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Capítulo III – Plasticidade, Consistência e Classificação dos Solos Prof. Eng. D.Sc. Emerson Cordeiro Morais Rev. 21/03/2018 Prof. Eng. D.Sc. Emerson Cordeiro Morais Conteúdo Programático 3.1 Plasticidade e Limites de Consistência 3.2 Limite de Liquidez e Limite de Plasticidade 3.3 Índice de Plasticidade e Gráfico de Plasticidade 3.4 Índice de Consistência 3.5 Limite de Contração e Grau de Contração 3.6 Estrutura dos Solos e Amolgamento 3.7 Principais Sistemas de Classificação dos Solos 3.8 Sistema Unificado de Classificação dos Solos 3.9 Sistema de Classificação do HRB 2 Prof. Eng. D.Sc. Emerson Cordeiro Morais Plasticidade A experiência mostrou que, para os solos em cuja textura haja uma certa porcentagem de fração fina, não basta a granulometria para caracterizá-los, pois suas propriedades plásticas dependem do teor de umidade, além da forma das partículas e de sua composição mineralógica. A plasticidade é definida como uma propriedade dos solos, que consiste na maior ou menor capacidade de serem moldados, sob certas condições de umidade, sem variação de volume. Trata-se de uma das mais importantes propriedades das argilas. 3 Prof. Eng. D.Sc. Emerson Cordeiro Morais Plasticidade O comportamento plástico fundamenta-se nas características tensão- deformação. Um corpo diz-se elástico quando recupera a forma e o volume primitivos, ao cessar a ação das foças externas que o deformava; ao contrário, diz-se plástico quando não recupera seu estado original ao cessar a ação deformante. 4 Região Elástica Região Plástica Prof. Eng. D.Sc. Emerson Cordeiro Morais Limites de Atterberg Segundo definição clássica de Albert Atterberg: “Sendo a umidade de um solo muito elevada, ele se apresenta como um fluido denso e se diz no estado líquido. À medida que evapora a água, ele se endurece e, para um certo h = LL (Limite de Liquidez), perde sua capacidade de fluir, porém pode ser moldado facilmente e conservar sua forma. O solo encontra-se agora, no estado plástico. A continuar a perda de umidade, o estado plástico desaparece até que, para h = LP (Limite de Plasticidade), o solo se desmancha ao ser trabalhado. Este é o estado semi-sólido. 5 Prof. Eng. D.Sc. Emerson Cordeiro Morais Limites de Atterberg Continuando a secagem, ocorre uma passagem gradual para o estado sólido. O limite entre os dois estados é um teor de umidade h = LC (Limite de Contração). Seguem, na Figura, os estados de consistência e suas fronteiras, ou sejam, os limites de consistência. 6 h% (Decrescendo)LL LP LC Estado Líquido Estado Plástico Estado Semi-sólido Estado Sólido IP Prof. Eng. D.Sc. Emerson Cordeiro Morais Limites de Liquidez (LL) A determinação do LL é feita pelo Aparelho de Casagrande, que consiste em um prato de latão, em forma de concha, sobre um suporte de ebonite. 7 Por meio de um excêntrico, imprime-se ao prato, repetidamente, quedas de altura de 1 cm e intensidade constante (ABNT/NBR 6459:1984). Prof. Eng. D.Sc. Emerson Cordeiro Morais Limites de Liquidez (LL) Com os valores obtidos (número de golpes para fechar o sulco feito na amostra e as umidades correspondentes), traça-se a linha de escoamento do material, a qual, no intervalo compreendido entre 6 e 35 golpes, pode considerar-se como uma reta. 8 Recomenda-se a determinação de, pelo menos, cinco pontos. Por definição, LL do solo é o teor de umidade para o qual o sulco se fecha com 25 golpes. Prof. Eng. D.Sc. Emerson Cordeiro Morais Limites de Liquidez (LL) De acordo com os estudos da Federal Highway Administration, o LL pode, também, ser determinado conhecido “um só ponto”, por: 9 A resistência que o solo oferece ao fechamento do sulco, medido pelo número de golpes requerido, provém da sua “resistência ao cisalhamento” correspondente à umidade que apresenta. Experimentalmente se obteve que, no limite de liquidez, esta resistência tem um valor constante de 25 g/cm2 para todos os solos plásticos. LL = h 1, 419− 0,3⋅ logn h = umidade em porcentagem correspondente a n golpes Prof. Eng. D.Sc. Emerson Cordeiro Morais Limites de Liquidez - Exemplo 10 Prof. Eng. D.Sc. Emerson Cordeiro Morais Limites de Liquidez - Exemplo 11 Prof. Eng. D.Sc. Emerson Cordeiro Morais Limites de Plasticidade (LP) É determinado pelo cálculo da porcentagem de umidade para a qual o solo começa a se fraturar quando se tenta moldar, com ele, um cilindro de 3 mm de diâmetro e cerca de 10 cm de comprimento (normatizado pela ABNT/NBR 7180:1984). Não foi possível, ainda, ao contrário do que ocorreu com o LL, mecanizar satisfatoriamente esse ensaio. 12 Prof. Eng. D.Sc. Emerson Cordeiro Morais Ensaio de Limite de Plasticidade A aparelhagem necessária é a seguinte: a) Cápsula de porcelana com capacidade de 500 ml; b) espátula com lâmina flexível de cerca de 8 cm de comprimento e 2 cm de largura; 13 8 cm8 cm 2 cm2 cm Prof. Eng. D.Sc. Emerson Cordeiro Morais Ensaio de Limite de Plasticidade c) placa de vidro de superfície esmerilhada; d) cilindro de comparação de 3 mm de diâmetro e cerca de 10 cm de comprimento; 14 3 mm3 mm 10 cm10 cm Prof. Eng. D.Sc. Emerson Cordeiro Morais Ensaio de Limite de Plasticidade e) recipiente que permita guardar amostras sem perda de umidade antes de sua pesagem; f) balança com capacidade de 200 g, sensível a 0,01 g; 15 Prof. Eng. D.Sc. Emerson Cordeiro Morais Ensaio de Limite de Plasticidade g) estufa capaz de manter a temperatura entre 1050 e 1100 C. Amostragem: Tomam-se cerca de 50 g da amostra obtida de acordo com o item 4 do método “Preparação de amostras de solos para ensaios de caracterização” (ABNT/NBR 6457:1986). 16 Prof. Eng. D.Sc. Emerson Cordeiro Morais Ensaio de Limite de Plasticidade Os passos do ensaio são os seguintes: a) Coloca-se a amostra na cápsula e junta-se água destilada em quantidade suficiente para se obter massa plástica. Deve-se adicionar a água aos poucos, misturando-se continuamente com a espátula até a completa homogeneização da massa; 17 Prof. Eng. D.Sc. Emerson Cordeiro Morais Ensaio de Limite de Plasticidade b) Separam-se cerca de 20 g da massa obtida como descrito, modelando-a na forma elipsoidal. Rola-se esta massa entre os dedos e a face esmerilhada da placa de vidro, com pressão suficiente, a fim de moldá- la na forma de um cilindro de diâmetro uniforme. O número de rolagens deverá estar compreendido entre 80 e 90 por minuto, considerando-se uma rolagem como o movimento da mão para a frente e para trás, retornando ao ponto de partida. 18 Prof. Eng. D.Sc. Emerson Cordeiro Morais Ensaio de Limite de Plasticidade b) Quando o diâmetro do cilindro de solo atingir 3 mm, quebra-se em seis pedaços; amassa-se, a seguir, com os dedos, os referidos pedaços até se obter uma massa de forma elipsoidal. 19 Procede-se novamente à rolagem até formar um cilindro de 3 mm de diâmetro, juntando, amassando e rolando, respectivamente, até que o cilindro de solo desagregue sob a pressão requerida para a rolagem e não seja mais possível formar um novo cilindro com o solo. Prof. Eng. D.Sc. Emerson Cordeiro Morais Ensaio de Limite de Plasticidade c) Ao se fragmentar o cilindro, transferem-se imediatamente os seus pedaços para o recipiente e determina-se a umidade. d) Repetem-se as operações anteriores até que se obtenham 3 valores que não difiram da respectiva média de mais de 5%. Limite de Plasticidade (LP) é expresso pela média dos teores de umidade obtidos como foi indicado. 20 Prof. Eng. D.Sc. Emerson Cordeiro Morais Limites de Plasticidade - Exemplo No laboratório, o LP é definido como sendo o teor de umidade com oqual um cilindro começa a se fragmentar, quando se procura moldá-lo com 3 mm de diâmetro. 21 Prof. Eng. D.Sc. Emerson Cordeiro Morais Limites de Plasticidade - Exemplo 22 Prof. Eng. D.Sc. Emerson Cordeiro Morais Limites de Plasticidade - Exemplo 23 Prof. Eng. D.Sc. Emerson Cordeiro Morais Ensaios de LL e LP 24 Prof. Eng. D.Sc. Emerson Cordeiro Morais Índice de Plasticidade (IP) É a diferença entre os limites de liquidez e de plasticidade: Ele define a zona em que o terreno se encontra no estado plástico e, por ser máximo para as argilas e mínimo para as areias (na verdade, nulo), fornece um critério para se ajuizar o caráter argiloso de um solo. Assim, quanto maior o IP, tanto mais plástico será o solo. Quando um material não tem plasticidade (areia, por exemplo), considera-se o índice de plasticidade nulo e escreve-se IP = NP (Não Plástico). 25 IP= LL − LP Prof. Eng. D.Sc. Emerson Cordeiro Morais Índice de Plasticidade (IP) Uma pequena porcentagem de matéria orgânica eleva o valor de LP, sem elevar simultaneamente o de LL; tais solos apresentam, pois, baixos valores para IP. As argilas são tanto mais compressíveis quanto maior for o seu IP. Segundo Jenkins, os solos se classificam em: Fracamente plástico, se 1 < IP < 7 Medianamente plástico, se 7 < IP < 15 Altamente plástico, se IP > 15 26 Prof. Eng. D.Sc. Emerson Cordeiro Morais Solos Brasileiros 27 Prof. Eng. D.Sc. Emerson Cordeiro Morais Gráfico de Plasticidade Segundo suas características e propriedades físicas mais importantes, os solos finos podem ser divididos em oito grupos: Argilas Inorgânicas de alta, média e baixa plasticidade; Siltes Inorgânicos de alta, média e baixa compressibilidade; Argilas Orgânicas; e Siltes Orgânicos. A classificação do solo pode ser feita por meio do gráfico de plasticidade (ou de Casagrande), onde as abscissas representam o limite de liquidez e as ordenadas os índices de plasticidade. 28 Prof. Eng. D.Sc. Emerson Cordeiro Morais Gráfico de Plasticidade Quanto ao fato dos pontos que representam dois tipos de solos, observa-se que os solos orgânicos distinguem-se facilmente pelo seu odor característicos, além de apresentarem cores escuras. 29 Prof. Eng. D.Sc. Emerson Cordeiro Morais Índice de Consistência (IC) A Consistência de um solo no seu estado natural, com teor de umidade h, é expresso numericamente pela relação: Segundo o valor de IC ou R (Resistência à Compressão Simples), as argilas classificam-se em: 30 IC = LL −h IP Prof. Eng. D.Sc. Emerson Cordeiro Morais Limite de Contração (LC) A determinação do Limite de Contração (LC), teor de umidade a partir do qual o solo não mais se contrai, não obstante continue perdendo peso, é feita tendo em vista que o índice de vazios da amostra é o mesmo, quer quando ainda saturada (no momento que cessa a contração), quer estando completamente seca. 31 Prof. Eng. D.Sc. Emerson Cordeiro Morais Limite de Contração (LC) Considerando as equações já deduzidas: e fazendo, na primeira h = LC, e na segunda h = 0, temos: 32 ε = h⋅δ (para solos saturados) e γ = γg ⋅1+h1+ε ε = (LC) ⋅δ e γ = γg 1+ε Tirando o valor de ε da segunda equação e igualando com a primeira: (LC) ⋅δ = γg −γs γs LC = γg γs ⋅δ − γs γs ⋅δ æ è ç ö ø ÷ em porcentagem LC = γa γs − 1 δ æ è ç ö ø ÷×100 Prof. Eng. D.Sc. Emerson Cordeiro Morais Limite de Contração (LC) Um outro modo de calcular LC decorre da observação do gráfico, onde se obtém a própria definição do teor de umidade: 33 LC = P1 −Ps( )− V1 −V2( ) ⋅γa Ps LC = h−V1 −V2 Ps ⋅γa Prof. Eng. D.Sc. Emerson Cordeiro Morais Limite de Contração (LC) O ensaio é normatizado pela ABNT/NBR 7183:1982. Molda-se em uma cápsula uma amostra com alto teor de umidade, seca-se em estufa e determina-se a umidade da amostra contraída. Para medir V2 (volume da pastilha correspondente ao solo seco), emprega-se o método do deslocamento de mercúrio. O mercúrio deslocado pelo solo é recolhido numa cápsula e medido numa proveta graduada. 34 Prof. Eng. D.Sc. Emerson Cordeiro Morais Limite de Contração (LC) 35 Prof. Eng. D.Sc. Emerson Cordeiro Morais Grau de Contração (C) É a razão da diferença entre os volumes inicial (Vi) e final (Vf) após a secagem da amostra, para o volume inicial (Vi), em porcentagem: Como a “compressibilidade” de um solo cresce com o grau de contração, este índice fornece uma indicação da qualidade do solo. Segundo Scheiding, temos: Solos bons, se C < 5% Solos regulares, se 5% < C < 10% Solos sofríveis, se 10% < C < 15% Solos péssimos, se C > 15% 36 C = Vi −Vf Vi ×100 Prof. Eng. D.Sc. Emerson Cordeiro Morais Estrutura dos Solos Chama-se Estrutura ao arranjo ou disposição das partículas constituintes do solo. Tradicionalmente, consideram-se os seguintes tipos principais: a) Estrutura Granular Simples; b) Estrutura Alveolar; c) Estrutura Floculenta; e d) Estrutura em Esqueleto. 37 Prof. Eng. D.Sc. Emerson Cordeiro Morais Estrutura Granular Simples É característica das areias e pedregulhos, predominando as forças da gravidade na disposição das partículas, que se apoiam diretamente uma sobre as outras. De acordo com a maneira pela os grãos se agrupam, a estrutura pode ser mais densa ou mais solta, o que é definido pelo grau de compacidade. 38 Prof. Eng. D.Sc. Emerson Cordeiro Morais Estrutura Alveolar É o tipo de estrutura comum nos siltes mais finos e em algumas areias. 39 Se origina quando da formação de um solo sedimentar, onde um grão cai sobre o sedimento já formado, devido a predominância da atração molecular sobre o seu peso, ele ficará na posição em que se der o primeiro contato, dispondo-se assim em forma de arcos. Prof. Eng. D.Sc. Emerson Cordeiro Morais Estrutura Floculenta Nesse tipo de estrutura que só é possível em solos cujas partículas componentes sejam todas muita pequenas, as partículas, ao se sedimentarem, dispõem- se em arcos, os quais por sua vez, formam outros arcos. Trata-se, pois, de uma estrutura de ordem dupla. 40 Prof. Eng. D.Sc. Emerson Cordeiro Morais Estrutura em Esqueleto Nos solos onde, além de grãos finos, há grãos mais grossos, estes dispõem-se de maneira tal a formar um esqueleto, cujos interstícios são parcialmente ocupados por uma estrutura de grãos finos. 41 Prof. Eng. D.Sc. Emerson Cordeiro Morais Amolgamento É a operação de destruição da estrutura do solo, com a consequente perda de sua resistência. A influência da estrutura do solo em suas propriedades é pesquisada através de ensaios de amostras indeformadas. O grau de sensibilidade (Gs) de um solo é expresso pela razão entre a resistência à compressão simples (Rc) de uma amostra indeformada e a resistência da mesma amostra depois de amolgada (R'c) a teor de umidade constante. 42 Gs = Rc Rc' Prof. Eng. D.Sc. Emerson Cordeiro Morais Amolgamento Segundo Skempton, as argilas se classificam em: Insensíveis, se Gs < 1 Baixa sensibilidade, se 1 < Gs < 2 Média sensibilidade, 2 < Gs < 4 Sensíveis, se 4 < Gs < 8 Extra-sensíveis, se Gs > 8 A sensibilidade das argilas é de grande importância, pois indica que, se a argila se romper, sua resistência após a ruptura é bem menor. Quanto mais complexas as estruturas, menos estáveis elas são e, uma vez destruídas, não poderão mais ser recompostas. 43 Prof. Eng. D.Sc. Emerson Cordeiro Morais Classificação dos Solos Apesar das limitações a que estão sujeitas as diferentes classificações, constituem elas um meio prático para a identificação dos solos. Os dois principais sistemas de classificação são: • Sistema Unificado de Classificação de Solos – Unified Soil Classification System (U.S.C.S.); e • Sistema Rodoviário de Classificação – Highway Research Board (H.R.B.). 44 Prof. Eng. D.Sc. Emerson Cordeiro Morais Sistema Unificado de Classificação Os solos são classificados em três grandes grupos: a) Solos grossos: aqueles cujo diâmetro da maioria absoluta dos grãos é maior que 0,074 mm (mais que 50% em peso, dos seus grãos, são retidos na peneira # 200). b) Solos finos: aqueles cujo diâmetro da maioria absoluta dos grãos é menor que 0,074 mm (menos que 50% em peso, dos seus grãos, são retidos na peneira # 200). c) Turfas: solos altamente orgânicos, geralmente fibrilares e extremamente compressíveis. 45 Prof. Eng. D.Sc. Emerson Cordeiro Morais Solos Grossos Neste grupo acham-se os pedregulhos, as areias e os solos pedregulhosos ou arenosos com pequena quantidade de material fino (silte ou argila). Estes solos são designados da seguinte maneira: Pedregulhos ou solos pedregulhosos: GW, GC, GP e GM. Areias ou solos arenosos: SW, SC, SP e SM As letras representam as iniciais das palavras inglesas: 46 Prof. Eng. D.Sc. Emerson Cordeiro Morais Solos Grossos Isto é: • Pedregulhos: mais de 50% retidos #4→ G (“gravel”) • Areias: menos de 50% retidos #4→ S (“sand”) Cada grupo por sua vez é dividido em quatro subgrupos. São eles: a) Material praticamente limpo de finos, bem graduado (W): SW e GW; b) Material praticamente limpo de finos, mal graduado (P): SP e GP; c) Material com quantidades apreciáveis de finos não plásticos (M) : GM e SM; d) Material com quantidades apreciáveis de finos plásticos (C): GC ou SC. 47 Prof. Eng. D.Sc. Emerson Cordeiro Morais Solos Grossos 48 Prof. Eng. D.Sc. Emerson Cordeiro Morais Solos Finos Neste grupo encontram-se os solos siltosos (M) ou argilosos (C), de baixa compressibilidade (LL < 50) ou alta compressibilidade (LL > 50). São designados da seguinte forma: Solos de baixa compressibilidade:ML, CL e OL. Solos de alta compressibilidade:MH, CH e OH. Onde, as letras ainda não referidas significam: O de organic (orgânico) L de low (baixa) H de high (alta) 49 Prof. Eng. D.Sc. Emerson Cordeiro Morais Carta de Plasticidade de Casagrande 50 Prof. Eng. D.Sc. Emerson Cordeiro Morais Carta de Plasticidade de Casagrande A Carta de Plasticidade de Casagrande possui três divisores principais: 1) A linha A: IP = 0,73(LL - 20) • acima - solos argilosos • abaixo - solos siltosos 2) A linha B: LL = 50% • direita - solos compressíveis e muito plásticos • esquerda - solos de baixa compressibilidade e de baixa a média plasticidade 3) A linha U: IP = 0,9(LL - 8) 51 Prof. Eng. D.Sc. Emerson Cordeiro Morais Turfas São solos altamente orgânicos, geralmente fibrilares e extremamente compressíveis. Incorporam florestas soterradas em estágio avançado de decomposição. Estes solos formam um grupo independente de símbolo Pt (“peat”). 300% < LL < 500% → permanecendo a sua posição na carta de plasticidade notavelmente acima da linha A. 100 < IP < 200. 52 Prof. Eng. D.Sc. Emerson Cordeiro Morais Sistema Unificado de Classificação 53 Prof. Eng. D.Sc. Emerson Cordeiro Morais Sistema Rodoviário de Classificação Empregado na engenharia rodoviária em todo o mundo, proposto pelo Bureau of Public Roads e revisto pelo HRB (1945). Normatizado pela AASHTO M145 (1973). Os solos são classificados em grupos e subgrupos, em função da sua granulometria e plasticidade: Solos Granulares (% passante #200 < 35%) → A-1, A-2 e A-3; Solos Finos (% passante #200 > 35%) → A-4, A-5, A-6 e A-7; Solos Altamente Orgânicos → podem ser classificados como A-8. 54 Prof. Eng. D.Sc. Emerson Cordeiro Morais Sistema Rodoviário de Classificação 55 Prof. Eng. D.Sc. Emerson Cordeiro Morais Sistema Rodoviário de Classificação 56 Prof. Eng. D.Sc. Emerson Cordeiro Morais Sistema Rodoviário de Classificação 57 Prof. Eng. D.Sc. Emerson Cordeiro Morais Sistema Rodoviário de Classificação O gráfico de plasticidade, com indicação dos grupos e subgrupos dos solos finos, permite facilmente classificá-los, conhecidos LL e IP. 58 Prof. Eng. D.Sc. Emerson Cordeiro Morais Índice de Grupo O Índice de Grupo (IG) é um número inteiro, variando de 0 a 20, definidor da capacidade de suporte do terreno de fundação de um pavimento. Seus valores extremos representam: Solos ótimos, se IG = 0; e Solos péssimos, se IG = 20. O quadro do sistema de classificação rodoviário apresenta: Solos granulares, entre 0 e 4 Solos siltosos, entre 1 e 12 Solos argilosos, entre 1 e 20 59 Prof. Eng. D.Sc. Emerson Cordeiro Morais Índice de Grupo A determinação desse índice baseia-se nos limites de Atterberg do solo e na porcentagem do material fino que passa na peneira nº 200, através da seguinte equação: Onde: Os valores de a, b, c e d deverão ser expressos em números inteiros e positivos, assim como o valor de IG. 60 IG= 0,2 ⋅a+0,005 ⋅a⋅c+ 0,01⋅b⋅d Prof. Eng. D.Sc. Emerson Cordeiro Morais Índice de Grupo – Exemplo Calcular o IG de um solo A-6 em que 65% de material passa na peneira 200, o LL = 32% e o IP = 13%. Usualmente, indica-se o valor do IG entre parênteses. Assim, escreve-se A-6 (7). 61 Prof. Eng. D.Sc. Emerson Cordeiro Morais Exercícios 01 Prof. Eng. D.Sc. Emerson Cordeiro Morais Exercícios 02 03 Prof. Eng. D.Sc. Emerson Cordeiro Morais Exercícios 04 Prof. Eng. D.Sc. Emerson Cordeiro Morais Exercícios 05
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