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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA BASES DA BIOLOGIA MOLECULAR Prof. William Volino TECNOLOGIA DO DNA RECOMBINANTE E TÉCNICAS DE HIBRIDIZAÇÃO DE ÁCIDOS NUCLEICOS Tecnologia do DNA Recombinante Técnicas que visam o isolamento de genes e a introdução de genoma exógeno em outros organismos. Envolve: Organismo doador Vetor DNA Recombinante Organismo receptor Tipos de vetores Fagos Plasmídeos Cosmídeos Cromossomos artificiais Etapas: A – Isolamento do DNA DNA genômico nuclear (células eucariontes) DNA genômico principal (bactérias) DNA do vetor (plasmidiano) Cada qual requer uma técnica em especial B – Corte do DNA Enzimas de restrição Origem – produzidas por bactérias Corta especificamente a sequência do DNA Os sítios de corte possuem 4 a 6 bases (Palíndromo) Ex. EcoRI 5’ – G/AATTC – 3’ 3’ – CTTAA/G – 5’ Formam-se pontas adesivas que favorece a formação de quimeras de DNA (doador e vetor) C – União do DNA Doador e vetor são digeridos com a mesma enzima As pontas adesivas iguais se unem D – Amplificação do DNA Recombinante Produção de clones de DNA 1 - Transformação de bactérias Origem da variabilidade genética em bactérias: Conjugação Transdução Transformação Obs. A transformação é rara na natureza. Requer DNA livre num meio de cultura Depende da Competência: capacidade de receber DNA exógeno Presença de receptores de DNA na membrana Capacidade de incorporar o DNA ao genoma Métodos: Indução da competência – cátions Criação de poros na membrana – eletroporação Biobalística – micropartículas aceleradas de ouro ou tungstênio. O DNA introduzido se autoreplica e dá origem a várias cópias A seleção pode ser feita através do uso de antibióticos. Aplicações da Tecnologia do DNA Recombinante A - Produção de Bibliotecas Genômicas Coleção de clones de moléculas de DNA O tipo de biblioteca depende do tipo de vetor utilizado na produção do DNA recombinante De vírus – quando o vetor é um fago De bactérias – quando o vetor é um plasmídeo ou cosmídeo B - Transgênese de bactérias Inserção de genes eucariontes em bactérias para que estas sintetizem proteínas de difícil obtenção Utilizada na produção de insulina e hormônio de crescimento humano C - Transgênese de eucariontes O genoma de eucariontes é muito maior, requerendo modificações das técnicas Os genes são introduzidos por transformação, injeção, infecção viral ou por biobalística O DNA exógeno quase sempre faz integração, pois são raros os plasmídeos de replicação autônoma em eucariontes D - Engenharia genética de leveduras Saccharomyces cerevisiae Levedura de grande interesse econômico em diversos segmentos da indústria São criados cromossomos artificiais chamados de YAC Adiciona um centrômero em um plasmídeo, para que ele seja dividido entre as células filhas Adiciona telômeros nas extremidades para que se torne linear Os cromossomos artificiais são usados como vetor para grandes segmentos de DNA em células eucariontes Técnicas de Hibridização Utilizadas para detecção de ácidos nucléicos DNA ou RNA A hibridização de ácidos nucléicos consiste das seguintes etapas: O ácido nucléico de cadeia dupla é desnaturado para a separação das cadeias. As cadeias simples do ácido nucléico são imobilizadas em um suporte sólido, geralmente uma membrana de nylon ou nitrocelulose, para impedir que as cadeias se reassociem. Uma sonda (DNA de fita simples ou RNA; de origem conhecida – contendo a sequência de nucleotídeos específica àquela alvo – conjugada com um isótopo radioativo ou enzima) é incubada com a membrana. Ocorre a formação de pontes de hidrogênio entre as bases complementares. As sondas que não se ligaram são removidas por lavagem e a hibridização é detectada através de um método de detecção da sonda. Vários tipos de hibridização em suporte sólido são utilizados: Hibridização Southern. Técnica utilizada para a detecção de um fragmento de DNA específico. Hibridização Northern. Utilizada para detectar sequências específicas de RNA. Hibridização de Proteínas Western Blot Detecta pequenas quantidades de proteínas adsorvidas numa membrana de nitrocelulose Usa-se um anticorpo anti-anticorpo ligado a uma enzima e um substrato, para detectar o anticorpo aderido na membrana. Marcadores moleculares São características do DNA que diferenciam dois ou mais indivíduos e são herdados geneticamente. Responsáveis pela variabilidade genética e pelo polimorfismo de DNA. RFLP (Restriction Fragment Lenght Polymorphism) Polimorfismo no comprimento de fragmentos Utiliza-se de enzimas de restrição (endonucleases) Variação na presença ou ausência de sequências específicas de 4 a 8 pb Análise dos fragmentos feita por eletroforese em gel e separação dos fragmentos Também por transferência de Southern e hidridação com sondas especificas DNA Fingerprinting (minisatélites) É o padrão de características únicas do DNA de cada indivíduo em uma população Deve-se a presença de sequências repetitivas simples dispersas no genoma A análise é feita utilizando enzimas de restrição: As enzimas reconhecem sítios adjacentes às sequências repetidas e resulta em fragmentos de diferentes tamanhos, proporcionais ao número de unidades repetitivas numa região do genoma Devido ao alto número de regiões genômicas que contém estas sequências e a variabilidade das mesmas, o padrão de fragmentos resultante e característico de cada indivíduo Esta característica de um indivíduo é herdada dos seus progenitores, por isso muito se aplica a estudos de parentesco
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