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UNAERP-CAMPUS GUARUJÁ Curso: Engenharia Civil Disciplina: Hidrologia e Recursos Hídricos APONTAMENTO DE AULA PRECIPITAÇÃO DEFINIÇÃO Define-se precipitação como a água proveniente do vapor d’água da atmosfera, que chega até a superfície terrestre, sob a forma de chuva, granizo, neblina, neve, orvalho, geada. Dentre estas a mais importante é a chuva uma vez que possui capacidade de produzir escoamento. Para as condições climáticas do Brasil, a chuva é a mais significativa em termos de volume. FORMAÇÃO DA PRECIPITAÇÃO É formada pela junção da ÁGUA + CALOR, ou seja, bolsas do ar úmido aquecida pelo sol sobem ganhando altura tornando-se mais leve que o ar em sua volta e mais frio, a pressão atmosférica diminui e a umidade esfria se condensa e formam nuvens, daí ficam pesadas e caem forma de gotas. IMPORTÂNCIA DA PRECIPITAÇÃO Quantificação do abastecimento de água; controle de inundações; erosão do solo; dimensionamento adequado de obras hidráulicas, essa importância se dar pelo fato de ser a precipitação a única forma de entrada de precipitação em uma bacia hidrográfica. TIPOS DE PRECIPITAÇÃO De acordo com as características de localização, intensidade, abrangência e, em função da ascensão do ar úmido sob diferentes condições, é que se dá origem a três tipos básicos de precipitação: OROGRÁFICAS: são formadas quando os ventos carregados de umidade sopram do oceano para o continente encontrando uma barreira montanhosa, as massas de ar úmido elevam-se para transpor o obstáculo, resultando num resfriamento que pode resultar em formação de nuvens e desencadear precipitações. Essas chuvas são localizadas e intermitentes; baixa intensidade, extensão média e longa duração, cobrindo pequenas áreas, geralmente são acompanhadas de neblina. FRONTAIS OU CICLÔNICAS: ocorre quando o ar frio, mais denso, empurra a massa de ar quente para cima (choques entre massas de ar quente e fria), atingindo temperaturas mais baixas, se resfria e condensa o vapor d’água, produzindo chuvas. Caracterizam-se pela longa duração e por atingirem grandes extensões. São chuvas de duração média e longa, podem vir acompanhadas de ventos fortes com circulação ciclônica. No Brasil as chuvas frontais são muito frequentes na região Sul, atingindo também as regiões Sudeste, Centro Oeste e, por vezes, o Nordeste. É também, de interesse para projetos de controle de cheias regionais. CONVECTIVAS: havendo pouca circulação de massas de ar, o ar próximo ao solo é aquecido pela radiação emitida e refletida pela superfície terrestre (convecções térmicas), resultando numa rápida subida do ar aquecido. A brusca ascensão promove um forte resfriamento das massas de ar que se condensa quase que instantaneamente. São características de regiões equatoriais, onde os ventos são fracos e os movimentos de ar são essencialmente verticais. Apresentam grande intensidade e curta duração; são as chamadas chuvas de verão. É também esse tipo de precipitação que gera o granizo. Problemas de inundação em áreas urbanas estão, muitas vezes, relacionados às chuvas convectivas. CARACTERÍSTICAS DA PRECIPITAÇÃO Caracterizadas por grandezas como: Altura Pluviométrica (P): volume precipitado/área - é a espessura média da lâmina de água que se formaria no solo. Sem haver infiltração, escoamento ou evaporação. As medidas são realizadas nos pluviômetros e expressas em mm. A leitura dos pluviômetros para tal medida é feita normalmente uma vez por dia às 7 horas da manhã. Intensidade da Precipitação: relação entre a altura pluviométrica e a duração da precipitação - em (mm/h) ou (mm/min). Duração: período de tempo contado desde o início até o fim da precipitação, em horas ou minutos. Frequência de ocorrência ou probabilidade: quantidade de ocorrências de eventos iguais ou superiores ao evento de chuva considerado. MEDIDAS DE PRECIPITAÇÃO O pluviômetro é um aparelho dotado de uma superfície de captação horizontal, delimitada por um anel metálico e de um reservatório para acumular a água recolhida, ligado a essa área de captação. É um aparelho que fornece o total de água acumulado durante um intervalo de tempo. No Brasil é bastante difundido o tipo “Vile de Paris”. O pluviômetro deve ser instalado a uma altura padrão de 1,50 m do solo. A água coletada no corpo do pluviômetro é despejada, através de uma torneira, para uma proveta graduada, na qual se faz leitura. Essa leitura representa, em mm, a chuva ocorrida nas últimas 24 horas.
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