Legendas e Escalas

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Legendas e Escalas
CARTOGRAFIA SISTEMÁTICA
Prof. Giuliano Tostes Novais
Introdução
Os mapas devem apresentar determinadas características básicas para que possam ser facilmente entendidos por qualquer usuário.
Entre os diversos componentes de uma mapa, dois dos elementos fundamentais para seu bom entendimento e uso eficaz são: Legenda e Escala.
Legenda
Os objetos cartografados, materiais ou conceituais, são transcritos por meio de grafismos ou símbolos, que resultam de uma convenção proposta ao leitor pelo redator, e que é lembrada num quadro de sinais ou legenda do mapa.
Parte que contém o significado de todos os símbolos, cores e traços utilizados na representação do desenho cartográfico.
Elemento central da linguagem informativa de um mapa.
Modo como o tema do mapa é apresentado.
Revela pensamentos e intenções do autor.
Escolha/uso de cores, linhas, pontos e símbolos.
Fonte: IBGE, 2010
A construção da Legenda
Ressaltar ou esconder questões ou feições.
Símbolo escolhido – questão de “poder de convencimento”.
Devem ter clareza.
Escolha do tamanho das letras (mesmo tamanho da carta).
Simbolização na Legenda
Um símbolo é a representação gráfica de um objeto ou de um fato sob a forma sugestiva, simplificada ou esquemática.
Definição do símbolo.
Símbolos pontuais (convencionais, simbólico, pictogramas, ideogramas).
Símbolos lineares (grossos, pontilhados, tracejados, curvas de nível).
Símbolos zonais (sombreamento, coloridos, hachuras).
Tamanho dos símbolos.
Escala
Relação ou proporção existente entre as distâncias lineares representadas em um mapa e aqueles existentes no terreno, ou seja, na superfície real.
Formas: numérica, gráfica e nominal
Escala numérica
Representada por uma fração
Numerador (unidade) = distância medida no mapa
Denominador = distância medida no terreno
Maneira mais utilizada nos mapas impressos
1: 25.000 ou 1/25.000 1:100.000 ou 1/100.000
 ESCALA MAIOR ESCALA MENOR
Unidade mais utilizada na cartografia é o centímetro (cm)
Fonte: prasempregeografia.blogspot.com
Escala Gráfica
Linha ou barra graduada.
Cada talão apresenta a relação de seu comprimento com o valor correspondente no terreno.
Duas porções: principal (do zero para a direita); fracionária (do zero para a esquerda).
Aplicação direta (como uma régua).
Escala Gráfica X Escala Numérica
Processos de reprodução fotográfica (xerox).
Reduções ou ampliações.
Escala Numérica é imprópria.
Escala Gráfica sofre alteração proporcionalmente junto com o modelo original.
A escala gráfica altera proporcionalmente ao desenho.
Já a escala numérica mantém o mesmo valor (imprópria).
DESENHO ORIGINAL
DESENHO AMPLIADO
Fonte: NOVAIS, 2011
Escala Nominal
Escala equivalente.
Apresentada nominalmente por uma igualdade entre o valor representado no mapa e sua correspondência no terreno.
 1 cm = 250 metros (equivalente a 1:25.000)
Utilização prática da escala
Medições possíveis realizadas no mapa.
Distâncias entre quaisquer localidades calculadas por meio de regra de três:
 D = N X d
D é a distância real no terreno; N é o denominador da escala (escala=1/N); e d é a distância medida no mapa.
Escolha da Escala
Fim a que se destina o produto obtido.
Necessidade ou não de precisão e detalhamento.
Disponibilidade de recursos para impressão (tamanho do papel).
Mapas digitais: situação relegada a segundo plano (escala pode ser facilmente transformada para quaisquer valores).
Erros na escolha da escala, exemplo: Mapa National Geographic – Brasil – falta de detalhamento na escala maior.
Erro Gráfico
Aparente deslocamento existente entre a posição teórica de um objeto e sua posição no mapa final.
Potencialmente desenvolvido durante a confecção do desenho.
Erro gráfico não deve ser superior a 0,1 mm, independente da escala adotada.
Generalização Cartográfica
Operação pela qual os elementos de um mapa são adaptados ao desenho de um mapa de escala inferior.
Não ocorre sem uma certa deformação ou deslocamento dos objetos cartografados.
Seleção de detalhes que são necessários conservar em função do assunto do mapa, de seu valor significativo ou do seu papel como referência.
Não pode ser uma simples redução, ela implica em uma interpretação lógica dessa redução, o que requer um certo “senso geográfico” por parte do cartógrafo.
Generalização Estrutural
Conserva a implantação dos diferentes grafismos.
Consiste em apagar ou atenuar características desprezíveis para acentuar, ao contrário, os caracteres importantes que com a redução correriam o risco de desaparecer.
Generalização conceitual
Quando a escala diminui muito.
Mudança radical da representação cartográfica, utilizando símbolos mais sintéticos e menos numerosos.
Fonte: UNILINS, 2008
Referências
FITZ, P.R. Cartografia básica. São Paulo: Oficina de Textos, 2008.
JOLY, F. A cartografia. Campinas: Papirus, 2013.