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UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLOGIA CURSO DE ENGENHARIA QUÍMICA CONTROLE DE PROCESSOS QUÍMICOS NATALIA ALMEIDA DE OLIVEIRA LOBO 2012038434 CONTROLE LADDER PARA O PROCESSO DE PRODUÇÃO DE TINTA PROVA 1 SÃO LUÍS - MA 2018 1. Objetivo Programar um sistema em funcionamento no diagrama ladder para o processo simples de produção de tinta. 2. Literatura 2.1 Controle Ladder A finalidade do controle de processos é manter as variáveis de processo nas condições desejadas com um mínimo custo operacional. O controlador lógico programável foi desenvolvido no final da década de sessenta como uma alternativa ao controle de dispositivos eletromecânicos que eram feitos através de relés. A proposta era melhorar a qualidade e a eficiência dos processos, reduzindo custos com reposição dos relés e aumentando a confiabilidade do sistema de controle.(Georgini 2007). O CLP é capaz de suportar temperaturas mais altas, além de ser resistente a perturbações como ruído elétrico e vibrações, entre outras características. Quanto ao funcionamento, o CLP é capaz de funcionar com múltiplas combinações de entrada e saída. Entre as linguagens de programação o diagrama Ladder, foi o primeiro desenvolvido para programação de CLPs. Por ser uma linguagem gráfica, cujos símbolos se assemelham aos símbolos usados para representar esquemas elétricos, foi rapidamente assimilada e difundida. Apesar de ter sido a primeira linguagem desenvolvida para programação de CLPs, o diagrama Ladder é ainda hoje uma das linguagens mais utilizadas por engenheiros e técnicos da área de automação. 2.2 Produção de tintas A tinta é uma dispersão líquida composta por pigmentos, resinas, solventes e aditivos que, uma vez aplicados nas superfícies dos substratos, adquirem consistência por evaporação ou por reação com o oxigênio do ar que eles têm aumento de missão valor decorativo, cor, aparência ou textura, biocida, anti umidade e anti corrosivo. As primeiras fábricas de pinturas datam do século XIX. Eles usaram moinhos rudimentares, que consistiam em uma pedra que rolava em cima de outra e assim, o pigmento foi esmagado com resina no ano de 1867 e só depois de 1900, as fábricas começam a contratar pessoal especializado (químicos) para projetar fórmulas e processos de fabricação de mais qualidade do que o artesanato. 3.Componentes das pinturas. 3.1. Pigmentos. Os pigmentos são produtos em pó, insolúveis por si mesmos no meio líquido, suas funções são fornecer cor e poder de cobertura, contribuir para as propriedades especial contra diferentes condições ambientais e agentes químicos. 3.2. Resina São normalmente substâncias orgânicas, cuja principal função é fornecer proteção; pode ser usada na forma sólida, dissolvido ou disperso em solventes orgânico volátil, em solução aquosa ou emulsionada em água. 3.3 Solventes. Os principais solventes utilizados na fabricação de tintas são a água, hidrocarbonetos ou solventes oxigenados. 3.4 Aditivos. São substâncias adicionadas em pequenas doses para realizar funções específicas, que não reagem com os principais ingredientes e se dissolvem no veículo. Como exemplo temos secantes, agentes anti-sedativos, agentes anti-creme, agentes antiespumantes, agentes dispersantes, emulsionantes, conservantes, fungicidas, absorvedores de luz ultravioleta, catalisadores, agentes coalescentes, surfactantes, etc. 4. Produção de pintura. O processo começa em um reator de pré-mistura, a água é carregada, agentes dispersantes, pigmentos e agentes extensores onde ocorre a dispersão e depois é transferido para um tanque de homogeneização com agitação onde a resinas é adicionada em conjunto com aditivos. Em seguida a mistura é encaminhada a um moinho para que seja feita dispersão dos pigmentos, direcionando a mistura para filtração e envase. Figura 1. Fluxograma de Processo de Fabricação de Tintas No início do processo são acionadas as válvulas dos tanques de água e pigmento. Essas correntes alimentam um reator de pré-mistura até o sensor no topo do mesmo indicar que está cheio, fechando as válvulas dos tanques de água e pigmento. No reator de pré-mistura, essa pasta é misturada por um certo tempo, que neste trabalho para fins de testes rápidos será de 10s. Após a mistura a válvula do reator e a válvula do tanque de resina abrem e alimentam o tanque de mistura com a pasta, a resina e os aditivos por 10s, fechando as duas válvulas ao final do tempo. Os mesmos são misturados por um certo tempo, tomados neste trabalho por 30s. Após os 30s, a mistura segue para moagem, onde será feita a dispersão dos pigmentos, por 10s, obtendo uma pasta mais homogeneizada e diluída que será enviada para filtração. Este fluído que será filtrado por 25s, sai do processo através de uma válvula que será aberta ao fim da filtração ativando o motor da esteira transportadora, onde será feito o envase. Na esteira transportadora há um sensor que é ativado assim que a lata é colocada na esteira abaixo da filtração, assim que o sensor 2 detecta que a lata está cheia, a esteira se movimenta novamente, até que o processo todo seja desligado. A seguir pode ser encontrado o diagrama ladder do controle utilizado para este processo: Figura 2. Controle de processo em ladder utilizando LDMicro. 5. Conclusão O controle de processos industriais vem otimizando a produção e o controle de qualidade em fábricas. Esses elementos de controle são requisitos para a operação de máquinas e processos em quase todas as áreas de produção. Antes do advento da tecnologia tarefas de controle eram feitas e controlada por indivíduos. Hoje, os controladores lógicos programáveis são largamente usados para resolver estas tarefas de automação. Neste trabalho foi possível desenvolver e programar em linguagem ladder um sistema simples de automação e controle no processo de fabricação de tintas em geral. 6. Referências OELETRONICO HOME PAGE. Apostila. Apostila de eletrônica. Sensores. Disponível em: http://www.oeletronico.hpg.com.br . Acesso em: 23 de abril de 2018 OGATA, Katsuhiko. Engenharia de Controle Moderno. 3ª edição. Rio de Janeiro. Editora Prentice Hall do Brasil, 2000. CARVAJAL, Fábio. Exercícios de Ladder para o Controle do Processo. São Luís. 2017. PREZI HOME PAGE. Slides. Proceso industrial de la elaboración de pinturas. Disponivel: https://prezi.com/vxfzg4usju9h/proceso-industrial-de-la-elaboracion-de-pintura/. Acesso em 19 de abril de 2018. EUCATEX HOME PAGE. Fluxograma de fabricação de tintas. Disponivel em: http://static.eucatex.mediagroup.com.br/Uploads/Arquivos/Fluxograma_Tintas.pdf. Acesso em 19 de abril de 2018 SHREVE, R. N.; BRINK Jr., J. A. Indústrias de tintas e correlatos. Indústrias de processos químicos. 4. ed. Rio de Janeiro, 2008. p. 339-356.