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Plano de Aula: Avaliação do Risco de Crédito 
ANÁLISE DE INVESTIMENTO - GST1232 
Título 
Avaliação do Risco de Crédito 
Número de Aulas por Semana 
Número de Semana de Aula 
9 
Tema 
 Avaliação do Risco de Crédito 
Objetivos 
Essa aula contribuirá para o aluno: 
 Compreender a Importância da Avaliação do Risco de Crédito; 
 Obter Conhecimento sobre Politica de Crédito; 
 Entender sobre Administração de Estoques. 
Estrutura do Conteúdo 
 Introdução 
 Basicamente, existem duas modalidades de crédito: o crédito interempresarial (ou crédito mercantil), 
envolvendo empresas e clientes, e o crédito pessoal (ou crédito direto ao consumidor), administrado por 
instituições financeiras. Não obstante essa segunda modalidade propicie, de forma indireta, incentivo às 
vendas mercantis. 
 Os estoques costumam manter uma participação significativa no total dos investimentos ativos da 
maior parte das empresas industriais e comerciais. Na realidade, por demandarem vultosos volumes de 
recursos (imobilizados) aplicados em itens de baixa liquidez, devem as empresas promover rápida 
rotação em seus estoques como forma de elevar sua rentabilidade e contribuir para a manutenção de sua 
liquidez. 
 Avaliação do risco de crédito 
 Na análise do risco são levados em conta diversos critérios e métodos . Um enfoque tradicional da 
análise do crédito é desenvolvido pelo estudo de cinco fatores, definidos na proposição original de 
Brighan e Weston como os cinco Cs do crédito, ou seja: 
- caráter; 
- capacidade; 
- capital; 
- garantias (collateral); 
- condições. 
 
 OBS.: Os cinco Cs do crédito são bastante utilizados pelos analistas para identificar a 
capacidade de pagamento do solicitante de um crédito. 
 O caráter identifica a disposição do cliente em pagar corretamente seu crédito. Essa avaliação é 
efetuada mediante o conhecimento de certas características morais do devedor, tais como honestidade, 
integridade etc., e de seu histórico judicial e de pagamentos. 
 A capacidade procura medir o potencial de geração de recursos do cliente visando à liquidação do 
crédito conforme solicitado. Essa análise é feita, normalmente, mediante informações financeiras do 
cliente, padrões gerenciais, análise de seus demonstrativos financeiros etc. 
 A variável capital, analisada de forma similar à anterior, está mais voltada para a mediação dos 
investimentos da firma cliente, dando atenção especial a seu patrimônio líquido e solidez econômica do 
devedor. 
 As garantias (collateral) julgam os ativos que o cliente pode oferecer como forma de lastrear 
(garantir) seu crédito. Para o credor, quanto maiores as garantias, mais elevadas são as chances de 
recuperar o valor do crédito concedido, se eventualmente o devedor ficar inadimplente. 
 Finalmente, o fator condições envolvem as influências do comportamento da conjuntura 
econômica sobre a capacidade de pagamento do cliente, assim como eventual interesse especial da 
empresa em vender determinado produto que mantém em quantidade em excesso estocada. 
 A análise de crédito consiste em identificar, através de instrumentos financeiros e estatísticos, a 
probabilidade de um cliente pagar ou não pagar o crédito que lhe foi concedido. 
 O processo de análise desses fatores tradicionais de avaliação do risco de crédito é 
desenvolvido, basicamente, pela tradição (experiência) que a empresa tenha com seu cliente e, também, 
por uma série de informações e indicadores básicos que o administrador deverá colher com o consumidor 
e no mercado, visando suplementar sua decisão. 
 
 Fontes de Informações para Análise de Crédito 
 Ainda dentro desse enfoque tradicional de avaliação do crédito, podem ser enumeradas algumas 
importantes fontes de informações. 
 A primeira refere-se a uma avaliação retrospectiva das demonstrações contábeis do solicitante 
de crédito, as quais poderão vir suplementadas com diversas informações adicionais, tais como fluxos de 
caixa, descrição das garantias potenciais etc. Com o estudo dos principais indicadores econômico -
financeiros extraídos desses relatórios contábeis e dos dados adicionais, a empresa tem condições de 
avaliar o desempenho do cliente nos últimos anos, diagnosticar sua atual posição patrimonial e de 
liquidez e projetar, também, sua habilidade em cumprir satisfatoriamente com a obrigação assumida. 
 Outra importante fonte para o processo é fornecida por empresas prestadoras de serviços de 
assessoria às decisões de crédito. No Brasil, esses serviços podem ser fornecidos pela Serasa, pelo 
Serviço de Proteção ao Crédito, pelas Associações Comerciais e Industriais etc. 
 Não se deve ainda dispensar consultas a publicações especializadas em indicadores-padrão, 
tais como Melhores e Maiores, Conjuntura Econômica, Valor 1000, Valor Financeiro, Instituto Assaf etc. 
Com esses trabalhos poderá a empresa avaliar, mediante uma análise comparativa, o desempenho global 
de seu cliente com outras empresas do mesmo setor de atividade e com o mercado em geral. 
 Deve ser ressaltada, ainda, a crescente utilização de modelos quantitativos nas decisões de 
concessão de crédito, os quais se processam, principalmente, pelo uso de medidas estatísticas, análises 
discriminantes, teoria de opções e árvores de decisão. 
 
 OBS.: Para compensar perdas previstas (não pagamento) na cobrança das vendas a prazo, as 
empresas constituem uma provisão denominada de Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa. Essa 
parcela de perda estimada é deduzida do Ativo Circulante (Valores a Receber). 
 Política geral de crédito 
 De acordo com o enfoque usualmente adotado, o estabelecimento de uma política de crédito 
envolve, basicamente, o estudo de quatro elementos, a saber: 
a) análise dos padrões de crédito; 
b) prazo de concessão; 
c) descontos financeiros por pagamentos antecipados; 
d) políticas de cobrança. 
 
.. Análise dos padrões de crédito 
 No processo de análise de risco, deve a empresa também fixar seus padrões de crédito, ou seja, 
os requisitos de segurança mínimos que devem ser atendidos pelos clientes para que se conceda o 
crédito. O estabelecimento dessas exigências mínimas envolve geralmente o agrupamento dos clientes 
em diversas categorias de risco, as quais visam, normalmente, mediante o uso de probabilidades, 
mensurar o custo das perdas associadas às vendas realizadas a um ou vários clientes de características 
semelhantes. Assim, para cada classe ou categoria de clientes tem -se um custo (probabilidade) de 
perdas pelo não recebimento das vendas efetuadas a prazo. 
 
 OBS.: Os padrões de crédito definem essencialmente os instrumentos de crédito e as exigências 
mínimas de garantias para a concessão do crédito a um cliente. À medida que a empresa afrouxa os 
padrões de crédito, aumenta a chance (risco) de uma conta a receber to rnar-se incobrável, afetando o 
lucro de forma negativa. 
.. Prazo de concessão de crédito 
 O prazo de concessão de crédito refere-se ao período de tempo que a empresa concede a seus 
clientes para pagamento das compras realizadas. Esse prazo é normalmente medido em número de dias 
representativo do mês comercial (por exemplo: 30 dias, 60 dias etc.), sendo normalmente contado a partir 
da data de emissão da fatura representativa da operação comercial realizada ou a partir do fim do mês 
em que se efetua a venda (por exemplo: 60 dias ?fora do mês?). 
 
 Prática no Brasil: em diversos momentos, a empresa concedente do crédito consegue embutir 
tão alta taxa de juros em suas vendas a prazo (aumentando o preço de venda) que passa a interessar -se 
por forçar essa modalidade de negociação. É comum no Brasil, por exemplo, encontrarem-se 
estabelecimentos comerciais que não fazem distinção entre seus preços a vista e a prazo, fixando o 
mesmovalor de venda para qualquer forma de pagamento. 
 O prazo de concessão de crédito varia segundo a influência de diversos fatores, sendo 
normalmente maior nas empresas que trabalham com produtos sazonais (brinquedos etc.). Na realidade, 
a definição de prazos de concessão de créditos aos clientes depende, principalmente, da política adotada 
pela concorrência, das características e do risco inerentes ao mercado consumidor, da natureza do 
produto vendido, do desempenho da conjuntura econômica, do atendimento de determinadas metas 
gerenciais internas da empresa (giro dos ativos, políticas de estoques e compras etc.) e de mercadologia, 
do prazo de pagamento a fornecedores etc. 
 
 OBS.: O prazo do crédito exerce influências sobre a rentabilidade da empresa. Um acréscimo no 
prazo, ao mesmo tempo em que pode aumentar as vendas da empresa, é capaz tam bém de elevar o 
montante do investimento em valores a receber e, em consequência, no custo de capital, e as perdas por 
inadimplência. 
 
 ..Descontos financeiros por pagamentos antecipados 
 O desconto financeiro pode ser definido como um abatimento no preço de venda efetuado 
quando os pagamentos das compras realizadas forem feitos a vista ou a prazos bem curtos. Da mesma 
forma que o prazo de concessão de crédito, o desconto constitui um instrumento de política de crédito da 
empresa, podendo afetar todos os seus elementos. 
 OBS.: A política de descontos financeiros afetam importantes variáveis que atuam na formação 
do lucro da empresa. Pode alterar as vendas, margens de lucros, volume de capital investido em contas a 
receber e inadimplência. 
 
 Normalmente, os descontos financeiros são concedidos tendo em vista, sobretudo, o incremento 
das vendas (espera-se que a introdução de descontos venha a atrair novos clientes ou incentivar volumes 
maiores de vendas). 
.. Políticas de cobrança 
 As políticas de cobrança têm por objetivo definir os vários critérios e procedimentos possíveis de 
ser adotados por uma empresa, visando ao recebimento, na data de seus vencimentos, dos diversos 
valores a receber. 
 Maior ampliação nos prazos normais de cobrança de uma empresa pode acarretar, entre outras 
consequências, um aumento nos custos de inadimplência (provisão para devedores duvidosos) e uma 
elevação no custo de capital pelo maior investimento em vendas a prazo. 
 Principais medidas financeiras de uma política de crédito 
 No processo de definição de uma política geral de crédito, cujos elementos básicos foram 
descritos, deve a empresa preocupar-se também com determinadas medidas de controle interno, 
principalmente as relativas aos custos e despesas inerentes ao crédito e investimentos em valores a 
receber. As mais importantes medidas, típicas de empresas que vendem a prazo, podem ser classificadas 
da maneira seguinte. 
 .. Despesas com devedores duvidosos 
 Refere-se à probabilidade definida pela empresa em não receber determinado volume de crédito 
no futuro. A experiência da empresa com seu mercado consumidor, as conclusões obtidas de análises 
técnicas e o grau de aversão ao risco constituem os principais instrumentos de estudo dessa medida. 
 Alterações na política de crédito determinam variações nessas despesas, elevando-as ou 
diminuindo-as, conforme seus elementos adotem comportamentos mais rigorosos (restritivos) ou liberais 
(frouxos). 
 .. Despesas gerais de crédito 
 Envolvem basicamente os gastos efetuados no processo de análise de solicitações e na 
manutenção de um departamento de crédito, como pessoal, materiais, serviços de informações, 
contratados etc. 
 Em outras palavras, são despesas que ocorrem em razão de a empresa vender a prazo. Se 
operasse exclusivamente com vendas a vista, não incorreria nesses gastos de crédito. 
 .. Despesas de cobranças 
 Nessas despesas estão incluídos os gastos gerais efetuados principalmente nos diversos 
procedimentos adotados pela empresa, inclusive os (gastos) provenientes de eventuais ações judiciais e 
taxas cobradas pelos bancos pela execução desses serviços. Uma política mais liberal de crédito, 
notadamente de concessão e fixação de padrões, tende a elevar o volume dessas despesas, podendo 
ocorrer o inverso quando os padrões tornarem-se mais rigorosos. 
 .. Custo do investimento marginal em valores a receber 
 Esse custo é obtido mediante a aplicação de uma taxa de retorno mínima exigida pela empresa 
(para seus investimentos ativos) sobre o investimento marginal (adicional) efetuado em valores a receber. 
IMPORTANTE 
Investimento em valores a receber equivale ao total do capital aplicado pela empresa para financiar suas 
vendas a prazo. Recursos que lastreiam a carteira de contas a receber. 
Investimento marginal é medido pela diferença entre o capital aplicado em manter contas a receber antes 
e após alterações que venham a se verificar nos padrões de crédito. 
A manutenção de uma carteira de valores a receber determina um custo à empresa. Esse custo é 
calculado pelo que deixou de ganhar ao não aplicar os recursos em outra alternativa de investimento, 
optando por financiar as contas a receber (custo de oportunidade). Quanto maior o volume de 
investimento em valores a receber, mais alto é o custo de oportunidade. 
 O critério geral de análise de uma política de crédito prevê basicamente um confronto entre o 
retorno mínimo exigido pela empresa (ou o custo do dinheiro utilizado no financiamento desse 
investimento adicional) e a variação em seus resultados operacionais provocada pela introdução de 
determinada política de crédito (ou por alterações em alguns de seus elementos) . 
 Influências de uma política de crédito sobre as medidas financeiras 
 A introdução de uma nova política de crédito produz importantes influências sobre determinadas 
variáveis financeiras de controle interno. 
 
 Afrouxamento dos padrões de crédito: quando se decide por um afrouxamento nos padrões 
usuais de crédito, ou seja, quando a direção da empresa decide conceder créditos a clientes de maior 
risco (abaixo dos padrões normalmente adotados), surge de imediato um a expectativa de elevação no 
volume de vendas. No entanto, simultaneamente ao surgimento desse aspecto positivo, pode -se prever 
também uma necessidade maior de volume de investimentos em valores a receber (e uma possível 
elevação do prazo médio de cobrança) acompanhada de um crescimento nas despesas gerais de crédito, 
principalmente na provisão para devedores duvidosos. 
 Maior rigidez aos padrões de crédito: uma decisão inversa (restrição nos padrões), ao mesmo 
tempo em que pode diminuir as despesas e o cus to do investimento marginal, produz reflexos negativos 
sobre as vendas, os quais podem absorver os benefícios gerados. Na realidade, os efeitos líquidos sobre 
os lucros provenientes dessas decisões dependem da intensidade de variação das medidas financeira s. 
Assim, para cada decisão possível de ser implementada, é fundamental efetuar projeções financeiras que 
forneçam, no mínimo, condições de confrontar, conforme comentado, a taxa de retorno marginal com a 
taxa básica exigida pela empresa. 
 Administração de estoques 
 Os estoques costumam manter uma participação significativa no total dos investimentos ativos 
da maior parte das empresas industriais e comerciais. Na realidade, por demandarem vultosos volumes 
de recursos (imobilizados) aplicados em itens de baixa liquidez, devem as empresas promover rápida 
rotação em seus estoques como forma de elevar sua rentabilidade e contribuir para a manutenção de sua 
liquidez. 
 Investimentos em estoques: quanto mais rápido a empresa vender seus estoques, ou seja, 
quanto mais elevado for o giro do investimento, menores são os custos de financiamento. O ideal para 
uma empresa é manter os estoques em níveis baixos, evitando um excesso de capital investido e maiores 
custos. O volume adequadode estoques deve, no entanto, atender às necess idades mínimas de 
produção e vendas da empresa. 
 Em outras palavras, a definição do investimento ótimo em estoques deve evitar perdas de 
vendas por falta de produtos acabados, assim como atrasos na produção pela falta de matérias -primas. A 
gestão deve ser coordenada de forma que os investimentos em estoques possam garantir o processo 
normal de produção e vendas da empresa. 
 .. Principais Tipos de Estoques 
 De maneira ampla, os estoques podem ser definidos como os materiais, mercadorias ou 
produtos mantidos fisicamente disponíveis pela empresa, na expectativa de ingressarem no ciclo de 
produção, de seguir seu curso produtivo normal, ou de serem comercializados. 
 
 A gestão dos estoques é desenvolvida de forma compartilhada com outras áreas operacionais da 
empresa, e não de forma independente. O volume de investimentos é determinado principalmente pelas 
decisões tomadas nas áreas de vendas, compras e produção. 
 
 Uma classificação mais completa dos tipos de estoques incorpora três grandes categorias: 
a) mercadorias e produtos acabados; 
b) produtos em elaboração; 
c) matérias-primas e embalagens e materiais de consumo e almoxarifados. 
 O estoque de mercadorias e produtos acabados refere-se a todos os itens adquiridos de 
terceiros (mercadorias) ou fabricados pela própria empresa (produtos acabados) em condições de 
serem, respectivamente, revendidos ou vendidos. São produtos prontos e disponíveis para venda. 
 O estoque de produtos em elaboração inclui todas as matérias-primas e demais custos (diretos e 
indiretos) relativos ao estágio de produção em que os produtos se encontram em determinada data (data 
do balanço). É um produto ainda não acabado. 
 Os produtos em elaboração não apresentam condições físicas normais para a venda, pois 
necessitam ainda de variáveis graus de trabalho, dependendo do estágio de produção em que se 
encontram, para serem considerados acabados. Quando prontos, esses itens são transferidos, com toda 
a carga assumida de custos, para o estoque de produtos acabados. 
 O estoque de matérias-primas e embalagens consiste em todos os materiais adquiridos pela 
empresa e disponíveis para sua incorporação e transformação no processo produtivo (matérias-primas) e 
acondicionamento (embalagens) do produto acabado visando sua remessa ao cliente. Alguns exemplos 
de matérias-primas: bauxita para a indústria de alumínio, minério de ferro para a siderurgia, leite para o 
fabricante de laticínios, e assim por diante. 
 O estoque de materiais de consumo e almoxarifados inclui, entre outros, todos os itens 
destinados ao consumo industrial, materiais de consumo de escritórios, material de propaganda etc. 
 Os estoques são admitidos como os itens de mais baixa liquidez do circulante. Entre os diversos 
tipos de estoques, ainda, a liquidez pode diferir bastante. Talvez as matérias -primas são as que mais 
facilmente podem ser convertidas em dinheiro. Os produtos em elaboração costumam apresentar liquidez 
muito estreita e os produtos acabados, dependendo da natureza dos produtos, podem apresentar boa 
liquidez. 
 
 Principais fatores que influenciam os investimentos em estoques 
 O montante de estoques é influenciado, principalmente, pelo comportamento e volume previstos 
da atividade da empresa (produção e vendas) e pelo nível de investimentos operacionais exigidos. Por 
exemplo, se as necessidades por determinado produto forem altas, espera-se normalmente que o volume 
estocado seja também elevado. Pequenas necessidades, no entanto, justificam um volume baixo de 
estoques. Na realidade, o nível dos estoques deve acompanhar a projeção das necessidades, seja para 
municiamento do processo produtivo ou para atendimento das vendas realizadas. 
IMPORTANTE é interessante sempre evitar quantidades excessivas de estoques, as quais, em função 
de imprimirem maior lentidão ao giro dos ativos, reduzem a rentabilidade da empresa. No entanto, em 
algumas situações, essa queda de rentabilidade pode ser mais que compensada pela introdução de 
determinados benefícios 
 Os custos unitários podem reduzir-se a níveis compensadores quando o volume de produção se 
elevar substancialmente; as matérias-primas podem atingir preços atraentes quando adquiridas em 
grandes quantidades; uma previsão de escassez de certos meios materiais no mercado pode justificar 
uma antecipação das compras, e assim por diante. 
 De igual forma, baixos níveis de estoques podem trazer sérios riscos de prejuízo à empresa, 
como o de não poder atender a certos pedidos de clientes (e perder participação de mercado para 
concorrentes), atrasar a produção por falta de matérias -primas etc. 
 O estoque de uma empresa é considerado um investimento em razão de exigir uma imobilização 
de capital que poderia estar aplicado em alguma outra alternativa. 
 Como toda alternativa, o investimento em estoque deve ser avaliado em função do retorno 
esperado e seu custo de capital. 
 Em geral, as empresas costumam manter determinado volume estocado acima de suas 
necessidades normais, denominado de estoque de segurança, como forma de atender a certos 
imprevistos, tais como argumentos inesperados da demanda, surgimento de problemas técnicos mais 
prolongados no processo produtivo etc. 
 
Aplicação Prática Teórica 
Questão 1: 
 Com base nas políticas de crédito podemos afirmar que: 
 
a) Para avaliar os riscos de crédito, os analistas levam em consideração alguns fatores como: caráter, 
capital, garantias, prazos e despesas. 
 
b) Despesas com devedores duvidosos, despesas de cobranças e despesas gerais de crédito são 
algumas medidas financeiras de controle interno que as empresas determinam para sua política de 
crédito. 
 
c) Basicamente, há duas modalidades de crédito: o crédito interempresarial, administrado por instituições 
financeiras; e o crédito pessoal, que promove a relação entre empresas e clientes. 
 
d) A política de descontos financeiros por pagamentos antecipados afeta a formação do lucro da 
empresa, variando as margens de lucros, o volume de capital investido em contas a receber, mas não 
altera as vendas. 
 
e) Se a política de cobranças de uma empresa for ampliar os prazos normais de cobrança, pode ajudar na 
diminuição dos custos de inadimplência. 
 
 
Questão 2: 
 Os estoques, de maneira geral, podem ser definidos como os materiais, mercadorias e/ou produtos 
mantidos fisicamente disponíveis pela empresa. Para uma boa gestão de estoques, eles foram separados 
em três grandes categorias, que são: 
 
a) Mercadorias e produtos acabados; produtos de fornecedores; matérias-primas, materiais de consumo e 
almoxarifados. 
 
b) Mercadorias de produtos acabados; produtos em elaboração; matérias-primas, materiais de vendas, 
embalagens 
 
c) Mercadorias e insumos de produção; produtos em elaboração; embalagens e almoxarifados 
 
d) Mercadorias e produtos de fornecedores; produtos em elaboração; matérias-primas, embalagens, 
materiais de consumo e almoxarifados 
 
e) Mercadorias e produtos acabados; produtos em elaboração; matérias-primas, embalagens, materiais 
de consumo e almoxarifados.

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