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Teoria de Erikson Barros, Cap. 10

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mu \}Mm iiniiniiiniu iimnnn nnuui 
PSICOMOTORA eOLA Gomes 
;NTOS - EXERCÍCIOS DE 
^ICIDADE 
Matio D'lncao 
ICOIA TEMPO DE EDUCAR 
^ a l e Maria Lúcia Thiesson 
HISTÓRIAS - UMA ARTE 
•Coelho Silva 
IDES LÚDICAS NA EDUCAÇÃO 
A 
e Reg.-na Céllp Haydt 
|AÇÃO ARTÍSTICA DA CRIANÇA 
l ia Machado Nicolau (coord.) 
ÍAÇÃO PRÉ-ESCOLAR 
BÁSICOS DE EDUCAÇÃO 
LAR 
ia Macliado Nicolau 
ENDO COM A PRÉ-ESCOLA 
7C0 dc Araújo, Célia Regina 
ancy Trindade Kosely 
DE PSICOLOGIA GERAL 
DE PSICOLOGIA ESCOLAR 
DE PSICOLOGIA 
VOLVIMENTO 
juimarâes Barros 
)GIA EDUCACIONAL 
URA E FUNCIONAMENTO DO 
1» GRAU H ESTRUTURA E 
»ÍENT0 DO ENSINO DE 2« 
iXlOLOGIA DA EDUCAÇÃO 
DA EDUCAÇÃO NO BRASIL 
BGIADAAPRENDIZAGEf,» 
inho Falcão 
GERAL m DIDÁTICA 
FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO 
fetti 
IA DA MATEMÁTICA 
iNeto 
f IA E HISTÓRIA DA 
\A DA EDUCAÇÃO 
e Nelson Plletli 
URA INFANTIL - TEOfílA 
Ota Antunes Cunha IDE ESTÁGIO TAfiA O ) • PRÁTICAS DE ENSINO ENTOS DE PSICOLOGIA AL • PSICOLOGIA DO (MENTO Ids Cória-Sabini 50 DE ALFABETIZAÇÃO o dos Samos fiSImâo 
Célia Si lva Guimarães Barros 
L i c enc i ada em Pedagogia 
pela Un ive rs idade dc São Pau l o 
P O N T O S D E P S I C O L O G I A 
! 2 ' ed ição 
2' itiipressào 
. C a p í t u l o 1 0 - ^ 
DESENVOLVIMENTO 
PSICOSSOCIAL: ER IC ERIKSON 
E AS OITO IDADES 
— . ' - . a DO HOMEM 
E r i c Erik^nj^discj ia i lo jíe,.Ereud, apresenta em seu livro Infância 
i sociedade uma descrição do desenvolvimento abrangendo toda a 
vitia humana. Sua teoTÍa_^p_desenyolvimcrito psicossocial,,é conhecida 
n i H i M (/.V oito idades do homem. 
Sprinthall e Sprinthall (op. cit., p. 190) apresentam num quadro 
() i ionograma do desenvolvimento de Er ikson, juntamente com os 
(".lájjios dc Freud: 
ESTÁGIOS DO DESENVOLVIMENTO PESSOAL 
Anos 
O ti 1 e meio 
1 o meio a 3 
3 a 6 
Erikson 
confiança x desconfiança 
autonomia x vergonha 
7 a 12 
1? o 10 
1Í! ;i 30; 
iniciativa X culpa 
domínio X inferioridade 
identidade X confusão de papéis: 
Freud 
fase oral 
fase anal 
fase fálica 
fase de latência 
intimidade X isolamento 
generatividade x auto-absorção 
integridade do ego X desesperança 
fase genital 
1 
l ^ U J L U A l A l l 1 1114 4 a i 
Eric Erikson | 
; Eric Erikson nasceu na Suécial 
\m 1902, e viveu a primeira parte da 
. sua vida na Europa. Após terminar seu 
curso de formação geral, viajou pelo 
continente, como era moda entre os 
jovens da ciasse alta, no seu tempo. 
Ele adotou a profissão de pintor 
de retratos, como uma atividade que 
lhe desse algum ganho e lhe permi-
tisse certa flexibilidade para viajar. 
Sendo talentoso, logo ganhou reputa-
ção de artista promissor, especialmen-
te por seus retratos de crianças. 
Durante esse período de viagens, viveu uma experiência 
decisiva, quando foi convidado para fazer um retrato de criança 
numa residência, na Áustria. Ò pai da menina era Sigrnund f^reud. 
Enquanto realizava seu trabalho de pintura, Erikson teve oportu-
nidade de manter muitas^ c informais com Freud, poucas 
s_emanAS. depois, recebeu um convite escrito de Freud para íns-
crever-se no Instituto Psicanalítico de Viena e estudar para ser 
analista de crianças. Erikson aceitou o convite, deixou as viagens 
_e a pintura e comprometeu-se com a Psicologia. Foi uma decisão 
muito feliz para a compreensão atual da criança e do adolescente. 
Após terminar seu treinamento, ele emigrou para os Estados 
Unidos (1936) onde desenvolveu significativa carreira universi-
tária. 
Seu trabalho representa uma grande contribuição para o en-
tendimento do crescimento psicológico saudável, durante todo o 
ciclo da vida. Ele mostra, através da história pessoal, como os 
eyentps e as reações durante a infância preparam as pessoas , 
para serern adultos. 
(Adaptado de: SPRINTHALL , R . C . e SPRIN-
THALL , N. A. Op. cit., p. 192.) 
( ^Pr ime i ra idade: confiança x desconfiança Q 
•tf 
Erikso i i chama^ jde j ç (ú^ d^a confiança versus desconfiança o 
período do nascimento aos 18 meses. Essa idade corresponde ao estáyio 
oral de Freud. 
-^ieYarão a confiar ou a não confiar em sua mãe e oor eenerali7arlr« ^ '^-'"^ ^P ' '^ realizou pesquisas clínicas igualmente dramáticas. E l e 
~ que a criança vailcr'experiências quc 
ajevarãoa confiar ou a não confiar em sua mãe e, por generalização, 
também nas outras pessoas. 
Ass ink o bebé que_6 atendido prontamente em suas- necessidades, 
qUÊ_é_aiimentado, banhado e vestido sempre cora carinho, desenvol-
verá confiança em sua mãe e, mais tarde, nos outros. Essa confiança 
se manifestará em maneiras amistosas de aproximar-se de outras pessoas. 
Ao contrário, se o bebé não for pronta e eficientemente atendido 
em suas necessidades, se for negligenciado pòr_sua mãe, desenvolverá 
um sentimento de desconfiança para com ela e, por generalização, 
para com as outras pessoas. 
Clínicos e outros estudiosos do desenvolvimento confirmam a 
importância das primeiras experiências infantis. 
Harry Harlow (Universidade de Wisconsin) tem realizado di-
-versos estudos, observando filhotinhos de macaco sob diferentes con-
dições de criação. Num de seus estudos, ele deu a dois grupos de 
macaquinhos "mãe substitutas" de tipos diferentes. Um grupo foi 
criado por uma "mãe" de pano, quente e macia, e outro com uma 
"mãe" de arame, fr ia e áspera. Ambas as "mães" tinham capacidade 
de fornecer leite, mas apenas uma delas fornecia estimulação tátil 
agradável. 
Quando adultos, os bebés da "mãe" de arame manifestaram com-
portamento estranho: foram incapazes de se acasalar, de explorar 
objetos desconhecidos e apresentaram muitos comportamentos que 
lembravam esquizofrenia. Por outro lado, os bebés da "mãe"-<ie pano 
eram capazes de enfrentar situações estranhas e aterradoras e demons-
traram habilidade em dominar seu ambiente. 
•* 
. ff-
^ i i j i , Sr — 
-A 
As "mães' substitutas do 
experimento de Harlow 
90 
é Spitz realizou pesquisas clinicas iguai 
estudou os efeitos das experiências de orfanato em bebés. Mesmo que 
as criancinhas recebam cuidado físico adequado, banho, alimento e 
que sejam conservadas cm quartos quentes e limpos, há uma falta 
quase completa de contato e de calor humanos (abraços, carícias, con-
versa, colo). Isso tem efeitos prejudiciais em sua saúde física e em 
seu desenvolvimento. 
Outros pesquisadores acompanharam o desenvolvimento de crian-
• ças de orfanato até a adolescência e observaram que continuavam 
' socialmente retraídas e pouco sensíveis, evitando ligações afetiva;; 
intensas. 
" . No ambiente pobre em estímulos dos asilos, onde as enfermeirii-: 
If e os educadores estão muito ocupados com os cuidados físicos da;, 
H crianças, resta pouco tempo para um relacionamento individual com 
cias: falar, brincar, cantar, carregá-las no colo etc. O fenómeno <iiir 
gr-decorre dessas condições — retraimento social, dificuldade de est;il>i 
lecer ligações afetivas — é denominado efeito Kaspar Hauser. Relata M 
que Kaspar Hauser era filho de um nobre alemão, cujos parcnlcs <• 
raptaram e esconderam para excluí-lo da sucessão hereditária. I " . • 
5 caso bastante misterioso ocupou a atenção do publico em 1828, í i j t i o n 
|-^ " madamente. Supõe-se que o menino cresceu, até os 5 anos, denlin i l ' 
%. um aposento escuro, semelhante a uma prisão, sem contato com pcsso.i 
f: A s ,idéias„ de Erikson de que a confiança (ou a desconfiam..! i 
? _no mundo é aprendida pelo bebé .através de seu je^^ - " i n 
t; a mãe têm sido confirmadas por outros estudiosos. _ 
2. Segunda idade: autonomia x vergonha 
>)fo_segundo e terceiro ano de_vi^^ que a niain . i i 
está na idade da autonomia versus vergonha e dúvida. Es.^n idade . n i 
responde à fase anal_ da Jegr ia freudiana. 
Com acrescente maturação física da criança, vem o ( i c i n . n n . .t 
possibilidade de se locomover sem auxílio e a capacidade di- . i | i nmh i 
a controlar osjntestinose a be^^ certa forma, a cic.-.niiic niiiiti 
ração física vai libertando a criança de sua mãe. 
Todos esses progressos dão à criança um scntiinnilo df linlr 
p_endência,_d_e_autonomia. E l a sente grand_e necessidade de aulndiiiyíld, 
isto é, deseja fazer sozinha várias atividades: lavar-se, ta!(,ai sitjmim, 
desembrulhar os doces etc. Há também um grande {U-.so)o dc i-nitl 
o__ambiente: pegar objetos, abrir gavetaS;^ acender c npajiar a \\\t, 
1 
m 
m 
HA adultos que permitem à criança explorar livremente o ambiente . i | 
( (o i i i o acontece com as mães cuidadosas em deixar fora do a l cance^ 
tia criança os objetos frágeis e os que possam feri-la), concedendo-lhe -M 
fdiiihcni a oportunidade dc fazer sozinha alguma atividade, sem depois ''id 
censura la jK i r ter errado. Desse modo, tais adultos estão atendendo 
à ni-ccs.sidado de independência da criança e alimentando seu crescente_^5 
M-ntimcnto de autonomia. jk 
Há, porém, adultos que não deixam a criança fazer nada sozinha, ' - ^ 
Mif(irando-lhe esse sentimento nascente de autonomia. Se vêem a criança ' •í! 
tentando abotoar o agasalho, amarrar os sapatos ou brincar com um ' 
novo brinquedo, logo a interrompem e realizam a tarefa do "jeito 
certo". 
Há, ainda, os que impedem a criança de se locomover livremente, jt, 
t|iK' a punem pelo desejo de explorar o ambiente e — o mais comum ^T-
que 3 ensinam, de modo excessivamente severo, a controlar os 3 : 
esfincteres. A s crianças as_sim tratadas terão sentimentos de vergonha ^ 
c de demérito pessoal e adquirem dúvida sobre sua capacidade de 
dirigir o próprio comportamento. ^ 
Nessa fasCj^ inicia-se também a linguagem^e a criança^ precisa 
encorajamento e modelos para progredir na jfala. Ò adulto deverá ter . 5 
dois cuidados: evitar responder à criança eni sua linguagem de bebé, ^ 
pois o adulto é o modelo que ela irá imitar; não exagerar na correçãq_ 
da linguagem dá criança, pois poderá surgir u m sentimento de vergonha T 
SC, em suas primeiras tentativas para falar, ela for criticada por não - j -
fíilnr do "jeito certo". 
Neste estágio, nota-se que, conforme a atuação dos adultos, 
criança pode ser levada ao sentimento de autonomia ou ao de vergonhaTTf^ 
Isso deve ser observado não só_no lar, cora relação _aos_ pais; também-.-; 
os professores da escola maternal e do jardim de infância podem 
afctar o sentimento de autonomia de seus alunos. " ^ 
3. Terceira idade: iniciativa x culpa ' ^ f 
Após os 3 e até os 6 anos, aproxirnadamentej a criança está, % 
segundo Er ikson, na idade da iniciativa versus culpa — q u e ^ r r e _ S 7 ^ 
ponde à fase fálica descrita por Freud. 
Nesta fase, a criança vai desenvolver sua identidade como menino 
cii menina. É a época em que irá identificar-se com o progenitor dt-r 
seu próprio sexo e copiar aspectos do comportamento adulto. O menino J 
demonstrará sua crescente masculimdadeí procurando a atenção e a ^ 
afeição da mãe, numa quase rivalidade com o pai. O mesmo acontece|;. 
com a menina: ao descobrir sua feminiHdade, toma-se muito devotada 
ao pai. _ * ~ ^ ~"- ^ - ^ í í ^ S 
E m famílias que permitem às crianças expressarem seus sentimen- ' 
tos, sem muita censura, é comum ouvir comentários que refletem o ' 
aparecimento da identidade sexual em cada uma. Assim, por exemplo, . 
; um menino disse que se sentia muito feliz quando o pai saía para 
' o trabalho; a menina disse que queria "sair de carro com o papai e 
deixar a mamãe em casa cuidando das outras crianças". 
Os adultos muitas vezes acham difícil compreender a importância 
de tais declarações. Acham absurdo que uma menina de 4 ou 5 anos 
proclame que gostaria que sua mãe fosse embora. A censura dos adultos 
a esses comentários infantis poderá causar à crijaça fortes sentimentos 
de culpa relacionados à sua identidade. Punição, ridicularização e 
* sarcasmo por_ parte do adulto para com a menina que expressa seu 
desejo natural de firmar-se como mulher farão com que ela se sinta 
diminuída e culpada por ter manifestado alguns dos seus sentimentos 
íntimos j o b r e o tipo de pessoa que espera vir a ser. Nesta época, é 
importante fazer com que as crianças se sintam seguras de que se 
tomarão adultos completos, e não fazê-las _se_senti^ ^^^ por 
expressar esses desejos. 
• Segundo Er ikson, essa é a idade^em que a criança tem necessidade 
de receber esclarecimento sexual, aosjouços^à mgdida que manifeste 
sua curiosidade e de acordo com sua capacidade de compreensão. 
^ Q u a r t a idade: domínio x inferioridade ^ 
Pjça_Erikson, dos 6 aos 12 anos a criança está na idade do 
'• domínio versus inferioridade, que corresponde à fase de íatenda na 
' teoria freudiana. 
• A PiiAçipal realização deste estágio é aprender habilidades, tanto 
na escola como fora dela. É a idade em que a criança aprende a ler, 
V escrever, calcular, jogar futebol, xadrez, remar, toca^um^ins 
^ musical, nadar, acampar, andar de bicicleta, colecionar coisas e muitas 
outras habilidade?. Sua energia e sua motivação para a competência 
são muito acentuadas nessa idade. A criança está tão interessada em . 
aprender novas habilidades, que o adulto não sente necessidade de 
I convencê-la a aprender o que lhe é ensinado. 
Ao aprender habilidades^ ap ag[r no mundo que. a cerca, a criança 
desenvolve um sentimento àe domínio. Porém, se não for encorajada 
I a participar das atividades de seu grupo social, se não for bem sucedida 
em suas tentativas de participação, esse sentimento de domínio, Uc ; 
« « « « « 1 1 1 1 « 1 J J i f i i i i i 
industriosidade, de saber fazer coisas, será substituído por um senti-
mento de inferioridade. 
Nessa idade, as crianças passam na escola a maior parte do tempo 
em que estão acordadas. Os professores da escola de primeiro grau, 
portanto, estão em_ posição estratégica para propor atividades que 
possam proporcionar à criançai o sentimento de domínio, de compe-
tência quando réãlizamadeguádamenteas tarefas escolares. Ém algumas, 
crianças, o professor deverá restaurar esse sentimento. 
A escola está mudando, está abandonando a aprendizagem roti-
neira, fundada no hábito de ouvir passivamente e de valorizar a ordem 
e a obediência. Está, atualmente, enfatizando atividades diferentes, 
projetos individuais que absorvem muita energia do aluno. Oobjet ivo 
dos professores será esrimular na criança os sentimentos de competência 
é de domínioem relação às atividades es e evitar g[u^nela^ se 
instale o sentimento de. inferioridade. 
" " " " ^ ' ' " • 
5. Quinta idade: identidade x confusão de papéis 
Dos_ 12 a o 0 8 anos,^a^^ Er ikson diz que o adoles-
cente está na idade da identidade versus confusão de papéis, quando 
tem jníçio,. na doutrina freudiana, a fase genital. 
A principal tarefa do adolescente é responder à pergunta: "Quem 
spiL.?uXLNissp. consiste a célebre crise de identidade de que fala 
Erikson. 
Durante todo o desenvolvimento, a criança teve uma Jonga série 
de identificações e, assim, foi adquirindo algumas características dos 
pais, de professores e de muitas outras pessoas. 
Na adolescência, o indivíduo abandonará alguns aspectos de suas 
identificações anteriores, fortalecerá outros e, finalmente, deverá encon-
trar-se, descobrir queni é e ser capaz, enfim, de responder à pergunta 
central, 
Ao conseguir definir sua identidade, £ adolescente come.ça_^ a con-
siderar-se uma peswa^ çperen^te, integr^ ^^^ Se não puder "se 
encontrar", se jnão tiver sofreu 
d^usão da identidade. 
Nessa idade, raramente o jovem se identifica com seus pais; ao 
contrário, rebelã-sê contra o domínio deles, seu sistema de valores e 
sua intromissão na vida particular dos filhos, pois o jovemtem de 
separar sua identidade da de seus pais. 
O adolescente tem uma necessidade intensa de pertencer a um 
grupo jpc i a l . Os companheiros de idade, a r qda d^ amigo^s e a "^ 
9 4 
l l l l l l l l l l I J J J J l l l l l l l l J 
ajudam o mdividuo a encontrar sua propna identidade no contexto « 
social. 
Os jovens, individualmente, sentem-se perturbadosjela^if icul^ 
em se definir quanto à profissão. Er ikson notou a importância, para 
os Adolescentes,e adultos jovens, de. uma "moratóri^^^ 
Jempo entre o término do curso de formação geral e aLASçolha; de. 
.uma_carreira para a vida toda. Essa "moratória" seria um período em 
que a sociedade ainda não cobraria do jovem certas obrigações. 
E m muitas escolas e em outras instituições, os adolescentes são, 
forçados a permanecer passivos, não tendo, portanto, oportunidade de 
experimentar a responsabilidade. Erikson-afirmã que, para ajudá-los .a 
- crgscer, necessitamos atribuir-lh_es^^ cada vez mais, . independência,JEL. 
responsabilidade. r .. 
• • - - : ' - • • e f - -
(6v Sexta idade: intimidade x isolamento / ; 
Entre 18 e 30 anos, aproximadamente, a pessoa viye_a fase que 
Er ikson chama de idade da intimidade versus isolamento. 
Após_ter encontrado sua identidade, o jovem "se dispõe a fundir 
sua identidade com a de outros. E le estará preparado para a intimidade, 
- para entregar-se a" ligações às- quais será fiel, mesmo q u e i j a s lhe 
imponham compromissos e sacrifícios. 
Só_ após Jex f innado sua idetó^ p jovem estará pronto^ para 
- participar de uma união sexual e afetiva duradoura, para manter uma 
- amizade profunda ou para pertencer inteiramente, por exemplo, a 
uma associação religiosa. E l e está preparadp.p.arol3áwdc!íiâr.a siniesmo 
sem temor de perder sua identidade. , : -^ ^ 
Conforme A . Baldwin, para enfrentar p casamento o jovem precisa 
ter um sentimento relativamente prpfundo de sua identidade, pessoal, 
pois pçasamentp é uma ameaça de. perda da independência e do 
Çpntxolejda própria vida. ; 
Temendo perder a identidade, o jpvera jpde_evitar_experiênci 
de autOrabandono. de intimidade, o. que acarretará uma profunda sen-
sação de_distanciaraento-.e de. isolamento. I _ i 
( 7. Sétima idade; generatividade x estagnação 
Dos 30 aos 60 anos, Er ikson diz que o adulto está na idade dn 
gemmtiyJÂade ytrs\xs estagnação. geraçãp, cuiilar c 
l l 4 i ! i m J J J I J I J I f t | | 4 l i i i i | 
' ' lu in i i . i i os mais novos 6 o significado que Erikson atribui à p d ^ 
pnniilivitlíiíle. •'" 
l-alíi-sc muito na dependência das crianças em relação aos adultos 
r i|n,iM- iiíida SC diz sobre a grande necessidade que sentem as ptssoas 
i i i a i l i i i a s lio estímulo de se saber responsáveis por crianças e jovens. ';• 
( ) ndiiKi) precisa sentir-se necessário. Quando isso nãpjicontece,. í 
o K i i i r uma sensação de estagnação e de infecundidade. 
O simples fato de ter filhos ou de querer tê-los não realiza a : 
jífiirraliviíladc: pode acontecer de pais muito jovens sofrerem um atraso 
lia niaiiilrstação da capacidade dc cuidado e dedicação à nova geração. ' 
!• iiicsiuo pessoas que não têm filhos podem realizar a generatividade li • 
tlctlicaiulo-sc ao cuidado e orientação da infância. ' 
8. Oitava idade: integridade do ego x desesperança 
Após os 6 0 anos, Er|kson diz que a pessoa a idade da inte-
^'jfdndc do ego veTs^s_ desesperança. " O jiduíto..que tiver resolvido. 
t;a(i;.l'atoriamcrite todas as crises anteriores e adquirido o senso, de ajuda í 
c Mi l i i l a r i cdadc aos outros, terá atingido a integridade pessoal necessária .4 
j K i r a encarar a crise f inal, ou seja, a de sua desintegração.e morte". ':? 
(MiAdíiK) , A . M . B . Psicologia do Desenvolvimento. Petrópolis, Vozes, 
J p . 100.) • ^ 
Nesta.fase,,a...fal.ta_ de integração do ego leva ao desespero,ao ;J 
i i c i i l i inento dc q u e o tempo já é curto para a tentativa de experimentar . ; é 
rota.s alternativas de vida. --^ 
A desesperança- e o temor da morte são o oposto à "integridade; 4 
do cpp que leva ao senso de'união com a humanidade, à sabedoria % 
i- à o.-ípcrança". ( Idem, ibidem.) ííf 
Bibliografia 
BALDW IN , A . Teorias do desenvolvimento da criança. São Paulo, Pio-
neira, 1973. 
BiAGGlo, A . M. B . Psicologia do Desenvolvimento. Petrópolis, Vozes, rj.-
1978. 
ER IKSON , E . H . Infância e Sociedade. Rio de Janeiro, Zahar, 1976 . 
MussEN, P. H. O desenvolvimento psicológico da criança. Rio dc ' 
Janeiro, Zahar, 1 982 . 
Muus, R . Teorias da adolescência. Belo Horizonte, Intcrlivros, 1 9 7 3 . 
S cHRAML , Walter J . Introdução à moderna teoria do desenvolvimento 
i para educadores. São Paulo, E PU , 1972 . 
SPRJNTHALL , R . C . e S PR INTHALL , N . A. Educational Psychology. 
Reading, Addison-Wesley, 1 9 77 . 
T H EW , K. Etologia. São Paulo, Círculo do Livro, 1 9 8 2 . 
Leitura especialmente indicada: 
SHEEHY , G . Passagens — crises previsíveis da vida adulta. São Paulo, 
Círculo do Livro, 1976 . 
jcssaag»' ,Bggxa«na Questõcs de estu(|o 
1. Enumere as oito idades da teoria de Erikson, relacionando-as com 
as idades cronológicas aproximadas em que ocorrem. 
2. Aponte a correspondência entre os estágios dp desenvolvir^entP 
psicossexual de Freud e as idades de Erikson. 
3. Qual é a principal realização positiva da criança na primeira idade 
e quais as condições para que ela se dê? 
4. Qual deve ser a atuação dos adultos, na segunda idade, para 
levar a criança ao sentimento de autonomia e evitar sentimentos 
de vergonha e de demérito pessoal? 
5. O que o adulto deve evitar, em sua atuação com as crianças na 
terceira idade, para que não surjam sentimentos de culpa? 
6. Qual é a principal realização de uma criança na idade escolar 
(quarta idade)? 
7 . Qual deverá ser o cuidado dos professores cujos alunos' estão nessa 
idade? 
8. Na opinião de Erikson, qual é a principal tarefa de um adolescente? 
9. Como os professores e outros adultos poderão ajudar o adolescente? 
10. Qual é o perigo para os jovens adultos de temerem, demasiada-
mente a perda da independência e da própria identidade recém-
-conquistada? 
11 . O que Erikson quer dizer com a palavra "generatividade"? 
12. O que acontece ao adulto no caso de não se sentir necessário? 
13. Explique o significado da expressão "integridade do ego", usada 
por Er ikson para a solução positiva da oitava idade. 
14. O que se entende por desesperança? 
9 7

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