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TOPOGRÁFICA REGIÃO GLÚTEA Larissa Barral INTRODUÇÃO: “A região glútea fisicamente faz parte do tronco, mas funcionalmente dos MMII”; Área proeminente posterior à pelve (dorsal do quadril) e inferior ao nível das cristas ilíacas (as nádegas), que se estende lateralmente até a margem anterior do trocanter maior do fêmur; Essa região compreende as nádegas e quadril; LIMITES: Superior: crista ilíaca; Inferior: prega/sulco infraglúteo; Lateral: linha convencional da EIAS até a prega infraglútea, tangenciando o trocanter maior do fêmur; Medial: linha/fenda interglútea e margem lateral da coluna sacrococcígea; Profundo: plano ósteo-articular; PLANOS: PELE: Mais espessa, pois sustenta peso quando a pessoa está sentada; TELA SUBCUTÂNEA: Grande quantidade de tecido adiposo; Presença de trabéculas conjuntivas que ligam a fáscia glútea à parte mais profunda da pele; Artérias: Superficiais que derivam das profundas: Ramos da a.ilíaca interna: Aa.glúteas (superior e inferior) e a.íliolombar; Ramo da a.ilíaca externa: a.circunflexa ilíaca profunda; Ramos da a.femoral profunda: Aa.circunflexas femorais medial e lateral; OBS.1: A a.femoral emite o ramo circunflexo que contorna a cabeça do fêmur – região pobre em circulação > fratura em idosos = fisiológico; Veias: superficiais (tributárias da v.femoral); Nervos superficiais: Nn.clúnios superiores: ramos dorsais dos nervos do plexo lombar; Nn.clúnios médios: ramos dorsais dos nervos do plexo sacral; Nn.clúnios inferiores: ramos do nervo cutâneo femoral posterior (ramo do plexo sacral); N.cutâneo perfurante: dos ramos dorsais do plexo sacral; Ramo do n.cutâneo femoral lateral (ramo do plexo lombar); FÁSCIA GLÚTEA: Faz parte da fáscia lata – quando chega na margem superior m.glúteo máximo ela se trilamina: LÂMINA SUPERFICIAL: reveste a face anterior/superficial do m.glúteo máximo (aponeurose glútea) e se continua com a fáscia coccígea; LÂMINA MÉDIA: reveste a face posterior/profunda do m.glúteo máximo e, ao atingir a margem inferior, se une à lâmina superficial, constituindo a Bainha do Glúteo Máximo; LÂMINA PROFUNDA: reveste a face anterior/superficial do m.glúteo médio e emite um septo facial entre os m.glúteo médio e m.glúteo mínimo, separando os músculos superficiais e profundos; OBS.1: As lâminas média (face posterior do m.glúteo máximo) e profunda (face superior do m.glúteo médio), por estarem uma sobre a outra, permitem o deslizamento entre si; PLANO MUSCULAR SUPERFICIAL: GLÚTEO MÁXIMO: rotação externa e extensão da coxa; GLÚTEO MÉDIO: rotação interna e adução da coxa; GLÚTEO MÍNIMO: rotação interna e adução da coxa; TENSOR DA FÁSCIA LATA: rotação interna e adução da coxa; PLANO MUSCULAR PROFUNDO: PIRIFORME: rotação externa e abdução da coxa; Tem porção intrapélvica (suas interdigitações saem dos espaços entre as raízes sacrais); Vasos e nervos glúteos superiores emergem superiormente a ele; Vasos e nervos glúteos inferiores emergem inferiormente a ele; GÊMEO SUPERIOR: rotação externa e abdução da coxa;**Tríceps femoral ou do quadril; OBTURADOR INTERNO: rotação externa e abdução da coxa;* GÊMEO INFERIOR: rotação externa e abdução da coxa;* QUADRADO FEMORAL: rotação externa; OBTURADOR EXTERNO: rotação externa; OBS.1: Entre o m.piriforme e o m.glúteo mínimo: vasos e nervos glúteos superiores; OBS.2: Entre o m.piriforme o m.gêmeo superior: n.isquiático, vasos e nervo glúteos inferiores, n.cutâneo femoral posterior, vasos pudendos internos, n.pudendo, n.cutâneo perfurante e os nervos dos m.gêmeo superior, m.obturador interno, m.gêmeo inferior e m.quadrado femoral; OBS.3: É possível chegar ao n.isquiático sem incisionar músculos, apenas divulsionando os músculos entre o “Jarrete” (m.bíceps femoral, m.semitendíneo e m.semimenbranáceo) e a margem inferior do m.glúteo máximo (n.isuqiático está abaixo desse músculo); PLANO ESQUELÉTICO: Face posterior do quadril e sua cápsula; Ligamentos: iliofemoral e isquiofemoral; Colo do fêmur e trocanter maior do fêmur; Epsinha isquiática e túber isquiático; Face glútea do ilíaco com as 3 linhas glúteas: Linha glútea anterior; Linha glútea posterior; Linha glútea inferior; OBS.1: As linhas glúteas do ilíaco são referenciais para as inserções dos músculos glúteos máximo, médio e mínimo; TRATO ÍLIOTIBIAL: Espessamento lateral da fáscia lata, devido à inserção dos m.glúteo máximo e m.tensor da fáscia lata, e vai do tubérculo ilíaco ate o côndilo lateral da tíbia; LIGAMENTOS DA REGIÃO GLÚTEA: LIGAMENTO SACROILÍACO POSTERIOR; Contínuo inferiormente com o ligamento sacrotuberal; LIGAMENTO SACROTUBERAL: Se estende através da incisura isquiática do osso do quadril, formando um forame que é subdividido pelo ligamento sacroespinal e espinha isquiática, formando os forames maior e menor; LIGAMENTO SACROESPINAL; FORAMES ISQUIÁTICOS: FORAME MAIOR: Entrada e saída de estruturas da pelve; Passagem do n.isquiático e m.piriforme; FORAME MENOR: Entrada e saída de estruturas do períneo; Passagem do n.pudendo e tendão do m.obturador interno; PROEMINÊNCIAS ÓSSEAS: Espinha ilíaca ântero-superior (EIAS); Espinha ilíaca póstero-superior (EIPS); Trocanter maior do fêmur; Tubérculo isquiático; OBS.1: Linha de Nalaton-Rose: “une” a EIAS ao tubérculo isquiático, passando pelo meio do acetábulo (alinhamento das estruturas) – radiologicamente muito importante que define luxações, fraturas etc, na região; VASOS PROFUNDOS: ARTÉRIAS (ramos da a.ilíaca interna): A.glútea superior: irriga os m.glúteo máximo (ramo superficial), m.glúteo médio, m.glúteo mínimo e m.tensor da fáscia lata (ramo profundo); Passa pelo forame isquiático maior (acima do m.piriforme); A.glútea inferior: irriga os m.glúteo máximo, m.obturador interno, m.quadrado femoral e partes superiores do “Jarrete”; Passa pelo forame isquiático maior (abaixo do m.piriforme); A.pudenda interna: rede anastomótica; Passa pelo forame isquiático maior(abaixo do m.piriforme); VEIAS: homônimas (tributárias da v.ilíaca interna); PATOLOGIAS/CORRELAÇÕES: SÍNDROME DO PIRIFORME: Dor e instabilidade causada pela compressão do nervo isquiático pelo m.piriforme; Localizar o m.piriforme: Palpa a EIPS e trocanter maior do fêmur, traça uma linha e encontra a borda superior do m.piriforme. Uma linha 3 cm abaixo e paralela a ela é a borda inferior do m.piriforme, por onde sai o n.isquiático; PLEXO LOMBAR: COMPONENTES: n.íliohipogástrico, n.ílioinguinal, n.genitofemoral, n.cutâneo femoral lateral, n.femoral, n.obturatório e tronco lombossacral; PLEXO SACRAL: COMPONENTES: n.glúteo superior, n.gluteo inferior, n. do piriforme, n.isquiático, n. do quadrado femoral (e p/ m.gêmeo inferior), n. do obturador interno (e p/ m.gêmeo superior), n. cutâneo femoral posterior, n.cutâneo perfurante; MÚSCULO INERVAÇÃO ORIGEM INSERÇÃO GLÚTEO MÁXIMO n.glúteo inferior -posterior à linha glútea posterior -face dorsal do sacro e cóccix -ligamento sacrotuberal -trato íliotibial -tuberosidade glútea GLÚTEO MÉDIO n.glúteo superior entre as linhas glúteas posterior e anterior face lateral do trocanter maior do fêmur GLÚTEO MÍNIMO n.glúteo superior entre as linhas glúteas anterior e inferior face anterior do trocanter maior do fêmur TENSOR DA FÁSCIA LATA n.glúteo superior -EIAS -parte anterior da crista ilíaca trato íliotibial PIRIFORME ramos dos ramos de S1 e S2 -face anterior do sacro -ligamento sacrotuberal margem superior do trocanter maior do fêmur OBTURADOR INTERNO nervo para o obturador interno face pélvica da membrana obturadora e ossos adjacentes face medial do trocanter maior do fêmur (fossa trocantérica) GÊMEOS SUPERIOR E INFERIOR gêmeo superior: n. p/ obt. interno gêmeo inferior: n. p/ quad. femoral gêmeo superior: espinha isquiática gêmeo inferior: túber isquiático face medial do trocanter maior do fêmur (fossa trocantérica) QUADRADOFEMORAL nervo para o quadrado femoral margem lateral do túber isquiático tubérculo quadrado na crista intertrocantérica do fêmur e área inferior a ele OBTURADOR EXTERNO n.obturatório margens do forame obturado e membrana obturadora fossa trocantérica do fêmur