Prévia do material em texto
34 PREFEITURA MUNICIPAL DE FORTALEZA SECRETARIA EXECUTIVA REGIONAL IV ESCOLA MUNICIPAL MARIA BEZERRA QUEVEDO PROPOSTA PEDAGÓGICA DA EDUCAÇÃO INFANTIL DA ESCOLA MUNICIPAL MARIA BEZERRA QUEVEDO Fortaleza 2017 FICHA TÉCNICA Prefeito Municipal de Fortaleza Roberto Cláudio Rodrigues Bezerra Secretário Municipal de Educação Antônia Dalila Saldanha de Freitas Coordenadora da Educação Infantil – SME Simone Domingos Calandrine Gerente da Célula de Formação e Acompanhamento da Educação Infantil Izabel Maciel Monteiro Lima Coordenador do Distrito de Educação da Secretaria Executiva Regional IV Fred Secundino Gomes Coordenadora da Educação Infantil – SER IV Joana Diógenes Saldanha Ireneu Técnica do Distrito de Educação IV – Educação Infantil Rayane Maria Laurentino Silva Diretora da Escola Municipal Maria Bezerra Quevedo Aline Falcão Marinho Coordenadora da Educação Infantil Maria Iranir Santos da Silva Secretária Escolar Ana Paula Ximenes da Silva Professoras da Educação Infantil Francisca Meire da Cunha Alves Maria Josiane Ferreira de Sousa Mirian Rocha de Oliveira Professoras Colaboradoras: Francisca Evelma e Joana D’arc 1. HISTÓRIA DA INSTITUIÇÃO ____________________________________p.6 2. DADOS DA INSTITUIÇÃO ____________________________________p.6 2.1 - Regime de funcionamento ____________________________________p.6 2.2 - Diagnóstico socioeconômico e cultural da população a ser atendida e da comunidade___p.6 2.3 - O espaço físico, as instalações e os equipamento __________________________________p.7 2.4 - Os profissionais: professores, assistentes, gestores, serviços gerais (cargo e funções, habilitações e níveis de escolaridade) ___________________________________p.8 2.5 - Organização de todos os grupos de crianças____________________________________p.9 3. CONCEPÇÕES ____________________________________p.9 3.1 – Criança____________________________________p.10 3.2 – Infância____________________________________p.10 3.3 – Cidadão____________________________________p.11 3.4 – Educação Infantil____________________________________p.12 3.5 – Conhecimento____________________________________p.13 3.6 – Cultura____________________________________p.13 3.7 – Aprendizagem____________________________________p.14 3.8 – Desenvolvimento____________________________________p.14 3.9– Currículo____________________________________p.15 3.10 – Sociedade____________________________________p.15 4. ATENDIMENTO____________________________________p.16 4.1- A organização do cotidiano do trabalho junto às crianças (espaços e tempos da rotina); ____________________________________p.16 4.2- O processo de acolhimento das crianças e de suas famílias; _____________________p.17 4.3 – A proposta de articulação da instituição com a família e com a comunidade; _____p.17 5. O PROCESSO DE PLANEJAMENTO GERAL: AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL. ___p.18 6.AVALIAÇÃO NA EDUCAÇÃO INFANTIL ____________________________________p.18 7. CARACTERÍSTICAS E AÇÕES DA GESTÃO____________________________________p.19 8. PROCESSO DE ARTICULAÇÃO DA EDUCAÇÃO INFANTIL COM O ENSINO FUNDAMENTAL _________________________p.19 9. ATENDIMENTO ÀS CRIANÇAS COM DEFICIÊNCIAS OU TRANSTORNOS DO ESPECTRO AUTISTA____________________________________p.20 10. FINS E OBJETIVOS____________________________________p.21 11. AVALIAÇÃO ANUAL E REELABORAÇÃO DA PROPOSTA PEDAGÓGICA____________________________________p.21 12. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS____________________________________p.22 13. APÊNDICE______________________________________________________________p.24 APRESENTAÇÃO A SME (Secretaria Municipal de Educação) de Fortaleza, fundamentada na nova concepção de infância e nos documentos como LDB (lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira) e a Resolução 002/2010, publicou em 2016 a Proposta Pedagógica da Prefeitura de Fortaleza a qual visa subsidiar as instituições de Educação Infantil da rede Municipal, na elaboração de suas propostas, contribuindo definitivamente para colocar a Educação Infantil na pauta de Educação e mostrar sua importância no processo de constituição dos sujeitos. Nesta perspectiva, a Escola Maria Bezerra Quevedo, vem elaborar sua proposta, cuja finalidade primordial é o desenvolvimento integral das crianças por ela assistida. Partindo do pressuposto de que a Educação Infantil é um direito das crianças. 1. HISTÓRICO DA INSTITUIÇÃO A Escola Municipal Maria Bezerra Quevedo está localizada rua 103, nº 28, Conjunto Novo Mondubim – Fortaleza/Ce, CEP :60.764-280, Fone (85)3433-8589. A Escola Municipal Maria Bezerra Quevedo iniciou seu funcionamento no dia 03/08/2002, agrupando os anexos Jansen Guerra, Comunicação e Irmão Getino. O nome designado para a referida escola foi uma homenagem a Maria Bezerra Quevedo, líder comunitária, falecida 1999. 2. DADOS DA INSTITUIÇÃO 2.1 Regime de funcionamento A Escola Municipal Maria Bezerra Quevedo, funciona nos turnos manhã, tarde e noite, em prédio próprio, oferecendo pré-escola, os anos iniciais do ensino fundamental e Educação de Jovens e Adultos. 2.2 Diagnóstico socioeconômico e cultural da população a ser atendida e da comunidade na qual se insere. A Escola Maria Bezerra Quevedo está localizada no bairro Novo Mondubim, que é um bairro da cidade de Fortaleza, capital cearense. Como em toda periferia, o Novo Mondubim apresenta sérios problemas sócio-ambientais — falta de moradia, surgimento de inúmeras áreas de ocupação, falta de saneamento básico, desemprego, entre outros, que afetam diretamente as crianças e aos adolescentes, gerando uma situação de risco pessoal e social: infrequência escolar, trabalho infantil, uso indevido de drogas, gravidez na adolescência e violência. É neste cenário que está situado a escola Maria Bezerra Quevedo. Segundo o diagnóstico socioeconômico e cultural da comunidade realizado com as famílias da Educação Infantil, constatou-se que as crianças atendidas são de famílias constituídas por 4 a 7 pessoas, cuja renda é em média de 1 salário mínimo, sendo que 23% das famílias dependem exclusivamente do bolsa família, 57% pagam aluguel, 33% possuem residência própria e 10% moram em casas cedidas por parentes. Com relação aos principais arranjos familiares, verificou-se que 43% como sendo nucleares e 47% monoparentais, e em alguns casos, famílias conduzidas pelos avós e netos. Uma família informou ser constituída por união homoafetiva. Sobre a religião que professam, 67% das famílias informaram ser católicos e 33% protestantes. Quanto aos aspectos culturais, percebe-se que 93% das famílias utilizam a televisão como forma de lazer, seguida do uso de celulares. Também se divertem assistindo filmes em DVD, indo à praia, ouvindo música, visitando parentes e levando as crianças à praças e parques de diversão, principalmente pula-pula. 47% das famílias informaram que ensinam as atividades das crianças e costumam ler histórias, principalmente bíblicas. 23% das famílias já levaram as crianças ao circo e ao zoológico e 7% já utilizaram os serviços do Cuca do Mondubim, especialmente cinema e biblioteca. 2.3 Espaço físico, as instalações e os equipamentos As turmas de Educação Infantil funcionam no mesmo ambiente do Ensino Fundamental, sem nenhum espaço específico para si além da sala de atividade. Essas salas são organizadas para atendimento às crianças e suas necessidades com a viabilização dos cantinhos que favorecem o desenvolvimento das atividades pedagógicas. A escola dispõe de uma área coberta onde acontece o tempo de parque das crianças, de uma bibliotecae uma sala de vídeo onde são realizadas atividades extra sala. Quanto a estrutura física temos: 16 salas de aula, sendo 2 destinadas à educação infantil e ambas com dois banheiros internos,e 1 destinada à Sala de Recursos Multifuncionais (SRM). 1 secretaria; 1 sala de professores; 1 refeitório 1 cozinha; 4 banheiros para as crianças (2 interditados) 4 banheiros para os funcionários. 1 pátio coberto; 1 pátio aberto, desativado desde 2016. 2 salas para arquivo; 1 almoxarifado; 1 dispensa; 1 biblioteca; 1 laboratório de informática; 1 escovódromo (desativado); 1 auditório; 1 coordenação; 1 sala da direção com banheiro. Quantos aos equipamentos de apoio temos: 01 fogão industrial quatro bocas; 02 botijões de gás; 1 birô em cada sala 03 geladeiras; 01 freezer; 02 superzons Mesas e cadeiras em tamanho adequado a faixa etária e quantidades suficientes para a quantidade de alunos. Armários somente em algumas salas; 01 liquidificador industrial; 01 bebedouro. Percebemos que mesmo diante do quadro estrutural aqui apresentado, ainda não possuímos uma estrutura totalmente adequada para as nossas crianças, porém trabalhamos de forma que venha aproveitar o máximo cada recurso e instalações de nossa escola para promover o desenvolvimento integral de nossas crianças. 2.4 Profissionais: professores, assistentes, gestores, serviços gerais (cargos e funções, habilitações e níveis de escolaridades) NOME GRAU DE FORMAÇÃO FUNÇÃO Aline Falcão Marinho Pedagoga, especialista em Psicopedagogia Diretora Maria Iranir Santos da Silva Graduada em Letras, especialista em Gestão Escolar. Coordenadora Pedagógica Sandra ReginaVieira Lima Pedagoga Coordenadora Pedagógica Ana Paula Ximenes da Silva- Graduada em Administração Secretária Francisca Meire da Cunha Alves Pedagoga Professora Maria Josiane Ferreira de Sousa Pedagoga, especialista em Educação Infantil e Gestão Educacional Professora Mirian Rocha de Oliveira Pedagoga, especialista em Docência da Educação Infantil Professora Maria José Pinheiro Oliveira Ensino Fundamental Manipuladora de alimentos Roseneide Nascimento da Silva Ensino Fundamental Manipuladora de alimentos Alan Pereira de Jesus Ensino Fundamental Porteiro Luiz Ricardo dos Santos Pedrosa Ensino Fundamental Porteiro Noturno Maria das Graças de Sousa Paula Ensino Fundamental Zeladora Wilton Brito Barros Ensino Fundamental Zelador Francisca Sandra Ramos Alves Ensino Fundamental Aux. Educacional Francílio Gomes Souto Ensino Fundamental Zelador Maria José do Nascimento Pereira Ensino Fundamental Aux. Manipuladora de alimentos 2.5 Organizações de todos os grupos de crianças Atualmente a Escola Municipal Maria Bezerra Quevedo atende 59 crianças, agrupadas em 3 turmas de infantil V, sendo uma turma no turno manhã e duas turmas no turno tarde. 3. CONCEPÇÕES A Proposta Pedagógica da Educação Infantil da Escola Municipal Maria Bezerra Quevedo é fruto de uma ação coletiva, uma vez que envolveu as famílias, as professoras, as gestoras e demais profissionais de apoio. Entretanto, encontra-se continuamente em construção, visto que não é estática nem acabada. Nela se buscará desenvolver um trabalho fundamentado nas seguintes concepções: 3.1. Concepção de criança Durante muito tempo a criança era considerada um ser invisível para a sociedade. Um ser que não tinha voz nem seus direitos reconhecidos nem assegurados, pela concepção equivocada de que era um ser incapaz de se desenvolver, aprender e produzir conhecimentos. Eram consideradas somente suas condições físicas. A criança era apenas uma criança que iria participar de situações significativas apenas quando crescesse. Concepção essa que predominou durante muito tempo em todas as infâncias da época espalhadas por todo o mundo. Diferente da concepção acima, nossa escola percebe a criança como um ser em desenvolvimento, sujeito de direito desde o seu nascimento, capaz de construir seu conhecimento na interação com o meio, com as demais crianças e com os adultos com os quais convive. Diante disso, a Escola Maria Bezerra Quevedo procura realizar um trabalho pedagógico dinâmico, criativo prazeroso e contextualizado, tendo a criança como centro do planejamento. 3.2. Concepção de Infância A concepção de infância como etapa do desenvolvimento humano é relativamente recente. Ao longo da história duas perspectivas divergiram: o ambientalismo e a romântica. A primeira tendo como principal, compreende a criança como tábula rasa ou folha em branco. Já a segunda compreende que a criança nasce pura, a sociedade é que a corrompe. Tais ideias são observadas nas falas das famílias quando dizem que “a criança precisa ser protegida”, ou que “devemos ensinar as crianças coisas boas, a respeitar, obedecer e amar a Deus”. Também pensam na pré-escola numa perspectiva escolarizante, quando afirmam que é necessário “um ensino mais puxado, com mais tarefas na sala e extraclasse”. Atualmente, as Diretrizes Curriculares para a Educação Infantil e demais documentos que orientam essa etapa da educação, partem da perspectiva de que não há uma só infância. Pois esta é construída, sócio e historicamente, de modo que as crianças são influenciadas pela sociedade na qual estão inseridas e influenciam essa sociedade. 3.3. Concepção de cidadão Segundo a DCNEI (2010, p.16 ), As propostas pedagógicas de Educação Infantil devem respeitar os seguintes princípios: Éticos: da autonomia, da responsabilidade, da solidariedade e do respeito ao bem comum, ao meio ambiente e às diferentes culturas, identidades e singularidades. Políticos: dos direitos de cidadania, do exercício da criticidade e do respeito à ordem democrática. Estéticos: da sensibilidade, da criatividade, da ludicidade e da liberdade de expressão nas diferentes manifestações artísticas e culturais. A compreensão da criança cidadã pressupõe que esta é sujeito histórico e de direitos desde o seu nascimento, antigamente tinha-se a concepção de que a criança só se tornaria cidadã em sua fase adulta. Percebendo a criança como cidadão em formação, a proposta pedagógica deve contemplar na sua rotina tempos em que a criança possa ser ouvida, expressando ideias, pensamentos, sentimentos, desejos e hipóteses. Isso significa que a instituição de Educação Infantil deverá “enfatizar valores como os da inviolabilidade da vida humana, da liberdade e da integridade individual, a igualdade de direitos de todas as pessoas, da igualdade entre homens e mulheres.” (SEDUC, 2011, p.34). 3.4. Concepção de Educação Infantil A história da Educação Infantil no Brasil é profundamente marcada por um caráter assistencialista, tendo sido usada, sobretudo como estratégia de combate a pobreza, com forte tendência médico-higiênica (vacinação, alimentação, etc). A partir do processo de expansão da industrialização, o qual contou com um expressivo ingresso da mulher no mercado de trabalho, desencadeou-se uma grande procura por instituições onde as crianças pudessem permanecer, enquanto as mães trabalhavam. Neste contexto, às creches destinavam-se os cuidados físicos da criança, alimentando-a, protegendo-a e recreando-a. O perfil exigido do educador infantil limitava-se a pessoas que gostassem de crianças e garantissem minimamente os cuidados essenciais. Com o advento da sociedade moderna e o aprofundamento dos estudos sobre o desenvolvimento da criança, houve uma grande mobilização da sociedade civil, principalmente do movimento de mulheres, de intelectuais e universidades no sentido de que a Educação Infantil fosse reconhecida como direito da criança e não mais como uma “dádiva” distribuída aos pobres. A constituição Federal de 1988 apresentou avanços a esse respeito. No Artigo 208, inciso IV, está expresso: “o dever do Estadocom a educação será efetivada mediante a garantia de atendimento em creche e pré-escola às crianças de zero a seis anos de idade.” (BRASIL, CF, p 93). O Estatuto da Criança e do Adolescente também destaca, no Artigo 54, inciso IV: o “atendimento em creche e pré-escola às crianças de zero a seis anos” (BRASIL, ECA, 1990), como sendo direito da criança e dever do Estado. A partir desses marcos legal, configura-se uma nova concepção de criança a qual “não pode mais ser vista como objeto de tutela, mas tornou-se um sujeito de direitos.” (CRUZ, 2005, p. 143) Com a promulgação da lei 9.394/96 (Lei de Diretrizes e Bases da Educação brasileira) houve uma considerável mudança na concepção da finalidade da educação infantil que, ao considerá-la como primeira etapa da Educação Básica, destaca a importância da ação pedagógica no processo de desenvolvimento integral da criança, “complementando a ação da família e da comunidade” (BRASIL, LDB, Art. 29, p. 172). O Ministério da Educação e do Desporto tem elaborado vários documentos visando subsidiar as redes estaduais e municipais no atendimento a essa faixa etária, no sentido de divulgar essas novas concepções de criança e de educação infantil. Todos os documentos apontam para a necessidade de elaboração de propostas pedagógicas que contemplem simultaneamente o educar e o cuidar. Dentre estes documentos podemos citar: Política de educação Infantil (1994), Critérios para um atendimento em creches que respeitem os direitos fundamentais das crianças (1995), Propostas pedagógicas e currículo em educação infantil (1996), Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (1998), Subsídios para credenciamento e funcionamento de instituições de Educação Infantil (1998), Referencial Pedagógico Curricular para a Formação de Professores da Educação Infantil e séries iniciais do Ensino Fundamental (1998) e, mais recentemente, as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil (2009) que estabelece a necessidade de considerar os eixos interações e brincadeiras na organização do currículo da Educação Infantil. O PNE/2014 (Plano Nacional de Educação) estabelece a necessidade de construção da Base Nacional Comum dos currículos. Para Educação Infantil a BNCC orienta a construção do currículo no que se refere à seis grandes direitos de aprendizagem: conviver, brincar, participar, explorar, comunicar e conhecer-se, que devem ser efetivados através de cinco campos de experiências: o eu, o outro e o nós; corpo, gesto e movimentos; escuta, fala, pensamento e imaginação; traços, sons, cores e imagens, espaço, tempo, quantidades, relações e transformações. A SME de Fortaleza, fundamentada nessa nova concepção de infância e nos documentos supracitados, publicou em 2016 a Proposta Pedagógica da Prefeitura de Fortaleza o qual visa subsidiar as instituições de Educação Infantil da rede municipal na elaboração de suas propostas, contribuindo definitivamente para colocar Educação Infantil na pauta da Educação e mostrar sua importância no processo de constituição dos sujeitos. Nesta Perspectiva, a Escola Municipal Maria Bezerra Quevedo vem elaborar sua proposta pedagógica partindo do pressuposto de que a Educação Infantil é primeira etapa da educação básica, um direito das crianças de 0 a 5 anos de idade e das famílias que necessitam de ambientes seguros e de qualidade para seus filhos. 3.5. Concepção de conhecimento Desde o nascimento, a criança interage com o meio. Neste processo “brinca, imagina, fantasia, deseja, observa, experimenta, narra, questionamento e constrói sentidos sobre a natureza e sobre a sociedade, produzindo cultura” (DCNEI/2010, p. 12). O conhecimento é, portanto, construído a partir da interação das crianças com diferentes parceiros, contextos, ambientes e experiências. Diante disso, o professor (a) da Educação Infantil é mediador do conhecimento, disponibilizando tempos e espaços para que atividades significativas se desenvolvam. 3.6. Concepção de cultura Cultura é algo inerente à sociedade humana, relaciona-se ao “conjunto de valores, crenças, costumes, artefatos e comportamentos com os quais os seres humanos interpretam, participam e transformam o mundo em que vivem” (Revista Fórum, nº99). Diante disso, compreendemos que não há uma só cultura, mas “culturas”. É uma forma de pertencimento à um grupo social que possibilita ser Outro e posicionar-se como igual. Portanto, não há hierarquia quando se trata de cultura. As crianças, como sujeitos históricos também são produtoras de cultura, isto é, através das interações e da ludicidade as crianças se apropriam e constroem a cultura da infância. Neste contexto, é fundamental que a instituição de Educação Infantil proporcione momentos de brincadeiras livres entre as crianças de faixas etárias diferentes, com brinquedos e ambientes diversos. Nesta perspectiva, a escola Maria Bezerra Quevedo procura na sua Proposta Pedagógica respeitar os princípios éticos, políticos e estéticos, valorizando as manifestações culturais das crianças e valorizando a diversidade cultural de suas famílias e comunidades. 3.7 Concepções de aprendizagem A aprendizagem é um fator do desenvolvimento uma vez que está relacionado com a construção do conhecimento de si e do mundo. À medida que a criança adquire novas aprendizagens o seu desenvolvimento será impulsionado. Para Vygotsky, a brincadeira, sobretudo o faz-de-conta, oportuniza a aprendizagem uma vez que através da imitação a criança reconstrói internamente aquilo que observa externamente, ou seja, através das brincadeiras a criança é capaz de realizar ações que estão além de capacidade real, criando, dessa maneira zona de desenvolvimento proximal. E é através das brincadeiras, sejam elas dirigidas ou não, que nós da Em Maria Bezerra Quevedo, procuramos promover interações, desenvolvimento e aprendizagem de nossas crianças. 3.8. Concepção de desenvolvimento O desenvolvimento humano é processo complexo que envolve diversos aspectos (psicomotor, cognitivo e afetivo) através da interação de fatores sociais com fatores orgânicos. Embora autores como Piaget e Wallon, tenham definidas fases do desenvolvimento e essas fases aconteçam mais ou menos na mesma idade, observa-se que cada criança possui um ritmo próprio uma vez que o desenvolvimento depende de fatores como maturação e interação. De acordo com a teoria do desenvolvimento de Vygotsky, a compreensão do conhecimento da zona de desenvolvimento proximal é fundamental para os educadores à medida que sugerem pensar o desenvolvimento infantil numa perspectiva prospectiva, ou seja, tendo clareza sobre o que a criança é capaz de realizar sozinha, a professora irá propor situações onde ela possa realizar ações/atividades as quais ela não possa realizar sozinha,mas com a contribuição de outros parceiros (outra criança, objeto ou adulto)alcançando por sua vez a zona de desenvolvimento potencial. Este, por sua vez, se transformará em desenvolvimento real. Essa compreensão traz muitas implicações para a prática docente que deve ter nas interações e brincadeiras os eixos norteadores das experiências geradoras de aprendizagens. 3.9. Concepção de currículo: Segundo as DCNEI/2010 o currículo é “conjunto de práticas que buscam articular as experiências e os saberes das crianças com os conhecimentos que fazem parte do patrimônio cultural, artístico, ambiental, científico e tecnológico”. Diante disso, a ação pedagógica deverá partir da realidade vivenciada pelas crianças, de ações concretas e do respeito aos níveis de desenvolvimento infantil de modo a garantir a efetivação dos seis direitos de aprendizagem (conviver, brincar, participar, explorar, comunicar e conhecer-se) através dos cinco campos de experiências explicitados na BNCC: o eu, o outro e o nós; corpo, gesto e movimentos; escuta, fala, pensamento e imaginação; traços, sons, cores e imagens; espaço, tempo, quantidades, relações e transformações,onde as crianças têm oportunidade de medir, quantificar, solucionar problemas através de brincadeiras do dia a dia escolar. 3.10. Sociedade Sociedade em sua definição significa um grupo de seres humanos que dividem o mesmo período e espaço e vivem em comunidade, compartilhando valores, costumes, culturas e etc... De acordo com as Diretrizes Curriculares Nacionais: A sociedade, na sua história, constitui-se no locus da vida, das tramas sociais, dos encontros e desencontros nas suas mais diferentes dimensões. É nesse espaço que se inscreve a instituição escolar. O desenvolvimento da sociedade engendra movimentos bastante complexos. Ao traduzir-se, ao mesmo tempo, em território, em cultura, em política, em economia, em modo de vida, em educação, em religião e outras manifestações humanas, a sociedade, especialmente a contemporânea, insere-se dialeticamente e movimenta-se na continuidade e descontinuidade, na universalização e na fragmentação, no entrelaçamento e na ruptura que conformam a sua face. (BRASIL,2013,p.15) É sabido que vivemos em uma sociedade que está constantemente sofrendo mudanças que geram novas concepções, diferenças, valores e identidade. Como escola procuramos trabalhar os direitos das nossas crianças quanto sujeito social, enfatizando a importância do respeito ao outro e a atuação desta na sociedade. 4. ATENDIMENTO 4.1 Organizações do cotidiano do trabalho junto às crianças Tendo em vista que a criança é um sujeito histórico, centro do planejamento, a organização do trabalho junto às crianças deverá ser norteada pelos eixos interações e brincadeiras na realização das experiências geradoras de aprendizagens, expressas no artigo 9º das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil. A rotina será estruturada pelos tempos de chegada, roda de conversa, higiene e alimentação, parque, roda de histórias, construção do conhecimento de si e do mundo e saída. Tempo de chegada: proporciona acolhida e envolvimento da criança ao chegar à escola; Roda de Conversa: momento de fala e escuta das crianças, onde geralmente são trazidas discussões sobre um determinado tema. Neste momento as crianças são questionadas, desenvolvem diálogos, falam sobre suas vivências e etc... Higiene e Alimentação: acontece de forma comumente e buscam a formação de bons hábitos, autonomia, saúde e bem estar. Parque: neste momento a criança escolhe e vivencia a sua brincadeira livremente. Roda de História: momento de ampliação de vocabulário, de encontro com a linguagem e a escrita, leitura espontânea, reconto e etc.. Conhecimento de si e do mundo: trazem experiências que envolvem diversos saberes (físicos, sociais, culturais, entre outros.) Tempo de Saída: momento de trânsito entre família e crianças. Deve conter atividades que não necessitam de um início, meio e fim. Esses são os momentos que constam em nossa rotina de Educação Infantil, procuramos explorar e realizar estes tempos em diversos lugares de nossa Instituição. Em nossa sala de atividades organizamos cantinhos de aprendizagem que são geralmente sugeridos pelas próprias crianças durante as rodas de conversa, podendo sofrer alterações de acordo com as necessidades que surgem no cotidiano. 4.2. PROCESSO DE ACOLHIMENTO E ADAPTAÇÃO DAS CRIANÇAS E DE SUAS FAMÍLIAS O Acolhimento das crianças é algo fundamental na educação infantil e não diz respeito apenas ao período de adaptação. É um processo que acontece no cotidiano à medida que lidamos com a pluralidade de individualidades, arranjos familiares e diversidade cultural. Nesta perspectiva, a Escola Maria Bezerra Quevedo se preocupa com a ambientação, a organização dos espaços de sala e demais dependências da escola, nos tempos da rotina e na construção de relações encorajadoras, estimulando a criança a ter confiança, segurança, interesse em realizar atividades coletivas e individuais, socializando-se com seus pares e adaptando-se ao ambiente institucional. Quanto às famílias, serão realizados encontros iniciais para que conheçam a instituição, seus profissionais e a proposta pedagógica. Também serão incentivadas a trazerem aportes que contribuam com a melhoria do trabalho realizado com as crianças. Periodicamente serão realizadas reuniões para socialização dos instrumentos de acompanhamento individual das crianças (fichas de avaliação e relatórios). Realizaremos também festividades escolares que constituem momentos importantes de valorização e parceria com as famílias e a comunidade. 4.3 PROPOSTA DE ARTICULAÇÃO DA INSTITUIÇÃO COM A FAMÍLIA E COM A COMUNIDADE A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira (Lei 9396/96), no Cap. II Sec. II, art. 29 define a educação infantil como sendo a primeira etapa da educação básica que visão desenvolvimento integral da criança em ação complementar a ação da família e da comunidade. Nesta perspectiva, a Escola Maria Bezerra Quevedo compreende que a proposta pedagógica da Educação Infantil deverá ser pensada, elaborada e executada na parceria escola/família/comunidade. Para efetivação dessa concepção serão realizados periodicamente encontros com as famílias visando elaborar e socializar a proposta pedagógica, socializar os instrumentos de avaliação e acompanhamento do desenvolvimento e aprendizagens das crianças. Haverá um esforço constante para tornar as famílias e a comunidade propositivas no planejamento e execução dos eventos, festividades e projetos pedagógicos realizados ao longo do ano letivo. 5. O PROCESSO DE PLANEJAMENTO GERAL; AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL Periodicamente os professores, gestores, funcionários e famílias, reunir-se-ão para avaliarem a execução do trabalho pedagógico realizado na Educação Infantil, objetivando observar os pontos positivos, bem como os pontos negativos que foram negligenciados. Traçando assim, a partir da avaliação do trabalho de toda equipe pedagógica, novas metas para a promoção de uma educação de qualidade. 6. AVALIAÇÃO NA EDUCAÇÃO INFANTIL (ACOMPANHAMENTO DO DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM DAS CRIANÇAS) A avaliação, capaz de fornecer informações e redefinição do trabalho (quando necessário) é aquela que acontece ao longo do processo, durante e após cada atividade. Neste contexto, a professora deverá ser uma pesquisadora de sua prática, lançando cotidianamente um olhar sobre cada criança. Para tanto, faz-se necessário conhecê-las bem, observando-as e registrando as informações significativas a fim de promover uma intervenção qualificada. Para esse fim, serão utilizados os seguintes instrumentos: Registros de Observação das Crianças: contém anotações diárias realizadas pela professora. Estas anotações servirão de subsídio para a composição de relatórios e devem ser realizadas diariamente. Ficha de Acompanhamento: registro de desenvolvimento de forma objetiva. Relatórios: contém uma síntese de análise, interpretações, observações em relação ao percurso da criança. É consolidado e compartilhado com as famílias a cada final de semestre. Registro em foto e em vídeo: servem como arquivo e resgate de memória. Instrumental do nome próprio: fichas que visam à observação do processo de aquisição da leitura e da escrita da criança tendo como base o seu nome. A socialização do processo avaliativo de nossas crianças se dá por meio de reuniões com as famílias, acompanhamento por parte do núcleo gestor e dos técnicos do Distrito IV, entre outros. Esses instrumentos permitirão perceber o processo de desenvolvimento e aprendizagem das crianças, a eficiência do trabalho docente, e a realização dos objetivos e das metas da Educação Infantil. 7. CARACTERÍSTICAS E AÇÕES DA GESTÃO A Gestão da Escola Municipal Maria Bezerra Quevedo preocupa-se constantemente com o desenvolvimento das crianças da Educação Infantil. As famílias têm livre acesso à escola quanto às demandas que se referem às crianças. Nossa escola busca se apresentar sempre solícita quanto às necessidades das crianças e dosdocentes. Apesar das dificuldades de espaço apropriado para atender a demanda, esforços serão empenhados para que seja amenizado o impacto da falta de estrutura para tal atendimento. Reuniões com as famílias para que sugestões sejam dadas para melhoria do trabalho, bem como audiências com as crianças para que suas necessidades sejam contempladas no planejamento da escola. Em nossa escola buscamos desenvolver uma gestão democrática e participativa, tentando ouvir toda comunidade escolar, respeitando a opinião destes, onde buscaremos sempre ao final, tomar na medida do possível uma decisão que beneficie a todos. Esta concepção de gestão far-se-á necessária para que esta Proposta seja efetivada, avaliada e que contemple os preceitos (direitos) da Educação Infantil assegurados no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). 8. PROCESSO DE ARTICULAÇÃO DA EDUCAÇÃO INFANTIL COM O ENSINO FUNDAMENTAL (ENTRE OS AGRUPAMENTOS, NA CRECHE PARA PRÉ-ESCOLA PARA O ENSINO FUNDAMENTAL) No contexto de Educação Infantil são vivenciadas diversas situações de transição tanto pelas crianças (mudança de sala, mudança de escola, mudança de professoras, mudança de turno), como pelas famílias, que muitas vezes se angustiam com esses processos vivenciados pelos filhos, demonstrando ansiedade e preocupações. Os profissionais também vivenciam essas transições mudando de escola, recebendo novas turmas, substituindo uma professora por um período. A escola Maria Bezerra Quevedo, ensejando que esses momentos sejam tranquilos, significativos e acolhedores para as crianças, suas famílias e os profissionais, desenvolverá as seguintes estratégias: Transição do CEI para a Escola – realizar encontros com as coordenadoras das duas instituições e as professoras das turmas do Infantil IV e V para conversar sobre a transição. Receber as crianças do Infantil IV na escola para conhecer as dependências e os profissionais e vivenciar experiências em conjunto com as crianças do Infantil V, como lanche, contação de histórias e atividades lúdicas. Transição do Infantil V para o 1º ano do Ensino Fundamental – realizar reunião com as professoras do Inf. V e do 1º ano para planejar momentos de intercâmbio e ação conjunta entre as duas turmas. Visitar a sala do 1º ano para roda de conversa e realização de atividades/experiências em conjunto. Reunião com as famílias e a coordenação para conversar sobre a transição e as especificidades de cada agrupamento. 9. ATENDIMENTO ÀS CRIANÇAS COM DEFICIÊNCIAS E TRANSTORNOS DO ESPECTRO AUTISTA (TEA) Para que a integração da pessoa com deficiência aconteça na escola regular, é preciso o envolvimento de vários segmentos da sociedade e a necessidade de se construir uma. “teia de apoio”; entendida como uma estrita relação entre família/escola/comunidade, que envolverá diversos procedimentos pedagógicos, recursos, acessibilidade, e ainda a necessidade da escola ofertar um atendimento educacional especializado, com o objetivo de proporcionar à criança avaliações de sua aprendizagem e recursos que facilitem seu acesso ao conhecimento, oportunizando a criança o desenvolvimento de sua aprendizagem e potencialidades. De acordo com o MEC/SEESP, 2008 P.10 “As atividades desenvolvidas no atendimento educacional especializado diferenciam-se daquelas realizadas na sala de aula comum, constitutivas à escolarização. Esse atendimento completa e/ou suplementa a formação dos alunos com vistas à autonomia e independência na escola e fora dela” A sala de recursos multifuncionais é um espaço onde o Atendimento Educacional Especializado (AEE) acontece. Nela o professor organiza um plano de Atendimento para cada uma das crianças com deficiência, mas para que este plano seja de fato exequível ante a realidade dessas crianças, faz-se necessário que o profissional realize uma investigação aprofundada do caso em estudo, e diante da coleta dos dados e de um estudo aprofundado será feito a construção de um plano de atendimento condizente com as reais necessidades das crianças, para tanto será necessário que ele realize observações nos ambientes na sala de aula, família, sala de recurso multifuncional ou outro espaço em que a criança esteja inserida para desenvolver sua aprendizagem. Na sala de atividades regular, o profissional do AEE irá realizar interlocuções com as professoras, observar a criança nos diversos espaços da escola, para coletar informações de como se relaciona com o conhecimento, quais as barreiras estão dificultando seu acesso ao conhecimento e assim orientar a professor da sala de aula comum para as melhores estratégias de atendimento e de avaliação da criança deficiente. Em relação às famílias o AEE orientará sobre as deficiências, encaminhamentos a profissionais especializados, socialização dos relatórios de desenvolvimento e orientação dos demais profissionais de apoio. Vale ressaltar que a Escola Maria Bezerra Quevedo, dispõe de Sala de Recursos Multifuncionais, bem como profissional especialista, e profissional de apoio para o atendimento aos alunos com deficiências, assegurados conforme previsto na Resolução Nº 02/2010 do Conselho Municipal de Educação - CME. Por fim, ressaltamos que o processo de inclusão deve ser destinado a todas as crianças, tenham elas deficiência física/intelectual ou não. Respeitando assim, as habilidades e dificuldades de todos. 10. FINS E OBJETIVOS DA PROPOSTA PEDAGÓGICA No Brasil, todos os documentos que normatizam a Educação, apontam para a necessidade de integração entre a escola e família, como prever a LDB -9394/96,o PNE-10.172/2007 e as DCNEIS-17/12/2009. Especificamente com relação à Educação Infantil, o Art.7º das Diretrizes Curriculares da Educação Infantil, prevê que “a proposta pedagógica das instituições de Educação Infantil, devem garantir que elas cumpram plenamente sua função sociopolítica e pedagógica (...) assumindo a responsabilidade de compartilhar e complementar a educação e cuidado das crianças com as famílias”.(BRASIL,2009). Diante disto, a Escola Municipal Maria Bezerra Quevedo, reconhecendo, sua função de educar e cuidar das crianças da pré-escola buscará desenvolver ações que as valorizem , envolvendo-as cotidianamente. Nossos momentos de avaliação e redefinição da proposta pedagógica terão como objetivo atendimento especializado as necessidades do trabalho voltado às crianças da Educação Infantil. Quanto à integração família e escola dar-se-á ao longo do ano letivo em diversos momentos como na acolhida, na realização de projetos pedagógicos, durante os eventos cívicos e culturais, assim como o envolvimento do Conselho escolar. Desse modo, a comunidade desenvolverá o sentimento de pertencimento à escola e as crianças se sentirão acolhidas e respeitadas na sua identidade familiar e comunitária. 11. AVALIAÇÃO ANUAL E REELABORAÇÃO DA PROPOSTA PEDAGÓGICA. A Proposta Pedagógica não é um documento estático e acabado. Ao contrário, necessita ser revista e avaliada periodicamente por todos os envolvidos: escola, família e comunidade. Portanto, serão realizados encontros periódicos para avaliação e redefinição (caso seja preciso), das metas. Entre os gestores e professores, esses momentos acontecerão nos encontros pedagógicos e nas formações em contexto. Quanto às crianças, deverá ser garantido momentos de escuta de suas escolhas, ideias e sentimentos. Com relação às famílias, serão realizados encontros bimestrais de avaliação e planejamento, assim como a garantia de representantes do Conselho Escolar. 12. REFERÊNCIAS BRASIL, Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Infantil. Brasília: MEC, SEB, 2010. BRASIL, Congresso Nacional. Constituição da República Federativa do Brasil. São Paulo, SP: Editora Revista dos Tribunais, 1988. BRASIL, Ministério da Ação Social. Estatuto da Criança e do Adolescente. Fortaleza, CE:Gráfica Dantas, 1990. BRASIL. Ministério da Educação. Política Nacional de educação na perspectiva da educação inclusiva. MEC/SEESP, 2008 BRASIL, Casa Civil. Plano Nacional de Educação 2014. Disponível no site:http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L13005.htm. Acesso em 12/03/2015 às 16h:18min. CEARÁ, Secretaria de Educação. Orientações Curriculares para a Educação Infantil. Secretaria de Educação do Estado do Ceará. Fortaleza: SEDUC, 2011 CRUZ, Silvia Helena Vieira. Infância e Educação infantil: resgatando um pouco dessa história. Fortaleza: SEDUC, 1999. _______. Da omissão assumida à prioridade negada: notas sobre a ação do Estado Brasileiro na Educação Infantil.O público e o privado, n. 5, p. 137- 158, 2005 DERMEVAL, Saviani. A nova lei da educação: trajetória, limites e perspectivas. Campinas. SP: Autores Associados, 1997. FORTALEZA, Secretaria Municipal de Educação. Proposta curricular para a Educação Infantil da Rede Municipal de Ensino de Fortaleza. Fortaleza: Prefeitura Municipal de Fortaleza, 2016 FORTALEZA, Secretaria Municipal de Educação. Orientação para o processo de transição da Educação Infantil para o Ensino Fundamental. Secretaria de Educação de Fortaleza. Fortaleza: Prefeitura Municipal de Fortaleza,2016. FORTALEZA, Secretaria Municipal de Educação. Caderno de Registro Diário do Professor da Educação Infantil 2017. Fortaleza: Prefeitura Municipal de Fortaleza, 2017. KUHLMANN JR. Moysés. Histórias da educação infantil brasileira. Revista Brasileira de Educação, n.14, p. 5-18, 2000 OLIVEIRA, Zilma de Moraies Ramos de Oliveira. Base nacional comum e avaliação nacional da Educação Infantil: desafios para a formação docente. http://primeirainfancia.org.br/wp-ontent/uploads/2015/10/mesa02_zilma_usp1.pdf. Acesso em 10/05/2017. Vygotsky, Lev Semenovich. Interação entre aprendizado e desenvolvimento. In: ______. A formação social da mente: o desenvolvimento dos processos psicológicos superiores. São Paulo: Petrópolis, RJ: Vozes, 1995. 13. APÊNDICE