esfera municipal
a) Uso de notas fiscais frias ou fictícias.
b) Superfaturamento de bens ou serviços oferecidos ao Estado.
c) Uso da Máquina pública para interesses privados.
d) Fraude de licitação
Todas essas práticas comuns de corrupção são favorecidas pela falta de transparência, ausência de
controle administrativo e financeiro, baixa capacitação dos funcionários públicos e do aleamento da
comunidade quanto ao processo orçamentário.
7. MEP (Movimento pela Ética na Política)
Organização Social criada em 1996 que colaborou no processo de impeachment do presidente
Fernando Collor de Melo.
Trás consigo uma consciência política cidadã. Atuam na esfera administrativa municipal
acompanhando ações que são tomadas nas câmaras, e atuam também na conscientização política da
população através de várias mobilizações e orientações.
Na região sul fluminense se estabeleceu Volta Redonda e Resende. O MEP desenvolve também
trabalho de preservação ambiental e educação popular alternativa.
Possui uma estrutura composta de aproximadamente 50 pessoas filiadas com uma direção colegiada
com voto deliberativo e um corpo de conselheiros com voto consultivo. Tem também um
organograma matricial que inclui Educação, Saúde, Direito, Teologia, Meio Ambiente, Sociologia
entre outros.
8. “Percebe-se que a corrupção é tida como um
câncer no tecido social. Sua prática destrói
toda a legitimidade representativa e conduz
invariavelmente a uma crise no sistema de
democracia representativa. Para que votar se
tudo continua da mesma forma? Questionam-se
alguns cidadãos” (Abreu, 2011:25)
A corrupção não é algo novo no Brasil, e isso todos nós já sabemos. Contudo, ela não
é uma atitude individual apenas, também não é somente um problema de caráter. Vai além, é uma
questão social desenvolvida durante a história de nosso povo desde a colônia. Foi em uma estrutura
colonial eivada de um pensamento patrimonialista que a corrupção encontrou seu berço e acalanto.
Mudamos com o passar dos anos mas o pensamento patrimonialista, onde é incerta a diferenciação
do público e do privado, ainda persiste entre nós.
Outro fator importantíssimo a ser desenvolvido para termo uma sociedade menos
exposta a corrupção está na participação da sociedade como um todo, e não apenas de uma elite. É
necessário revitalizarmos o pensamento republicano através da participação de todos os cidadãos
nas tomadas de decisão da nação. A corrupção prolifera aonde não há participação popular, nem
liberdade de expressão, nem boa educação para o povo. A história da democracia brasileira é cheia
de altos e baixos, nossa república está repleta de traumas e nosso capitalismo é periférico. É tempo
de aprofundarmos os ideais republicanos para avançarmos no combate a corrupção.
Infelizmente essa corrupção sistêmica somada a uma república ainda atrofiada tem
gerado consequências desastrosas, e talvez a mais impiedosa seja descrença do povo em suas
instituições. Tenho colegas que já não acreditam mais no sufrágio; consideram que a representação
democrática é uma utopia. Está surgindo uma geração de jovens apolíticos, que sem saber, estão
contribuindo ainda mais para o aprofundamentoda corrupção no país. É preciso mudar isso através
de organizações sociais que atuem junto as instituições acompanhando-as, é preciso também
desenvolvermos a educação cidadã dessa geração.

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